Cegueira moral

Cegueira moral Zygmunt Bauman




Resenhas - Cegueira Moral


19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Alipio 15/05/2020

Bem atual
Escrito em 2014, o livro de Zygmunt Bauman é bem atual e contextualiza o que estamos vivenciando no Brasil por um Governo incapaz de conduzir uma nação diante de uma pandemia
Miopia ética, banalidade da vida ( tem gente morrendo e dai???.....) coerção externa visando interesses pessoais e políticos, manipulação, etc....

Estamos diante uma sociedade consumista que " criam" necessidades inexistentes, mas criadas para serem vendidas com tal, consumo desenfreado, enfim...


ZYGMUNT BAUMAN (1925-2017) foi o grande pensador da modernidade. Perspicaz analista de temas contemporâneos, deixou vasta obra, e esta é bem atual.
comentários(0)comente



Valério 04/01/2018

Profundidade epistolar
Zygmunt Bauman e seu amigo Leonidas Donskis criaram um livro que nada mais é que uma troca de cartas entre eles, onde tratam dos mais diversos assuntos.
Em alguns momentos, senti aquela velha aversão aos novos tempos e novas tecnologias que todos sempre vemos os mais velhos debaterem. Como a internet e as redes sociais podem separar as pessoas e insensibilizá-las. Venhamos e convenhamos: Todas as tecnologias podem ser usadas para o bem e para o mal. Obviamente, o mal uso das redes sociais é nocivo. Mas, sabendo usar, mais aproxima que afasta, amplia o círculo de amizades e contatos, e reforça vínculos. Desde que, também obviamente, não se queira substituir as redes pelos encontros pessoais. A tecnologia é complementar. E não substitutiva.
Mas essa não foi a tônica do livro. Apenas uma breve impressão passageira.
O foco principal é sobre como hoje tendemos a ser superficiais em relação aos demais.
Como pessoas passaram a ser descartadas com muita facilidade.
Nos relacionamentos, enquanto as pessoas nos servem, nos animam, nos empolgam e divertem, os mantemos por perto. Se não nos forem úteis mais, as descartamos.
Assim como com objetos de desejo, estamos nos tornando consumistas em relacionamentos. Gostei? Compro, uso até cansar e depois abandono em um canto.
A linguagem é bem acessível e algumas das análises filosóficas empolgam.
Dentre elas, a forma como a privacidade, outrora tão valorizada, hoje é devassada e exposta por quem deveria ser o primeiro a resguardá-la. O próprio personagem.
Destaque especial sobre como as pessoas se vitimizam para poder ter mais views, mais seguidores. A auto-piedade como ferramenta para manter-se visível (Impossível não lembrar de Thais Araujo e Erika Januza - que se disse vítima de racismo porque ofereceram parcelamento na compra que fez).
Um mundo que vai ficando chato, quando há uma grande insensibilidade em relação ao sofrimento do próximo, que já virou banal, mas há uma hiper sensibilidade a coitadismos, como os citados.
Henrique_ 04/01/2018minha estante
Tema muito interessante!


Valério 04/01/2018minha estante
Livro bom. Fácil de acompanhar.


Shai 07/01/2018minha estante
Tô lendo esse livro, ele é de uma linguagem fácil, achei a narrativa dele parecida com a do Eduardo Galeano.


Valério 08/01/2018minha estante
Também gostei da linguagem, Shai. Acessível. E a foram epistolar deu um aspecto de conversa agradável entre amigos...
Não li nada do Eduardo Galeano.. Me indica um?


Henrique_ 08/01/2018minha estante
Eu li "As veias abertas da América Latina", vale a pena conhecê-la, Valério.


Shai 08/01/2018minha estante
Exatamente, ainda mais em pontos que eles discordam um pouco, dá pra ver um bom debate sobre o tema levantado, ele levanta vários aspectos interessante, tanto a mudança no sistema acadêmico britânico, quanto as relações governo/povo, fui atrás de um livro que ele citou ''El año 2440'' mas só tem em espanhol e não achei nenhuma livraria no Brasil que tenha.
do Galeano te indicaria ''De pernas pro ar''




Shai 25/01/2018

Moral em declínio
Nesse livro Bauman eterniza mais ainda sua idéia da modernidade liquida, parafraseando vários grandes nomes da socioogia/filosofia e trazendo a conhecimento de quem está lendo o livro grandes obras, algumas até sem tradução para o português ainda, a liquidez humana com o excesso de informações e de tecnologia foi apontada por Einstein, que previa que teríamos uma geração de idiotas, Bauman vai no mais profundo dessa teoria, mostrando como a superficialidade das relações estão colocando em xeque nossa humanidade, nossa maneira de socializar e se relacionar, com tanta auto ajuda, livros e teorias, estamos perdendo o interesse no ser humano, e isso hoje em dia e bem nítido, a internet deu voz a muitos críticos sem formação, cientistas políticos sem noção dos aspectros que tendem a esquerda e direita, vozes que gritam para serem ouvidas, sem dúvidas um livro que abrange um pouco uma teoria absurdamente assustadora de tão certeira ao que vivemos.
Fábio Justus 29/01/2018minha estante
Bela resenha ???




@umapaixaochamadalivrosblog 20/12/2020

Bom, mas frustrante.
Boa tarde leitores,
Li esse #livro em e-book, consegui depois de muito tempo desejando, a capa me cativou, mas a #leitura, não. Fiquei decepcionada comigo e com a obra. Em muitos momentos tive que reler e tentar analisar, com a sensação de que não consegui captar a mensagem. Com muita referência bibliográfica e utilizando distopias de outros autores, trata-se de uma troca de cartas e ideias entre os dois autores, sobre nossa modernidade líquida e a perda de sensibilidade com o outro. Porém li de forma arrastada e confusa, achando a linguagem para além da minha compreensão. Frustrante. Ainda assim, alguns trechos foram ótimos. Os temas abordados são a tecnocracia, o uso das redes sociais, a individualidade, a exposição do privado, o conceito de liberdade e igualdade, a comunicação e a mídia, relações humanas, a política em ruína como instituição, regimes de governo, educação, o possível fim das ciências sociais, o medo como tática de controle de um país, a ética (a falta dela) e a banalidade da vida, o consumismo como única forma de felicidade, o capitalismo, a globalização, as guerras injustificadas de nações opressoras contra frágeis nações em busca da paz (leia-se poder) e a pressa automatizada de nossos dias. Não há profundidade e nem conhecimento, só o esvaziamento do coletivo.

Para comprar: https://amzn.to/3aqaXa5

#cegueiramoral #zygmuntbauman #zahar #2014 #sociologia #notatres #literatura #leitora #lendolivro #books #influencialiteraria #amoler

Beijos e até a próxima.
comentários(0)comente



Ludmilla 21/02/2020

Bauman e suas reflexões extremamente atuais.
O bom de ler os textos de Bauman é que começamos a identificar vários fenômenos sociais que nos assolam e que, muitas vezes, estão camuflados. Uma leitura que nos faz refletir sobre até que ponto agimos por influência dos padrões que nos são impostos tanto pelo poder vigente, quanto pelos ditamos do mercado.
comentários(0)comente



Mariah 28/06/2021

Tesão Líquido
Me ganhou quando citou a metafísica da vontade e ainda, quando eu achava que não dava pra melhorar, colocou em análise o que ela seria trazendo pro "tesão líquido" (kkkkk mas é), esse outro contexto agregou muito, e também seria um vazio não te-lo.

Os pontos altos foram:

I. A tentação da tentação

"Em um de seus estudos talmúdicos, Emmanuel Levinas sugere que o poder de fascínio, genuinamente irresistível, da tentação deriva do próprio estado de “ser tentado” , e não da atração dos estados que se promete, se acredita e se espera sejam introduzidos quando alguém se entrega à tentação. O que a tentação oferece tende a misturar o desejo de satisfação ao medo do desconhecido. Enquanto um estado ainda é apenas imaginado e não vivenciado, é tarefa arriscada, talvez até traiçoeira, estabelecer uma linha separando o bem e o mal.

No estado de ser submetido à tentação (e até o próprio momento da capitulação), o medo do desconhecido, de traçar erradamente essa linha, é dominado pela alegria de ainda ter o lápis na mão, de estar no controle. Levinas chama esse estado de “tentação da tentação”: o estado de ser traído, em última instância, pela “subdeterminação” , pelo “caráter inconclusivo” , “incompleto” , do momento – esse momento ilusório, brevíssimo, de liberdade, quando você já se tornou livre para escolher.

Ser livre para decidir significa ter chegado ao vestíbulo do pandemônio do mal."

II. A metafísica da modernidade

"A modernidade é a guerra travada pela juventude metafísica (Eros, sexo, desejo, paixão) com o envelhecimento metafísico. (…) a forma como a razão e o isolamento reagem às emoções, à paixão, ao desejo e aos sentimentos, a forma como a velhice se vinga da juventude.

A essência da cultura e do controle contemporâneos é excitar os desejos, inflamá-los ao máximo e depois refreá-los com formas extremas de restrição. (…) A ideia é provocar e proibir, despertar um imenso desejo sexual e então reprimir sua satisfação. Levar um indivíduo inexoravelmente a desejar e ansiar é ao mesmo tempo privá-lo de seu poder de autocontrole e apropriar-se da dignidade de outra pessoa: você vê um ser não parecido com ele mesmo, deformado e inflamado pelo desejo, mas que você consegue controlar. Você despertou desejos e sabe a que aquele ser acima de tudo anseia e como ele poderia a qualquer momento ser seduzido – você sabe disso, portanto é capaz de lhe dizer aonde ir e de afastar seu último vestígio de respeito próprio e dignidade.

(…)Cada um de nós tem um começo e um fim, então, vamos usar um ao outro antes que nosso prazo de validade se expire."
comentários(0)comente



Vanessa453 07/09/2023

Bauman e Donskis, realizam uma análise brilhante sobre a perda da sensibilidade, esse novo mal que assola nossa época e nos anestesia perante o sofrimento alheio. Uma leitura bastante densa enraizada nas mudanças mais profundas que, silenciosamente, moldam a vida dos homens na modernidade líquida, que retrata tanto fenômenos compostos de aparência, quanto desprovidos de referências.
Douglas 07/09/2023minha estante
Ótima leitura




Fernandho7 27/05/2020

Cegueira moral
Tecnocracia é a nova forma egemonica de governo, alavancada como espaço de liberdade as redes sociais possibilitou a todos oportunidade de fala, nos despiu a privacidade e pelo seu fluxo também o medo. A vida social já não faz sentido, o contato é digital, a dor do outro não faz sentido, o senso de cooperação é cada vez mais raro, nesse mundo que é feito apenas para mim, e para minha individualidade.
comentários(0)comente



Movio 02/07/2023

Eu amei a leitura. Os livros do Bauman são carregados de ideias ampliadoras de horizontes e inovadoras. Compreender essas perspectivas ao longo da narrativa é maravilhoso. Gostei muito também de sua contribuição com conhecimentos políticos, complementados por Leônidas. Em suma, o livro é incrível.
comentários(0)comente



Rosana 12/03/2021

Contemporâneo
Amo ler Zygmunt, mas, seus livros nos trazem uma inquietação e reflexão do tempo vivido.
E, este livro traz sim essa inquietação. Ainda mais no momento de uma pandemia, em que se vê muita perda de sensibilidade, é que se torna tão necessário ler Zygmunt Bauman.
Douglas 04/05/2021minha estante
Excelente resenha


Rosana 05/05/2021minha estante
? obrigada




Daniel Lucca 09/11/2020

Para refletir
Uma conversa entre dois grandes pensadores Bauman e Donskis falam desde do impacto das redes sociais nas relações interpessoais e na política até na influência que um governo pode ter nas universidades... Muito bom para se refletir...
comentários(0)comente



Tamara Octaviano 30/06/2022

O homem reclama e desvalida o ativismo do outro pra saturar sua inércia e seu conformismo. As pessoas precisam ler Zygmunt Bauman, o ódio na internet é uma forma de censura, insensibilidade com outro. Tudo isso é uma cegueira moral.
comentários(0)comente



Diego 30/07/2022

Sempre que for ler Bauman esteja preparado para um xadrez mental. Nesse livro, vários temas são debatidos, como: a política, o declínio do ocidente, como o medo é utilizado como mercadoria, fala ainda um pouco sobre o mal. Como sempre engrandecedor.
comentários(0)comente



bobbie 02/12/2018

Retrato do ser humano líquido.
Zygmunt Bauman foi o sociólogo/filósofo que melhor compreendeu as transformações sociais e identitárias oriundas da modernidade fluida, transitória, acelerada e inconstante. Tais aspectos, resultado tanto da globalização como das tecnologias, que ficam obsoletas num piscar de olhos, à medida que proporcionam informação, conhecimento e relacionamentos rápidos, ditam questões relacionadas à identidade, inter-relações sociais, fidelidade, amor, autoconhecimento e conhecimento do outro dentre outras. Neste livro, em formato de diálogo com Leonidas Donskis, Bauman versa sobre a fragilidade da sensibilidade humana no mundo moderno, onde as relações pessoais pouco importam, onde esconder-se e dissimular-se são mais atraentes do que entregar-se e relacionar-se verdadeiramente.
Douglas 04/05/2021minha estante
Excelente resenha ?


bobbie 05/05/2021minha estante
Obrigado, Douglas.




Dani 24/02/2023

Cegueira Moral: perda da sensibilidade na modernidade líquida. Uma anestesia perante o sofrimento alheio.
Ao terminar ficamos, na falta de uma palavra melhor, receosos do futuro de nossos jovens.
comentários(0)comente



19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR