Mademoiselle Zaira

Mademoiselle Zaira Mario Vicente




Resenhas - Mademoiselle Zaira


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@feesuasresenhas 22/02/2021

Mademoiselle Zaira
Como diz o ditado não julgue jamais um livro pela capa!!
Mademoiselle Zaira é esplêndido!!!
Um livro instigante, cheio de suspense, drama ,amor e muito mais não vou dar spoiler !!
Se gosta de ler este é o livro que te prende e ao mesmo tempo você não quer terminar de ler !!
Super indico !!
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Thaissa 24/08/2020

A obra se chamava Mademoiselle Zaira
Em 2015 recebi uma proposta que tomei como desafio, resenhar sobre um livro a pedido do autor. O livro chegou e de imediato dei início a minha leitura, no entanto me deparei com uma visão totalmente diferente da que estamos acostumados, a verdade é que eu não havia lido a sinopse do livro por inteiro (nunca o faço, gosto de ser surpreendida e sinopses já são por si muito reveladoras)...

Iniciarei a resenha pela forma física do livro... A leitura é confortável com as páginas amarelas, além das folhas possuíram uma gramatura mais grossa do que de costume. Quanto a arte da capa achei um tanto "feia", definitivamente não compraria o livro pela capa, mesmo com um título que cativa qualquer um que goste do idioma Francês. Ao longo da leitura percebi erros de digitação além de erros de formatação como o estilo itálico em parágrafos que não pertencem a diálogos, e separação de capítulos, tentei achar um padrão para justificar, mas foi uma ação sem êxito.

É verdade quando dizem que um livro pode ser lido mais de uma vez e ser compreendido de formas diferentes, tudo depende do leitor. O pedido foi feito em 2015 e o início da leitura ocorreu no mesmo ano, porém não vingou. A leitura não é fácil ou simples, a história não é boba muito menos fútil, trata de uma realidade melancólica, contada por um narrador inusitado, quero dizer, quem imaginaria uma história contada por um feto? A tentativa foi frustrante seguida de muitas outras, cheguei tentar me desfazer do livro, pois não era uma leitura para mim, até semana passada...

Não podemos dizer que colocar um feto como narrador não seja uma característica inovadora, se existe outro livro assim eu desconheço e parabenizo o autor por tamanha criatividade... contudo por não estar acostumada com essa visão me senti perdida em alguns momentos do livro, e precisava relembrar que se tratava de um feto a contar sua versão.
O livro é dividido em 2 partes durante a gestação e após a gestação, na primeira a narração é intercalada entre narrador-personagem e narrador-onisciente, o feto conta a história da mãe a partir das conversas que tivera com ela previamente e a percepção de suas emoções, já a segunda parte é contada por um narrador-observador.
A segunda parte sem dúvida é mais aconchegante para o leitor pois é mais comum. Porém percebi uma escrita repetitiva, em diversos momentos o autor escrevia um parágrafo com informações já descritas há 20 linhas atrás, tornando a leitura um pouco cansativa, mas nada que um avanço de linhas rápidas não resolva. A sequência cronológica também é um pouco confusa, bem como a separação de capítulos que majoritariamente é feita por anos.

Sobre a história... Mademoiselle Zaira trata de uma história que ocorre entre os anos 50 e 70 no Brasil, mais precisamente Paraná, com famílias e culturas tradicionais, envolvendo violência sexual, preconceito, vingança, abandono... e por isso apresenta uma história extremamente triste, tanto que quando aparece um momento de felicidade no livro ela não consegue ser superior ao sofrimento que os personagens passam ao longo da trama... afinal a vida não é um conto de fadas, pelo menos não para todo mundo. Acho um livro rico em que cada um pode extrair o melhor que achar e para mim, mesmo que talvez não tenha sido o intuito do autor foi a forma como ele tratou o relacionamento entre gestante e feto, envolvendo tentativas de aborto. Quero dizer, um assunto tão polêmico simplificado em poucos capítulos de um livro...

