Clara dos Anjos

Clara dos Anjos Lima Barreto




Resenhas - Clara dos anjos


362 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Panda 11/04/2013

Acho que por ser um clássico a situação final do livro não me surpreendeu muito, porque acho que hoje é o que mais acontece. Porém só o final, mas o desenrolar da história mostra como era antigamente e hoje mudou bastante.
comentários(0)comente



Samuel 20/02/2012

Clareando..
Este livro, que pode ser comparado a um farol, iluminou o cômodo que estava desativado em meu coração. Retirou e dissipou toda névoa que encobria meus olhos sentimentais.Com final emocionante e altamente tocante, essa obra fará com que as cortinas de ferro de preconceito que há em seu ser sejam desintegradas!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Camila 14/11/2013

Como última obra feita pelo escritor carioca Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922), publicado depois de sua morte, Clara dos Anjos, traz uma denúncia áspera do preconceito racial e social, vivenciado por uma pobre mulata do subúrbio carioca.

O livro conta a estória de uma mulata que se apaixona por Cassi Jones, que enganava as mulheres com seu falso amor para conquistá-las. Suas “vítimas” eram sempre mulheres negras, pobres ou casadas, pois assim ele não seria obrigado a casar-se com elas já que sua mãe era extremamente preconceituosa e o protegia quando elas iam atrás dele.

Cassi Jones pertencia a uma posição melhor que Clara, e era considerado o desgosto da família, pois ele vivia enganando pobres mulheres e acabando na cadeia por isso, seu pai o reprimia, porém sua mãe sempre o ajudava a sair de suas confusões.

Já a Clara tinha dezessete anos, era ingênua e foi criada “com muito desvelo, recato e carinho; e, a não ser com a mãe ou pai, só saía com Dona Margarida, uma viúva muito séria, que morava nas vizinhanças e ensinava a Clara bordados e costuras.”

Mas no final do romance o autor relata que ela, consciente e lúcida, reflete sobre sua situação:

“O que era preciso, tanto a ela como às suas iguais, era educar o caráter, revestir-se de vontade, como possuía essa varonil Dona Margarida, para se defender de Cassi e semelhantes, e bater-se contra todos os que se opusessem, por este ou aquele modo, contra a elevação dela, social e moralmente. Nada a fazia inferior às outras, senão o conceito geral e a covardia com que elas o admitiam…”

“O verdadeiro estado amoroso supõe um estado de semiloucura correspondente, de obsessão, determinando uma desordem emocional que vai da mais intensa alegria até à mais cruciante dor, que dá entusiasmo e abatimento, que encoraja e entibia; que faz esperar e desesperar, isto tudo, quase a um tempo, sem que a causa mude de qualquer forma.”

site: http://world-book-4you.tumblr.com/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



J.C 10/05/2014

Incrível
Apesar da escrita antiga e os costumes daquela época diferentes, o autor usa de uma linguagem de fácil compreensão.

Livro muito bom e gostoso de se ler. Recomendo.
comentários(0)comente



Daphiny 25/05/2014

Lima Barreto me ensinou a não ser romântica. Olha, eu passei o livro inteiro achando que Cessi (o modinheiro safado e desvirtuador de moças) tomaria finalmente vergonha na cara e se apaixonaria por Clara, mesmo eu a achando uma tola (o que ela realmente é: inocente e iludida), mas eu percebi que sou tão tola e iludida quanto a Clara que, mesmo sabendo de todos os pobres de seu amado, ainda assim se deu a luxo de apaixonar-se por ele e permitir-lhe tirar sua "pureza".
A riquíssima descrição do espaço (um Rio de Janeiro suburbano) me irritou profundamente durante o livro inteiro, visto que não sou fã de gazilhões de descrições físicas. Fomos apresentados às casas e às histórias de todos os personagens que são mencionados nesse livro, tendo, pelo menos, 4 páginas de descrição sobre cada um (o que também me irritou as veras).
Não foi o pior livro que eu já li em toda a minha vida, mas depois de tantas histórias "clássicas" mais elaboradas que li para a escola, esse livro com certeza me decepcionou. Sei que as moças, naquela época, eram chochas e inocentes e não deviam se portar como nos portamos ultimamente, mas a Clara foi o apogeu de todas as mocinhas bobas que eu já conheci na literatura e eu acho cárcere privado em que Clara foi criada ajudaram nessa inocência incalculável e absurda dela.
Enfim.... decepções a parte, fico feliz que tenha sido um livro curto.
comentários(0)comente



