Rafael 17/08/2015
A utopia virou servidão
No livro é mostrado as práticas de engenharia social após a revolução bolchevique de 1917. O meio pelo qual, o governo comunista liderado por Lênin fizera para consolidar o regime. Em busca da suposta “igualdade social”, perpetuou-se uma das piores tiranias do século XX.
Lenin e os bolcheviques estavam com o poder nas mãos. Todavia, não era ter apenas o poder, mas o que fazer com ele. O “meio” era elaborar uma mudança drástica no país: desde o modo de produção até o controle comportamental. E foi o que fizeram.
Na transição do golpe de outubro de 1917 até a formação da União Soviética de 1922, e também posteriormente, ocorreu de forma drástica à censura a qualquer tipo de oposição ao governo: na mídia, no meio artístico, no meio religioso. Artistas foram deportados do país. Mosteiros foram destruídos, padres foram mortos. Livros da época czarista foram queimados.
Além do controle quase integral da economia. As grandes empresas, fábricas, foram tomadas da população (roubadas) e depois estatizadas e, assim, ficaram nas mãos do governo com o poder total sobre os recursos .
Era, portanto, um regime que não poupava ninguém – os “meios” pelos quais praticavam sua “política” só resultaram em genocídios, deportações, roubos, destruição da consciência individual da população. Tudo isso tendo como base a destruição da tradição cultural czarista, que era anterior ao regime.
Enfim, a busca pela utopia, pela liberdade, trouxe servidão controlada pelo regime central. Agora, realmente existiam duas classes: a dos operários (escravos do governo)e a burguesia (quem estava no poder) gozando de privilégios. Assim, a utopia virou servidão.