Resenhas - A Fuga

Isabela.Finotti 28/12/2021

Acabou ):
A sensação de acabar uma série é maravilhosa e triste ao mesmo tempo, né?
Não acredito que a Ellie voltou com o Lee. Fiquei os 10 livros esperando rolar algo com o Homer e, quase no final, o comentário da Bronte me deu uma super esperança, e aí eu fui brutalmente decepcionada com a Ellie escolhendo o Lee. Fora isso, gostei do jeito que a série foi finalizada. Não foi um dos melhores livros, mas mesmo assim foi bom.

P.S.: A Ellie é extremamente azarada, né? Meu Deus, nunca vi tanta coisa dar errada. Mas considerando que ela sobreviveu mesmo com tudo dando errado, talvez ela seja sortuda.

Leo 16/09/2021

Um merecido descanso
Avaliar o último livro de uma série de forma isolada é sempre complicado.
Esse livro em especial aborta alguns dos ganchos deixados desde o primeiro da nova trilogia, mas funcionaria bem como livro solo. Se baseia em duas tramas com começo, meio e fim, bem escritas e envolventes que, ainda que tenham relação, parecem quase isoladas dentro do mesmo livro também.
E esse é meu único problema com a trilogia como um todo. Ela parece uma coletânea de contos do pós-guerra que, mesmo tento uma cronologia e uma causa-efeito, de forma geral parecem fatos isolados causados por puro azar. E alguns inclusive os são.
Entendo que a vida tem diversas coisas acontecendo simultaneamente e eu gosto muito do jeito que os livros abordam isso, porém, talvez, funcionasse melhor como um único livro grande contendo as 5 ou 6 histórias de forma separadas que sao contadas em 3 livros que mais parecem um compilado mesmo.
A Ellie é uma personagem extremamente forte e cativante assim como todos os demais personagens secundários e eu gostaria de lembrar mais da série original para aproveitar ao máximo, mas com certeza vou sentir falta desse grupo e dos novos membros dele.
A história poderia facilmente ser revisitada, mas qualquer outra história envolveria outro "desastre" então fico satisfeito com o final que se acomete e, dito isso, se sair algum dia algo novo, eu vou ler

Luh 20/07/2018

Perfeito..
Amei a finalização, o fechamento da história.. tem momentos ótimos, hilariantes, onde você se diverte junto com os personagens, tem aqueles momentos onde seu coração fica apertadinho e você precisa se cuidar pra não chorar... achei triste demais algumas coisas... É desde o primeiro livro da série Amanhã,sempre torço para a Ellie ficar com o Homer.. Sei que desde o primeiro livro ela sempre foi apaixonada pelo Lee.. Mas a gente cria expectativas.. a gente sente que vive junto com os personagens... E a gente sempre pode sonhar né. Mas achei tudo de bom. Recomendo toda a série.. apesar de longa é maravilhosa.

Mayara 03/03/2017

Amanhã, Depois de Amanhã e para sempre
Quando lançam algo sobre uma saga que já está lindamente encerrada, me bate uma apreensão indescritível. A primeira coisa que penso (e me perdoem o ceticismo) é que não passa de uma estratégia para ganhar mais dinheiro. É mais fácil se aproveitar de algo que já tem nome e reputação para vender, do que arriscar um material completamente novo. Mas dessa vez eu fui obrigada a deixar todas as minhas opiniões pré-concebidas de lado e admitir: Depois de Amanhã não é uma história cheia de encheção de linguiça escrita para ocupar as prateleiras das livrarias e chamar a atenção dos fãs de Amanhã. John Marsden, mais uma vez, nos mostrou o seu grande potencial artístico com uma continuação bem feita, ricamente elaborada e extremamente contributiva para a história que já conhecemos e pela qual nos apaixonamos.
Como uma leitora que se preza, eu provavelmente deveria reler Amanhã antes de falar sobre, mas não lembrar dos detalhes não me impede de ressaltar – com convicção – os aspectos de interesse da saga. A série gira ao redor de um grupo de oito jovens que, por mero acaso, escapam de uma invasão na sua cidade. Enquanto buscam as explicações sobre o que está acontecendo, são obrigados a sobreviverem em condições selvagens e a se tornarem guerrilheiros. Os livros poderiam abordar críticas políticas e socioeconômicas de forma intensamente inteligente e mesmo sutil, entretanto, a escolha pessoal do autor de focar no amadurecimento pessoal dos personagens nos faz ver os acontecimentos sob uma perspectiva completamente diferente, e não menos enriquecedora.
Qualquer estudo básico de história pode nos dizer que guerras acontecem por interesses territoriais e econômicos, mas são poucas obras que nos mostram os efeitos que uma guerra causa não nos soldados, mas nas pessoas comuns que apenas estão tentando viver suas vidas. Ellie, Homer, Lee, Fi, Robyn, Kevin, Corrie e Chris são oito dessas pessoas, arrancadas bruscamente de suas rotinas e jogadas no meio de um campo de batalha. Aproveitando-se do conhecimento geográfico que possuem (parte deles foram criados em fazendas), eles organizam contra-ataques não só para conseguirem suas vidas de volta, mas para se vingarem de todas as injustiças pelas quais seus pais e entes queridos estão sendo submetidos. E as consequências psicológicas de seus atos são profundas e irreparáveis.
Mas Amanhã não é apenas sobre como desenvolver estratégias de guerra, como encontrar esconderijos, como causar explosões, como cometer assassinatos ou como manter a integridade física e emocional intacta em um mundo caótico. Amanhã é, acima de tudo, sobre amizade. Nossos personagens preferidos não teriam sobrevivido a tantas atrocidades se não tivessem uns aos outros, por mais que tenham sofrido perdas ao longo do caminho. E Depois de Amanhã reforça ainda mais esse elo entre eles: o vínculo pode ter sido estabelecido por causa de uma guerra, mas se manteve por muito mais do que isso. Enquanto acompanhamos Ellie na sua tentativa de se reerguer num cenário pós-guerra, percebemos que os relacionamentos que ela construiu são muito mais valiosos do que as suas notas na escola, a renda de sua fazendo ou os seus atos heroicos. Foi uma experiência única assisti-la reconstruir a sua vida, curar cicatrizes do passado e abrir seu coração para um futuro no qual a tranquilidade e o amor são possíveis.
Eu poderia discorrer muito mais sobre cada personagem individualmente, sobre as relações estabelecidas entre eles e sobre os “e se” que ainda pairam na minha cabeça, mas acho que basta dizer que, se Depois de Amanhã não tivesse acendido uma pequena chama de entusiasmo dentro de mim, nada mais acenderia. Se não tivesse me feito perceber que, apesar da linha entre o certo e o errado ser tênue, ela é definida, nada mais faria. Se não tivesse aberto os meus olhos para a complexidade do ser humano, nada mais abriria. E, por fim, se não tivesse suscitado a percepção da minha própria capacidade de superar adversidades e atribuir um sentido a minha vida, nada mais suscitaria. As duas sagas consistem em drama sobre um grupo de amigos cujas vidas mudam para sempre, mas a vida mais impactada foi a minha, pois carregarei essas histórias comigo hoje, amanhã, depois de amanhã e para sempre.