Resenhas - Americanah

Clara 23/04/2024

Não sei que nota poderia dar a esse livro? Pode ter sido porque eu só consegui acabar depois de um mês, mas comparando com os outros dois que li da autora, esse foi o que menos gostei.
A história, a escrita, é ótima, a Chimamanda tem esse talento, mas a Ifemelu não foi uma personalidade muito carismática pra mim, que não me fez sentir nem afeto, nem aversão. Na verdade, julguei muitos atos dela, porém acho que é o objetivo, ela se perdeu em suas identidades e vai se encontrando em meio de seus erros. Porém ela é uma personagem muito inteligente, tem diálogos muito ricos sobre a questão de raça, é muito bom ver essa comparação entre ser negro na Nigéria e nos EUA.
Eu também fui um pouco enganada pela sinopse, porque ela só chega na Nigéria em mais de 90% do livro, e reencontra o Obinze ainda mais no final, o que eu acreditava que era a trama principal, mas isso não é necessariamente ruim, mas me deixou com outras expectativas.
Concluindo, é um bom livro sim, mas não impacta tanto quantos os outros, até porque o foco é diferente e acaba não sendo sobre uma crueldade tão direta como nos outros. Porém, a minha opinião sobre não define a qualidade até porque foi cansativo para mim por ter me demorado muito na leitura.

Fabricio.Macedo 21/04/2024

Esse foi o primeiro grande texto que li da Chimamanda. Texto que me trouxe pra perto da autora. Era como se a "Americanah" fosse a própria. Além disso, as altas reflexões. Poxa! Que bacana! Os conceitos de raça, a consciência, racismo, racismo velado e estrutural; as questões raciais na sociedade (faculdade, profissões, espaços, serviços etc.), preconceitos, as mídias e as relações com os negros, ser negro-nao-americano e muitos eticéteras... Acho que pede uma continuação, hein!? Como será que ficam Ifemelu e Obinze? Queria estar naquela sala pra ver aquele papo! rsrs

Thaís Brito 15/04/2024

Temos um novo preferido
Que história! Eu não estava pronta para encontrar tantas camadas nesse livro. Foi muito além das minhas expectativas, com uma narrativa conduzida de uma forma tão perfeita. Gostei muito dos recursos de ir e voltar no presente e passado de Ifemelu, também de ter partes focadas na trajetória do Obinze.

Admiro tanto a personagem da Ifemelu. Uma mulher forte, destemida, atrevida quando necessário e que aprende tanto com cada experiência. E que, mesmo passando por situações traumáticas, enfrenta e se reinventa.

Foi muito rico ver o caminho de amadurecimento dela a cada fase. Ela se fortalece para se compreender como mulher, como negra, como parte de uma cultura dominada e influenciada por padrões externos. As reflexões sobre a vida de migrante me deixaram bastante reflexiva, principalmente por eu ter tido uma vivência de intercâmbio e ter ouvido alguns comentários sem noção (embora claramente não tenha passado nem 5% do que as situações do livro traz).

Americanah entrou pra minha lista de preferidos, e eu com certeza vou querer reler em algum momento da vida.

Sarah.Moura 15/04/2024

Interessante
Gostei muito da parte da história em que Ifemelu se entende como negra ao chegar nos Estados Unidos, o blog que ela criou e as discussões que trouxe deixaram a leitura bem mais interessante pra mim?

Já o romance eu não curti muito, talvez o fato dele ser casado deixou a relação deles um pouco amarga pra mim, não senti aquela liga.

No mais, fico feliz de ter finalmente lido um livro da Chimamanda.

Lethicia Allana 14/04/2024

Ser tornar uma negra americana
Mais um livro que não estaria lendo, se não tivesse em um clube do livro, e estaria perdendo de aprender muito? principalmente um livro sobre a realidade de uma etnia que eu não faço parte e que só tenho um entendimento vago como é passar por certas situações. Na minha visão, todo mundo precisava ler esses tipos de livro.

A história desse livro é um romance e também é a descoberta de ser negro, a vida na Nigéria, a vida de imigrante na Inglaterra e nos
EUA.

