A-LII

A-LII Ana Macedo




Resenhas - A-LII


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Bella Nine 10/10/2015

Uma distopia interessante...
Nas sabe quando você cria uma expectativa tremenda pelo enredo e, de repente, tudo muda? Foi justamente o que me aconteceu.

A Ana tem uma escrita maravilhosa! Ela não trata o leitor como ignorante. Não tem medo de escrever e colocar o que tem vontade em meio aos parágrafos. Eu gostei muito desse aspecto.

Só que eu ando um pouquinho questionadora. E, por se tratar de uma disto[ia, senti falta de um aprofundamento sobre a sociedade. Sobre o regime, como seus habitantes moram e de que forma a Voz manipula as pessoas e as colocam em rédea curta. Porque, sério, não é possível que o foco principal seja apenas a desigualdade entre homens e clones.

Quando a temos a visão do Will, sabemos que ele é totalmente esquecido pelos governantes, mas descobrimos que os mesmos acompanhavam tudo sobre a sua vida. Sabiam o inferno no qual o menino vivia. E, por duas vezes, eles se intrometeram na sua vida, quando ele bateu em um garoto e, mais tarde, quando fez o que tinha que fazer com o "bêbado". Se a Voz é controladora, no quesito violência, por que deixou que o pai do Will fosse violento em casa? Tudo bem violência doméstica? O problema é a violência pública?

Eu realmente não entendi qual a manipulação. Porque eu sei que eles o fazem, mas não entendi o ponto. Talvez eu tenha deixado passar. Talvez estivesse logo de início e eu não me dei conta, mas não lembro deter lido com clareza o sistema político: criação, como ficou daquele jeito e como eles interferem e quando.

Outra coisa, eu fiquei muito incomodada com 29 capítulos que não se fazia nada, não acontecia nada. Eu sei que é super importante elaborar a jornada do herói. Sei que não dá pra construir em 2 folhas, mas comigo não funcionou.

O desfecho achei muito justo. Pelo o que eu sei, isso é uma trilogia. Muita coisa vai acontecer. Mas, durante todo o livro eu senti falta de alguma coisa. Senti falta de algo na narrativa que ainda não entendi o que é.

Vou continuar acompanhando a série porque estou torcendo pra ser conquistada. É sempre bom apoiar a literatura brasileira.
Gigi.the.reader 13/04/2023minha estante
Estou na pág. 84 ainda e penso mesmo. Não li sua resenha inteira para não pegar spoiler, mas desde o início eu já notei que o univerno não seria tão bem descrito como a maioria das distopias. Isso faz falta, pois o sentido do gênero perde-se um pouco na história.


Bella Nine 15/05/2023minha estante
Gigi, quando terminar me fala o que achou. O livro tinha potencial, mas a autora se perdeu.


Gigi.the.reader 15/05/2023minha estante
Eu já acabei faz um tempinho. Concordo com você. Os plot twists são maravilhosos. O universo tem muito, muito potencial. Mas as pesonagens são rasas, tudo acontece de forma muito mecânica e com pouca explicação. Todo o enredo é repleto de pontas soltas. Depois leia a minha resenha sobre o livro. Como eu mencionei lá, com umas 400 ou 500 páginas bem desenvolvidas, creio que chegaríamos a algum lugar.




ruane 27/02/2021

???
O livro tinha tudo pra ser perfeito, o plot é incrível, mas eu senti que a autora desenvolveu a história MUITO MUITO mal. Os sentimentos dos personagens são uma confusão, eu fiquei sem saber o que tava acontecendo em vários trechos só por isso.
A Allie tem síndrome de estolcomo ou eu entendi muito mal?? uma hora ela ta odiando o Alec, ele bate e abusa dela, depois tá só flores e ela fica apaixonada??? sem falar que em duas páginas ela e o Will já estão apaixonados? É como se realmente tivesse faltando várias páginas do livro.
A história em si passa um mensagem muito boa, mas a construção é péssima. As coisas só começaram a acontecer nos últimos 15 capítulos, e nenhuma questão respondida, ou seja, quando você acha que começou a entender, na verdade não entendeu nada!!
Pra mim essa Voz é uma incógnita, além de ser completamente incoerente, ela não mostra ter nenhum objetivo real. Outra coisa insuportável foi o fato de eu ter esperado uma distopia nacional, o máximo que eu recebi foi uma menção ao Rio de Janeiro.
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Carla Paraense 26/06/2020

