A festa da insignificância

A festa da insignificância Milan Kundera




Resenhas - A Festa da Insignificância


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Hildeberto 27/03/2024

Reflexões boas, enredo nem tanto
"A festa da insignificância", de Milan Kundera, é um pequeno romance filosófico. O enredo é simples - um grupo de amigos conversando sobre a vida, uma festa no apartamento de um deles -, servindo como pretexto para o autor fazer suas reflexões.

Por um lado, os pensamentos de Kundera são originais e instigantes; por outro, a narrativa é um pouco monótona, não cativando realmente o leitor. De todo modo, por ser um livro pequenino e leve, vale a pena como uma leitura descontraída.
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NathAlia1007 21/03/2024

Não recomendo
O livro inteiro é meio sem pé nem cabeça, parece um papo de bêbados, dá a impressão que o autor simplesmente saiu escrevendo tudo que veio na cabeça enquanto tava chapado.
Não recomendo e se pudesse voltar no tempo, nem leria?só me obriguei a terminar e não abandonar por ser pequeno.
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Lívia 16/03/2024

A festa da insignificância
"Nós compreendemos há muito tempo que não era mais possível mudar este mundo, nem remodelá-lo, nem impedir sua infeliz trajetória para a frente. Havia uma única resistência possível: não levá-lo a sério."
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Beatriz 26/02/2024

A impressão que tive é de que me juntaram a um grupo de bêbados desconhecidos em uma festa e lá pairei por algumas horas. resumidamente, me senti desta forma com esta leitura.

Tudo começou com uma festa para comemorar um câncer que não existia e toda a significância que dão as pessoas quando estão elas ?à beira da morte? e em algumas pausas desta festa há stalin com seus
companheiros no imaginário de meus companheiros falando sobre como a cidade de stalingrado mudou com o passar dos anos e ainda irá se modificar.

de fato, um brinde a nossa insignificância que é insignificante para os outros, mas para nós mesmos é de uma significativa significância
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Catu 31/01/2024

"A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome.[...] Respire, D'ardelo, meu amigo, respire essa insignificância que nos cerca, ela é a chave da sabedoria, ela é a chave do bom humor..." (pág. 132)


Meu primeiro contato com o Kundera. Primeiro ouvi falar do "A insustentável leveza do ser", famigerado e título tal que despertou curiosidade mas não há ponto de logo lê-lo pois só anos depois que resolvi pegar alguma coisa do Kundera para ler. E o escolhido não foi ele. Peguei o que estava ao alcance de minhas mãos na prateleira alheia.

Agora, sendo objetiva sobre "A Festa da Insignificância": é uma trama curta, de enredo e linguagem simples. Cinco amigos e vários eventos aparentemente sem importância (insignificantes, daí o título) que se desenrolam ao longo de poucos dias. No meio, evocações e situações hipotéticas do por quê do abandono materno sofrido pelo Alain que ganham voz e corpo ( bem legal como vemos a figura da mãe se materializando), junto com a explicação da nomeação do enclave russo de Kaliningrado (parte pretexto para crítica ao Stalinismo).

Tudo permeado por um humor e filosofia sutis. Divagações várias, gostei principalmente do lance de "como se criam seres desculpantes", aquilo me pegou.

E ah, o modo como ele apresenta o que está rolando em um mesmo momento com personagens em ambientes diferentes, ou situações não compartilhadas entre si, é bem legalzinho me lembra uma contação de história dos anos 90/2000: "enquanto isso, o que será que esta acontecendo lá do outro lado, hein????Vamos descobrir agora...", e corta para esse lá. Algo assim meio "lúdico", curti hahaha.

Dois pontos que podem incomodar:
1. partes um pouco confusas para se situar temporalmente na hora da história do Stálin; 2. personagens mulheres propositalmente bobas ou negativas de alguma forma (ou aparentam ser).

O final se arremata sem muitas surpresas, o que é de se esperar pela trama espacial bem demilitada no cotidiano de pessoas comuns, e arremata de maneira satisfatória o argumento principal (a insignificância de propósitos é uma constante no viver e seus atos).

