Brasil em jogo

Brasil em jogo Andrew Jennings
Jorge Luiz Souto Maior




Resenhas - Brasil em jogo


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Arthur 18/02/2022

Denúncia de problemas urbanos graves
Há um tempo, por conta de uma promoção da editora Boitempo, comprei alguns livros que li já com um pequeno distanciamento temporal em relação ao tema tratado. Foi o caso de "Brasil em jogo", um compilado de diversos artigos, de diversos autores, sobre a recente realização dos grandes eventos esportivos no Brasil (Copa do Mundo e Jogos Olímpicos de Verão), suas causas e consequências.
O livro conta com artigos bem curtos e de fácil compreensão (você não precisa ser urbanista, geógrafo ou economista, por exemplo, para entendê-los) e, em geral denuncia os problemas urbanos decorrente dos processos ligados à realização dos jogos, tal qual a gentrificação de diversas áreas das cidades-sede, remoção e despejo de população vulnerável, corrupção e a criação de uma espécie de Estado paralelo, passando por cima da legislação vigente a fim de atender as demandas do capital - diretamente ligados às entidades organizadoras dos jogos e aos eventos em si.
Embora o livro seja muito bom, a contrapartida são 2 artigos com um tom propagandístico, mas que servem como contraponto válido e legítimo, inclusive para a crítica.
Uma boa leitura.
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Jota 19/08/2021

Malditos eventos
A realização da Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil se mostraram um desastre. Isso já estava claro desde que a imprensa brasileira apoiou e festejou a escolha do nosso país como sede.

Esse livro analisa esse processo, desde a inicial empolgação com os eventos, as primeiras críticas, o posterior sentimento generalizado de que tudo aquilo foi um erro e as relações das consequências dessa insatisfação popular nos rumos políticos.

Leitura importante, e um assunto necessário para entender o Brasil pós-Copa de 2014.
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João Moreno 22/10/2019

Para a Esquerda que não teme dizer o seu nome [1]
Publicado em 2014, um ano após as manifestações conhecidas como Jornadas de junho, o livro foi composto por diferentes textos de diferentes especialistas. Assim, os Megaeventos foram tratados pela ótica do direito (SOUTO MAIOR, 2014), do urbanismo (MARICATO, 2014; ROLNIK, 2014, VAINER, 2014, e MTST, 2014), do jornalismo investigativo, denunciando as federações e comitês (JENNINGS, 2014), do futebol como construtor da identidade nacional (LOPES, 2014) e do processo histórico por trás dos nomes FIFA, COI e CBF (FERREIRA, 2014). Como ponto negativo, os textos propagandísticos – (LASSANCE, 2014; FERNANDES, 2014) – que não serviram como contraponto, mas como releases governamentais, com adjetivos não perdoáveis aos textos de assessoria de imprensa.

O interesse pelo livro reside na atuação das gestões petistas e em como estes governos – autoproclamados de esquerda – submeteram-se ao capital financeiro internacional, às grandes organizações esportivas, às empreiteiras, financiadas, também, com dinheiro público, para, em nome do tão propagandeado “legado”, promover acordos não republicanos em obras de estádios, loteamentos de áreas públicas para fins privados, desapropriação irregular de moradores e a perpetuação da miséria, removendo os miseráveis para as distantes periferias, ao mesmo tempo em que a intervenção pública causava a supervalorização imobiliária, expulsando moradores antigos de suas casas diante do aumento exponencial de aluguéis. O partido dos pobres e do povo e dos clichês populescos não esteve tão preocupado com as “cidades mais desiguais, socialmente mais segregadas, nas quais os eventuais benefícios são apropriados pelas camadas de renda média e alta, mas sobretudo pelos detentores da propriedade fundiária e pelos capitais da promoção imobiliária” (VAINER, 2014, p. 73). Ao final da leitura, sobra a revolta: quem nos dera se o “legado” da Copa (e Pan Americano e Olimpíadas) se resumisse aos 7×1 no campo, apenas.

Para um resumo dos artigos, ver link abaixo.

[1] O título faz referência à obra de Safatle, não pelo conteúdo, ainda não lido, mas pelo que ele sugere e faz pensar.

site: https://literatureseweb.wordpress.com/2019/07/07/megaeventos-brasil-em-jogo-um-resumo/
uab 03/12/2022minha estante
O Brasil conseguiu realizar mais um evento mundial e conseguiu aprovação da Fifa. Para o torcedor raiz é sempre uma alegria um evento mundial dentro do país e a montagem de uma seleção com chances de mais um título. .Para política de resultados nem sempre. Desta feita foram destaques na mídia os sempre já frustrados com a realização de uma Copa num momento inoportuno e cheio de corrupção com o futuro impedimento da primeira mulher presidente , incluindo os que odeiam os esporte mais popular do mundo(em pesquisas feitas recentemente sempre ganhou em primeiro lugar em porcentagens quem não gosta de futebol(incluindo em grande número mulheres ) e também o torcedor raiz que viu um catastrófico resultado em campo. Perder de 7 a 1 em qualquer lugar do mundo já seria motivo de revolta geral daqueles que adoram futebol geral , imagine dentro da própria casa e faltando um passo apenas para chegar numa final para recuperar o fato de uma seleção campeã do mundo nunca foi campeã quando sediou uma Copa. Vale lembrar que o Brasil acabou fazendo vários recordes negativos, além de nunca ser campeão em casa: Uma raridade no futebol uma anfitriã perder uma partidal em fase eliminatória de 7 a 1 em semifinal , repetir um 7 contra como ocorreu com a anfitriã Suiça em 1954 mas ela conseguiu fazer 5 contra 7, portanto com apenas dois gols de diferença. O Brasil tomou 6 de diferença . Superou os rivais , por exemplo e lembrando que outros sulamericanos foram goleados : a Argentina, que perdeu dos tchecos por 6 a 1 em 1958, mas fora , na Suécia , também do Uruguai em 1986, no México, que perdeu de 6 para a Dinamarca. Superou o vexame do século passado , em 1950, quando chegou na final perdeu a Copa em casa para o maior vencedor de Copa América , o Uruguai. Ainda para terminar o vexame: Nenhuma seleção européia tinlha vencido nas Américas e a improvável Alemanha e seu futebol de resultados conseguiu o feito e além de não deixar o Brasil chegar na final , ganhar e disparar ainda mais em Copas, a Alemanha encostou nos títulos mundiais dos brasileiros simplesmente ao bater um dos maiores rivais do Brasil: A Argentina, que conseguiu, aos trancos e barrancos, ser melhor que o Brasil na classificação para a final e perdeu por um placar mínimo. Enfim todos os setores acabaram insatisfeitos e a mancha negra no panteão de histórias da seleção brasileira vai ficar para sempre. Pífio em campo. Pífio mundial . Neymar quase aleijado por um colombiano. Luis Felipe Scolari que era 100 de vitória perdeu 50 por cento de tudo isso com o vexame de 7 a 1. Curiosamente ele tinha sido campeao do novo século de Copa contra a própria Alemanha . Curiosamente era a segunda partida em Copas apenas entre os maiores conqusitadores de Copas.




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