A letra escarlate

A letra escarlate Nathaniel Hawthorne




Resenhas - A Letra Escarlate


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Gabrielli 07/05/2023

Maravilhoso
A completa definição de romance gótico, mas com uma heroína quase romântica numa sociedade histórica realista. Adorei a criação do autor e não à toa é ainda considerado o maior romance americano.
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Alan.Felipe 08/07/2021

"Em um campo negro, a letra A escarlate"
A ignomínia letra A escarlate, em que Hester Prynne teve que usar em sua roupa pelo seu pecado, a pequena menina-féerica Pearl e entre outras coisas fazem essa história ser fantástica. A forma como o narrador se comunica com o leitor também é um dos pontos fortes dessa narrativa.

A escrita de forma culta trata bem a época do século XVII, em que ocorre a história e que eu particularmente curto bastante.

Um ponto negativo, ao meu ver, é a introdução ocupar cerca de 20% do livro, contudo é uma ótima leitura.

Recomendo!!
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Marielly30 03/06/2022

Amei!
Reflexivo, com críticas sociais nada implícitas aos costumes puritanos(sobretudo da época), personagens maravilhosamente imperfeitos e uma história deliciosamente intrigante que a cada momento te faz perguntar o que raios vai acontecer em seguida: essa é "A Letra Escarlate".
O autor aborda reflexões morais e religiosas de uma forma nem um pouco chata, e apesar da história parecer curta(não pelo número de páginas, mas pelo enredo) ela tem um conteúdo rico e diferente do que eu já tinha lido comparado à outros clássicos. Porque, por mais que não pareça, o livro aborda temas polêmicos(não pros dias de hoje, mas pra época em que foi publicado).
Ademais, os personagens(creio que pelo narrador expor continuamente os sentimentos e as próprias reflexões morais dos mesmos) são muito humanos, o que eu amei demais(e pra quem não entendeu, eles não são aqueles personagens completamente maus ou completamente bons, nem muito perfeitos nem muito defeituosos, eles foram escritos de forma muito real, muito humana, que nos faz criar um elo ainda maior de empatia e até tristeza pelos infortúnios que os acometem).
Portanto, "A Letra Escarlate" é um clássico que você definitivamente deve ler.
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Dri 22/01/2021

A letra escarlate
Eu esperava que fosse um livro bem bombástico e não foi o que aconteceu. Embora eu ache sim que ele poderia contar o mesmo enredo, e ficar bom. Desde que ele desse ênfase às coisas certas, o que não é o que ele faz. Deixa muita coisa sobre o objeto principal da história em aberto, mas divaga horrores sobre "o que poderia ter acontecido se algo tivesse sido feito de outra forma".
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v de vanisse 18/11/2023

FOFOCA? FOFOCA.
O primeiro livro sobre fofoca em cidade pequena a gente nunca esquece. Adoro um conflito, adoro um sofrimento. Esse livro entregou TUDO.
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Carol 14/01/2021

A letra escarlate nos apresenta a Hester Prynne, recém-casada, que viajou sozinha para a Nova Inglaterra com a promessa de que o marido logo viria encontrá-la... porém isso não aconteceu!!!! Então a Hester acaba se envolvendo com um homem e engravidando. Como consequência a seu grande pecado, a mulher é obrigada a viver com a letra A de “adúltera” na cor escarlate e o isolamento pelo resto da vida. O livro nos faz criticar o machismo, a radicalidade no cristianismo e a crueldade de ser uma mulher na época.
"Hester nos mostra que permanecer fiel ao que somos é prova de caráter e também a atitude mais inteligente caso valorizemos uma vida tranquila sem perigo de adoecer a alma, ela, sendo pecadora e portadora de uma marca a identificando com tal, foi a única que resistiu aos anos e que ao invés de enfraquecer se tornou mais forte e se tornou maior que o símbolo do seu pecado, ao contrário dos seus antagonistas, o marido e o amante, que por se esconderem nas sombras encerram suas vidas em profundo amargor e fora de alcance da luz divina."
http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/05/resenha-letra-escarlate.html
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DIRCE 09/09/2010

Os pecadores.
A LETRA ESCARLATE, é um tipo de literatura que aborda uma temática que eu gostaria de poder dizer: Que bom que essa temática está superada.Que bom que ela inexiste nos dias atuais. Que bom que é uma temática que se perdeu ao longo do caminho da História. Mas, lamentavelmente, não posso dizer nada disso, pois quando se trata da infidelidade conjugal, a mulher é a penalizada, e a história parece não ser uma looonngaaaa reta, e sim, um Roda Viva, haja vista, que manchetes com letras garrafais nos informa que uma mulher iraniana que manteve " relações ilícitas" recebeu 99 chibatas e possivelmente será condenada a morte por apedrejamento. Bem, agora surgiu um papo de envolvimento no homicídio do marido. Será?
Assim como essa iraniana, a protagonista do romance: Hester Prynne, uma mulher transgressora que viveu no século XVII em uma sociedade americana com princípios morais e religiosos rígidos, recebe, por ter mantido um relacionamento extra-conjugal, uma severa punição: carregar no peito a letra "A" de adúltera.
Hester e a filha Pearl (fruto desse relacionamento e que é considerada um mal pela sociedade da época ) vivem isoladas em uma cabana completamente ignoradas.
Interessante notar como a intolerância e uma moral rígida leva um erro assumir a proporção de um pecado tão mortal a ponto de fazer o " pecador" (reverendo Dimmesdal )definhar em vida e a "pecadora" (Hester) a necessidade de ostentar seu estigma mesmo quando desobrigada a isso. A religião e a sociedade conseguiram incutir no reverendo Dimmesdal e na Hester Prynne a idéia de que seus erros, necessitavam ser severamente punidos até por eles mesmos:os "pecadores" .
Achei um romance muito bom, muito bem escrito, sem muitos floreios e que me levou QUASE a concordar com uma tese que li , ou ouvi em algum lugar - atribuída a Nietzsche - de que o homem não é bom por sua natureza, e sim por temer Códigos Doutrinais Divinos ( se não for exatamente isso, é algo parecido).
Lamentei não saber o real destino de Pearl. Oxalá ela pudesse representar a mulher que respeita e é respeitada, não por temor a qualquer tipo de punição, mas sim como consequência natural do amor e do companheirismo.

Gininha 22/11/2011minha estante
Mais uma resenha dessa admirável leitora, Dirce, a quem o título do romance de Jane Austen - Razão e Sensibilidade - cai como uma luva. Como sempre, toda vez que leio as resenhas dessa sensivel e ao mesmo tempo racional paulista de Sorocaba fico com vontade de ler o livro resenhado. Já são alguns. Provavelmente, quando eu ler A Letra Escarlate, não farei resenha, porque a que teria de fazer, pelas filigranas do texto, creio que seria essa aí.


DIRCE 23/11/2011minha estante
Gininha,
Só posso lhe dizer que eu me sinto muito envaidecida e honrada com o seu comentário.
Obrigadíssima.




Leonardo.H.Lopes 21/04/2023

A Letra Escarlate: “Uma história de dor e fragilidade humanas”
Na Boston de meados do século XVII, Hester Prynne, uma mulher casada que veio do Velho para o Novo Mundo sem o marido, que viria posteriormente, depois de transcorrido dois anos de sua chegada sem notícias de seu cônjuge, se envolve em adultério com um homem e, desse pecado, nasce uma criança. Ela, então, é condenada por aquela sociedade puritana a utilizar a letra A, de adúltera, escarlate no peito e a viver proscrita naquele meio.

Contudo, no momento de sua vergonha pública, situação na qual se nega veementemente a revelar seu amante, a mesma reconhece seu marido na multidão. Ao conversarem, Hester concorda em nunca revelar que o homem em questão é seu marido e ele viverá como um médico, com outro nome, também naquele seio, procurando descobrir quem cometeu o pecado com sua esposa em busca de vingança.

Sete anos se passam e a criança de Hester cresce. Costurando e fazendo caridades, Hester passa a ser tratada de outra forma por aquela sociedade que, apesar de sempre cochichar acerca do pecado da mulher, passa a ver o A bordado em seu peito como A de abençoada ou anjo.

O mesmo, contudo, não acontece com o amante, que nos é revelado paulatinamente ao longo do texto. Se negando a revelar seu pecado, o amante de Hester se degenera psicologicamente até o derradeiro final.

Com toda certeza, o enredo desse livro é muito mais complexo do que o escrito. A história não possui muita ação, mas a escrita de Hawthorne é uma escrita de grande qualidade, uma escrita bela, lírica, que faz o leitor apreciar a estética em detrimento do próprio enredo.

A história de Hester, sua filha, seu amante, seu marido e todos naquela comunidade é uma história que denuncia a dor e a fragilidade humanas. Hester com certeza é uma personagem feminina forte, que se redime ao expor seu pecado e acaba por ser muito mais moral do que todos aqueles puritanos que a julgam durante todo o livro. Seu marido se deforma pelo rancor, pelo desejo de vingança. Seu amante, o verdadeiro amor da vida de Hester, repreende quem ele é, o que fez, e nada faz ao ver a mulher com quem comungou pecado sofrendo sozinha, indefesa no cadafalso enquanto era interrogada pelas autoridades na frente de todos e enfrentando comentários hostis das senhoras castas da redondeza.

Esse livro diz muita coisa e ainda tem muito para dizer, afinal passou no teste do tempo e sobreviveu até os dias atuais. Não é atoa que Calvino definiu os clássicos como livros que nunca acabaram de dizer o que tinham para dizer. Merece leituras e releituras.

Seguem alguns trechos:

“Os fundadores de uma nova colônia, seja qual for a utopia sobre a virtude e a felicidade humanas na qual tenham projetado de partida, invariavelmente aceitam, como uma de suas primeiras necessidades práticas, escolher um pedaço de terra virgem para servir de cemitério e uma segunda porção de terreno para construir uma prisão.”

“Quando uma multidão ignorante tenta enxergar com os próprios olhos, fica por demais sujeita ao engano.”

“Penso que deve ser melhor para um sofredor poder exibir livremente seu martírio, como faz essa pobre mulher, Hester, do que ter de mantê-lo oculto no coração.”

“É mérito da natureza humana o fato de que, se o egoísmo não entrar na equação, amamos com muito mais facilidade do que odiamos.”

“O amor, seja ele um recém-nascido ou um renascido de uma dormência como que de morte, deve sempre criar o brilho do sol, enchendo o coração de tamanha radiância que transborde para o mundo exterior.”
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Cesar Garcia 14/04/2024

Impactante mas massante
A história de Hester e da Letra Escarlate é muito impaciente e nos leva a refletir sobre o machismo, a religião, o conservadorismo e a covardia dos outros personagens.
O problema do livro é que ele é super descritivo, expositivo e por fim massante, falando dos sentimentos dos personagens ao invés de investir em diálogos e em melhor desenvolvimento.
Por fim um ótima ideia, mas uma execução apenas ok.
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Zé - #lerateondepuder 26/04/2020

A Letra Escarlate
Imagine uma mulher casada e que decide morar em um determinado local, inicialmente sem o seu marido, e depois de dois anos de solidão aparece grávida, sem que o pai assumisse a criança ou, até mesmo, fosse identificado, com direito a toda possível especulação por parte dos moradores locais? Sob os olhos de nosso mundo contemporâneo, seria apenas um problema conjugal a resolver, talvez até mesmo tendo certo apoio de sua vizinhança para as necessidades ao nascer da criança. Entretanto, este fato ocorre nos idos de 1666, em Boston, uma das colônias americanas da Nova Inglaterra, recém descoberta e ocupada, onde o fator religioso e moral dos novos habitantes era determinante na organização social.

Esta é a história contada no livro A Letra Escarlate de Nathaniel Hawthorne, um dos maiores romances norte americanos, que traz a saga de Hester Prynne, em uma comunidade onde o puritanismo impera sobre qualquer ordem, condenando uma mulher por seu adultério, tendo como pena a imposição de sempre usar em suas vestes, a letra “A” bordada em ouro em seu peito, uma forma humilhante de permitir à população que a identificasse como adúltera e uma das piores pecadoras, indigna do convívio social.

Hester dá à luz a uma linda pequena Pearl, que acaba sofrendo por consequência todas as agruras do isolamento imposto à sua mãe. Outros constantes no núcleo centrar dos personagens são o Pastor Dimmesdale, um clérigo reconhecido por sua fé extremada e conduta ilibada perante seus seguidores, bem como um médico que aparece misteriosamente, nomeado como Roger Chillingworth. Essa lenda infame vai se conduzir com uma abordagem bem maniqueísta, centrada, praticamente, nas intrínsecas ações destes quatro personagens.

Tudo começa com uma turba à porta da prisão municipal, pessoas que religião e lei eram a mesma coisa. As mulheres criticavam que os juízes haviam sido piedosos demais para com Hester Prynne, que sai da prisão e se dirige ao cadafalso para ser exibida para toda a população de Boston, como forma de humilhação pública. Durante a dolorosa expiação, Hester reconhece uma pessoa na multidão. Também é concitada sem êxito, a revelar o nome do pai da criança, para depois retornar ao encarceramento e receber a visita do médico Chillingworth em sua cela.

Cumprido o período do cárcere, permanece a adúltera naquela cidade, presa pelo pecado e a infâmia com que lhe tratavam, aceitando sua culpa e penitência. Sobrevive realizando o trabalho de bordados finos, criando a doce filha, cuja mãe bem a vestia e não lhe tratava com severidade. Tal qual uma fada, porém estigmatizada como a mãe, Pearl era considerada como cria do demônio, pelos populares.

O tempo da obra se concentra em sete anos e revela um final um tanto quanto feliz, mas que deixou na vida de Hester um completo estigma, como um emblema que deve denotar o caráter imoral de uma pessoa. Entretanto, de pecadora, nossa protagonista passa por toda agonia, cumprindo sua sentença, tornando-se uma heroína, por sua postura determinada em assumir sua culpa, enfrentando a sociedade de cabeça erguida, em que pese toda a solidão moral que a letra escarlate produzia.

A trama traz ao leitor aspectos como pecar e perdoar, confissão e culpa de pessoas que contribuíram, diretamente, para o fardo de uma moça jogada à ignomínia e infâmia da vergonha pública, revelando a falsa moral de um grupo social preconceituoso e desonesto. Aqueles que mais se diziam santos eram sim o piores pecadores, enquanto a reconhecida publicamente por um grave deslize, segundo o código moral da época, era de fato uma das personalidades mais bondosas, coerentes, transparentes e honestas. Revela um sistema social de justiça humana totalmente precário e, por que não dizer, injusto.

A obra foi publicada no ano de 1850, uma ficção em prosa que descreve os personagens em cenas ao longo dos anos, com capítulos dedicados a cada fato, até chegar ao ápice final. Hawthorne esmera-se em realizar descrições bem longas, em um estilo retilíneo de escrita, alterando em certos pontos o assunto que está tratando, sempre fazendo um link com o que escreveu anteriormente, principalmente em uma introdução feita em quarenta páginas.

A história não pode fugir ao olhar moralista que expressa seu autor em outras publicações, bem como a visão do século XVII, de um mundo puritano de protestantes radicais que emigraram da Inglaterra perseguidos pela religião, indo colonizar os Estados Unidos, estabelecendo as bases para a ordem religiosa, intelectual e social da Nova Inglaterra, enfim, um regime social fundamentalista. É sim uma grande crítica das sociedades e seus preconceitos vazios.

Embora possam ser encontradas mais treze edições, esta em que se baseou a resenha é do ano de 2010, da Editora Companhia das Letras, traduzida por Christian Schwartz, uma leitura bem agradável e rápida, que detém a atenção do leitor, exceto nas primeira quarenta páginas introdutórias. Pode ser baixada em LeLivros, disponível em: http://lelivros.love/book/download-a-letra-escarlate-nathaniel-hawthorne-epub-mobi-e-pdf/. Acesso em: 26 abr. 2020.

É possível encontrar mais de dez adaptações para o cinema, principalmente nas três primeiras décadas do século passado. As duas mais conhecidas e recentes datam do ano de 1979 e 1995, sendo esta versão não exatamente fiel a obra e interpretada por Demi Moore e Gary Oldman.
Paz e Bem!

site: https://lerateondepuder.blogspot.com/2020/04/a-letra-escarlate.html
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jota 16/02/2022

BOM: clássico americano que se revela de leitura mais complexa do que sugere à primeira vista; apenas na superfície trata de um caso de adultério e puritanismo
Lido entre 03 e 15/02/2022. Avaliação da leitura: 3,5/5,0

Em A Letra Escarlate (1850) o escritor Nathaniel Hawthorne (1804-1864), nos conta com muita imaginação e detalhes, e de modo bem lento, a história de um rumoroso caso de adultério situado em sua cidade natal, Salém – na costa de Massachusetts, 25 quilômetros ao norte de Boston –. cidade conhecida por sua caça às bruxas no século XVII.

Promovida pelos puritanos locais – oriundos da Inglaterra em busca de liberdade religiosa, mas que no fundo acobertava preconceito e perseguição –, a caçada foi responsável por um dramático episódio ocorrido em 1692, que resultou no enforcamento de dezenove pessoas acusadas de bruxaria. Esses eventos históricos inspiraram o dramaturgo Arthur Miller, que escreveu uma peça de enorme sucesso The Crucible (1953).

A peça se transformou em filme depois, não apenas um: teve duas versões bastante conhecidas: As Feiticeiras de Salém (1957), direção do francês Raymond Rouleau, e As Bruxas de Salém (1996), do diretor americano Nicholas Hytne. Salém e puritanismo tem tudo a ver também com A Letra Escarlate, criação de Hawthorne adaptada para o cinema e a televisão pelo menos umas cinco vezes. Nunca vi nenhuma, mas pelo que pesquisei apenas a versão de 1926, produção americana dirigida pelo sueco Victor Sjöström, valeria a pena ser vista.

O enredo do livro, que é o que interessa aqui, gira em torno de uma jovem mulher casada, Hester Prynne, que tem uma filha fora do casamento e é pressionada pela comunidade puritana de Salém a revelar o nome do pai da criança, coisa que ela não se dispõe a fazer de modo algum. É punida com a prisão, humilhada publicamente, e obrigada a usar eternamente a letra A, de adúltera, pregada em suas vestes, o que a torna uma espécie de pária social. Mas isso é apenas a superfície dessa narrativa, que no fundo é mesmo o que chamaríamos de uma ficção psicológica.

Antes do mergulho profundo no drama de Hester e da filha Pearl, lemos uma longa introdução, A Alfândega, de que Hawthorne se valeu para explicar o surgimento dessa história. E também contar algumas coisas sobre sua vida, seu trabalho antes de se tornar um escritor conhecido. No final temos um longo posfácio escrito por uma estudiosa da literatura americana, Nina Baym. Ela discorre sobre muita coisa que o leitor pode não ter notado durante a leitura, além de fornecer várias informações sobre Hawthorne e seus escritos.

A Letra Escarlate é um consagrado clássico da literatura americana, que me pareceu, quando li sua sinopse, bastante interessante e de leitura acessível. Porém, conforme fui avançando nos capítulos, já não tinha mais certeza disso e considerei alguns trechos até mesmo maçantes, por minhas deficiências de leitor, claro, não por conta da escrita de Hawthorne. Porque esse não é um simples relato de um adultério e suas consequências dentro de uma comunidade puritana do século XVII, é muito mais.

Essa é uma história com várias camadas, seus personagens têm comportamento fluido, especialmente um deles, o pastor Dimmesdale com seu fim teatral; o fruto do adultério, a pequena Pearl, não é uma criança qualquer, assim como sua mãe, a costureira adúltera Hester Prynne, não é uma mãe qualquer; Roger Chillingworth não era apenas um médico qualquer daqueles tempos... Eles todos são devassados pelo autor. Enfim, ler A Letra Escarlate é estar diante de uma narrativa muito mais complexa do que imaginávamos de início, um livro que exige bastante atenção do leitor porque vai muito além do relato de um caso exacerbado de puritanismo, moralidade, crime e punição...

O livro de Hawthorne é um clássico da literatura, e como tal a gente lê e não discute muito se é bom ou ruim, que assim dói menos se não se apreciou tanto, meu caso. Para finalizar mesmo, uma frase dos anúncios quando do lançamento de sua primeira versão cinematográfica: “Em seu peito a marca da vergonha, em seu coração amor eterno!” Penso que eu estava mais para isso, ou coisa parecida, quando iniciei a leitura do que para o que fui encontrando pela frente...
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Cris 06/08/2023

06.08.2023
Narrativa arrastada, mistura realidade fantasia, misticismo, religiosidade. Divaguei diversas vezes, tive que voltar, não gostei dessa leitura.
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eueduardalima 14/05/2021

Bom
Não me arrependi de dar uma segunda chance a esse livro, a história algumas vezes ficou um pouco parada, mas é bem interessante a forma como o autor a conta, vale a pena ser lido.
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xoxoanalu 09/09/2023

Mãe, o que significa a letra escarlate?
A escrita é um tanto quanto maçante, mas vai se tornando tranquila conforme a leitura vai fluindo e as peças vão se encaixando; meu maior interesse por esse livro surgiu, por conta de um filme chamado "a mentira", que é uma adaptação moderna da obra.

o livro é muito mais do que a trama propõem, a história gira em torno do pecado que hester prynne, a protagonista, cometeu; hester prynne é uma mulher forte, corajosa, convicta, e um tanto quanto orgulhosa, e cria sua filha sozinha na sociedade puritana. tendo o seu próprio sustento, sem precisar de alguém.

o autor quis criar uma obra seguindo o retrato do puritanismo que marcou o início da colonização nos EUA. deste modo, mostrando como os personagens ficavam dividos entre moral religiosidade e inclinações naturais humanas; deixando claro, também, que esse pecado cometido pela personagem é um conceito dado pelos homens e consequentemente, a igreja, que era de extrema influência na época.

uma coisa maravilhosa no livro, é que os dois pecaram, porém reagiram de formas completamente diferentes, mostrando que nem todos sabemos lidar com um acontecimento, e que não somos iguais para isso; a mulher encarou o pecado, e passou a viver normalmente com ele, e não o enxega como algo "mau", porque lhe trouxe algo bom, de certo modo. contudo, não se arrepende de amar ambos. enquanto, o homem, foi se acabando aos poucos, tomado pela culpa e sentindo todo o peso dela, sentindo-se cada vez mais egoísta, e diferentemente de hester, se apresenta cada vez mais arrependido pelo o que fez; o que é engraçado, pela época que foi escrita, porque os homens eram tidos como "superiores", e desta forma saberiam lidar muito bem com uma situação assim ou em piores.

o livro tem nuances e camadas extremamente psicológicas que acabam sendo interessantes. sem contar, as críticas que foram feitas sobre religiosidade e puritanismo da época ao decorrer da história.

"a letra escarlate" é uma obra histórica única e verdadeira. recomendo bastante, principalmente para aqueles que tem interesse pelo livro. porque nem todo mundo pode gostar da escrita, e não é bem uma leitura de lazer.
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