Pablo1930 16/07/2017

Lima Barreto é um dos grandes intérpretes do Brasil do começo do século XX, com suas críticas marginais aos mitos consagrados pela história oficial brasileira. Um gênio que conseguiu captar como poucos conseguiram o modus operandi do racismo “à brasileira”, isto é, o modo como a dominação racial e a exclusão social do negro foram construídas, de forma camarada e sutil. “Clara dos Anjos” é a descrição minuciosa das relações sociais de uma sociedade autoritária, injusta, que inferioriza a mulher e fortemente racista. Um roteiro bem atual para uma sociedade que ainda não aparou suas arestas com a condição social do negro e que camufla o racismo no famigerado mito da “democracia racial”. A vitalidade de uma obra é medida pela sua atualidade e Lima Barreto tem tal aspecto como marca de toda sua produção intelectual.
comentários(0)comente



Ricardo Santos 03/06/2015

Crônica do Brasil de sempre
Uma ficção poderosa vai além da crônica. No caso de Lima Barreto, é o jornalismo a serviço da ficção. É uma compreensão mais completa do cenário social e da percepção psicológica do brasileiro urbano com um pé no rural. Em Clara dos Anjos, o autor consegue essa proeza de aliar o registro jornalístico em sua descrição e opinião do Brasil na República Velha, modernizador mas negligente, e o apuro literário na construção de personagens cativantes pelo o que são: Cassi, o marginalzinho branco de boa família; Clara, a jovem mulata ingênua; Marramaque, espécie de herói ético; Leonardo Flores, o poeta cheio de verniz, uma paródia do artista comprometido com sua arte, mas cego para tanta coisa... Lima Barreto era um apaixonado pelo subúrbio carioca, a terra dos desassistidos (e os subúrbios não continuam assim?), mas, como disse um especialista, era uma paixão crítica, porque ele criticava todo mundo, os poderosos e o povo. Espantosa a atualidade de um texto escrito há quase cem anos, em sua percepção de mazelas que ainda persistem com um engajamento refinado contra o racismo. Releitura de um texto fundamental numa edição que merece ser prestigiada.
comentários(0)comente



Franco 08/07/2011

A começar pela linguagem, é curiosa: motivo de críticas na sua época dada sua não-formalidade, hoje nos é perfeitamente compreensível, mais do que em muitos outros 'clássicos'.

Já a história é simples, fácil de acompanhar, e os personagens ficam bem marcados no leitor - uma proeza do Lima Barreto, que consegue dar a dimensão deles mas de forma lisa e objetiva.

Porém, o livro deve ser lido nas entrelinhas. A história não fala aleatoriamente sobre um ou outro personagem, e sim sobre tipos da sociedade do autor e que aqueles personagens representam. Do mesmo jeito, a trama não é um caso fortuito, algo que se conta e acabou, e sim um retrato de como os mecanismos sociais faziam girar dolorosamente as classes baixas - leia-se, pobres e negros.

No fim, o que se tem, é uma obra muito crítica e visivelmente marcada pela biografia do seu autor.



