Dom Pedro I

Dom Pedro I Isabel Lustosa




Resenhas - Dom Pedro I


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BiaVasc 27/05/2023

Muito interessante! Conta diversos fatos históricos que não costumamos aprender na escola. Conseguimos nos imaginar na época. Muito bom!!
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Marcos Nandi 22/05/2022

Muito bom.
Não gosto do Brasil império e do Brasil colônia, mas esse livro é excelente. Uma escrita fluida, repleta de relatos retirados de correspondências que deixam o livro mais verossímil.

Crítica mordaz do endeusamento histórico de homens que fizeram história no Brasil, a autora, aduz que no século XIX, foi elaborado um sistema que enaltece os vultos pátrios. Sendo necessário, uma história contada de modo imparcial e mostrando, tanto a bondade, como a maldade do imperador do Brasil.

Dom Pedro I, neto dona Maria I, que era extremamente religiosa e considerada louca. Por causa de sua obsessão religiosa, trouxe retrocesso a tudo o que Portugal havia conseguido. Em 1792, foi afastada do governo por causa de sua loucura, assumindo o reinado o pai de D. Pedro, o Dom João.

Dom João, era casado com uma espanhola. A extravagante Carlota Joaquina, que vivia querendo dar golpe em seu marido. Ela era quase anã, considerada feia, manca e suja. O pai de Dom Pedro, não era muito diferente da esposa. Não tomava banho, se vestia porcamente, roupas sujas de gordura, entre outras características peculiares.

Devido ao medo de Napoleão Bonaparte, toda a corte veio para o Brasil, a contagosto de Carlota Joaquina. Inclusive, a enlouquecida Maria, mãe de Dom João.

A viagem da coroa foi um evento em toda a Europa. Aos que ficaram em Portugal, foram considerados covardes. Na época, mais de 24 mil portugueses se estabeleceram no Brasil.

Para tanto, o Brasil precisou de moldar aos desejos da corte. Sendo construído o parque botânico, academia militar, faculdades, academia de medicina, etc.

Dom Pedro, com nove anos vem residir no Brasil. Querido pelo pai e rejeitado pela mãe, amante dos esportes e das artes.

A educação feminina era nula, com intuito de evitar que as mulheres trocassem cartas com pretendentes, em 1820, o costume veio a se modificar com o incentivo a educação feminina.

Amantes das armas, D. Pedro I, era um personagem das ruas, das praças, não era um homem culto, mas também não era analfabeto. De natureza impulsiva, e voluntarioso, era hiperativo e tinha epilepsia.

Herdeira da casa dos Hadsburgo, dona Leopoldina, vem para o Brasil já casada com Dom Pedro. O casamento se deu por procuração, era extremamente simpática e atraente. Gostava dos brasileiros e do Brasil. Mas sofreu nas mãos do seu mulherengo marido.

Porém, como a corte estava no Brasil, e mandava em Portugal, e isso deixava os portugueses insatisfeitos, ciou-se, assim em Lisboa, decretos, para formação de juntas provisórias, que na prática, fragmentava o Brasil e diminuía o poder do regente.

Influenciado por Bonifácio, que era abolicionista, e por causa do clamor social, D. Pedro, continuou no Brasil com o famoso dia do fico.

Devido a isso, Portugal começou a ingerir com resoluções que tentavam barrar os avanços do abolicionista Bonifácio, entre outras coisas que descontentavam D. Pedro, o mesmo decretou a independência do Brasil.

D. Pedro teve um reinado por nove anos. E muito do governo começou a desandar na vida de Leopoldina, com a chegada de Domitila, que quando conheceu D. Pedro, tinha apenas 25 anos.

Domitila era casada com um alferes, mas se divorciaram já que seu ex-esposo a esfaqueou devido a ciúmes. Seu caso com D. Pedro, garantiu o cargo de dama do paço, depois dama da imperatriz e ainda, o título de viscondessa e marquesa (de Santos). Além de conseguir benefícios para todos os seus parentes e influenciar D. Pedro em várias questões importantes.

