Meia-Noite em Bhopal

Meia-Noite em Bhopal Javier Moro




Resenhas - Meia-Noite em Bhopal


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elza.solly 30/12/2014minha estante
Concordo com você Luciana, o livro até fala de onde está Irmã Felicity hoje, mas nada sobre Padmini e Dilip. Enquanto lia o livro muitas vezes pensei que talvez eles fossem ficcionais.


Diana.Souza 26/05/2022minha estante
Reli o epílogo 3x, com bastante cuidado, pra ver se eu não reserva cruzando isso parar. Abri falta também de saber deles.


Marina 04/11/2022minha estante
Percebi que foi falha da edição brasileira. Busquei a versão em inglês do livro na internet e ali fala sobre o que aconteceu com a Padmini e o Dilip, além de várias outras informações interessantes sobre a história. O epílogo brasileiro está bem resumido e incompleto.




Daniel Lucca 09/04/2020

Meia-noite em Bophal
Meia-noite em Bophal isso... uma Índia que roça em recursos naturais e espiritualidade, mas que é explorado pelo poder (político ou econômico)... Sendo uma sociedade dividia em castas de onde se tira o melhor e o pior... uma tragédia que após 36 anos não tem desfecho, não tem solução, só a marca da dor e sofrimento em seu povo...
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Denise.Brito 11/05/2020minha estante
Faltam páginas na edição brasileira. Eu procurei em outras línguas. Informei à editora por todos os meios possíveis, mas nunca recebi resposta.




Lê Golz 26/04/2015

Muito bom!
Meia-noite em Bhopal é um livro que estava algum tempo na minha lista de desejados, e foi gentilmente cedido pela Editora Planeta. Foi uma leitura de tirar o fôlego, onde pude conhecer tão detalhadamente a catástrofe industrial mais mortífera da história.

A leitura do livro já iniciou com uma narrativa rica em detalhes. Os anos que antecederam o desastre que ocorreu na unidade Union Carbide na Índia, nos é revelado com clareza logo nas primeiras páginas e todos os eventos até a instalação da ''bonita fábrica'' em Bhopal. Inúmeras pragas assolam as vastas plantações no solo da Índia, e a fábrica, com seus inúmeros interesses em jogo, ganha prestígio com a criação do pesticida Sevin.

É impressionante a sucessão de erros que acontecem, e como uma fábrica reconhecia mundialmente por sua segurança, culmina ao abandono. Engenheiros empenhados que alertaram sobre a segurança precária que a fábrica vinha apresentando, a morte de um funcionário, pequenos vazamentos de gases, um jornalista que alertou sobre a catástrofe apocalíptica que estava por vir, o abandono da fábrica, a desativação de setores de segurança, e o mais importante, uma administração inexperiente, são os principais pontos que nos levam a entender tamanho desastre. Uma nuvem de gás tóxico escapa da fábrica, meia-noite e cinco em 3 de dezembro de 1984. O resultado é milhares de mortos envenenados pela nuvem tóxica. No início se contaram três mil mortos e duzentos mil feridos, mas entre os que padeceram posteriormente devido a tragédia, este número pode chegar a trinta mil mortos.

" - Não tem nada a temer, querido senhor Muñoz. Sua fábrica de Bhopal será tão inofensiva quanto uma fábrica de tabletes de chocolate.'' (p. 102)

Com uma narrativa em terceira pessoa, o livro traz personagens reais e toda sua trajetória até a tragédia, o que nos permite nos sensibilizarmos com cada um deles. A instalação da Union Carbide em Bhopal foi por um bom tempo o sonho de inúmeros habitantes, com esperança de empregos e uma vida melhor. Um sonho desfeito em uma noite mortífera. A descrição das cenas que sucedem o desastre, são angustiantes, com tantas mortes e a rapidez que elas acontecem. A relutância da Union Carbide em revelar o verdadeiro composto químico usado para a produção do Sevin, impediu que as pessoas fossem tratadas adequadamente. O isocianato de metila, um composto tão poderoso, que até então ninguém tinha ousado produzir.

A diagramação do livro é simples, com folhas amareladas e letras legíveis. A capa foi o que me agradou desde o início e está de acordo com o conteúdo. Os capítulos não são longos, e os autores escrevem com muita clareza para que o leitor possa ter uma vasta visão da catástrofe.