comentários(0)comente



Bit 14/03/2011

Em Clara dos Anjos relata-se a estória de uma pobre mulata, filha de um carteiro de subúrbio, que apesar das cautelas excessivas da família, é iludida, seduzida e, como tantas outras, desprezada, enfim, por um rapaz de condição social menos humilde do que a sua. É uma estória onde se tenta pintar em cores ásperas o drama de tantas outras raparigas da mesma cor e do mesmo ambiente. O romancista procurou fazer de sua personagem uma figura apagada, de natureza "amorfa e pastosa", como se nela quisesse resumir a fatalidade que persegue tantas criaturas de sua casta: "A priori", diz, "estão condenadas, e tudo e todos parecem condenar os seus esforços e os dos seus para elevar a sua condição moral e social." É claro que os traços singulares, capazes de formar um verdadeiro "caráter" romanesco, dando-lhe relevo próprio e nitidez hão de esbater-se aqui para melhor se ajustarem à regra genérica. E Clara dos Anjos torna-se, assim, menos uma personagem do que um argumento vivo e um elemento para a denúncia."
comentários(0)comente



Linha 22/12/2010

Clara dos Anjos
Lima Barreto com sua característica unica de falar do povo, para o povo com simplicidade e complexidade ao mesmo tempo, mostra em Clara dos Anjos a realidade vivenciada por uma familia do subúrbio do Rio de janeiro. Clara, uma menina humilde e inocente é seduzida por um conquistador oriundo da classe media carioca, Cassi Jones. Os dois se conhecem quando ele, cantor de chorinho, vai tocar em uma festa de conhecidos dos pais de Clara. O final do livro mostra escancaradamente a discriminação socioeconomica vigente à época, quando grávida de Cassi, Clara vai a casa dos pais dele e ouve da mãe dele que nada pode fazer por ela. A frase final do livro, quando Clara volta-se para sua mãe e diz "Nós não somos nada", além de forte é dissecadora da realidade brasileira vivenciada pelos contemporâneos de Lima Barreto. Essa discriminação encontrada nos romances de Lima Barreto são vigentes ainda hoje, e vale dizer que embora escritos no final do século XIX e inicio do século XX,as temáticas abordadas pelo autor ainda são bem atuais.
comentários(0)comente



CultEcléticos 11/01/2017

Desta vez, opto por uma obra clássica da Literatura Brasileira e, arrisco dizer aqui, que é pouco reconhecida a sua importância dada o conteúdo que demonstra a preocupação de Lima Barreto (13 de maio de 1881 – 1º de novembro de 1922) com a condição e aceitação social da população negra no Rio de Janeiro, no início do século XX. A obra, embora tenha sido concluída em 1922, foi publicada postumamente com a primeira edição apenas em 1948.
É bem difícil ler a obra e não sentir um quê de autobiográfico* no levantamento dessas questões em que se nota uma forte denúncia do preconceito que sofrem os negros e os mestiços deixando ainda mais evidente que a diferença de classes que segue aumentando com as mudanças políticas e modernização que emergem no Rio Janeiro na década de 20.
Clara dos Anjos — menina mulata pobre do subúrbio carioca — acaba, por intermédio dos amigos do pai, conhecendo Cassi Jones — um malandro de família mais abastada, um conquistador. Mesmo sendo avisada por seu padrinho sobre o caráter de Cassi, Clara se relaciona com ele. Relacionamento esse que expõe o sofrimento infringido pela divisão de classe social imposta pela sociedade desse período. É durante a narrativa que o leitor acompanha tal sofrimento da protagonista que é seduzida e achacada por Cassi Jones e menosprezada pela família dele quando revela estar grávida.
O romance Clara dos Anjos retrata uma realidade do início do século XX e, mesmo passados quase 100 anos (93, para ser exato), o preconceito racial, a divisão de classes e o julgamento de um indivíduo considerando cor da pele e condição econômica, infelizmente, ainda ocorrem. Ou seja, ainda perdura um comportamento obsoleto, do século passado.


* Segundo o historiador e critico literário Sergio Buarque de Holanda, é muito difícil “escrever sobre os livros de Lima Barreto sem incorrer um pouco no pecado do biografismo”.

(Liz Frizzine)
Resenha publicada no site CultEcléticos.

site: http://www.cultecleticos.com.br/resenha-literaria-clara-dos-anjos-lima-barreto/
comentários(0)comente



Fernanda 10/01/2010

Livro chato, o sexismo do livro é o que importa por nos fazer pensar, mas sinceramente a leitura não me atraiu.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



362 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR