Alexandre 08/11/2015
Do olhar que floresce
Um olhar que ama floresce os tons da vida, prove poesia aos detalhes e aos momentos, extrai lições do mais brando e invisível. Há quem carregue essa leveza e constrói caminhos margeados com flores de beleza ímpar. Saber viver é saber colecionar instantes, colher da poesia, pétalas ricas em aprendizado e em emoção; ter ciência das cores no avesso das vestes, da essência que aquece a textura dos momentos. Assim demonstra o livro “Da poesia, fez-se flor” [Ed. Penalux 2014], uma obra que nos mostra o lado doce dos encontros, o belo que se cultiva nos desdobramentos pelos quais a alma passeia e experimenta.
Juliane Rodrigues sorri suas impressões com um romantismo suave, acalentador, que deduz as sensações provenientes do seu zelo em cuidar dos momentos. Ela realimenta sua fé, sua emoção interior e deriva um jardim da poesia fluída em seu coração. Seu olhar cultiva calmaria, palavras imbuídas de paz, feito um caloroso abraço. Nítido é a sua busca em conhecer as tonalidades do amor e da esperança, torná-las sementes para bonitas e fragrantes flores nascerem no coração. O amor fica evidente. Seu olhar floresce em nós a capacidade de perceber o belo em todas as instâncias. No semblante de quem sabe amar, moram os meios para desvencilhar a flor da poesia. E a autora demonstra em textos esclarecedores o quão temos motivo para sorrir e tirar o melhor do que vivenciamos. Ela nos ensina a sair do abrigo e a abrir os olhos perante as bonitas cenas que se suavizam em plena soltura e emoção.
“Da poesia, fez-se flor” é uma obra que evidencia o quão há beleza à espreita, furtiva por todo e qualquer lugar, presente em todos os momentos e experiências pelas quais estamos sujeitos a viver. É um reduto de carícias, um impulso ao ser que clama por felicidade, ornamentos que amaciam a vida e pincela, tirando do amargo e da dor, cores de bonita afeição. Em companhia com a sensibilidade a Juliane instrui às nossas almas algo que devíamos saber sempre: o amor, seja como for, sempre será bonito.