Poderia ser melhor
Esse livro tinha tudo para conquistar meu coração, mas as revelações ficaram soltas e o clímax do livro começou do nada. Ficou espaços dentro da história.
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Aline 11/07/2023

A-LII
Distopía em um mundo pós-guerra, sem detalhes porque sou contra revelações antecipadas.
Nossos narradores são a clone A-LII e Will, um rapaz que vive no subúrbio de uma Londres destruída. A vida dos dois se entrelaça mais ao final da narrativa, o que causa uma sensação de que o livro tem páginas de menos.
Algumas perguntas são "indagaveis", mas a autora não abre essa lacuna, até porque elas não serão fechadas.
A leitura é fluida, e para aqueles que gostam do gênero, cada detalhe da mais sabor a experiência. O mundo é bem construído e as motivações expostas com louvor.
O livro é bem feito e a leitura foi super confortável!
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jamili.sampaio 06/07/2021

Não deixem que nos calem.
Bom esse livro me surpreendeu de formas bem interessante a começar pela idéia da história, eu estava amando tudo até lá pela metade do livro. Tem umas coisinhas que coisa que me deixram muito decepcionada, gente não tem uma passagem de tempo estabelecida você se perde brincando. Eu senti como se o meu livro viesse com páginas faltando, me senti confusa entre as passagens de tempo e eventos ocorridos, não fazia sentido tal personagem está em um ambiente e aparecer em outro, ou o personagem citar ou fazer algo mirabolante sendo que um capítulo antes estava passando por uma situação parecida e não sabia o que fazer.(???) Numa hora sabe lutar e derrubar vários soldados e em outro momento não sabe nada.

O livro possui falhas na descrição dos ambientes e personagens, personagens são citados varias vezes para depois simplesmente sumir...foi com Deus, ninguém sabe ninguém viu... e aí ? Quer dizer que esse fulano aqui foi citado várias vezes pra no final não significar nada ??? O final foi corrido, o plot mal formulado e a deixa para uma continuação ficou sem emoção.


E mesmo assim tu deu 4 estrelas ? SIM. A história é única, tem qualidade e trás referências maravilhosas, não possui vícios ou maneirismos que vejo em muitos livros Br ( uso de gírias nacionais mesmo o livro não se passando no Brasil ou os personagens sendo daqui). Acho que é tipo um diamante, só precisa de uma boa lapidação.

Ana Macedo tem muito a oferecer.
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LisboaPB 22/01/2023

A mensagem da história é interessante e tudo e tal. Mas o que foi isso??? Romantização de um molestador??? Que negócio é esse???

Sério, isso me deu um nojo muito grande. Não posso aceitar isso.

A autora escreve muito bem. Mas isso é inadimissível.

E o final ficou meio sem "capricho" com as coisas indo muito rápido.
samarinha 20/02/2023minha estante
Sim mano!!!!!?!#! Fiquei o livro inteiro pensando se era eu que tinha entendido errado ou se era isso mesmo, pq não é possível!!!??




Roberta - @rkrutzmann 01/10/2014

{Resenha} A-LII
Depois de toda propaganda que eu fiz de A-LII aqui no AT, vocês já deviam imaginar que ele logo seria uma das minhas próximas leituras, não é verdade? E olha que foi uma grande novela conseguir o meu exemplar, porque o livro só foi vendido na Bienal de São Paulo, e eu estava aqui no RS. Por isso pedi para uma das meninas do grupo de "fãs" da Macedo me comprar o livro, mas o banco simplesmente não deixava eu fazer a transferência para ela. No final foi outra pessoa que comprou ele pra mim e me enviou. Fiz tudo isso por um livro? Sim! E faria de novo. Comprei A-LII com as expectativas lá no alto, estava até um pouco receosa de acabar me decepcionando, ou de finalmente ler algo da autora e acabar perdendo o encanto que tenho por ela. Porém a Macedo não decepcionou, fez algo pior, fez com que minha admiração por ela aumentasse e que me apaixonasse por sua história.

"Obviamente esse episódio nem ao menos tinha acontecido para a maior parte da população. A mídia conseguira desviar o foco do povo com esportes, novelas e programas ridículos, como sempre."


