Paula 07/09/2015“Quase Casados” conta a história de Zoe Moore, que é abandonada no altar pelo noivo Jason depois de sete (!) anos de relacionamento. Arrasada e procurando uma fuga para o seu sofrimento, ela decide deixar para trás a vida em Liverpool, na Inglaterra, e se mudar para os Estados Unidos. Lá, ela se torna a babá de Ruby e Samuel, filhos do atraente viúvo Ryan Miller.
A partir daí, Zoe começa a reconstruir sua vida em um país novo, tentando se adaptar não só aos EUA, mas às crianças e a seu novo (e extremamente difícil) chefe. Ela também conhece Trudie, uma babá britânica que trabalha na casa vizinha. Enquanto isso, tenta lidar com o fato de nunca ter conseguido encerrar definitivamente o capítulo antigo da sua vida com o ex-noivo.
Eu tive vontade de ler “Quase Casados” desde o seu lançamento: tanto a capa quanto a sinopse me atraíram muito e ele logo entrou para a listinha dos desejados. Quando comprei, ele não ficou muito tempo na estante antes de eu finalmente pegá-lo para satisfazer minha curiosidade.
No começo, as coisas estavam fluindo muito bem. Zoe, que não tem a melhor das sortes, digamos assim, é uma protagonista cativante e engraçada. Ela chega a um novo país, ainda sofrendo de uma das maiores desilusões amorosas possíveis, mas está tentando seguir em frente, apesar de pensar constantemente no ex-noivo, isso porque ela nunca teve uma explicação para o fim do relacionamento, logo, não consegue superar a situação.
As crianças de quem ela cuida, Ruby e Samuel, são maravilhosas. Eu adoro livros com crianças e esses dois são as coisas mais fofas e adoráveis. O mesmo não se pode dizer do pai, que, a princípio, é uma pessoa completamente desagradável. Ryan é mulherengo, bagunceiro e mal-humorado, sem nenhuma consideração pelo trabalho de Zoe e não dá a atenção que seus filhos pequenos merecem. É difícil simpatizar com ele, mesmo ele sendo, como o típico protagonista de chick-lit, lindo, gostoso, hiper atraente, etc etc etc.
As coisas estavam indo muito bem, mas, como se sabe, a regra é que aconteça alguma coisa que faça tudo desandar no romance e na vida da protagonista. Nesse livro, existiam inúmeros caminhos que a autora poderia tomar e, no entanto, faltando MENOS de cem páginas para acabar, a reviravolta escolhida me desagradou completamente. Zoe, de quem gostei durante a maior parte do livro, começou a retroceder em todos os avanços que tinha feito e a impressão que tive foi de que toda aquela experiência pela qual ela tinha passado não serviu para nada. Foi o contrário do que eu costumo esperar em livros: a evolução da personagem simplesmente desapareceu.
Então, o livro acaba. E você fica com aquele sentimento de “É sério? Li 414 páginas pra acabar assim?”. Temos, literalmente, cinco páginas de resolução do conflito e eu nem consigo expressar a minha decepção. Foi tudo tão rápido e simples que eu não consegui acreditar que tinha, de fato, acabado. Não existe sequer um epílogo para dar um melhor fechamento a história. Fechei o livro em uma frustração infinita.
“Quase Casados” terminou entrando para a minha lista de Decepções de 2015. Recomendo se você quer uma leitura leve, sem muita profundidade, típica do gênero. Mas não vá esperando um final maravilhoso e extraordinário, digno de romances grandiosos, porque não é isso que você vai encontrar.