Clara dos Anjos

Clara dos Anjos Lima Barreto




Resenhas - Clara dos anjos


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Leo 12/09/2020

Fácil e Simples
Li para a federal, é uma leitura fácil principalmente em comparação as outras da federal que li até agora, porém não me agradou achei uma história simples e bem monotona
Isa 12/09/2020minha estante
Concordo com você, apesar da escrita ser fácil a historia não prende. Achei muito descritivo e repetitivo, nao leria se nao fosse para o vestibular




lais.barbini 17/12/2020

Estou furiosa com a morte do Marramaque. É sério.
Joao 17/12/2020minha estante
Nossa... Esse livro é uma pedrada e essa parte me enfureceu também hahahaha




Tinho Silva (@cafecomlivrossp) 10/04/2020

Clara dos Anjos - Lima Barreto
Narrado em terceira pessoa, Clara dos Anjos é uma jovem carioca, que mora com os seus pais, Joaquim dos Anjos e Engrácia, no subúrbio do Rio de Janeiro. Ela, uma garota pobre e mulata, o seu pai trabalha como carteiro da cidade, e mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, ela recebeu a melhor educação possível dos seus pais, uma educação que pode ser confundida como uma superproteção. Clara é uma menina sonhadora e inocente, que sentia vontade de sair e conhecer um pouco mais da cidade, como faziam as suas amigas, porém, a sua mãe não saia e nem permitia que a menina o fizesse, as poucas vezes que lhe era permitido sair, era em companhia de uma vizinha, a qual os seus pais confiava. Essa realidade muda na comemoração do aniversário de dezessete anos de Clara, lá ela conhece Cassi, o antagonista do romance, que era conhecido na cidade por seduzir as mulheres e após conseguir o que queria com elas, abandonavam-nas a própria sorte, com isso ele colecionava processos judiciais, os quais sempre eram encobertos, graças a posição social que a sua mãe gozava. Clara e Cassi se conhecem, ela se encanta pelo rapaz, ele deseja a beleza e a juventude dela, as ações anteriores culminam para esse encontro, e a partir desse relacionamento, a trama se desenrola.

“Clara dos Anjos” é uma obra póstuma do escritor Lima Barreto que possui valor histórico, tanto para literatura nacional, como para o entendimento e a construção da literatura afro-brasileira. Ambientada no início do século XX, o valor de atemporalidade da obra se dá pelas inúmeras críticas encontradas no decorrer do texto. Nessa época, o Rio de Janeiro passava por diversos problemas sociais, estruturais e de saúde pública. Por estar inserido no Realismo-Naturalismo, “Clara dos Anjos” tem forte influência científica, assim, como nos romances dessa época, buscavam representar, por meio da sua poética, a visão da sociedade, registrando com base em dados científicos, a realidade social em todos os seus aspectos, bons ou ruins. Nesse sentido, o romance apresenta uma denúncia direta e as injustiças sociais, vivenciadas no subúrbio do Rio de Janeiro por sua população e pela garota chamada Clara dos Anjos.

Tocando em temas espinhosos, como o racismo e os problemas sociais, e tendo como personagem principal uma mulher, negra e pobre, julgando pela citação inicial do autor João Ribeiro “Alguns as desposavam (as índias); outros, quase todos, abusavam da inocência delas, como ainda hoje das mestiças, reduzindo-as por igual a concubinas e escravas”, e às vítimas do vilão, Cassi, percebemos também a crítica áspera ao papel da mulher na sociedade e ao estigma, principalmente da mulher negra e pobre, que sempre foi reduzida, sendo colocada abaixo na escala social.

A escolha por um antagonista com as características de Cassi, malandro, não trabalha, ganha dinheiro com brigas de galo e que se utiliza do prestigio de sua mãe para se safar das pilantragens que comete; o autor imprime no vilão os traços da sociedade que ele tanto repudiava, transparecendo mais uma vez a denuncias aos costumes, qualificado como “baixos” para ele.

Vários personagens aparecem na obra, mas, um merece destaque nessa pequena análise, o Leonardo Flores, considerado o grande poeta. Há um entendimento, segundo alguns estudiosos, que história do poeta se mistura com a história do próprio autor, sendo apontando como uma “autobiografia”. O enredo revela um personagem amargurado, alcoólatra, que sofre com os fantasmas de ter sido um poeta famoso e depois viver recluso, em total esquecimento, conhecido apenas pelas pessoas que convivem com ele. Lima Barreto não foi reconhecido como poeta, somente após a sua morte isso acontece, teve uma vida boémia, entregue à bebida, morrendo aos 41 anos em decorrência da vida desregrada que vivia.

