De repente, uma batida na porta

De repente, uma batida na porta Etgar Keret




Resenhas - De Repente, Uma Batida na Porta


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Pisi14 24/08/2023

O impossível vira rotina
Todos os contos deste livro mostram histórias em que os personagens são "presenteados" com situações e personagens surreais, inesperadas e das quais não conseguem fugir, como se tivesse caído num buraco fundo sem possibilidade de escapar.

Algumas histórias são mais engraçadas que outras e creio que seriam melhores se tivessem sido apresentadas em contos mais curtos.
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Fabi 20/04/2023

São quase 40 contos. Temas diversos, mas chamou a atenção para a frequência de traições e divórcios em uma parte considerável deles. A escrita é fluida, a leitura é fácil. Alguns finais parecem incompletos. Acho que é charmoso, até.
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deborafv 31/01/2021

A escrita desses contos me soa extremamente familiar, como se eu já tivesse ouvido/lido algumas das histórias de um outro lugar. Etgar Keret é como um amigo lhe segredando alguma situação inédita que aconteceu a ele. É o tipo de pessoa que traz questões que nunca tinham passado pela nossa mente, mas ao abordá-las temos aquela sensação de "não, nunca pensei sobre, mas agora preciso saber":

"Alguma vez você já se perguntou qual é a palavra proferida com mais frequência por pessoas prestes a morrer de morte violenta?" (Conto "Xisus Cristo")

Boa parte dos contos são surrealistas e lhe pegam pelo absurdo da situação. Destaco aqui alguns dos que mais gostei: "Terra da Mentira", "Xisus Cristo", "Manhã Saudável", "Umas Boas", "Peixe Dourado" e "Festa Surpresa".
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Livia 22/07/2020

Os contos de Etgar Keret conseguem divertir e causar reflexões sobre nossos lugares-comuns da vida cotidiana. Achei um livro leve e bem humorado, ao mesmo tempo que explora nossa humanidade. Foi uma delícia revisitar Israel com ele.
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Coruja 08/08/2017

Descobri esse livro ouvindo o Xadrez Verbal, podcast especializado em política internacional. Não me lembro o exato contexto em que Keret foi indicado - provavelmente em alguma conversa sobre o conflito Israel-Palestina -, mas fato é que o coloquei na lista de desejados do Skoob, algum tempo depois ele apareceu para troca e mais que rapidamente, solicitei o livro. E aí ele chegou e ficou na estante parado por um tempo, até me saltar aos olhos quando estava procurando uma leitura rápida para fazer entre conexões e aeroportos.

"De repente, uma batida na porta" não foi nada do que eu esperava, até porque, eu não sabia exatamente que expectativa deveria ter com ele. Confiei numa indicação sem sequer ler a sinopse e acho que estava esperando algo como propaganda política em forma literária, alguma coisa tipo Orwell… e o que encontrei foi humor e absurdo, quase como escorregar pela toca do coelho rumo ao País das Maravilhas. Algumas vezes de forma bastante literal, como no caso do narrador mentiroso compulsivo, que atravessa um buraco no chão para uma realidade em que todas as suas mentiras são uma realidade e ele é confrontado com as consequências delas.

Os contos têm temáticas bastante ecléticas, alguns com situações até realistas, outros entrando pelo completo nonsense, mas, mesmo recheados de humor, apresentando um retrato humano compassivo e autêntico. A violência que eu meio que esperava das histórias, se imiscui em algumas das narrativas, mas não é o eixo da coletânea. Há contos em que tocamos tangencialmente nos conflitos da região - como no que a protagonista é chamada a identificar o corpo de seu marido, um homem com que ela se casou apenas para fugir ao alistamento obrigatório no exército israelense e que conheceu apenas superficialmente no dia do casamento - mas Keret parece mais interessado em tratar do ser humano de uma forma geral e não se restringir à realidade de seu país.

O que mais me tocou, na verdade, foram seus retratos de solidão moderna. O conto em que um homem se deixa confundir com outras pessoas num café para poder ter algum contato humano me partiu o coração, bem como a história sobre o cinegrafista que decide fazer um documentário e sair batendo de porta em porta para perguntar o que as pessoas fariam se tivessem um peixe dourado para lhe conceder três desejos.

Por vezes cínico, por outras, excêntrico, mas sempre bastante humano, "De repente, uma batida na porta" foi um livro que fiquei feliz por ter dado uma chance, por ter ido atrás meio que às cegas. É uma boa coletânea, cheia de pequenas surpresas e eu definitivamente leria outras obras do autor.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2017/08/desafio-corujesco-2017-fazer-um-diario.html
raissa.pinto.9 08/08/2017minha estante
Sete anos bons é excelente! Indico!


Coruja 08/08/2017minha estante
Vou colocar na lista! Obrigada pela dica!


raissa.pinto.9 08/08/2017minha estante
De nada!




Raony 21/07/2017

Eu estava lendo homeopaticamente dois livros que eu achei que seriam eternos, ou que eu só os terminaria depois do mestrado, porque eu tava lendo bem pouquinho e bem de vez em quando mesmo. Um é o "Graça Infinita" que tem sim tudo pra ser infinito. São mais de 1000 páginas e tal. Ele eu acho que termino depois do doutorado só. O outro era esse. Que acabou. E olha. Fiquei triste. Porque era minha companhia nos momentos de espera. Tenho ele no celular e ia lendo assim em filas, etc. O primeiro conto é o que dá título só livro e não é muito alvissareiro. É ruim mesmo. Mas dali pra frente a coisa só melhora. É bem criativo, te surpreende bastante e é muito bem escrito (o conto que dá sentido pra ilustração da capa é um dos melhores). Tem quem odeie comparações. Não eu. Eu adoro. Eu vivo falando que o Jorge Drexler é um Chico Buarque uruguaio. E claro que eu sei que isso não faz jus pra obra do Chico nem do Drexler, mas assim, dá uma dimensão do que é uma coisa e a outra, abre polêmica, etc. Enfim, o Keret. É o Veríssimo israelita. O Luis Fernando, não o Érico.
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Muni 29/08/2016

Uma nova voz na literatura israelense
"Etgar Keret surge como uma voz totalmente nova dentro da literatura israelense. Sua linguagem do cotidiano, a temática quase sempre polêmica, seu tom cômico e seu afastamento da tradição judaica trazem uma nova perspectiva para a literatura local. Uma leitura muito leve e descontraída que nos ajuda a entender como funciona a vida na capital do país."
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jota 16/11/2015

Uma lanchonete chamada Xisus Cristo
São cerca de quarenta contos, alguns com poucas páginas e outros com várias. Curtos ou longos, eles revelam todo o talento e criatividade do israelense Etgar Keret para contar histórias originais, engraçadas ou esquizofrênicas.

Essa marca já vem desde o título de algumas delas: “Xisus Cristo” (nessa história, nome de uma rede americana de lanchonetes, especializada em cheeseburger ou xisburger, daí o nome), “Nos últimos tempos, até tive ereções fenomenais”, “Agarrar o cuco pelo rabo”, “Hemorroida” (lembra um pouco um filme de Woody Allen em que um seio adquire vida própria) etc.

Apreciei especialmente uma, que tem a ver com a capa do livro, “Peixe dourado”. Nela, o animalzinho de aquário não apenas dialoga com seu dono mas, como o gênio da lâmpada, é capaz de realizar três desejos dele - um russo há pouco tempo vivendo em Israel e escolhido por um documentarista judeu para uma entrevista.

Sobre Keret escreveu Salman Rushdie: “Um escritor brilhante, totalmente diferente de qualquer outro.” Sem dúvida: através deste livro e de outro que li faz pouco tempo, Sete Anos Bons, também com textos curtos porém de não ficção, não há como não concordar com o autor de Os Versos Satânicos.

Agora fico aguardando a tradução de outros livros de Keret para o português. Certamente tão interessantes quanto esses dois lidos.

Lido entre 11 e 15/11/2015.
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