O fato de a personagem ser uma nigeriana que migra para os EUA e mostra a realidade crua e dura de ser uma negra e se deparar que é negra ( isso que eu acho mais interessante, ela só se da conta que é ?negra?, quando chega em outro país) te dá uma outra visão de mundo.
Mas sinceramente, a Ifemelu me irritou um pouco, ela além de mudar totalmente depois que morou no EUA, teve algumas atitudes do final que não me agradou( na verdade ao longo da vida dela lá houve atitudes que eu desaprovei).

Gabrielle.CarneiroO 09/04/2024

Muitas reflexões
Sempre quis ler um livro da Chimamanda. E gente eu gostei muito!
Me fez mergulhar em várias culturas, estilos de vida e me questionar nos meus.
Confesso que achei um pouco longo em alguns detalhes e umas histórias que para mim podiam ter sido resumidas?
Eu amei a personagem e tudo que se constrói ao redor dela, no final queria um pouco mais do casal ?????

Ana Elizabeth 09/04/2024

Que livro!! Chimamanda estava na minha lista há tempos e finalmente ler ele com meu clube do livro foi muuuuito gostoso. A obra trata de temas extremamente relevantes como racismo, imigração, educação, entre outros. Foi bastante interessante imergir no assunto racial lendo uma ficção. Experiência completamente diferente de ler algo teórico. Percebi ser muito mais imersivo e elucidador. A escrita é super fluida e acessível. Super indico a leitura para todo mundo. Amei!

Bruna Jéssika 06/04/2024

Um romance sobre a perca da inocência
Eu já havia lido todas as obras de não ficção de Chimamanda e esperava muito de um romance da escritora.
Mas em ?Americanah? a escritora consegue superar as altas expectativas que eu tinha.
Com uma escrita leve, fluida e cirúrgica, Chimamanda nos faz descobrir, junto de Ifemelu, o que há longe das fronteiras familiares de casa.
Com importantes questões políticas, reflexões sobre racismo, gênero e imigração, a escritora atenua as fronteiras geográficas e enfatiza importantes críticas sociais.
Chimamanda é brilhante e Americanah é (para mim e até agora) sua obra prima.

Ellen756 01/04/2024

Um bom livro
Cheio de discussões raciais e bem rico culturalmente, embora viaje um pouco toda vez que cita o Brasil de alguma forma. Não gostei muito da protagonista e acho que o livro não precisava ter o tamanho que tem, poderia ser mais sucinto. Mas gostei.

Rafaellamfferreira 28/03/2024

Um romance envolvente
Esse livro explora questões de raça, identidade e imigração pelos olhos e experiências de Ifemelu e Obinze. Achei uma obra perspectiva perspicaz e comovente sobre a vida de nigerianos nos Estados Unidos e no Reino Unido, destacando os desafios e complexidades enfrentados por aqueles que buscam pertencimento em diferentes culturas. E como os EUA vendeu bem o ?sonho americano? mas está cheio de racismo e xenofobia, ainda.
Mas além disso, como é um livro maduro, com diálogos maduros.

Vivian 22/03/2024

Americanah
É meu primeiro livro da Chimamanda e deixou aquele amargo na boca, daquele que você vai pensar umas duas vezes antes de ler outro livro dela.
Ifem é hipócrita e crítica, faz posts no seu blog sobre amigos próximos quase descrevendo detalhadamente o que eles fazem ou deixam de fazer e sem a autorização dos mesmos. A postura em geral dela é passiva-agressiva, sente um prazer enorme em ser contrária, mesmo quando ta bom, ta ruim. O comportamento dos outros a incomoda nos mínimos detalhes, ela ama odiando os detalhes, ela simplesmente tolera, ela estica a corda até que ela mesma arrebenta. Personagens imperfeitas são ótimas e eu mesma não a odiei, é só incompreensível que ela não tenha consciência alguma de que é. Quinhentas páginas desse tipo de personalidade deixam qualquer um meio doido e também tem isso: esse livro não precisava disso tudo, ele cria muitas barrigas desnecessárias, é simplesmente inchado.
Obinze é quase um personagem secundário, ele tem capítulos no ponto de vista dele na Nigéria e na Inglaterra, mas senti que ele é tão secundário quanto as dezenas de personagens que aqui são nomeados e aparecem por um ou dois capítulos. Não tem nenhuma informação de como ele ficou tão rico.
A história de amor deles se perdeu e explodiu a décadas e nas últimas cinquentas páginas é uma coisa disforme totalmente sem nexo e muito difícil de engolir, se eu fosse reler eu deixaria passar esse final.
As três estrelas são pelas discussões sobre raça que eu gostei muito, como é ser um estrangeiro, a vida em Lagos e alguns personagens como Uju e Dike.

Também tem outra coisa que achei estranha, que é esse personagem aqui:

"Sou o Dee." Ele fez uma pausa. "Bom, você não é inglês. Vai saber falar. Meu nome mesmo é Duerdinhito, mas os ingleses não conseguem pronunciar, então me chamam de Dee."

Não sei o que dizer dessa escolha de nome para um personagem brasileiro. Duerdinhito.

Carol 22/03/2024

A escrita de Chimamanda é envolvente, com uma ótima construção dos personagens! Um romance que aborda profundamente diversas questões relacionadas à raça, gênero, classe... vale a leitura!!

Andrea 19/03/2024

Um romance açucarado com crítica social
Esse foi o livro mais tranquilo de ler dos que li da autora. Não que não haja sofrimento, mas acho que a perspectiva de um encontro, um final feliz me deixou mais esperançosa.
Chimamanda é muito boa em explicar de forma didática o racismo nos EUA e outros lugares do mundo. Adoro conhecer mais sobre a Nigéria e suas diferentes faces e entender o choque cultural que é sair de lá e ir para países onde pessoas negras são consideradas inferiores. É triste, mas enriquecedor ler livros de autoras como ela.

Valéria 14/03/2024

Me prendeu no final, mas fiquei na dúvida...
O livro é bom, com certeza. Mas tenho minhas dúvidas se é um livro "excelente" ou "épico". A narrativa traz uma série de aspectos interessantes, sobre como é a vida de um(a) imigrante e o sentimento de não pertencer, ou sobre a realidade racial nos EUA em contraposição à Nigéria. Mas tive a impressão de que foi uma narrativa descritiva demais, que passou muito rápido sobre uma série de questões, e não aprofundou em várias delas. Me fez refletir bastante, mas não foi uma história que me prendeu, com exceção das últimas 50 páginas, e aí já não tinha mais "tempo" suficiente pra explorar a relação entre Ifemelu e Obinze. Senti falta de mais informações sobre a vida de Ifemelu na Nigéria, sobre como estava Dike ou os pais dela, e achei o final apressado demais, diante de uma longa história descritiva. Não sei, estou aberta a escutar opiniões diferentes, mas acabei de terminar o livro e essas foram as minhas primeiras impressões. Mesmo assim, vale demais a leitura! Esse foi o primeiro romance que li de Chimamanda e quero ler outros. :)

Beatriz.Balter 11/03/2024

Mais que um livro
Eu estou apaixonada!!! Sou suspeita pra dizer que amo tudo que a Chimamanda faz, e Americanah não é diferente.
O que mais me encantou foi a construção da história dela, por ela criar pessoas, não personagens. Eles são profundos, reais, complexos e simples, como as pessoas são.
A questão racial também é muito forte, mas mesmo assim não é um foco proposital, mas sim consequente pelos personagens serem retintos.
Por mim, todos tinham que ler as postagens da Ifemelu nos blogs dela, e sei que muitas das vezes era mais uma forma da própria Adichie por seus pensamentos no papel, já que toda a história em si condiz muito com o que ela mesma passou quando saiu na Nigeria.
Mas não importa o que eu diga, ainda não vou fazer jus a grandiosidade desse livro, só sei que a partir de hoje, vou deixar Americanah bem perto do meu coração.