Vale ressaltar, edição física é muito bonita, capa dura mais minimalista e folhas amareladinhas, fonte e espaçamento confortáveis para leitura.

No geral, por ser um livro curto, de linguagem sem rebuscamentos e rápido de ler, é uma ótima pedida para uma noite de insônia (foi o meu caso, aprovei).
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gabioubia 17/01/2024

No início já adorei por ser viajado demais
no final só fiz confirmar que foi a coisa mais fumada que já li
por isso me identifiquei
me identifiquei com Alain também o desculpante
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Gabi 04/01/2024

Homens filosofando e as vozes da cabeça deles
Primeiro ponto sobre esse livro: comecei a ler, ignorantemente pensando que o livro foi escrito por uma mulher, mas na verdade milan é um homem branco.
Segundo ponto: a trama tem um estilo muito parecido com ?o mundo de Sofia? que também é uma obra que mistura lições filosóficas, história e ficção - mas diferente da obra de Gardner, esse livro é mais adulto é bem mais machista, com uma visão da mulher quase que objetivista além de demasiadamente materialista. Foi uma leitura estranha e incomoda nesse aspecto.
Terceiro ponto: todos os personagens estavam na casa dos 40 em diante, mas as mulheres a quem desejavam eram claramente muito mais novas, o que também me incomodou.
Quarto ponto (positivo, dessa vez): a história se dá a partir das ideias e pontos de vistas e vivências de cada amigo do grupo, Alain, Charles, Ramon, D? Ardelo (que não é tão amigado assim, mas ele conta pra todo mundo que vai morrer de câncer e faz uma festa pra comemorar vida e morte - mas ele não vai de fato morrer porque ele não tem câncer, Calibã (que tem esse nome devido ao papel que interpreta numa peça, pois é ator - peça essa na qual pinta a o rosto de marrom e os cabelos de preto (black face) e tem mais mas não lembro o nome. Também têm 3 personagens femininas, a mãe de Alain, uma jovem empregada portuguesa, La Frank e a namorada de Alain.
Quinto ponto (conclusão): de fato os pontos levantados pelos personagens da trama e a história sobre Stálin que acompanha a trama concomitantemente, fazem sentido no livro, os elementos meio místicos e filosóficos também fazem sentido - mas ficam meio apagados por trás da representação dos egos dos homens brancos protagonistas da trama.
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Luiz111 28/12/2023

Ser ou não ser?
Tem livros que nos animam, outros nos entristecem, outros nos desafiam. Em A Festa da Insignificância acompanhamos a história de quatro amigos. O livro não conta grandes aventuras ou algo assim, mas fala sobre a importância do não ser, a importância das coisas pequenas, a importância da insignificância. Numa época em que todos se cobram sobre tudo e todos ao mesmo tempo, creio que devemos ter uma certa noção de nossa pequenez. Segue um trecho:

?Agora, a insignificância me aparece sob um ponto de vista totalmente diferente de então, sob uma luz mais forte, mais reveladora. A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muita coragem para reconhecê-las em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender amá-la. Aqui neste parque diante de nós, olhe, meu amigo, ela está presente com toda sua evidência, com toda sua inocência, com toda a sua beleza."
Udson3 28/12/2023minha estante
A prosa do Kundera é excelente. A forma como ele poetisa melancolicamente a vida torna os fatos mais simples densos e reflexivos. Qualquer título desse autor vale a pena.




lari.fernan 24/11/2023

Qual a melhor história para começar a ler Milan Kundera?
A narrativa foi truncada e pouco interessante, não senti que fluiu de uma maneira orgânica de um capítulo para outro, infelizmente foi uma leitura rasa, ou melhor, quase insignificante se não fosse pelo capítulo A árvore de Eva que aborda o desejo de aniquilação de uma das personagens da história. Tenho a sensação que não acertei ao escolher esse livro como a história introdutória ao universo do Milan Kundera, mas isso não me desistanciou da possibilidade de ler outras obras do autor futuramente.
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Michela Wakami 20/11/2023

Muito bom
Esse é um livro para ser lido com calma e com atenção.
Em poucas páginas o autor nos trás muitas informações, mas de uma forma bem organizada.
Ele contém histórias paralelas que se cruzam de alguma forma e tudo fica muito bem amarrado.
Escrito de uma forma peculiar, esse é um livro que pode não agradar a todos, mas para você que gosta de ler livros com escritas diferentes, você irá se deliciar com essa leitura.

