À Sombra Desta Mangueira

À Sombra Desta Mangueira Paulo Freire




Resenhas - Á SOMBRA DESTA MANGUEIRA


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Madsen 25/04/2013

Educação Crítica.
O livro trás uma boa síntese de parte do pensamento de Paulo Freite, em sua busca por uma educação que reconheça os conhecimentos e a participação dos educandos no processo de aprendizagem. Com um profundo senso crítico, analisa a importância dessa educação no contexto do neoliberalismo e pós-modernidade, pensando o papel da educação nesse novo espaço e tempo em que vivemos.

Apesar disso, sob a perspectiva de não negar o aspecto político do ato de educar, torna-se ideologizante. Parece cair em seu próprio erro ao recomendar uma educação que compra a ideologia oposta à dominante. Errando a justa medida, parece desconsiderar a realidade do aluno ao sugerir uma educação marxista. Sendo assim, apesar da grande contribuição para o educador, que pode conseguir poderosos insights a partir de suas palavras, é importante que considerar que o autoritarismo apresenta diversas vertentes, e ideologizar também pode ser uma prática infrutífera dentro de sala, ainda que nenhuma educação seja, em si, neutra.
Sandra.Beiju 11/02/2020minha estante
Sua análise no segundo parágrafo parece muito confusa - "parece desconsiderar a realidade do aluno ao sugerir uma educação marxista? Cabe aqui uma questão para refletirmos: O que é uma "educação marxista"? Para desvendar a realidade social na qual vivemos, precisamos ter acesso a "categorias de análise". No meu entender essa é a grande contribuição da teoria de educação freireana e da teoria marxista. Quais males podem advir daí? Todo ser humano constrói a sua "leitura de mundo" a partir das suas vivências neste mundo: se são vivências alienantes - sua visão será alienada; se são vivências problematizadoras - sua visão será crítica, ao meu ver.




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Biblioteca Álvaro Guerra 07/07/2022

Com sua contumaz lucidez, ele denuncia esta ideologia, que se pretende ser uma filosofia, que miopiza os incautos através do avanço tecnológico, este na verdade, um suporte ideológico que, sobretudo, favorece o poder material dos poderosos a serviço da manutenção do status quo; que afirma, a manhosa e manipuladoramente, a inexorabilidade de mudanças diante das injustiças; que desproblematiza o futuro, através da "insensatez e brutalidade dos burocratas". Ao mesmo tempo, Freire esperançadamente afirma a história como possibilidade e não como determinismo, marca a diferença entre treinamento e formação, condena os dogmatismos, inclusive os dos partidos políticos progressistas e reacionários; formaliza a dialética da unidade na diversidade, mas sobretudo e veementemente, recusa a "morte da História, da utopia, dos sonhos". Ainda nos fala da sua experiência do exílio.
As reflexões políticas e éticas, postas com beleza e sabedoria em todos os momentos da escrita do À sombra desta mangueira a faz uma obra fundamental, não apenas para os profissionais da educação, que sabem que "o domínio técnico é tão importante para o profissional quanto a compreensão política o é para o cidadão" e que ambas as formações cabem aos educadores/as, mas também é fundamental àqueles que acreditam num mundo mais justo, verdadeiramente democrático, onde a formação técnica, científica e profissional seja tão importante quanto o sonho e a utopia.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788577534388
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Locimar 25/07/2020

Minha vida com as mangueiras!
Foi meu primeiro contato significativo com Paulo Freire. Por mais que no mestrado houve todo um processo de desmistificação via Newton Duarte e outros autores da psico e pedagogia histórico-social, ainda sigo acreditando que a leitura da palavra precede ou vem junto com a leitura do mundo. Insuperável!
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mateusagroecologia 13/04/2021

Esperança democrática
A necessidade de manter a fé em um futuro possível e menos opressor, menos cruel, mais humano, se faz cada vez mais necessário no Brasil que encontramos hoje, em 2021.

Tarefa árdua visto que, como salienta o autor "não é fácil ter fé", diante das injustiças, do descaso para com a coisa pública, dos estupros sofridos por mulheres e crianças, dos escândalos envolvendo congressistas que, cedo, são anistiados por seus colegas, e, obviamente, das vítimas da pandemia e do descaso do presidente e seus apoiadores para com o vírus.

A leitura, como sempre, demonstra-se densa, reflexiva e problematizadora da realidade que, em muitos momentos, mitificada pelas classes domintes, é abordada superficialmente e/ou cheia de recursos sensacionalistas para inibir a compreensão do povo.

A criticidade da realidade brasileira apresenta-se como um recurso pertubador nesse atual momento em que nos encontramos. Perturbadora, talvez, pelas notícias que ocultam a esperança de dias melhores e menos cruéis para com os oprimidos.

"A luta pela esperança é uma luta permanente e se intensifica na medida em que se percebe que não é uma luta solitária".

Acreditar na democracia em momentos em que o cenário global demonstra-se colapsado em diversas vertentes, principalmente, em questões ambientais, é um elemento carregado de esperança. Esperança que não pode ser alienante. Esperança que deve ser impregnada de um equilíbrio entre os pensamentos e as ações revitalizadoras de um futuro.

Não mitificar pessoas como se elas fossem detentoras da salvação da nação e/ou da humanidade. Pessoas estão intrinsecamente ligadas a vontades, desejos, objetivos e valores que as levam a ações e expressões de seus poderes. Não há um salvador ou uma salvadora.

O que existe é a história. Construída por homens e mulheres passíveis de erros e acertos que transformam a realidade vivida. Aceitar a fatalidade de que a realidade "é assim que é" pois "é assim que sempre foi" não representa, jamais, a realidade humana. Lutas e resistências indígenas, quilombolas, de causas lgbtq+, ou de outras minorias, compreendem a realidade histórica na qual a história é tempo de possibilidade.

Leitura extremamente necessária. Mantenha a criticidade diante deste mundo alienante!
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Rafaela.Cruz 25/05/2022

Educação transforma.
Tudo o que esse senhor escreveu é um deleite. Freiriana convicta. Deixo uma frase que me tocou bastante: "Aceitar acomodar-se na condição de limite da direita é correr o risco demasiado grande de virar direita." Acredito que não só politicamente, mas na vida.
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ketlenaires 27/01/2023

?
Entendo perfeitamente, e completamente, o que Paulo Freire sente sobre as árvores e a sombra destas.
É incrível como mesmo sendo um educador, e escrever, principalmente, para educadores esse autor consegue simplesmente falar com todo mundo.
Nas primeiras palavras me senti conversando com Paulo Freire e no capítulo do exílio algumas lágrimas foram derramadas ao tentar entender a força e a angústia do seu exílio.
No capítulo do limite da direita imaginei e comparei nossas representações políticas e de movimentos agoniada por saber que ele está certíssimo em diversos pontos.
Enfim... Chegando a conclusão que Paulo Freire é uma leitura necessária.
E já deixando aqui meu convite a quem quiser participar de um Clube de Leitura de Paulo Freire, procure por @oesperancar no Instagram. Lemos um livro por bimestre começando o novo ciclo em fevereiro.
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Tamer 29/12/2023

As análises políticas de Paulo Freire se mantêm atuais e relevantes mesmo após quase trinta anos depois de serem escritas.
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