A Batalha dos Mortos

A Batalha dos Mortos Rodrigo de Oliveira




Resenhas - A Batalha dos Mortos


94 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


_Nena_ 25/07/2022

Foi uma leitura bem rápida e fluida, gostei bastante, confesso que fiquei com um "mau pressentimento" para o próximo livro por causa dos acontecimentos que teve nesse aqui, mas estou empolgada para ler os próximos.
comentários(0)comente



Brenda 04/11/2022

Que leitura boa!!!
Adoro uma leitura temática, então um livro de zumbis no mês do Halloween, cai muito bem? (mesmo sendo um livro que eu leria em qualquer época do ano, porque eu amoo!)

Uma escrita objetiva e que ao mesmo tempo te faz pertencer a trama, em toda a sua agonia, medo e angústia. Esse livro terminou de uma forma que me deixou apavorada com o que tem por vir, ao mesmo tempo que esse segundo livro, já entregou muita ação e muita história acontecendo.

Mesmo em meio ao caos o ser humano ainda pode surpreender e ser mal, ainda pior do que o próprio mal instaurado.

A melhor história de zumbis que li até agora.
Você pode ver a sinopse do livro para saber um pouco mais sobre ele. O que posso deixar para vocês é minha opinião sincera e dizer que aaah!! Amei demais essa experiência de leitura.
Lyta @lytaverso 11/11/2022minha estante
Aaaai, preciso retomar essa saga, é muito boa! Já leu o spin off?


Brenda 17/11/2022minha estante
Siim do elevador 16? Amei muito foi o primeiro que li. Estou amando


KayraS 23/02/2024minha estante
AAAA quero tanto começar a ler essa saga de livros depois que li elevador 16, mas não consigo achar o primeiro e o segundo para vender kkk e já tenho o 3, 5 e 6 pat.2




Marcos Pinto 29/08/2014

De tirar o fôlego
De tirar o fôlego é a melhor expressão que posso usar para resumir esse livro. O primeiro da série já havia sido incrível e esse continuou no mesmo ritmo: mortalmente viciante e alucinado. Diante desse mundo catastrófico e letal criado por Rodrigo de Oliveira, virar uma página atrás da outra é a solução.

Rodrigo continua a sequência de sua série basicamente no mesmo momento que o anterior terminou. Ivan e Estela, com a ajuda de diversas pessoas, conseguiram erguer um grande centro de refugiados onde milhares de pessoas trabalham juntas para que a espécie humana resista à catástrofe global causada pelo Absinto.

A comunidade estava caminhando bem, cada dia com mais refugiados. Já conseguiam colher alimentos, cuidar de animais, retirar água de poços cartesianos e etc. Um clima de paz diante da batalha pela vida já era sentido. Porém, um contato pelo rádio abalará o estilo de vida desse pacífico grupo.

O mais perturbador era que se tratava de um rosto assustadoramente familiar. Um rosto conhecido, a face outrora bela de uma mulher. Mas, nos olhos brancos e leitosos do ser, Ivan enxergou o Absinto. Não viu nada menos do que o Inferno, porque aquela criatura era personificação do Mal. Um demônio que fora libertado sobre a Terra para esmagar o que havia sobrado da humanidade (p. 12).

Não muito distante dali, outro grupo de refugiados se escondia em um quartel do exército. Porém, quando uma gangue de ex-presidiários escapa da cadeia e segue para o quartel, o lugar passa a se tornar um centro de concentração altamente perigoso. As pessoas são transformadas em escravas e são abusadas de todas as formas.

Um confronto se anuncia e tudo que os sobreviventes podem fazer é torcer para que resistam mais um dia naquele inferno. Cabeças rolarão e a batalha dos mortos começará.

Como eu já disse, o livro é de tirar o fôlego. Eu o lia por horas ininterruptas, assim como aconteceu com o primeiro livro da série. Você promete para si mesmo que irá parar, mas o desejo de descobrir o que acontecerá no capítulo seguinte é mais forte. Rodrigo soube prender o leitor de uma maneira incrível.

O condenado gritou de dor novamente, com lágrimas transbordando de seus olhos. Outro zumbi mordeu seu braço, outro cravou os dentes em todos os lados, sentindo o sangue jorrar por todas as partes. A dor era tanta que ele já não conseguia mais gritar. Assim, engoli todo o sofrimento até que, por fim, sua alma desabou em direção ao absinto (p. 26).

Assim como no primeiro livro, os personagens são muito bem construídos. A maior parte é formada por velhos conhecidos, como Ivan, Estela, Adriana, Gisele e Zac. Porém, novos personagens serão apresentados e são estes trarão grandes dificuldades aos protagonistas. Sem contar que pintará duas novas candidatas a entrar no rol de personagens principais.

A ambientação do livro continua sendo na cidade de São Paulo pós-apocalíptica, o que confere uma proximidade do texto com o leitor, o que não é encontrado em grandes livros do gênero como The Walking Dead. Além disso, o autor foge do ponto comum sobre os zumbis, criando explicações totalmente originais para o surgimento desses monstros.

Se não bastasse o enredo original e a qualidade literária da obra, o livro ainda consta com uma diagramação impecavelmente assustadora. O início dos capítulos tem detalhes bem trabalhados, há páginas negras na obra, sem falar que a capa ficou excelente. Mais uma vez a Faro Editorial merece parabéns pelo trabalho bem feito.

Foi quando Isabel assistiu a uma cena que parecia ter saído de um pesadelo. O homem cambaleante avançou sobre a moça infeliz e agarrou-a pelos cabelos. Ela tentou se desvencilhar, sem sucesso, e na sequência ele a mordeu. E depois, desferiu uma mordida na bochecha, tão forte que rasgou a pele como se ele estivesse mordendo um pedaço de pão (p. 77).

Por tudo isso e muito mais, eu indico A Batalha dos Mortos. Quem gosta de ação, fantasia e principalmente de zumbis amará o livro. Mas prepare seu estômago e confira suas armas, os zumbis estão se tornando cada vez mais violentos e assustadores.

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/04/resenha-batalha-dos-mortos.html
Thiago 14/09/2014minha estante
Zumbi é um dos seres que andam meio manjados hoje em dia, mas ainda é um dos que me dão mais medo..




Damian Souza 08/12/2021

Batalha dos mortos
A continuação manteve o ritmo da história. Apresentou novos personagens e localidades, o que é bom para evitar que história ficasse estagnada na cidade de São José dos Campos o que seria monótono. Interessante a apresentação de algumas respostas a questões em aberto após o primeiro livro.
comentários(0)comente



emmanuel_arankar 27/07/2023

"A Batalha dos Mortos" de Rodrigo de Oliveira

"A Batalha dos Mortos", o segundo livro da série "As Crônicas dos Mortos", escrita pelo autor brasileiro Rodrigo de Oliveira e publicada em 2014 pela Faro Editorial, mergulha o leitor em um mundo pós-apocalíptico atormentado por zumbis e pela luta desesperada dos sobreviventes para manter sua humanidade e sobreviver em meio ao caos.

No cenário devastado após a aproximação do planeta Absinto, que desencadeou uma onda de morte e ressurreição, a humanidade encontra-se à beira da extinção. A maior parte da população foi transformada em zumbis famintos e agressivos, deixando apenas um punhado de sobreviventes lutando para encontrar refúgio e respostas em um mundo que se desmorona diante de seus olhos.

A trama, ambientada em 2018, se desdobra em diferentes cenários e perspectivas, explorando a complexidade desse novo mundo. Um dos núcleos centrais concentra-se no Condomínio Colinas, que emergiu como um refúgio para sobreviventes. Lá, os habitantes buscam segurança e recursos essenciais para sua sobrevivência em meio à horda de zumbis que ameaça o perímetro.

Na cidade de Taubaté, um presídio de segurança máxima foi tomado por criminosos liderados por um psicopata chamado Emanuel. Aqueles que não se renderam foram forçados à escravidão, e o local se transformou em um covil de crueldade e depravação. Dentro desse ambiente sombrio, conhecemos Isabel, uma mulher com habilidades psíquicas extraordinárias, cuja origem misteriosa é explorada ao longo da narrativa.

Isabel é uma sobrevivente do presídio de Taubaté, onde é submetida a abusos hediondos por Emanuel e sua gangue. No entanto, ela nutre planos de escapar desse pesadelo e de reencontrar sua irmã gêmea, Jezebel, que reside no Rio Grande do Sul. O contato entre as irmãs foi perdido após o início do apocalipse, deixando Isabel atormentada pela incerteza do destino de Jezebel.

Enquanto a história de Isabel e os horrores de Taubaté se desenrolam, o foco se expande para o Condomínio Colinas, onde Ivan e Estela desempenham papéis cruciais na liderança da comunidade. Este casal se destaca por sua determinação, compaixão e capacidade de tomar decisões difíceis para garantir a sobrevivência de sua comunidade.

À medida que a narrativa progride, segredos são desvendados, e a complexidade das relações humanas se torna um elemento central da trama. A tensão aumenta à medida que a batalha se aproxima, com a humanidade enfrentando não apenas a ameaça dos zumbis, mas também tendo que confrontar os aspectos mais sombrios de sua própria natureza, personificados pelos vilões cruéis que emergem após o apocalipse.

O autor, Rodrigo de Oliveira, aprimora sua escrita neste segundo livro, entregando uma narrativa envolvente e cativante. Os personagens principais são desenvolvidos com mais profundidade, permitindo que os leitores compreendam seus medos, ambições e as escolhas difíceis que enfrentam em um mundo devastado. O uso de flashbacks enriquece a história ao fornecer insights sobre as vidas e personalidades dos personagens.

Os dilemas morais e as decisões complexas são uma parte fundamental do enredo, à medida que os personagens são desafiados a manter sua humanidade em um ambiente hostil. A luta pela sobrevivência é um tema constante, e os leitores se veem imersos em um mundo no qual a linha entre a moralidade e a necessidade se torna cada vez mais tênue.

"A Batalha dos Mortos" também explora a resiliência e a capacidade do ser humano de se adaptar a circunstâncias extremas. Personagens como Gisele e Zac carregam o peso do trauma e lutam para superar as memórias dos eventos do primeiro livro, enquanto personagens como Ivan e Estela se destacam como heróis em um mundo cheio de desafios.

O ritmo da narrativa permanece constante, com reviravoltas emocionantes e surpresas que mantêm os leitores ávidos por mais. A história oferece uma visão mais profunda dos personagens, à medida que seus passados são revelados e seus destinos entrelaçados. A trama é bem elaborada, oferecendo uma mistura equilibrada de suspense, ação e exploração psicológica.

Este segundo volume mantém a chama acesa na série "As Crônicas dos Mortos" e fornece uma leitura emocionante e sombria para os amantes de histórias de apocalipse zumbi com complexidade nas relações humanas. O autor desenvolve a mitologia da série, revelando mais detalhes sobre o apocalipse e as origens das habilidades de personagens como Isabel e Jezebel.

Além da qualidade da narrativa, a Faro Editorial se destaca com um projeto gráfico caprichado e ilustrações que enriquecem a experiência de leitura. O autor e a editora criam um ambiente imersivo que envolve os leitores em um mundo caótico, desafiador e repleto de zumbis famintos.

Em resumo, "A Batalha dos Mortos" é uma continuação empolgante e bem executada na série de Rodrigo de Oliveira. O autor demonstra um domínio aprimorado de sua narrativa e construção de personagens, mantendo os leitores ansiosos por mais reviravoltas, dilemas morais e reviravoltas emocionantes. Este livro oferece uma adição valiosa à literatura de apocalipse zumbi e é uma leitura obrigatória para os fãs do gênero.
comentários(0)comente



Elton 24/11/2021

Abaixo do esperado
O primeiro livro foi TÃO BOM que eu jamais esperaria ver uma sequência tão abaixo assim.
A história é chata e tediosa em alguns momentos.
Os personagens seguem sendo a melhor coisa, mas dessa vez temos Isabel e Jezebel como duas estreantes - o mote sobrenatural delas não me agradou em nada.
E a vibe Walking Dead de briga entre humanos maior que a luta contra zumbi não me bateu legal, cansou.
comentários(0)comente



Camila | Book Obsession 04/02/2020

Em Vale dos Mortos temos uma parte mais introdutória com explicações teóricas e científicas, em A Batalha dos Mortos, o cenário já se mostra em avançado estado de devastação, hordas de zumbis aterrorizantes e sedentas por sangue e carne fresca. Vemos também a crueldade do ser humano utilizando-se dessa situação para instalar ainda mais o caos, ao mesmo tempo que nos deparamos com a solidariedade e a gentileza de outros.
Com uma dose extra de cenas de violência por conta do cenário de guerra, o autor em sua narrativa fluida, nos deixa tensos e ávidos a cada capítulo. A adrenalina vai aumentando em torno do grande confronto, que foi conduzido de forma espetacular, me senti dentro daquela batalha, mas o grande impacto se dá nos momentos finais, foi genial e não vejo a hora de conhecer os desdobramentos do próximo livro.
A edição da Faro Editorial é um convite ao leitor com essa capa perturbadora e nos dá uma prévia do que podemos esperar ao longo desse volume. Os fãs de Sci-fi, com toques de terror, sem dúvidas irão amar.


Resenha completa no blog.

site: https://www.bookobsessionblog.com/2020/02/resenha-batalha-dos-mortos-rodrigo-de.html
comentários(0)comente



Natália 30/10/2020

Este é o segundo volume da série "As Crônicas dos Mortos" e gostaria de iniciar essa resenha informando que o livro pode ter alguns gatilhos, visto que relata um pouco sobre abusos e violência que alguns personagens sofrem.

Após todos terem se preparado para ver o planeta Absinto passando próximo da órbita da Terra e muitas pessoas terem se transformados em zumbis após o evento, Ivan e Estela lutam com seus aliados para manter um lugar seguro para que pudessem viver e aguardar que as coisas se acalmassem. Felizmente, mais sobreviventes começam a se unir a eles e o condomínio continua funcionando muito bem.

Em uma de suas missões de resgate, eles conhecem Isabel. Ela relata que fugiu do Comando do Exército que foi tomado por criminosos de um presídio e que estão escravizando e torturando outros humanos por lá. A fim de ajudar, Ivan terá que comandar um cerco e salvar o máximo de vidas possíveis, mas ele mesmo não sabia que a dele estava prestes a mudar, mais uma vez.

A trama é repleta de ação e algumas pistas sobre o que ocasionou a transformação das pessoas são expostas. O que chamou a minha atenção é que, mais uma vez, a humanidade se vê frente a um problema extremo e alguns continuam pensando apenas em si mesmos e não dão a mínima para os outros.

Apesar de ter gostado da introdução de Isabel no grupo e ter simpatizado com ela, não gostei de sua pequena peculiaridade. Não vou entrar em detalhes para não dar spoiler, mas acredito que o universo criado pelo autor já tinha muitos aspectos a serem explorados e não precisava disso.

A obra é muito fluída e repleta de zumbis, com um final totalmente inesperado. Recomendo muito para todos que gostam desse universo.

site: https://www.instagram.com/bibliotecadanah/
comentários(0)comente



Antonio Luiz 05/11/2014

Apocalipse zumbi, um pesadelo de classe média
Poucos dias antes do segundo turno das eleições brasileiras, as redações receberam o release e exemplares de dois lançamentos de uma pouco conhecida Faro Editorial, de autoria de Rodrigo de Oliveira, intitulados "O Vale dos Mortos" e A Batalha dos Mortos e anunciados como os primeiros de uma série de cinco livros.

Trata-se de mais uma longa história de apocalipse zumbi, neste caso a ser deflagrado pela aproximação do misterioso planeta com o qual mais de um pseudoprofeta oportunista fez fama ao vender livros ou fundar seitas para advertir sobre o fim do mundo em 2012, adiado nesses livros para 2017. Desfila o costumeiro abuso de sangue, mutilações e violências e todos os demais clichês do gênero, com uma escrita de modo geral correta, mas monótona, redundante e pouco inspirada. Uma amostra do Capítulo 6, quando o protagonista, homem branco, analista de sistemas e pai de família bem comportado, se afirma ante o grupo de sobreviventes refugiados num shopping do Vale do Paraíba:

"De uma forma muito natural Ivan se tornou o líder. Era o único que tinha experiência militar e não havia dúvidas de que era o mais valente de todos. Estela era sua grande conselheira; Ivan a consultava em tudo. Não era apenas um costume vindo da vida de casado, ele realmente a considerava uma das pessoas mais inteligentes e sensatas que conhecera. Se havia alguém a quem Ivan entregaria decisões sobre sua própria vida esse alguém era Estela.

Transformaram lojas em dormitórios usando sofás, colchões e cortinas. Assim, Ivan e a esposa conseguiram ter um pouco de privacidade junto com os filhos. Às vezes, recolhiam-se mais cedo e jogavam algum jogo com as crianças, exatamente como faziam quando as coisas eram normais.

Conseguiram televisores, aparelhos de DVD, aparelhos de som, DVDs, CDs, videogames etc. Por diversão, Ivan chegou a improvisar uma sala de estar na loja que usavam de dormitório, onde ele e Estela às vezes assistiam a um filme ou um show juntos."

Não se poderia pedir algo mais ridiculamente banal. Mas o livro tem seus momentos de sensacionalismo desbragado, um dos quais serviu à editora como gancho para chamar a atenção dos jornalistas: nele, a presidenta Dilma Rousseff, reeleita em 2014, é atacada por um Lula transformado em zumbi:

"O Lula carismático e dos discursos inflamados, mas também o responsável por um dos governos mais cercados de escândalos de corrupção da história do Brasil. Esse Lula não existia mais. O que havia agora era uma criatura grotesca, que saía da sala se apoiando na porta, sem conseguir se mover direito. A boca espumava como a de um cão raivoso, e deixava à mostra os dentes arreganhados, formando uma careta demoníaca.

Quando a presidente viu aquilo, como reflexo, tentou fugir. Mas nem conseguiu sair do lugar, pois ele a agarrou pelos cabelos e a jogou contra a parede, derrubando dois quadros modernistas extremamente caros.

A presidente caiu de bruços no chão, batendo o rosto contra o piso de granito. Sentiu uma dor aguda no nariz fraturado, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas. Nem mesmo quando fora presa e torturada durante a ditadura militar sentiu tanto terror. Pensou na filha, na neta, na viagem pela Europa que prometera a si mesma tão logo o mandato terminasse. E sentiu tristeza; no íntimo entendeu que sua vida acabaria ali.

Quando Lula a agarrou pelos cabelos e mordeu sua jugular com violência, a presidente gritou de agonia, sem que ninguém aparecesse para ajudá-la."

Com todas as suas obviedades e insistências, o texto acaba por ser muito revelador ao expor de forma ingênua e transparente o subconsciente de certa classe média brasileira autointitulada gente de bem. Não consegue deixar de pensar em eletrônicos de consumo nem nas situações mais extremas, nem deixar de supor que aquilo com que uma líder nacional à beira da morte mais se preocupa é com a perda de uma viagem à Europa. Julga-se dona da moral, da razão e do direito inato de dar ordens. Ivan, quando não está ocupado com esmagar cabeças de zumbis, está se impondo a outros sobreviventes, sempre de classes subalternas ou não tão bem sucedidos na carreira e no casamento. No segundo livro, trata de se impor a um grupo de sobreviventes foragidos do presídio de segurança máxima de Taubaté.

Dentro do atual clima político e social, não há de ser por acaso que Lula surge se não como o primeiro zumbi da trama, pelo menos como o primeiro de nome conhecido. A cena não funcionaria da mesma maneira caso os personagens fossem FHC e Aécio, embora a eleição deste fosse perfeitamente possível quando da edição e divulgação do livro.

Outros líderes, como o presidente chinês Xi Jinping, o francês François Hollande e o suposto presidente dos EUA em 2018, Peter Shumlin (hoje o governador democrata do pequeno estado de Vermont), são citados como vítimas, mas Lula é o único a se tornar zumbi. Na medida em que representa em certa medida (bem maior no imaginário paranoide dos privilegiados do que na realidade) os interesses desses excluídos e um desafio à autoimagem de superioridade e competência da classe média tradicional, sua identificação com os zumbis se torna, nesse contexto, bastante apropriada. Se Dilma surge como vítima e não algoz é que autor vê nela menos uma petista que uma profissional de classe média que tentava imprimir diretrizes voltadas à experiência administrativa, às melhores práticas e à meritocracia. Não se enxergava como política, mas como a gestora de uma grande empresa chamada Brasil.

Cada época expressou na ficção de horror sua própria ansiedade apocalíptica. No início do século XIX, à sombra da Revolução Francesa, o monstro do Dr. Frankenstein refletia a ameaça das perigosas classes populares do Terceiro Estado, reunidas num monstro invencível pelas ideias de intelectuais iluministas dispostos a transformar o mundo. Mais para o final da era vitoriana, o vampiro representava o temor do decadente Império Britânico com o surgimento de novas ideias e novas potências na Europa. Nos anos 1920 e 1930, o fantasma de uma rebelião mundial de robôs (em R.U.R., de Karel Capek) ou liderada por um robô (como no filme Metropolis) refletia a ansiedade com a revolução operária despertada pelo outubro de 1917 na Rússia. Nos anos 1950 e 1960, a paranoia macarthista com a ameaça soviética, a infiltração comunista e o mito da lavagem cerebral da juventude tomou a forma ficcional de conquistadores alienígenas, invasores de corpos e extraterrestres manipuladores.

A partir do final do século XX, com o fim da Guerra Fria, foco da principal fobia política e social do Ocidente passou a ser os excluídos, a soma de minorias raciais, sem-teto, imigrantes, classes subalternas e precariado em geral, do qual as classes médias se escondem nos falsos paraísos dos condomínios fechados e shoppings, precisamente os refúgios dos sobreviventes do apocalipse de Rodrigo de Oliveira, nos quais televisores, aparelhos de DVD, aparelhos de som, DVDs, CDs, videogames etc. os ajudam a fugir da realidade enquanto defendem com unhas e dentes os privilégios que lhes restaram em nome da meritocracia. Uma leitura traz uma revelação de interesse psicossocial praticamente a cada página, se não a cada parágrafo.

site: http://www.cartacapital.com.br/blogs/antonio-luiz/apocalipse-zumbi-um-pesadelo-de-classe-media-2669.html
Daniel 28/02/2015minha estante
Mais um maluco senso comum com ódio da "classe média". Lendo essa resenha me dá até vergonha de ser branco e não morar na favela.


Soliguetti 30/03/2015minha estante
Estava lendo a resenha e pensando "cara, que texto estupidamente idiota". Aí vi que era da Carta Capital. Fez sentido.


Exusiaco 23/09/2015minha estante
É a classe merdia dando seus pulos, em temática zumbi.


Cristiane.Marinho 18/08/2017minha estante
Essa é a história do primeiro livro, e não do segundo!


Allan191 12/06/2020minha estante
a


Rodrigo 22/08/2021minha estante
Que resenha idiota




Juliano 28/06/2019

Pauquebrância pura!
Quer saber a sensação de ler A Batalha dos Mortos? Beba duas latas de redbull e vá para uma montanha russa com os olhos vendados escutando Slayer no fone de ouvido. A euforia do Redbull representa a ânsia pelas próximas páginas, a montanha russa representa os altos e baixos e reviravoltas na trama, os olhos vendados representam o mistério/tensão (não existe situação previsível no livro) e o Slayer no fone representa a brutalidade e a insanidade das cenas de morte, dor, desespero e horripilâncias em geral. E assim como no primeiro volume da saga (O Vale dos Mortos), o desfecho desse segundo volume é devastador e vai te proporcionar algumas noites de insônia, pensando no que mais pode acontecer com Ivan e Estela nos próximos livros. Se você é fã de literatura horrorosa e ainda não começou a ler a saga dos mortos, pare o que estiver lendo, corra para comprar O Vale dos Mortos e prepare-se para ser tomado pelo vício!

site: https://www.instagram.com/livrosinsanos/
comentários(0)comente



Suéllen 15/04/2022

A batalha dos mortos
Esse é o segundo livro da série e conta a história do Ivan e seu grupo indo resgatar alguns sobreviventes que são feitos de reféns por presidiários sobreviventes em um quartel em Taubaté além disso também conta com a história das irmãs: Isabel (que contou sobre o que acontecia no quartel) e sua irmã Jezebel. A escrita é bem tranquila, gostei do livro vamos ver o que acontece no próximo.
comentários(0)comente



iammoremylrds 10/09/2020

eu simplesmente amei as crônicas dos mortos, uma saga muito bem escrita, que se passa em um universo apocalíptico, mas dessa vez, se passando no Brasil, achei genial///
comentários(0)comente



Cris.Gallo 10/03/2021

Espetacular
Se o primeiro achei excelente, este sem palavras. Me prendeu do começo ao fim.
Os ex presidiários torturando e escravizando pessoas, um plano para resgatar as pessoas, reviravoltas.
Uma mulher que se torna mentora dos mortos.
Super recomendo.
comentários(0)comente



Thiago 03/08/2020

Final de tirar o fôlogo
Que final surpreendente! A história vem se desenrolando de maneira muito envolvente e com muita ação. Vou começar agora mesmo a ler a continuação...
comentários(0)comente



Camila.Moura 31/12/2020

Sequência de tirar o fôlego
Já achei o primeiro livro ótimo, esse conseguiu superar com muito mais ação, muito bom.
comentários(0)comente



94 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR