Jefferson Reis 16/02/2013Muito Bem Passado!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Passando a limpo, de Eduardo Bueno, é um maravilhoso livro que conta de forma abrangente, com sebosos detalhes, a história da higiene pessoal no Brasil, viajando, por fatos históricos de todo o mundo, permitindo constatar - novamente - que a política está presente em tudo, que a religião desgraça tudo e que a ignorância humana é repleta de maravilhas, perigos e de uma força inimaginável. Relatos, sobre os perfeitos asseios dos hindus e indígenas, a podridão dos europeus, que em alguns casos, chegavam ao extremo de tomarem apenas dois banhos "de corpo inteiro" em toda a vida. Curiosidades inacreditáveis do processo civilizatório, que servem de fundo, para a descrição da criação e evolução de alguns, dos principais itens de higiene. Como a ducha, criada em 1867 pelo francês Merry Delabost (nome sugestivo); as primeiras escovas de dente, feitas de ossos e pêlos de porcos; o primeiro vaso sanitário, criado em 1597, porém, para uso exclusivo da rainha; e o papel higiênico criado em 1857.
Antes disso, aliviavam-se, das pressões intestinais, nas moitas, no meio da rua, e dentro de casa mesmo, junto com os animais, em baldes, bacias, tinas, que depois de cheios eram arremessados nos rios pelos escravos. E para a limpeza das “partes”, se usava sabugos de milho, raízes, folhas e a velha e boa mão esquerda. Isso é uma pequenina amostra do conteúdo deste indispensável livro. Seja você, estudante da área de saúde, humanas ou apenas um sádico curioso.