Clara dos Anjos

Clara dos Anjos Lima Barreto




Resenhas - Clara dos anjos


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Leituras do Sam 24/06/2017

As qualidades da obra de Lima Barreto é indiscutível, e eu não tenho profundidade para fazer uma resenha apropriada, só posso dizer que ao escrever a história da jovem Claro dos Anjos, o autor faz um retrato das diferenças sociais e raciais que ainda se fazem sentir na sociedade.
É uma história até bem simples - uma jovem negra do subúrbio é enganada pelo jovem branco rico - mas é na contextualização da história e com as críticas sociais que a obra ganha profundidade.
Lima Barreto não tem medo de dizer o que pensa através dos seus personagens e assim sua obra torna-se um importante instrumento de denúncias contra a discriminação racial e social no Brasil.

@leiturasdosamm
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Pablo1930 16/07/2017

Lima Barreto é um dos grandes intérpretes do Brasil do começo do século XX, com suas críticas marginais aos mitos consagrados pela história oficial brasileira. Um gênio que conseguiu captar como poucos conseguiram o modus operandi do racismo “à brasileira”, isto é, o modo como a dominação racial e a exclusão social do negro foram construídas, de forma camarada e sutil. “Clara dos Anjos” é a descrição minuciosa das relações sociais de uma sociedade autoritária, injusta, que inferioriza a mulher e fortemente racista. Um roteiro bem atual para uma sociedade que ainda não aparou suas arestas com a condição social do negro e que camufla o racismo no famigerado mito da “democracia racial”. A vitalidade de uma obra é medida pela sua atualidade e Lima Barreto tem tal aspecto como marca de toda sua produção intelectual.
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Birdie.Reader 22/05/2009

Só terminei de ler pra fazer a prova!
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Celia.Rabelo 16/05/2009

Li esse livro aos 13 anos e derramei muitas lágrimas. Recomendo esse livro, pra que você mesmo aprenda como se sente quando se é humilhado seja por qual for o preconceito.
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Bit 14/03/2011

Em Clara dos Anjos relata-se a estória de uma pobre mulata, filha de um carteiro de subúrbio, que apesar das cautelas excessivas da família, é iludida, seduzida e, como tantas outras, desprezada, enfim, por um rapaz de condição social menos humilde do que a sua. É uma estória onde se tenta pintar em cores ásperas o drama de tantas outras raparigas da mesma cor e do mesmo ambiente. O romancista procurou fazer de sua personagem uma figura apagada, de natureza "amorfa e pastosa", como se nela quisesse resumir a fatalidade que persegue tantas criaturas de sua casta: "A priori", diz, "estão condenadas, e tudo e todos parecem condenar os seus esforços e os dos seus para elevar a sua condição moral e social." É claro que os traços singulares, capazes de formar um verdadeiro "caráter" romanesco, dando-lhe relevo próprio e nitidez hão de esbater-se aqui para melhor se ajustarem à regra genérica. E Clara dos Anjos torna-se, assim, menos uma personagem do que um argumento vivo e um elemento para a denúncia."
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Ricardo Santos 03/06/2015

Crônica do Brasil de sempre
Uma ficção poderosa vai além da crônica. No caso de Lima Barreto, é o jornalismo a serviço da ficção. É uma compreensão mais completa do cenário social e da percepção psicológica do brasileiro urbano com um pé no rural. Em Clara dos Anjos, o autor consegue essa proeza de aliar o registro jornalístico em sua descrição e opinião do Brasil na República Velha, modernizador mas negligente, e o apuro literário na construção de personagens cativantes pelo o que são: Cassi, o marginalzinho branco de boa família; Clara, a jovem mulata ingênua; Marramaque, espécie de herói ético; Leonardo Flores, o poeta cheio de verniz, uma paródia do artista comprometido com sua arte, mas cego para tanta coisa... Lima Barreto era um apaixonado pelo subúrbio carioca, a terra dos desassistidos (e os subúrbios não continuam assim?), mas, como disse um especialista, era uma paixão crítica, porque ele criticava todo mundo, os poderosos e o povo. Espantosa a atualidade de um texto escrito há quase cem anos, em sua percepção de mazelas que ainda persistem com um engajamento refinado contra o racismo. Releitura de um texto fundamental numa edição que merece ser prestigiada.
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Ana Ponce 29/03/2015

Clara dos Anjos
Olá... O post de hoje será para falar do livro Clara dos Anjos – Lima Barreto. Em 2006, minha professora de Português colocou esse livro na lista de leitura que devíamos fazer aquele ano, então acabei comprando um exemplar, mas ela retirou a obra da lista, como já havia comprando resolvi ler... Só que não rolou, achei enfadonho e abandonei a leitura...
No final de 2014 (quase 10 anos depois) tomei a resolução de lê-lo e então decidir o que iria fazer com o meu exemplar: se iria mantê-lo em minha coleção ou passaria para frente: bom, pretendo passa-lo a diante. Consegui concluir a leitura, a história é interessante, embora previsível, mas não faz o meu gênero, nem o estilo de obra que quero ter em minha coleção.
A obra foi concluída em 1922, no mesmo ano da morte do autor. Mas foi publicada apenas em 1948, como pertencente ao pré-modernismo brasileiro.
A história se passa no subúrbio do Rio de Janeiro. No inicio somos apresentados a Joaquim dos Anjos, carteiro, casado com Dona Engrácia e pai de Clara dos Anjos, mulata bem educada, com bons valores, mas teve sua educação negligenciada no que diz respeito a relacionamentos e as “realidades da vida”.
E por esse motivo acaba por ser apaixonar pelo malandro Cassi Jones, um jovem renegado pelo pai devido à vida desregrada e por suas “aventuras românticas”.
O preconceito racial e a “libertação” estão presentes nas obras de Lima, que era descendente de escravos pelo lado materno e de portugueses pelo paterno, e enfrentou preconceito durante toda a sua vida por ser mestiço.
Suas obras, que apresentam temática social, abordam o abandono, a vida dos pobres, boêmios e os arruinados. Caindo ele mesmo nessa situação, falecendo aos 41 anos devido ao alcoolismo.

Espero que tenham gostado. Beijos e até a próxima.
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Daphiny 25/05/2014

Lima Barreto me ensinou a não ser romântica. Olha, eu passei o livro inteiro achando que Cessi (o modinheiro safado e desvirtuador de moças) tomaria finalmente vergonha na cara e se apaixonaria por Clara, mesmo eu a achando uma tola (o que ela realmente é: inocente e iludida), mas eu percebi que sou tão tola e iludida quanto a Clara que, mesmo sabendo de todos os pobres de seu amado, ainda assim se deu a luxo de apaixonar-se por ele e permitir-lhe tirar sua "pureza".
A riquíssima descrição do espaço (um Rio de Janeiro suburbano) me irritou profundamente durante o livro inteiro, visto que não sou fã de gazilhões de descrições físicas. Fomos apresentados às casas e às histórias de todos os personagens que são mencionados nesse livro, tendo, pelo menos, 4 páginas de descrição sobre cada um (o que também me irritou as veras).
Não foi o pior livro que eu já li em toda a minha vida, mas depois de tantas histórias "clássicas" mais elaboradas que li para a escola, esse livro com certeza me decepcionou. Sei que as moças, naquela época, eram chochas e inocentes e não deviam se portar como nos portamos ultimamente, mas a Clara foi o apogeu de todas as mocinhas bobas que eu já conheci na literatura e eu acho cárcere privado em que Clara foi criada ajudaram nessa inocência incalculável e absurda dela.
Enfim.... decepções a parte, fico feliz que tenha sido um livro curto.
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J.C 10/05/2014

Incrível
Apesar da escrita antiga e os costumes daquela época diferentes, o autor usa de uma linguagem de fácil compreensão.

Livro muito bom e gostoso de se ler. Recomendo.
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Camila 14/11/2013

Como última obra feita pelo escritor carioca Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), publicado depois de sua morte, Clara dos Anjos, traz uma denúncia áspera do preconceito racial e social, vivenciado por uma pobre mulata do subúrbio carioca.

O livro conta a estória de uma mulata que se apaixona por Cassi Jones, que enganava as mulheres com seu falso amor para conquistá-las. Suas “vítimas” eram sempre mulheres negras, pobres ou casadas, pois assim ele não seria obrigado a casar-se com elas já que sua mãe era extremamente preconceituosa e o protegia quando elas iam atrás dele.

Cassi Jones pertencia a uma posição melhor que Clara, e era considerado o desgosto da família, pois ele vivia enganando pobres mulheres e acabando na cadeia por isso, seu pai o reprimia, porém sua mãe sempre o ajudava a sair de suas confusões.

Já a Clara tinha dezessete anos, era ingênua e foi criada “com muito desvelo, recato e carinho; e, a não ser com a mãe ou pai, só saía com Dona Margarida, uma viúva muito séria, que morava nas vizinhanças e ensinava a Clara bordados e costuras.”

Mas no final do romance o autor relata que ela, consciente e lúcida, reflete sobre sua situação:

“O que era preciso, tanto a ela como às suas iguais, era educar o caráter, revestir-se de vontade, como possuía essa varonil Dona Margarida, para se defender de Cassi e semelhantes, e bater-se contra todos os que se opusessem, por este ou aquele modo, contra a elevação dela, social e moralmente. Nada a fazia inferior às outras, senão o conceito geral e a covardia com que elas o admitiam…”

“O verdadeiro estado amoroso supõe um estado de semiloucura correspondente, de obsessão, determinando uma desordem emocional que vai da mais intensa alegria até à mais cruciante dor, que dá entusiasmo e abatimento, que encoraja e entibia; que faz esperar e desesperar, isto tudo, quase a um tempo, sem que a causa mude de qualquer forma.”

site: http://world-book-4you.tumblr.com/
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Samuel 20/02/2012

Clareando..
Este livro, que pode ser comparado a um farol, iluminou o cômodo que estava desativado em meu coração. Retirou e dissipou toda névoa que encobria meus olhos sentimentais.Com final emocionante e altamente tocante, essa obra fará com que as cortinas de ferro de preconceito que há em seu ser sejam desintegradas!
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Panda 11/04/2013

Acho que por ser um clássico a situação final do livro não me surpreendeu muito, porque acho que hoje é o que mais acontece. Porém só o final, mas o desenrolar da história mostra como era antigamente e hoje mudou bastante.
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Renata 18/03/2013

Um dos melhores livros que já li
O livro conta a história de Clara dos Anjos, uma adolescente ingênua, criada dentro de "uma redoma de vidro", que é enganada pelo cafajeste Cassi Jones. Clara é humilhada e discriminada por sua posição social humilde e por sua cor.
Quando comecei a ler este livro, não imaginei que ele pudesse agregar tantos valores. A capacidade de Lima Barreto de retratar a sociedade de sua época (fins do século XIX) é impressionante. Com a leitura, percebe-se a formação da sociedade brasileira e os valores que permanecem até hoje entre os brasileiros. Acredito que compreender o mundo em que vivemos é essencial para uma vida mais produtiva e, consequentemente, mais feliz. O fim do livro é um choque de realidade, o que me levou a me questionar: "O que posso fazer para mudar isso?"
Enfim, Clara dos Anjos foi para mim uma agradável surpresa, ultrapassando minhas expectativas. É a obra prima de Lima Barreto e superou em muito Triste Fim de Policarpo Quaresma. Clara dos Anjos entra para a minha lista de favoritos.
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