Camille 08/09/2014Sensível e delicado como tinha que ser.Quando Lilly conhece Colton, eles ainda são pequenos. Crianças, apenas. Ele desenhava fora das linhas e ela brigava com ele por isso, então ele se esforçava para ser perfeito.
Lilly, como qualquer criança, tentava se provar para ele. Sendo mais velha, achava necessário mostrar como as coisas poderiam ser divertidas. Suas idéias, entretanto, não eram brilhantes, e as experiências poderiam ter sido traumáticas senão fosse por ele.
Anos mais tarde, eles se reencontram na escola. Logo se reconhecem e começam uma amizade. Ele sem falar muito, sem olhar nos olhos, sendo brilhante artista. Ela tentando acompanhar cada ação dele, sem vê-lo de forma tão diferente. Ele é um garoto, afinal de contas.
Puddle Jumping foi uma surpresa: não conhecia a autora ou o livro, mas bastou um capítulo para que me envolvesse na história. Colton é autista, Lilly está apaixonada. Juntos, eles aprendem um sobre o outro e sobre o amor verdadeiro.
Lilly está mais que disposta a entendê-lo. Ela quer saber como ele pensa, como age e porque toma certas atitudes. Quer conhecê-lo para além do autismo, e é inevitável que o ame.
Ele presta atenção nos detalhes. Sabe qual o humor dela por conta das músicas que escolhe, descobre como gosta de segurar sua mão, está disposto ao necessário para ficar com ela. A garota maluca de sua infância, que ele jamais esqueceu.
Em uma história delicada, sensível, Amber L. Jackson discute o autismo e o amor, sem necessariamente impor barreiras ao romance. Pelo menos não aquelas às quais estamos acostumados a ler.
Gosto da forma que ela escreve o livro, da narrativa que nos faz não querer parar de ler nunca. Da forma como nos conquista a cada página de novo e de novo, provando que é realmente boa escritora.
Puddle Jumping é um livro para se amar, guardar na estante e reler vez ou outra, já que tem o necessário para um romance único em tantos níveis que é impossível resistir.