Esse foi o último livro publicado do autor, no ano de 2014, que tinha 85 anos quando escreveu essa obra.
Gleidson 20/11/2023minha estante
Eu tenho esse livro, mas fiquei com medo de ser uma decepção pq gostei muito de A Insustentável Leveza do Ser. Mas bom saber que vc gostou


Michela Wakami 20/11/2023minha estante
Pode ler sem medo, Gleidson.


Rogéria Martins 20/11/2023minha estante
Bom saber que você gostou, amiga! Já estou animada para pegar também ??????


Michela Wakami 20/11/2023minha estante
Acho que você vai gostar, amiga. ????????




Renata Barreto 04/11/2023

Passei um pouco mais de um ano nessa leitura. Reiniciei o livro duas vezes, reiniciei parágrafos várias vezes. É um livro curto e que eu me perdi diversas vezes. Agora o trecho final, da insignificância, me pegou demais. Quero relê-lo em outro momento.
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Bruce 26/08/2023

O estilo de Milan Kundera sem seu brilho usual
Esse é o terceiro livro que leio do autor e o achei bem aquém dos anteriores, ?A insustentável leveza do ser? e ?Risíveis Amores?. Mantém-se a dinâmica de personagens bem delineados e diálogos que expõem - e levam - a reflexões curiosas; contudo, neste ?A festa da insignificância? a maioria desses momentos é simplesmente decepcionante.
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Camila W 01/08/2023

A beleza da insignificância
O curioso desse livro é que ele vai se entrelaçando em vários caminhos que você começa a se questionar pra onde ele ta levando e mesmo sem entender muito bem você só vai porque a leitura é muito fluida e gostosa? até que você vai vendo que aquelas histórias sobre acontecimentos banais do dia a dia formam uma grande alusão sobre a beleza e os caminhos dessas pequenas coisas que não significam muita coisa mas que são o que fazem da vida a vida? o entremeio, não o que a gente faz, mas o que acontece.
Adorei!
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Lys Coimbra 29/07/2023

Um deleite
Kundera nunca (me) decepciona!
Ao ler suas obras, mergulho em reflexões tão profundas quanto delirantes e, muito embora a essência de algumas tramas pareçam meio triviais, as discussões trazidas no desenrolar do enredo são um deleite para minha alma.
Leio e releio suas obras e ele será para sempre um dos meus escritores favoritos!
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Osmar Weyh 27/07/2023

Um encontro de velhos amigos
A obra retrata quatro amigos que se encontram para um evento, uma festa. A obra em si se assemelha muito a um teatro, sendo facilmente portada aos palcos ou às telas. Existe essa crítica social e política presente em Kundera, principalmente nas alfinetadas de Stalin e sobre uma nova geração que desconhecendo o passado político, não possuem a lembrança ou mesmo até quem foram essas figuras cruéis da história. Mas o que mais me prendeu foi uma analogias ao umbigo, como o quarto ponto de ouro no corpo erótico feminino. Este, formado pelas coxas, bunda e seios, seria acrescido pelo umbigo, que diferente dos demais, não possui formas definidas, tão pouco o apelo sexual e de excitação. Portanto, não podem ser objetificados para representar a individualidade de cada mulher, já que não representa informação sobre essa mulher, mas que possui uma forte ligação ao feto que futuramente estará conectado. Sendo, não só uma revolta para as repetições, como um apelo às repetições.
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