Domitila junto com outros, começaram a desviar dinheiro da mesada que Leopoldina recebia, ao ponto, de fazer está pedir dinheiro para agiotas para se manter no palácio.

Além das grosserias de D. Pedro, do desmerecimento em favor da amante do marido (ele também se relacionou com a irmã de Domitila), e também, da proibição da imperatriz da educação de sua filha, aprisionada, vigiada e isolada em sua própria casa fez com que Leopoldina entrar numa severa depressão que culminaria em sua morte.

Com sua morte, D. Pedro terminou seu caso para arrumar uma esposa, empreitada difícil devido ao jeito que tratava Leopoldina. Depois de muito tempo, se casou com uma princesa Bávara que não era bem quista na corte, por demitir muitas pessoas e obrigar que se usasse o francês no palácio.

Quando a independência do País, depois dos EUA, a Inglaterra reconheceu o Brasil como país independente.

Inglaterra "obrigou" Portugal abrir mão de suas condições esdrúxulas que faziam como troca a independência de sua ex colônia e aceitar o Brasil como país independente. Porém, assim mesmo, o país acabou assumindo dúvidas da época da coroa.

Com a morte do Dom João, ele deixou como sucessora a filha de D. Pedro que deveria casar com o irmão de D. Pedro, o D. Miguel (que diferente de sua mãe, Carlota, era venerado em Portugal e D. Pedro visto como traidor). Dom Pedro teve que abdicar, assim, a coroa portuguesa. Já que Portugal não aceitaria ser dominado por uma ex colônia e o Brasil, que agora era uma monarquia constitucional, não aceitaria se curvar novamente a coroa.

Entre outros motivos que levaram D. Pedro a abdicar do reino, estava o descontentamento do povo por causa de seu autoritarismo, o ranço que tinham de Domitila, o tratamento que tinha com Leopoldina. E também, as discussões que se tinha entre português e nativos.

Outrossim, a guerra da Cisplatina, e os gastos dela também foram motivo de descontentamento para o povo. D. Pedro, obrigou-se a trazer imigrantes da Alemanha e da Irlanda, para alistamento no exército, o que gerou diversos conflitos interessantes.

Depois de abdicar,D. Pedro se exila em Paris onde tenta reaver o trono de sua filha, que fora exurpado pelo D. Miguel, que governava Portugal com mãos de ferro. Venceu a guerra contra Miguel, e faleceu de tisica, que comprometeu seu coração e seu pulmão aos 36 anos.
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Volnei 24/11/2015

D. Pedro I
Este foi um dos grandes estadistas do século XIX Por mais que a vida lhe tenha sido difícil, ele conseguiu superar as dificuldades que a vida lhe ofereceu. Graças a ele é que hoje somo um país independente. Ele nos deu também o imperador mais humano que já existiu neste hemisfério

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br/
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Guilherme 30/05/2012

D. Pedro I: Um Herói sem Nenhum Caráter - Isabel Lustosa
O Brasil, por vários motivos veio a ser uma colônia bem diferente de qualquer outra, principalmente por se tornar a partir do ano de 1808 se tornar a sede da metrópole, algo inédito na História.
Mudanças significativas aconteceriam na paisagem e nos costumes do Brasil, assim como também influenciariam nos costumes da própria Corte, posso citar o fato de D. João VI que em Portugal era um homem mais acostumado a viver dentro dos castelos, aqui passa a fazer excursões pelo campo.

Quando em 1821 decidem voltar para Portugal devido à pressão exercida pela Revolução do Porto de 1820, tem início no ano de 1822 o período da regência de D. Pedro I que se estenderia até o ano de 1831.
D. Pedro I conseguiu durante boa parte de sua regência equilibrar as coisas no Brasil para que se mantivesse no poder, ao mesmo tempo em que se considerava liberal era conservador. Rebatia todas as pessoas que criticavam seu governo através de artigos que escrevia nos jornais sob diversos pseudônimos, sacrificou os amigos quando considerou necessário.

Era um homem que não se contentava apenas com a vida que tinha dentro do casamento, e é por isso que entra em sua vida, Domitila de Castro, conhecida como a Marquesa de Santos. Esse relacionamento foi de grande desaprovação por parte do povo que adorava D. Leopoldina.

Domitila foi alvo do repúdio da população brasileira, que deixava os locais em que ela estivesse, sua casa foi apedrejada e também foi impedida diversas vezes de adentrar alguns recintos.

O governo dele foi marcado pela primeira constituição do Brasil, a Carta Outorgada de 1824. Era de todas as formas um governante atípico: gostava de conversar com o seu povo, não era muito respeitador dos protocolos, e desde a infância seus modos foram comparados aos de “um garoto de estrebaria”, não se assemelhando aos modos de um garoto proveniente de uma Família Real.

Retorna à Portugal no ano de 1831, devido principalmente ao perigo de perder definitivamente o trono português para seu irmão D. Miguel que chegou ao trono através de um golpe que o declarou rei absoluto de Portugal, quando na verdade isso deveria ter acontecido em caráter temporário, até que a filha de D. Pedro I, a Maria da Glória tivesse idade suficiente para assumir o trono.

A guerra para a reconquista do trono dura dois anos, e consome as forças de D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal), entretanto obtém êxito na derrota de D. Miguel, mas acaba morrendo no ano de 1834.
O livro é muito bom, e descreve de forma muito detalhada todo o período da regência de D. Pedro I. Muito recomendado.
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MARCIA 05/07/2011

TIRARAM A MÁSCARA DE D. PEDRO I
Este é o verdadeiro D. Pedro I, homem de carne e osso,com qualidade, cheio de defeitos, interesses próprios,volúvel e safado. Uma leitura boa principalmente para mim que aprendi aprendí na escola ele era o herói do Brasil.
Lí na sequência de "1808" e achei interessante esta ordem ...´
Desde sempre os dirigentes do Brasil são uma piada.
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anderson 02/03/2011

Bom Resumo
Escrito de forma leve e fluida. Demonstra muito bem o caráter ambíguo e as contradições humanas do homem, sem realizar julgamentos. Não é um estudo exaustívo, mas como revela o título da coleção, um excelente perfil.
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Renata Evaristo 28/12/2009

Decepção e Redenção
Depois de participar de um workshop sobre América Latina percebi que precisava também saber mais sobre a História de meu próprio país.
Achei essa coleção sensacional da Companhia das Letras e D. Pedro I foi o primeiro personagem que decidi ler...

O livro é muito bom, mas comecei me decepcionando com D. Pedro I, sei que por forças das circustâncias, mas sem dúvida também por seu caráter ele fez coisas bem complicadas como por exemplo tramar contra seu próprio pai para assumir o trono, condenar a Imperatriz Leopoldina a um sofrimento extremo por causa de seu "caso" com Domitila - a marquesa de Santos - vi muitas das mazelas que vivemos atualmente na estória da vida de D. Pedro I, como por exemplo ele empregar muitos dos parentes de Domitila.

No final do livro, apresenta um tipo de redenção, quando ele vai para Portugal lutar contra o irmão Miguel para ajudar sua filha que tinha se casado com ele e era a Imperatriz de Portugal : em suas cartas a se filho Pedro II, ele demonstra seu amor ao Brasil e ao seu filho e reconhece como a falta de formação e educação fizeram falta a ele e a seu irmão Miguel.

Vale muito a leitura !!
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Daniel432 19/04/2009

História para brasileiros
Muito bom o livro sobre a vida, muitas vezes desregrada, de D. Pedro I. Todo brasileiro deveria lê-lo para melhor conhecer nossa História.
Como diz a autora, D. Pedro I era um homem ambíguo, tanto na vida política quanto na vida pessoal, tendo sido capaz de cometer uma atrocidade contra sua esposa, a Imperatriz D. Leopoldina. Sua vida amorosa é tratada em detalhes.
Entre as muitas curiosidades descritas no livro destaco os fatos que precederam ao famoso "diga ao povo que fico", a partida de D. Pedro I para a Europa, a guerra pela conquista do Reino de Portugal para sua filha e sua morte prematura.
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