"Todo mundo sabe disto: o amor é cego. Sobretudo quando o objeto da paixão é um monstro industrial como uma fábrica de produtos químicos." (p. 193)

O que mais me comoveu neste livro foi conhecer os personagens e a maneira que todos foram afetados. No final do livro os autores acrescentam como cada um deles se encontra atualmente, depois de 30 anos da explosão dos gases. Me senti muito envolvida com a história, que até então eu só tinha ouvido falar vagamente. Como os autores citam no livro, as vítimas continuam sofrendo as consequências de saúde, mesmo depois de três décadas, e os responsáveis por tudo continuam impunes.

Nota-se como os autores fizeram uma minuciosa pesquisa sobre os cenários, e os personagens reais que escreveram e ainda escrevem esse capítulo tão traumático para a Índia. Com este livro eu me senti comovida com as vítimas, e indignada de como muitas pessoas, talvez cegas demais com o prestígio e dinheiro, negam um perigo iminente, cometem tanta negligência e desconhecem a ética. A população afetada não recebeu sequer um pedido de desculpas.

Meia-noite em Bhopal é um livro para quem se interessa em um assunto mais denso, e rico em detalhes. Vale a pena para quem quer entender melhor (e como vai entender!), esse acidente que aconteceu em Bhopal, na Índia, e descrito como o pior desastre industrial acontecido até hoje. Sou suspeita, pois amo esse tipo de livro. Eu recomendo!

site: http://livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br/2015/04/resenha-meia-noite-em-bhopal.html
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Gabrielly308 06/09/2021

Meia noite em Bhopal narra de forma detalhada o trágico acidente de uma fábrica no coração da Índia, que ceifou a vida de muitas pessoas. Lapierre e Moro enfatiza como uma sociedade constituída pela religião e vítimas da pobreza em massa sofrem uma das maiores catástrofes industriais da história e como os responsáveis saem ilesos da situação.
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Leila 28/12/2014

História de um povo que passou por um vazamento de produtos químicos. O que não é visto muitas vezes não é levado a sério...no caso, gases tóxicos não são vistos por seus responsáveis, que acabam negligenciando com a segurança dos produtos, foi oque aconteceu e muitas pessoas pagaram e ainda pagam pela falta de responsabilidade das pessoas que deveriam cuidar da segurança da fabrica de inseticidas americana que se instalou em Bhopal. Geralmente essas grandes empresas se instalam em países de terceiro mundo onde os governantes ambiciosos só pensam politicamente e não no bem estar do seu povo.
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Vanessa Vieira 11/01/2016

Meia-Noite em Bhopal - Dominique Lapierre e Javier Moro
O livro Meia-Noite em Bhopal, dos autores Dominique Lapierre e Javier Moro, nos narra a maior catástrofe industrial da história, ocorrida na década de 80 na Índia. Escrita de forma detalhada, contando o antes e o depois da instalação da Union Carbide no coração de Bhopal e criando um forte laço de afeto com seus personagens, a trama de Lapierre e Moro consegue nos comover e detalhar com precisão os pormenores desta tragédia, que mesmo trinta anos depois, ainda traz consequências nocivas para o povo indiano.

Inúmeras pragas assolam o solo indiano, acabando com as plantações e culminando ainda mais na pobreza e precariedade de seu povo. Uma indústria química até então inocente decide se instalar neste país de terceiro mundo e lhes apresenta o Sevin, um potente pesticida que fulmina as pragas e contribui com o prestígio da empresa. Além de acabar com um dos males que aflige o povo de Bhopal, a Union Carbide emprega vários funcionários indianos, se mostrando uma verdadeira mina de ouro para a população.

Porém, a Union Carbide não tomou todas as medidas de segurança cabíveis, mesmo com as advertências de vários engenheiros do ramo, a morte de um funcionário e até mesmo as denúncias de um voraz jornalista. Pequenos vazamentos de gases começaram a ocorrer na empresa, mas não foram levados a sério até que em 3 de dezembro de 1984, uma nuvem de gás tóxico de grandes proporções escapa da fábrica, matando 30 mil pessoas e deixando quinhentas feridas gravemente.