Finalizo minha resenha pedindo desculpas se soei rígida, e despretensiosa. Não é uma leitura que me agrade 100%, todavia o livro é no mínimo interessante e intrigante.
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Tamy 10/04/2018

Presente
Recebi esse presente a pouco mais de dois anos e em troca, deveria fazer uma resenha ou vídeo falando sobre esse livro. Primeiramente gostaria de agradecer ao Mario Vicente pelo lindo presente e o parabenizar pelo trabalho. Um livro emocionante e tocante que retrata a vida de muitas mulheres da época e um dos assuntos mais tratados nos dias de hoje , a violência contra a mulher, um livro marcante que me emocionou em muitos momentos, uma leitura fácil, porem com a narrativa um pouco corrida. Recomendo a leitura a todos, o Livro é maravilhoso
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ritita 07/09/2017

Ótimo enredo, péssima escrita.
Numpodeser! Como o autor, com um enredo maravilhoso na cabeça e uma escrita ruim nas mãos, consegue maltratar um livro, livro que teria tudo para merecer 5*, mas a história é repetitiva; me encheu o saco o fato de ter que contar os mesmos motivos de acontecimentos várias vezes. Desconfio que não houve nenhuma revisão, pois os erros gramaticais são crassos, primários. Desconsiderando-se isto, o que a mim incomoda muito, dá para ler. Espero que em futuras edições, se houver, isto seja corrigido, em favor dos leitores.
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Lilian 09/02/2017

Uma história linda e coberta de emoção e profundidade
Na história de Mademoiselle Zaira pude acolher seu sentimento mais puro de mãe, a inocência e o amor que uma mãe transmite ao filho e vice e versa, porque nesse livro é diferente, aqui a narrativa foi uma nova descoberta para mim e vocês já verão a razão pela qual esclareço isso.

Além disso, o mais impressionante foram as reviravoltas, descobertas e superação que percorrem o livro desde a primeira página até o fim.

Esse livro nos traz a história de Zaira, uma jovem que, ainda aos 15 anos de idade, que engravida após ser vítima de violência sexual, ocorrida em uma noite em uma festa de carnaval.

Em face ao trágico acontecimento, Zaira decide ficar em silencio, tentando por tudo se esconder e esquivar-se da verdade, porém, quando sua gravidez é notada através dos sintomas que acabam por lhe denunciar, mademoiselle se vê obrigada pelo próprio pai que, repleto de razões egoístas, ordena que a filha se esconda em um convento, pois caso não o fizesse, desonraria a imagem de boa família e seus costumes, logo, teria que se livrar da filha até que a mesma apurasse a gravidez.

Nesse começo de história, já é possível o leitor notar que o autor já aborda muito a respeito do preconceito, uma vez que percebemos que o pai de Zaira é um homem machista e autoritário que prefere seguir a própria ambição e ignora os sentimentos da própria filha.

Face a trágica situação e, precipitadamente, quando Zaira está em apuros e desespero, tenta por tudo livrar-se do filho e o rejeita como mãe. É lógico, como uma jovem de apenas 15 anos poderia ser sustento psicológico suficiente para lidar com tal situação? Porém, mesmo sob influência da emoção e ansiedade, a jovem repensa bem e começa a nutrir sentimentos e amor pelo filho. Esse é um momento lindo da história, trata-se de um sentimento que só uma mãe pode ter pelo filho.
A primeira vez que li uma sinopse desse livro, há muito tempo atrás e antes de não me aprofundar na leitura, não imaginei a terrível situação de Zaira, mas é claro que após ler o livro com carinho pude perceber que qualquer garota de 15 anos inicialmente faria o mesmo, até porque nenhuma garota tão jovem como Zaira suportaria com facilidade uma gravidez indesejada.

Como se não bastasse, ao longo da história Zaira se vê obrigada novamente por ordens do pai a casar-se com um homem que nem conhece só para satisfazer seu interesse após seu filho nascer, o qual é entregue à adoção. Após tanto sofrimento, ela ainda tem o desprazer de receber várias cartas anônimas com bastante frequência, o que só atormenta mais ainda a vida da jovem.

Vale mencionar ainda que Zaira é envolta por seu amor que, desde o incidente no carnaval, tenta ficar próxima dela, porém, a ignorância do destino os separam por muito tempo. Mas ainda assim, ambos continuam apaixonados e a procura um do outro.

A narrativa é alternativa, pois no começo do livro é narrado pelo próprio bebê de Zaira, ainda feto. Ele transmite alguns dos sentimentos de Zaira, quando por exemplo, consegue entender quando sua mãe está triste, quando apresenta comportamentos distantes ou até mesmo quando se sente sozinha, que era o mais freqüente. Depois disso, a narrativa recai mais sobre Zaira e acontecimentos ao seu redor e até mais distantes, como a vida do filho com os pais adotivos.

Foi a primeira vez que li um livro com uma narrativa assim e confesso que fiquei admirada, pois foi aconchegante acompanhar a leitura em todos esses momentos em que o bebê de Zaira respirava a vida da mãe e transmitia o amor que já sentia por ela.

Enfim, o livro é maravilhosamente bem escrito e rico em detalhes de lugares pretéritos, fazendo o leitor imaginar com profundidade o passado, pois aborda um tema forte, profundo e que ainda pode ser presente na nossa sociedade.

Como personagens marcantes, vemos Zaira que é forte e guerreira. Marlon, seu amor, é persistente e paciente. Seu pai, o machista, é egocêntrico e frio.

No desenrolar da história, o autor traz descobertas a respeito das cartas trazidas por alguém desconhecido, o autor do trágico acontecimento, mistérios que vão se desenrolando, o amor de mãe, o amor entre um casal apaixonado, a curiosidade e saudade de um filho que nunca nem conheceu sua mãe biológica, e por fim, a reviravolta de tudo de ruim que aconteceu.
Eu recomento sim essa obra encantadora e tenho certeza que outros leitores irão se apaixonar assim como eu. Vale a pena descobrir mais um talento da literatura brasileira.

site: http://www.leitorasvorazes.com.br/2017/01/resenha-104-mademoiselle-zaira.html
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Vaneza | @garotado330 18/08/2016

A Mademoiselle
Inicialmente o livro é narrado por um feto, isso mesmo, um feto, que conta o drama de sua mãe que aos quinze anos foi estuprada em um trágico carnaval e como se a situação toda não fosse suficiente, ainda sofre com a opressão do pai, que não aceitando a situação da filha, interna a probrezinha em um convento.

A história do livro tem como plano de fundo o Brasil nos anos dourados (anos 50), a adolescência de uma garota inteligente e de família rica, que acaba se apaixonado por Marlon, um rapaz de origem simplória, mas de grande nobreza, e o principal, completamente apaixonado por Zaira e disposto a enfrentar de tudo para ajudar a sua mademoiselle a encontrar o seu filho perdido.

O livro não se atém apenas ao drama de mãe e filho separados na maternidade. Em meio a tantas separações, surgem cartas anonimas cheias de ameaças e ódio que criam todo um suspense, e claro que precisam encontrar a criança, descobrir quem é o autor das cartas anonimas e quem é o culpado por assombrar a vida de Zaira no carnaval de 1957, ou seja, emoção e suspense não faltou!

Uma coisa que eu achei bastante peculiar nesse livro foi a forma com que a história começou. Como assim um feto está narrando a história? Eu nunca tinha lido algo do tipo, exceto por Memórias Póstumas de Brás Cubas onde um defunto conta como foi a sua vida. Me entreguei ao livro e deixei fluir, e quer saber? A inocência e os sentimentos do feto por sua mãe, cria um sentimento, um laço entre o leitor e os dois personagens vítimas do destino, ou melhor, vítimas da sociedade patriarcal em que viviam e das aparências, que era algo muito importante para Haroldo, o pai de Zaira.

site: www.garotado330.com.br
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Anna na biblioteca 31/03/2016

Saga dramática, com doses de mistério, desencontros e amor
A saga de Zaira está contextualizada em um período de grande conservadorismo, repressão e rigidez da história do Brasil.