A obra conta também com uma linguagem descuidada, simples e coloquial, reproduzindo vários termos típicos (gírias) utilizados no período em que foi escrita, pois, a principal preocupação de Lima Barreto era demonstrar a realidade social em que as pessoas viviam. Fugindo diversas vezes das regras gramaticais, o que por diversas vezes irritava os letrados da época, percebemos aqui um dos indicativos para o não reconhecimento dele como escritor em vida, lembrando que a cor da sua pele também teve forte influência nesse processo. É preciso salientar também, a destreza do autor ao descrever as pessoas e os espaços, a riqueza de detalhes é tanta que conseguimos imaginar com muita facilidade tudo que é descrito.

Por fim, “Clara dos Anjos” é uma obra interessante e essencial. Demorei um pouco para conhecer mais a fundo as obras desse autor, percebi que com uma linguagem simples e as críticas, muitas vezes ásperas, aos temas mais diversos e espinhosos da nossa sociedade, ler Lima Barreto na atualidade, é uma busca para o entendimento da formação histórica brasileira, assim como entender a sua contribuição para a formação da literatura afro-brasileira.

site: https://www.instagram.com/cafecomlivrossp/
Salomao.Cardoso 27/03/2021minha estante
Se tornou meu livro fav de Lima Barreto quando li ??




Luciano 20/10/2021

Muito bom.
"- Mamãe! Mamãe!
- Que é minha filha?
- Nós não somos nada nesta vida."

Excelente fala para encerrar o romance.
Joao.Lucio 18/04/2024minha estante
Esta frase é a rasão de ser do livro todo.




Milena Schwantes 24/09/2023

Incrível
Apesar de ser um livro escrito há um século, Lima Barreto (autor) escreve de forma simples considerando a época, o que faz com que o livro seja rápido de ler, mas ao mesmo tempo tem qualidade. Foi um livro que me impressionou por conta de tratar de assuntos não muito comuns do pré-modernismo de uma forma diferente, retratando a vida de uma mulata em meio ao subúrbio. Gostei do livro num geral, ele é realista, porém, tem um final sem uma solução exata? O que pode ser uma crítica para alguns, mas um elogio para outros. Particularmente, eu amei o livro, pois me fez refletir sobre a vida real e suas desigualdades.

OBS: Eu odeio você e sua mãe, Cassi Jones.
Gaby 05/11/2023minha estante
Ele não tem um fim exato pq o autor morreu antes de publicar ele. Foi o último livro que Lima Barreto escreveu




Caio 04/01/2021

Livro que conta a realidade Nua e Crua!
Outro livro que gostei bastante do grande Lima Barreto. Um livro bem elaborado (apesar de ter algumas partes repetitivas, enfadonhas no sentido de certos retratos da região ou um pouco dos personagens) mas isso não tira os méritos, importância da obra na literatura brasileira no movimento modernista. Segunda obra que conheço do Lima, a outra foi 'A Triste Fim de Policarpo Quaresma' que também de forma irônica, ácida e inteligente critica o patriotismo e detalha muito bem as características da sociedade, dos seus costumes. Aqui em 'Clara dos Anjos' tem características semelhantes como: Dados autobiográficos na sua obra. Se vimos em Policarpo, características de Lima Barreto, aqui também vemos em Leonardo Flores. Traços da vida pessoal sofrida do escritor está nesse personagem complexo, com estigma de fracassado e viciado como o Lima Barreto foi em vida. Além da peça fundamental que discorre sobre a obra: O racismo. Lima, por ser considerado 'mulato', ele sofreu muito preconceito racial. Isso foi na Escola Politécnica do Rj principalmente onde era dominado, frequentado por alunos ricos, brancos e que desrespeitaram o Lima pela sua cor, pobreza, pelo seu nome por considerarem nome de rei de Portugal, que negro não deveria ter nome de reis - de acordo com esses estudantes racistas, imbecis. Enfim, aqui cita como é difícil a vida da mulher (por ser mulher), por ser negra, pobre e simples. Pq difícil? Porque há aproveitadores que usam o próximo para benefício próprio. Gente interesseira, aproveitadora. Quem? Cassi Jones de Azevedo. Mas falando da protagonista, Clara dos Anjos: Muito bem construida, pois, Lima de forma clara, mostra a sua personalidade, sonhos, vida de uma moça do interior. Sonhadora, pobre, simples e cheia de dificuldades, pois ela e sua família, apesar de não passarem fome, tinham outras dificuldades que não tinham acesso por questões financeiras, sociais da época. Aqui cita a característica dos seus pais: Pessoas simples, com pouco estudo, pouco críticos, muito ingênuos. Sim, os três são ingênuos: Clara, Engrácia, Joaquim dos Anjos, mais a Clara. Aqui Lima Barreto, faz uma crítica inteligente e perspicaz sobre a educação dos pais que a Clara recebeu. Uma educação frágil, equivocada e ineficaz. Leia que essas partes são bem pontuais e o escritor nos emerge muito bem no universo dos personagens. Falando agora dos outros personagens: Marramaque, um grande homem, simples, honesto, com muito empatia, que era a voz sensata e precavida em meio da história. Menezes, honesto, fracassado, bem retratado em meio as suas dificuldades, humilhações. Agora falando dos vilões onde tem peso na história por escancarar a realidade: Cassi Jones de Azevedo, Sebastiana de Azevedo, mãe desse sujeito. Para elaboração do Cassi, Lima Barreto pegou como referência, a obra do Eça de Queiróz chamada Primo Basílio. Para quem leu, lá temos o Basílio, sua história envolvendo com Luísa. Então o Cassi Jones tem as características do Basilio de conquistador, manipulador. Mas lá em Basílio, o Eça retratava a hipocrisia da sociedade burguesa portuguesa, aqui Lima critica a sociedade simples, surburbana, suas características do Rio de Janeiro. Uma região cheia de dificuldades estruturais. Outro ponto muito interessante mesmo achando (meio cansativo) mas enfim, o retrato das dificuldades do povo, a falta de necessidades básicas que toda população precisa na estrutura da região onde vive: falta de saneamento básico, falta de pavimentação nas ruas, falta de emprego, moradia de qualidade, a citação do descaso do governo. Partes bem realistas, bem cruas que continuam acontecendo hoje em dia em vários lugares no Brasil, em específico no Rio de Janeiro onde há muita miséria, dificuldades. Ponto positivo esse retrato social. Falando do Cassi novamente, ele é um cara desprezível, tipo de homem que trata a mulher como chiclete - usa e descarta após 'mascar'. (Desculpas pela comparação, moças leitoras). Só quis dizer que ele usava as mulheres e não pensava nas consequências, nem na vida que está manipulando. Enfim, gostei da abordagem e da construção desse vilão, pois sentimos o asco, nojo, desprezo que é esse personagem perante a sociedade e principalmente o que faz com as moças ingênuas. Moças que não tinham liberdade para estudarem, trabalharem, onde eram educadas desde de pequenas que para serem felizes na vida, tem que casar, ter filho, viver sujeita ao marido como uma dona de casa, mãe de vários filhos, onde a vida da mulher se resume a reproduzir, cuida do marido e dos filhos, vida controlada pelos homens geralmente machistas, por costumes sociais dificeis para a mulher na época, que isso acontece até hoje em dia. Então Cassi tem o seu caráter muito bem retratado, além do seu histórico de 'atitudes', de 'atividades curriculares'. Foi um personagem bem construído. Além do Cassi, a sua família é também retratada, especificamente a sua mãe, a Sebastiana Azevedo. Uma mulher que igualmente é desprezível, consegue ser pior que o canalha do livro. Aqui podemos fazer uma associação de como, forma de cuidar dos filhos influencia na sua personalidade, no seu comportamento. Engrácia era uma mulher controladora, sufocante e neurótica, Sebastiana era uma mulher relaxada, não se preocupava em cuidar do filho, em orientá-lo e ser linha dura quando precisava perante ao filho. Os pais neste caso do Cassi, tem culpa sim, pois as caracteristicas começam a surgir na infância, educação é importante desde de sempre. Passa mão na cabeça é o que o Lima crítica inteligentemente. Aqui não só a mãe tem culpa, como pai também, mas cada um tem a sua parcela de culpa. 30% a 35% da culpa talvez? Enfim, Sebastiana é um tipo de personagem que sentimos nojo pois a sua personalidade é de uma pessoa soberba, que se acha superior que os outros por achar que antepassados familiares é sinônimo de ser melhor que os outros, por ser racista, preconceituosa perante as moças. Não só preconceito com a cor de pele, como outras características, ou dificuldades que as moças viviam na época. Enfim, ela e seu filho, toda a história, é o retrato diário de como as moças sempre sofreram, sofrem perante as dificuldades de ser mulher, estar grávidas e abandonadas pelos seus companheiros covardes que não assumem a responsabilidade. Tenho exemplos até na familia. Isso é muita covardia. Um grande retrato social que Lima fez, se preocupando em denunciar as mazelas da nossa sociedade, do governo. Por isso Lima, é uma referência na literatura, uma pena ter sido tardia, pós-morte do escritor. Aqui na obra cita outros personagens como Margarida que é uma grande personagem que tem personalidade, sabe enfrentar as dificuldades, por ser forte por conta da sua cultura, história, personalidade, nos mostra que nunca devemos ficar quietos perante a certas situações, não ter medo de nada, buscar a justiça. Temos muito que aprender com pessoas assim. Sangue europeu justo, pessoas com educação diferente. Cada personagem nessa obra tem as suas desgraças, dificuldades muito bem detalhadas, muitos tem seus sofrimentos para carregar, suportar. É triste sim grande parte das histórias enquanto os vilões vivem no bem-bom, mas é uma obra necessária para entendermos um pouco o contexto da época, como já nesses tempos, o Brasil passava por tempos difíceis principalmente para pessoas mais simples. Grande livro atemporal sem dúvidas. Só a escrita enfadonha em pequenas partes que citei, o resto é ótimo.
Nota: 4/5.
Caio 04/01/2021minha estante
TEM ALGUNS SPOILERS NO TEXTO - CITO A MINHA OPINIÃO COM SPOILERS DA OBRA ---




kath.stolze 09/12/2022

barreto coloca sob os holofotes a existência dos invisíveis
esse livro aqui eu tenho certeza que lima barreto sentiu na pele.
ele sentiu cada morte, cada personagem e cada acontecimento desse livro.
lima barreto era negro, já passou por hospício, viveu na miséria e conseguiu se educar com muita dificuldade.
nesse livro aqui temos contato íntimo com personagens como ele (o ousado marramaque, que viveu e morreu por defender o certo) até figuras como a benigna dona margarida, uma figura de uma mulher forte e destemida, que consegue ver muito além de uma mulher pra ser dona de casa.
e aí temos o cassi, poderia se dizer que é o personagem mais real dessa história. um dos mais canalhas que eu já vi sendo escritos na literatura nacional. e tão, tão real. tira a virgindade de meninas pobres, miseráveis, negras, as engravida e simplesmente sai impune. como? lima barreto explica melhor que ninguém:
"ele contava... com a indiferença de todos por uma pobre repariga como ela. nessa indiferença, nessa frouxidão de persegui-lo, de castigá-lo convenientemente, é que ele adquiria coragem para fazer o que fazia."
gustavo 09/12/2022minha estante
resenha incrivel ???




Franco 08/07/2011

A começar pela linguagem, é curiosa: motivo de críticas na sua época dada sua não-formalidade, hoje nos é perfeitamente compreensível, mais do que em muitos outros 'clássicos'.

Já a história é simples, fácil de acompanhar, e os personagens ficam bem marcados no leitor - uma proeza do Lima Barreto, que consegue dar a dimensão deles mas de forma lisa e objetiva.

Porém, o livro deve ser lido nas entrelinhas. A história não fala aleatoriamente sobre um ou outro personagem, e sim sobre tipos da sociedade do autor e que aqueles personagens representam. Do mesmo jeito, a trama não é um caso fortuito, algo que se conta e acabou, e sim um retrato de como os mecanismos sociais faziam girar dolorosamente as classes baixas - leia-se, pobres e negros.

No fim, o que se tem, é uma obra muito crítica e visivelmente marcada pela biografia do seu autor.



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Bit 14/03/2011

Em Clara dos Anjos relata-se a estória de uma pobre mulata, filha de um carteiro de subúrbio, que apesar das cautelas excessivas da família, é iludida, seduzida e, como tantas outras, desprezada, enfim, por um rapaz de condição social menos humilde do que a sua. É uma estória onde se tenta pintar em cores ásperas o drama de tantas outras raparigas da mesma cor e do mesmo ambiente. O romancista procurou fazer de sua personagem uma figura apagada, de natureza "amorfa e pastosa", como se nela quisesse resumir a fatalidade que persegue tantas criaturas de sua casta: "A priori", diz, "estão condenadas, e tudo e todos parecem condenar os seus esforços e os dos seus para elevar a sua condição moral e social." É claro que os traços singulares, capazes de formar um verdadeiro "caráter" romanesco, dando-lhe relevo próprio e nitidez hão de esbater-se aqui para melhor se ajustarem à regra genérica. E Clara dos Anjos torna-se, assim, menos uma personagem do que um argumento vivo e um elemento para a denúncia."
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Linha 22/12/2010

Clara dos Anjos
Lima Barreto com sua característica unica de falar do povo, para o povo com simplicidade e complexidade ao mesmo tempo, mostra em Clara dos Anjos a realidade vivenciada por uma familia do subúrbio do Rio de janeiro. Clara, uma menina humilde e inocente é seduzida por um conquistador oriundo da classe media carioca, Cassi Jones. Os dois se conhecem quando ele, cantor de chorinho, vai tocar em uma festa de conhecidos dos pais de Clara. O final do livro mostra escancaradamente a discriminação socioeconomica vigente à época, quando grávida de Cassi, Clara vai a casa dos pais dele e ouve da mãe dele que nada pode fazer por ela. A frase final do livro, quando Clara volta-se para sua mãe e diz "Nós não somos nada", além de forte é dissecadora da realidade brasileira vivenciada pelos contemporâneos de Lima Barreto. Essa discriminação encontrada nos romances de Lima Barreto são vigentes ainda hoje, e vale dizer que embora escritos no final do século XIX e inicio do século XX,as temáticas abordadas pelo autor ainda são bem atuais.
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J.C 10/05/2014

Incrível
Apesar da escrita antiga e os costumes daquela época diferentes, o autor usa de uma linguagem de fácil compreensão.

Livro muito bom e gostoso de se ler. Recomendo.
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Daphiny 25/05/2014

Lima Barreto me ensinou a não ser romântica. Olha, eu passei o livro inteiro achando que Cessi (o modinheiro safado e desvirtuador de moças) tomaria finalmente vergonha na cara e se apaixonaria por Clara, mesmo eu a achando uma tola (o que ela realmente é: inocente e iludida), mas eu percebi que sou tão tola e iludida quanto a Clara que, mesmo sabendo de todos os pobres de seu amado, ainda assim se deu a luxo de apaixonar-se por ele e permitir-lhe tirar sua "pureza".
A riquíssima descrição do espaço (um Rio de Janeiro suburbano) me irritou profundamente durante o livro inteiro, visto que não sou fã de gazilhões de descrições físicas. Fomos apresentados às casas e às histórias de todos os personagens que são mencionados nesse livro, tendo, pelo menos, 4 páginas de descrição sobre cada um (o que também me irritou as veras).
Não foi o pior livro que eu já li em toda a minha vida, mas depois de tantas histórias "clássicas" mais elaboradas que li para a escola, esse livro com certeza me decepcionou. Sei que as moças, naquela época, eram chochas e inocentes e não deviam se portar como nos portamos ultimamente, mas a Clara foi o apogeu de todas as mocinhas bobas que eu já conheci na literatura e eu acho cárcere privado em que Clara foi criada ajudaram nessa inocência incalculável e absurda dela.
Enfim.... decepções a parte, fico feliz que tenha sido um livro curto.
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Ana Ponce 29/03/2015

Clara dos Anjos
Olá... O post de hoje será para falar do livro Clara dos Anjos – Lima Barreto. Em 2006, minha professora de Português colocou esse livro na lista de leitura que devíamos fazer aquele ano, então acabei comprando um exemplar, mas ela retirou a obra da lista, como já havia comprando resolvi ler... Só que não rolou, achei enfadonho e abandonei a leitura...
No final de 2014 (quase 10 anos depois) tomei a resolução de lê-lo e então decidir o que iria fazer com o meu exemplar: se iria mantê-lo em minha coleção ou passaria para frente: bom, pretendo passa-lo a diante. Consegui concluir a leitura, a história é interessante, embora previsível, mas não faz o meu gênero, nem o estilo de obra que quero ter em minha coleção.
A obra foi concluída em 1922, no mesmo ano da morte do autor. Mas foi publicada apenas em 1948, como pertencente ao pré-modernismo brasileiro.
A história se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. No inicio somos apresentados a Joaquim dos Anjos, carteiro, casado com Dona Engrácia e pai de Clara dos Anjos, mulata bem educada, com bons valores, mas teve sua educação negligenciada no que diz respeito a relacionamentos e as “realidades da vida”.
E por esse motivo acaba por ser apaixonar pelo malandro Cassi Jones, um jovem renegado pelo pai devido à vida desregrada e por suas “aventuras românticas”.
O preconceito racial e a “libertação” estão presentes nas obras de Lima, que era descendente de escravos pelo lado materno e de portugueses pelo paterno, e enfrentou preconceito durante toda a sua vida por ser mestiço.
Suas obras, que apresentam temática social, abordam o abandono, a vida dos pobres, boêmios e os arruinados. Caindo ele mesmo nessa situação, falecendo aos 41 anos devido ao alcoolismo.

Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.
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