Meia-Noite em Bhopal nos narra a maior tragédia industrial da história, que ceifou milhares de vidas e até hoje assola o povo indiano com os seus efeitos devastadores. Mesmo depois de mais de três décadas, muitas mulheres ficaram estéreis devido ao efeito químico do isocianato de metila e muitos fetos nascem deformados. Diversos tipos de câncer assolam a população e os sobreviventes da catástrofe apresentam problemas de respiração, lesões no pulmão e cegueira degenerativa. Narrado em terceira pessoa, de forma bastante descritiva e contundente, o livro de Dominique Lapierre e Javier Moro nos revela essa tragédia até então pouco conhecida de modo comovente e visceral.

A trama conta com vários personagens que, em sua grande maioria, são reais e os que mais me impressionaram foram Padmini, Dilip e irmã Felicity. Conhecer a maneira como a tragédia afetou suas vidas foi muito comovente e ao final do livro temos um capítulo que descreve qual foi o rumo de cada um deles, porém senti falta de conhecer um pouquinho mais sobre o que foi feito de Padmini e seu esposo. Confesso que eu não conhecia a tragédia de Bhopal e nem imaginava o quanto ela foi mortífera e devastadora para o povo indiano e o livro, apesar de forte, se mostrou uma leitura bastante edificante. Ao longo da leitura, fui buscando artigos na internet que envolvessem o tema e fiquei chocada. Me deparei com imagens extremamente tristes e cruéis das vítimas de Bhopal que dilaceraram meu coração e o mais triste de tudo é que ninguém foi responsabilizado pela catástrofe, nem mesmo o presidente da empresa na época, Warren Anderson, que se aposentou em 1986 e conseguiu escapar de quatro extradições. A Union Carbide é hoje a multinacional química Dow Chemical, que não pagou indenização a nenhuma de suas vítimas. Vale ressaltar também que a empresa se negou até o fim a divulgar quais foram os compostos químicos que vazaram na noite de 3 de dezembro, o que impossibilitou achar um antídoto que curasse ou ao menos aliviasse as vítimas. Só depois de muito tempo é que foi divulgada a presença do isocianato de metila, um composto químico tão poderoso, que até então ninguém tinha se arriscado a produzir.

Em síntese, Meia-Noite em Bhopal é o retrato de uma tragédia que foi fomentada pela ambição humana e que priorizou o lucro ao invés da segurança. Acima de tudo, é um afresco de fé, esperança, amor e heroísmo. Muitos médicos morreram envenenados fazendo respiração boca a boca nas vítimas dos gases tóxicos, mas não se recusaram a exercer suas funções. Fazendo uma breve analogia sobre o livro, é possível identificarmos outras tragédias que eclodiram como mero fruto da ambição alheia, inclusive a de Mariana (MG), que ocorreu há alguns meses atrás e foi o resultado palpável de lucro X segurança e que, assim como a de Bhopal, ainda continua impune. Algo que vale frisar é que os direitos autorais do livro financiam as ações humanitárias em Bhopal e que o autor Dominique Lapierre criou uma clínica ginecológica no local para vítimas sem recursos, a fim de ajudar na prevenção do câncer genital. A capa do livro é muito bonita e nos retrata uma bela indiana e a diagramação está boa, apesar de alguns erros de revisão.Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2016/01/resenha-meia-noite-em-bhopal-dominique.html
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Fer Kaczynski 02/06/2017


O livro conta a história de várias famílias que tiveram suas vidas destruídas pelo maior desastre químico que se tem conhecimento, e que aconteceu mais precisamente a meia-noite e cinco, do dia três de dezembro de 1984.
Vazaram 42 toneladas de isocianato de metila (MIC), um gás altamente tóxico, de uma fábrica de pesticidas da multinacional norte-americana Union Carbide e apenas naquele dia morreram cerca de três mil pessoas.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2017/06/resenha-meia-noite-em-bhopal-dominique.html
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Bia 14/12/2020

Uma história real e mesmo assim, inacreditável
Trabalhando há mais de 10 anos na indústria química, li este livro com os olhos de quem conhece o que o ser humano é capaz de fazer por dinheiro e em como ele transforma o que deveria ser feito em nome da segurança para o que se faz em nome da redução de custo. Um relato impressionante que leva em consideração a visão dos sobreviventes deste desastre industrial que é considerado o maior do mundo.
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