O livro nos conta a história de A-LII, ou A52 ou Allie, um clone criado pelos humanos para servir, nada mais. Não foi criada para pensar, nem para sentir. Era torturada das mais diversas, e horrorosas, formas possíveis, e mesmo assim deveria de permanecer calada. Pois a ensinaram desde o início que ela não era nada e que isso era tudo o que ela merecia.

"infelizmente, minha opinião não importa.
Eu não fui criada para pensar. Questionar não é parte de quem eu sou."

Ao mesmo tempo conhecemos Will, um garoto que vive em uma família problemática, onde o pai é um bêbado ordinário, a mãe se prostitui para tentar trazer algum alimento para casa e Will tenta criar seus irmãos pequenos da maneira que consegue. Ele ainda é treinado pela Voz, governo que surgiu depois das últimas guerras, para virar um soldado para poder ajudar no combate contra os rebeldes.

"Não, a vida não é justa.
Nem simples.
A verdade é que crescer é uma bosta."

Allie acaba sendo surpreendida ao ser resgatada do centro pelo Dr. Alec Muniz, mas ela não consegue entender porque ele fez isso, afinal, ela é um clone, não é digna nem de olhar nos olhos dos humanos sem ser punida. Mas ela descobre que seu salvador não é de todo um herói. Mesmo assim, em seu novo "lar", ela descobre várias coisas que fazem sua visão do mundo mudar. Muniz possui uma biblioteca, o que foi a muito tempo proibido pela Voz, e é lá que Allie descobre o que significa liberdade.

"- O que está lendo? - ele perguntou, olhando para capa queimada do meu livro.
- 1984, senhor. - respondi-lhe - o título me chamou a atenção.
Diferentemente dele, eu lhe devia explicações.
- Por que? - ele perguntava, arqueando uma sobrancelha.
- Pois são só números, senhor, assim como eu."

Will e Allie não sabem, mas tem em comum o ódio pelo governo que acabou por destruir suas vidas e, tudo o que querem é vingança. E é na busca por ela que seus caminhos acabam se cruzando.

"Eu tentei quebrar o silêncio.
Mas o silêncio me quebrou."

A história tem seus capítulos intercalados entre Allie e Will, ambos contados em primeira pessoa. Dessa forma, temos acesso imediato a todo o sofrimento pelo qual passam, e já digo uma coisa à vocês, este não é um livro escrito para ser bonito. Foi escrito para causar choque, indignação e acender uma pequena fagulha de revolta em você, que possa vir a virar um incêndio.

"Então peço que se ergam.
Lutem, se puderem lutar.
Ajudem-se, se puder ajudar.
Munam-se de todo conhecimento que puderem.
Agradeço a atenção de vocês, e peço-lhes:
Não deixem que nos calem."

O trabalho da editora com a diagramação está impecável, foi com certeza um dos livros mais lindos que já li e, por isso, não resisti e tirei fotos para mostrar à vocês.

Porém, uma das coisas que me incomodaram muito durante a leitura foram os erros de revisão. Isso nunca tinha me chamado a atenção em nenhum livro, pois muitas vezes eu nem percebo, ou é só um e não ligo. Mas em A-LII foi impossível ignorar porque chegou um momento que tinha quase um erro por página. Mas isso é a minha única reclamação, porque de resto, tanto a autora quanto a editora estão de parabéns.

A-LII foi um tapa na cara da sociedade, na minha opinião. Por mais que a "realidade" do livro seja muito diferente da nossa, percebe-se claramente a crítica que a autora faz a nossa comodidade, ao nosso silêncio perante tudo o que está errado. E isso me fez querer aplaudir em pé quando terminei o livro.

"- O que você quer dizer? - pergunto a outro - Você a viu sangrar, gritar e chorar. O que pode ser mais humano do que isso?
- É exatamente esse o ponto. - responde a voz subitamente soturna - como todo esse sangue derramado, o jeito como ela cresceu, como foi criada. - ele faz uma pausa e suspira fundo - Só existem duas opções, ou ela é o monstro, ou nós somos."

O final fica subentendido, porém não foi necessário mais para me encantar. Aquele final, na verdade, dá vontade de estampar em todos os lugares possíveis de tão tocante e, principalmente, necessário que ele é. Para aqueles que gostam de distopias, não tenham dúvidas em se entregar à A-LII.

