Michele 05/04/2020Bip, bip, bipSabe quando você se apaixona pela autora e quer ler tudo que ela escreve?
Meu amor por Babi A. Sette começou assim. A Promessa da Rosa até hoje é um dos meus livros favoritos e que mais me marcaram. Mas não vim aqui pra falar desse livro, né?
Entre o Amor e o Silêncio foge de tudo que já tinha lido da autora. É claro, a escrita continua a mesma, mas a época e o estilo são totalmente diferentes.
Aqui teremos a história de Francesca Wiggs uma artista de coração, apaixonada pela vida que leva e pela cidade que mora. Até então, ela estava envolvida num romance caliente com o diretor da peça da qual atuava, Vince. Só que nem tudo são rosas, num dia desses, Francie resolve chegar mais cedo para o ensaio e - #ops - encontra seu namorado numa situação comprometedora com uma aluna. Safadinho.
Relaxa, miga, aqui não tem spoiler. A história nem começou.
Francesca, não é nenhuma super heroína nem nada, tem as suas cicatrizes. E Vince só ajudou a abrir mais uma. Para ajudar a ocupar o seu tempo, ela se inscreve num programa de leitura voluntária em hospital para pessoas em estado de coma. E é assim que ela conhece Mitchell Petrucci. No início, ela usa as visitas como subterfúgio para escrever o seu livro ao passo que iria lendo ao paciente, mas não acontece bem assim...
Mitchell Petrucci é o estereótipo dos figurões milionários - nos romances, pelo menos. Jovem, bonito, rico, frio e presidente do maior banco que controla o mercado financeiro do cenário mundial #babado. Numa dessas exibições, que chamam de reunião familiar, ele tem que sair correndo dentro da sua nave espacial em quatro rodas, mas nunca chegou ao seu destino. É assim que Mitchell vai para em coma, num box abandonado no hospital.
Não, o romance não começa aqui. Nossa amada autora nos faz roer as unhas até o sabugo antes de um felizes para sempre. ADORO
Pois é. Não é novidade que Francie vai se apaixonar por Mitchell enquanto ele estiver em coma. E mesmo em coma, ele vai fazer ela sofrer - ô, raça miserávi. Mas quando ele acorda, as peças não se encaixam. Sinceramente, gostei mais de ver os reflexos do coma nele aparecerem, do que ver a dor de Francie que se mostrou uma personagem chorosa, fraca, que sempre precisa de muletas e atitudes infantis. Foram poucas as vezes que concordei com a personagem, mas no final, ela tem ser assim por algum motivo, né não?
E quando o romance acontece, meu amor, é explosivo. E disso a gente gosta. A riqueza de detalhes sobre os lugares que eles passam, mostram o como é fácil viajar o mundo através de um livro. Não só isso, a história perpassa por épocas distintas de forma sutil, sem erros grosseiros. AMEI.
Vince ganhou um espaço no meu coração, não por ter concordado com o que fez, mas por ter me convencido ser um canalha completo. Gostaria de ter conhecido mais sobre Tom e Olívia, eles foram tão importantes na vida de Fran que foram ofuscados. E eles são tããão maravilhosos.
Na minha humilde opinião - que não vale de porra nenhuma - não foi o melhor livro da autora, ainda assim, é uma leitura viciante. Depois de duas tentativas frustradas com outros livros, não consegui mais largar esse. Valeu mais pela aventura do que pelo romance em si.