Resenhas - Dentro do Segredo

Renata.Borges 18/04/2022

O mundo sempre será uma caixinha de surpresas!
Uma viagem pela Coréia do Norte.

O autor entrou em um grupo de turistas, ocidentais, e viajou durante 15 dias em um roteiro que incluiu a capital, Pyongyang, e outros pontos do País mais fechado do mundo à turistas e banido do convício internacional por manter a fabricação de armas nucleares.

Mas, não pensem que foi um passeio livre e à vontade.... nada disto. Foi sempre acompanhado de guias oficiais que falavam o que deveria ser dito sobre cada local. Muitas vezes os turistas eram proibidos de fotografar. Além disso, eles tiveram os celulares confiscados na entrada do País e devolvidos quando foram deixá-lo.
O autor ficou reticente no início, mas encarou a oportunidade para satisfazer um pouco da nossa curiosidade. Pelo menos a minha foi. Entendo que, quando não há parâmetros, não há queixas, não há conhecimento de outra situação e a aceitação é simples. Penso que é isso que ocorre em grande parte da população da Coréia do Norte. Eles não tem acesso à nada do mundo externo, portanto, o que há de melhor na própria visão está diante deles, seja um tirano em forma de "pessoa caridosa", seja a pobreza, a fome e a violência que esse mesmo tirano deixa acontecer.

O mundo sempre será uma caixinha de surpresas!

Bruno.Defaveri 30/03/2021

País mais fechado do mundo
Esse escritor português narra sua viagem a Coreia do norte e como é o tratamento aos turistas por lá.

Solangeeoliv 10/12/2020

Regime mais fechado do mundo!
Já havia pesquisado um pouco sobre o país e o livro confirmou que os "passeios programados" para turistas são de fato os mesmos para todos.

José Luis foi na época em que acontecerem as comemorações do centenário do nascimento de Kim il-sung, em Pyongyang, e além de participar passou por várias atrações com os guias que o viajava o tempo todo.
Na verdade ele e os demais da turma, tipo excursão.

A adoração aos líderes é surreal, o interior é bastante precário e em vários momentos parece tudo uma encenação para os turistas.

Por lá não tem Liberdade, internet e nada. É seguir o roteiro.

Selennie 11/09/2020

Novidade mas nem tanto
Uma viagem realmente impressionante sob a ótica de um escritor sensível e inteligente.
Quem sabe algo sobre a Coreia do Norte não vai ver tanta novidade assim, mas ainda é chocante constatar uma realidade tão bizarra...

Flavia Sena 21/04/2020

Em algum momento no início do texto o autor menciona que quebrou um declaração de que não publicaria relato ou registro do que viu, e ao longo da narração e mais uma vez no fim, me peguei pensando nas consequências que poderiam surgir pra ele ou às pessoas que ele mencionou (como o oficial que checou sua câmera). Eu diria que foi uma atitude um pouco ousada e irresponsável.

Muitas coisas me intrigaram, como: o exagerado culto à personalidade, com seus "grande líder" e "querido líder", a exigência de fotos dos líderes em todas as casas (e eles tinham outra escolha?), entre outros; os fatos históricos mencionados pelo autor e que eu não conhecia, principalmente sobre a relação "conturbada" deles com os EUA e Coreia do Sul; as condições de vida que mesmo "maquiadas" eram impossíveis de esconder; as grandes limitações sobre os lugares que se pode ir e a necessidade de estar sempre acompanhado; e por aí vai. Tudo isso se deve a eu saber bem pouco sobre a história mundial, mas ainda assim é bem impressionante acompanhar o que o José compartilhou nesse livro.

Há momentos engraçados, como quando ele toma água de um poço e tem diarreia (como se os alimentos embalados que ele disse estarem em sua maioria fora da validade não pudessem ter influência nisso também kkk), e também quando presencia afeto e receptividade entre a população.

Achei algumas coisas estranhas, como o fato de ele ter conseguido entrar com um exemplar de Dom Quixote; o comentário sobre fotos expostas de pessoas felizes em um certo ambiente que não recordo agora (como se qualquer material de divulgação ou que vá ficar exposto não tivesse intenção de mostrar o melhor lado daquilo); e menção de descrença sobre atrocidades que foram contadas em um museu sobre a ocupação americana na região, me pareceu bem insensível.

Considero que foi um bom ponto de partida pra aprender mais sobre esse país e tentar imaginar um pouco como é ter seus sentidos privados de certas experiências, de imergir num cenário moldado, de como somos suscetíveis às diversas camadas de acontecimentos ao nosso redor - com a ressalva de se atentar que, por ser um relato totalmente pessoal, precisa ser comparado a outras fontes de informação.

Henrique.Gasperin 29/09/2018

Dentro do segredo
O autor passa o livro inteiro com sono e muito pouco acrescenta sobre a Coreia do Norte.

Emanuelle Najjar 06/07/2016

Seguindo no embalo do vício em livros que falam sobre a Coréia do Norte, acabei me interessando por "Dentro do Segredo". Assim que soube de sua existência comecei a buscar o livro e o resultado disso não foi dos melhores. Dizem que a expectativa é a mãe das decepções e, como eu não aprendo nunca, descobri que não seria diferente. Em suma: me ferrei.

Não sei dizer exatamente qual foi o problema. Na prática sempre tive curiosidade em saber como funcionavam os pacotes de turismo para estrangeiros interessados na Coréia do Norte, mas sabe quando o livro te disse muito pouco? Pelo menos a mim ele não disse quase nada, salvo algumas curiosidades aqui e ali. Não teve nenhum significado pra mim, talvez um efeito esperado depois de ter passado por outros livros sobre o lugar. O significado que ele teve para mim foi a persistência já que demorei muito a terminá-lo. Algo que só fiz para que não sentir que foi tempo e esforço perdido.