Cris609 05/09/2022
Tenho certeza de que se você passou por uma livraria nesses últimos dois anos, você deu de cara com esse pequeno livrinho na prateleira dos mais vendidos. E aposto que de deu uma enorme vontade de ler, mas o tamanho... o preço... Se você apenas olhou e foi embora não fique triste. Apesar de fazer algum sentido, o livro é chatíssimo. Acredite.
O autor elabora uma teoria interessante. Fala que, no geral, tudo que é antifrágil é melhor. Para ele ser antifrágil é o oposto de ser frágil. Coisas frágeis se quebram fácil. Por outro lado, tudo que se beneficia da volatilidade, da desordem, dos erros e do estresse é antifrágil. Ou seja, "toda e qualquer coisa que apresenta mais vantagens do que desvantagens a partir de eventos aleatórios (ou de certos impactos) é antifrágil".
Ele defende também que a antifragilidade está além da resiliência ou da robustez, uma vez que esses últimos resistem às colisões e permanecem iguais, ao passo que o antifrágil fica cada vez melhor.
Portanto, melhor que prevenir e calcular eventos aleatórios, que são imprevisíveis, é apostar na antifragilidade. Privar-se de sistemas estressores não é necessariamente uma boa opção para o aperfeiçoamento. Quando você está frágil, por exemplo, depende de que as coisas sigam com exatidão o curso planejado, com um mínimo de desvio possível. O antifrágil, porém, se beneficia do caos.
O autor aplica esses conceitos a tudo. Fala sobre saúde mental, medicina, ética, ciências, negócios e tecnologia. Em muitos momentos faz sentido, em outros, nem tanto. Às vezes é interessante, mas, no geral, é chato e exaustivo. Além disso, o autor não tem um método ou um rigor científico (justamente sua teoria), o que dá a impressão de que suas ideias estão mais no campo do achismo do que no do estudo crítico.
Vale a pena ler? Vale.
É chato? É.
Tem que ter filtro? Muito.