"- O mundo é cruel, filho, as pessoas simplesmente fingem não enxergar. Elas escolhem não enxergar."

site: http://www.apenasumtrecho.com/2014/10/a-lii.html#more
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Nat 27/03/2020

Em uma Londres apocalíptica, a população é comandada por um governo totalitária chamado de Voz. A-LII é um clone criado em cativeiro, exclusivamente para testes de empresas de cosméticos. Como ela não é considerada uma pessoa, os testes a machucam e traumatizam, mas diferente dos outros clones, A-LII começa a questionar sua existência. Ela acha que está salva quando o Dr. Alec Muniz a tira do laboratório e a leva para a casa dele, mas não sabe que seu sofrimento ainda não acabou. Enquanto isso, Will, um rapaz pobre, vive para trabalhar e sustentar a casa, tendo que lidar com a mãe drogada e o pai bêbado. Quando sua família é assassinada pela Voz, Will foge acaba se juntando aos rebeldes. É a partir daí que os caminhos de Will e A-LII se cruzam e eles resolvem se unir contra o governo.

Confesso que não sabia o que esperar desse livro, além de muita desgraça. A escrita da Ana me surpreendeu, ela é muito boa na criação de uma distopia e sabe como envolver o leitor do início ao fim da história. Esse foi mais um daqueles livros que quando chega no final, você acha que ainda vai ter uma continuação, e fica esperando por isso, apesar do final ser bem construído e ser coerente. Recomendo.

site: https://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2020/03/a-lii-ana-macedo-dll-2020.html
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Gordo 27/10/2021

Muito bom
Acho que me apaixonei por distopias hahahah dps que li 1985-George Orwell,sabia que seria uma boa ler essa distopia.
Curti DMS o livro,queria uma continuação mas enfim...
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Luleal 02/11/2021

A história merecia mais
Fala sobre dois personagens muito sofridos e que questionam frequentemente sua existência: uma clone usada para realização de testes químicos (e mais algumas merdas) e um menino comum com uma família completamente em caos. Essa história está contextualizada no pós Quarta Guerra Mundial, em que o mundo é governado pela Voz , uma ditadura opressora. Em meio a isso, existe uma rebelião na qual esses personagens farão grande diferença.
Então, o enredo é incrível e tinha tudo p ser uma série perfeita. Mas faltou desenvolvimento, não fica claro como a Voz age e seus objetivos e nem a rebelião, o que poderia ser muito melhor explorado.
Todavia, o livro é bom , a leitura é muito fluída ( terminei em duas tardes) e a autora sabe explorar muito bem os sentimentos e pensamentos dos personagens . De forma que , embora a política do conflito não seja tão bem detalhada, a história não perde seu brilho e recomendo a leitura.

Obs: o livro tem muito gatilho , com cenas de violência física e sexual.
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@cheiade9h 09/08/2014

a primeira <3 HUAEHUAEUA
O que fazer, como viver, depois de ler A-LII? Não, não é exagero! Quem me conhece e acompanha o Livroterapias sabe que, tenho uma queda por distopias e fiquei imensamente ansiosa para conhecer A-LII e... UAU!



Em A-LII conhecemos Allie e Will, dois personagens que não se conhecem de início e sofrem pela Voz. Ambos tem o seu "devido lugar" na sociedade e ambos se questionam sobre o atual governo (a Voz). Enquanto Allie é um clone, Will é humano. Enquanto temos a narrativa ingênua porém marcante de Allie, temos a narrativa realista e racional de Will.

A-LII foi uma leitura intensa e sofrível. Por mais que a Ana tenha escrito A-LII de uma forma meio nas entrelinhas (principalmente nas cenas mais pesadas), é impossível não ser tocado pelos personagens. Como a narrativa é em primeira pessoa (e alternada), temos total acesso aos pensamentos de Allie e Will, nossos protagonistas.

Allie é uma clone, um ser abominável pelos humanos, um ser 'sem alma', e por isso ela não tem uma boa imagem de si, ela se sente como se fosse um pedaço de lixo perdido na sociedade. E muitas das vezes Allie é mais humana que os próprios humanos mas ela não consegue enxergar isso, só há o menosprezo. Os capítulos de Allie são os mais intensos, nossa clone é bem complicada mentalmente, ela vive numa luta diária para ver o seu real valor ou assumir que ela é realmente "um nada".

Já o Will, é o jovem que precisa cuidar de seus dois irmãos, mas convive diariamente com um problema familiar, o pai alcoólatra e a mãe prostituta, que são mais, uns desconhecidos do que os próprios pais. Portanto, seus irmãos são de maior importância para ele. Ele sempre busca estar trabalhando e ter algum dinheiro para melhorar vida deles.

Allie é ""salva"" de seu cativeiro pelo Dr. Alec Muniz. E ""graças"" a ele, ela tem uma nova casa e uma oportunidade de saber como é ser uma humana de verdade. Só que esse senhor não é confiável. Ela começa a participar de eventos com o Alec, e num desses eventos acaba conhecendo Tomáz, que se mostra um cara bom pra Allie, mas sua máscara vai caindo no decorrer da leitura, assim também, a de Muniz.

Com o Will, seu problema com o pai (principalmente) só se agrava, mas Will tem uma oportunidade de entrar no grupo dos rebeldes, onde os personagens Walt e Tony aparecem. Will vai aflorando seu lado revolucionário e criando um laço de respeito e até amizade com esses dois personagem. E em sua primeira missão contra a Voz, acaba conhecendo Allie.

Ambos os personagens estão vivendo num momento de rebelião contra a Voz, nosso Governo opressor da vez. E as questões politicas são desenvolvidas durante a narrativa, nunca muito explícito, deixando o tico e o teco do leitor trabalhar em cima desse tema. E também a ideia de liberdade, vai se soltando pela narrativa.

Há um certo caminho a ser traçado, para que nossos personagens se encontrem e lutem juntos. A-LII pode começar com uma certa lentidão, mas é aquela lentidão necessária, você precisa dela pra entender o personagem, quais são seus ideais e objetivos, que o levam a ter certas atitudes e pensamentos. Nada é em vão na trama.

Fiquei fascinada pela escrita da Ana Macedo! Ela conduziu muito bem os capítulos de Allie, por ser uma clone, há um diferencial nos seus capítulos, eles são sempre mais intensos e ingênuos, causando um reboliço no estômago do leitor. Acontece tanta coisa ruim com Allie, mas que ela não tem a malícia de ver que "tal coisa" foi uma tortura/abuso, que deixa o leitor aflito. Já na narrativa do Will é bem mais simples, mas isso não significa que não sofremos com o que acontece com ele também.

A finalização foi de me tirar o fôlego, foi aquele final "meio" aberto mas conclusivo, se passar daquilo estraga, sabe? E como disse pra autora, tive uma grande vontade de gritar -qq



Toda a construção da trama e dos personagens de A-LII foi muito bem organizada. Ele é o meu mais novo favorito desse ano, e espero que vocês tenham a oportunidade de ler (se gostar do gênero). Valeu muito a espera

site: http://www.livroterapias.com/2014/08/resenha-lii.html
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Raquel 25/08/2014

Genial!
“Não deixem que nos calem.”

“– O mundo é cruel, filho, as pessoas simplesmente fingem não enxergar. Elas escolhem não enxergar.”

Cruel é ter terminado esse livro e não ter palavras para expressar, corretamente, o que foi essa viagem maluca.

Em A-LII, encontramos um mundo destruído, onde a estupidez humana elevou-se a níveis surpreendentes. Aqui existe a Voz, um governo autoritário, ditador e sem escrúpulos, que por uma ironia do destino, silencia à todos que tentem discordar da sua maneira de reger o mundo. Também existem os rebeldes, que tentam derrubar esse governo de alguma maneira. Aqueles que estão cansados de sobreviver à um mundo com valores tão distorcidos.

Nesse meio também existem os clones. Criados pelos humanos não apenas para substituir aqueles a quem amamos que já se foram, mas também para suportarem experimentos de todos os tipos, até as técnicas mais impensáveis de tortura. Essas criaturas são consideradas abomináveis, sem alma, piores até do que animais.
Sim, meus queridos, essa é uma distopia. E, permitam-me dizer, muito bem escrita e desenvolvida. Lembro-me de ter comentado com a Macedo, ao ler alguns capítulos do livro, que eu nunca li nada parecido com esse livro no Brasil, e que todo mundo precisava ler isso.

A-LII é um dos poucos livros que já começam te deixando intrigado, te obrigando a virar a página de um jeito meio frenético. É impossível pensar em outra coisa. E se você é fã de cenas fortes, que deixam os nervos à flor da pele, e te fazem sentir todas as emoções do personagem, como se fossem suas ... bom, esse é o livro para você!

Aqui conhecemos Allie, um clone que passa por situações muito perturbadoras, pra dizer o mínimo. Allie está acostumada a ser tratada como lixo, e tem gravado dentro de si a ideia de que, por ser um clone, ela não merece nem um pingo de consideração, respeito, ou educação. Ela foi criada com um único e simples propósito: servir à Voz e somente a ela.

Mas Allie tinha um problema, um defeito. Allie pensava. Allie sentia. Allie tinha opiniões próprias, coisas que não são esperadas de um clone. As situações pela qual ela passa, são tão fortes, que nos fazem entender o porquê de seu ódio contra os humanos. Seres que não tem um pingo de compaixão por nada que respire o mesmo ar que eles, nem mesmo por outro ser humano. Sim, humanos são monstros capazes de destruir sua própria espécie em busca do poder supremo.

“– Eu sou fruto de uma brincadeira de homens desonestos tentando
suprir seus caprichos. Você é o monstro, eu a criação. Eu não pedi para nascer. O que há aqui são homens sem escrúpulos, brincando com a vida ao seu bel prazer, homens guiados única e exclusivamente pelo desejo de sobrepujarem-se uns aos outros.
– Homens? – ele ri-se – Menina, você está errada. Aqui só há monstros.”

Aqui também conhecemos William, um menino que sofria dentro de sua própria casa, com um pai bêbado e uma mãe prostituta. Ele era a única pessoa responsável pelo sustento da casa e a criação de seus irmãos menores. Mas, por uma crueldade do destino (ou seria da Voz?), Will tem tudo arrancado de suas mãos, sua casa, sua família ... tudo!

E de repente, Will se vê dentro do acampamento rebelde, fazendo parte de algo maior que ele, e que ele nunca considerou abraçar como causa. Mas a única coisa que o mantém lá, não são os ideiais utópicos daquele povo, mas sim sua sede de vingança.

“Quero meus anos perdidos de volta, quero minha infância, e minha juventude. Quero a inocência que me fora roubada tão cedo. Quero minha vida. Minha esperança. Eu quero tanto. Mas o que eu quero,
acima de tudo, é poder fugir desse poço sem fim que suga minha força de vida, que irradia problemas e deforma minha alma, que consome e destrói tudo o que há a sua volta.”

O que eu gostei muito foi a forma como a história foi sendo construída, por dois pontos de vista diferentes, que não se encontram até um momento crucial do livro.

Em uma das missões do grupo rebelde, Will e Allie cruzam caminhos ... e é aqui que o livro fica impossível de largar. Alianças, traições, esquemas sórdidos, verdades reveladas que te deixarão sem chão. Uma rede de acontecimentos que não te deixarão tirar os olhos da página até a última palavra.

A-LII é um tapa na cara da sociedade, assim como toda boa distopia. Um choque direto nas veias, regado de muita ação, adrenalina e honestidade. É mais uma obra espetacular da nossa literatura, que não perde em nada para as de fora. Sério, vocês não vão se arrepender.

"Não importa o quanto tentem nos silenciar, nós reapareceremos;
ressurgiremos da cinzas, em nome de cada um que já morreu de alguma forma lutando por sua liberdade, correndo em busca de seus direitos. Não porque somos incorruptíveis, morais ou melhores, nem mais espertos, iluminados, ou qualquer coisa parecida, mas porque somos conscientes de nossos traumas e dores, de nossas falhas e temores. Porque, onde houver opressão, o povo há de se erguer, guiado por alguém altruísta o suficiente para importar-se mais com seus ideais do que com seus caprichos."

site: http://livrosentregarotas.blogspot.com.br/2014/08/resenha-51-lii.html
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Tissiane.Santos 03/09/2021

Não deixem que nos calem
Não deixem que nos calem, levantem e lutem, não deixem que nos calem.
Livro sensacional, que nos mostra uma realidade distópica, muito bem escrito e pensado.
Me recorda distopias famosas, como 1984, Farenheit 451 e Admirável mundo novo.
Os personagens são muito bem trabalhados e a história é emocionante. E nos traz a mensagem de que não deixemos de lutar, pelo que acreditamos, pelo que amamos e que principalmente jamais esqueçamos pelo que lutamos.
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LaAs171 14/12/2021

Incrível
Uma perfeita demonstração de como a literatura brasileira pode ser incrível e de enorme significado emocional. Que te prende e te faz refletir
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