Filha de um pai severo e uma mãe submissa, esta jovem sonhadora tem sua vida atropelada, em consequência de um ato terrível, ocorrido em um baile de carnaval. Envergonhada, assustada e confusa, não consegue de imediato contar a ninguém!
Pouco tempo depois, sem receber apoio ou carinho dos pais e nem mesmo ser consultada, acaba por ser enviada à força para um convento, tratada como "vergonha" da família, que deve ser escondida, aos invés de vítima passa a ser culpada! Neste local e nesta condição, passa seus dolorosos meses de gestação, experimentando sentimentos muito pesados como o abandono e a rejeição.

Esta história é contada sob o ponto de vista do feto, que alterna momentos como narrador e outros como personagem, já que revela suas impressões, sentimentos, temores e necessidades.

Zaira é o centro deste enredo, uma adolescente permeada de afeto por um lado e frieza de outro, vivendo em meados dos anos 50, onde as regras sociais e de bons costumes eram muito arbitrárias e sufocavam qualquer mocinha que ousasse fazer suas próprias escolhas, principalmente a quem amar ou com quem constituir matrimônio, algo inegociável e determinado conforme a escolha e interesses do pai.

O início da leitura foi um pouco confuso para mim, pois no enredo há diferentes tempos cronológicos que se alternam, além das impressões pessoais do narrador. Mas, após alguns capítulos e mais situada, as cenas foram me envolvendo de forma crescente até ficar arrebatada pela leitura!

Marlon, seu amigo de infância, foi o personagem pelo qual me envolvi com mais profundidade, apesar de ter gostado muito de Zaira.

O autor fez uma ótima escolha na forma de finalizar os capítulos e alternar os personagens, pois propiciou uma certa tensão e expectativa para o próximo desfecho a ser revelado.

Mademoiselle Zaira é uma saga dramática, de sofrimento individual, com doses de mistério, devido ao surgimento de cartas anônimas, desencontros, busca, redenção, romance e amor. Leitura muito recomendada! Uma ótima surpresa!

site: http://arvoredoscontos.blogspot.com.br/2016/03/resenha-mademoiselle-zaira-mario-vicente.html
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Rosi Ramos 10/02/2016

Leitura de impacto...
O livro conta a estória de Zaíra, uma jovem garota, presa as convenções e a opressão vinda de um modelo social machista e patriarcal. Essa garota luta durante toda sua vida para conseguir ter o direito de viver sua existência de forma plena e desprendida do julgo que a sociedade autoritária lhe impõe.
Zaíra é uma menina de família rica que tem um pai prepotente e machista, que esconde grandes segredos e mascara aos olhos da sociedade uma visão convencionada de respeito. Essa adolescente é violentada em uma baile de carnaval aos 15 anos, por um homem misterioso. É dopada nesta festa e como consequência desse ato, engravida e é mandada sem remorsos pelo pai para ter o filho em um convento, de modo a esconder seu “pecado” dos olhos alheios, e não conspurcar o a honra e o nome da família. A partir daí, se inicia a narrativa um tanto quanto inusitada feita num primeiro momento pelo seu filho, ainda um feto em seu útero, ele conta com detalhes o que se passa nesta vida interligada entre mãe e filho.
Zaíra, vive todo esse processo de gestação sob forte pressão emocional, o que acaba por leva-la a tentar o suicídio, buscando com isso terminar seu martírio e de seu filho. Isso não se dá felizmente e o menino nasce pra ser imediatamente arrancado de sua mãe, que acredita neste interim, que seu filho morreu no parto. Fica evidente que o autor quis com esse tipo de narrativa intrauterina, mostrar o grande vínculo que existe entre mãe e filho no período gestacional e como as sensações compartilhadas são fatos que iniciam a personificação da vidas destes ao longo da trama.
Ainda no convento Zaíra começa a receber cartas anônimas de um psicopata, que a atormenta ao longo de toda a trama chantageando com os segredos e mistérios familiares guardados a sete chaves, causando medo e dificultando a vida dela e de sua família. As cartas vão sendo enviadas ao longo da trama e revelando fatos e acontecimentos que estão interligados a vida de Zaíra e que vão trazendo a tona a carga emocional e o cunho psicológico que o enredo propõe.
Após o parto, Zaíra volta para casa e de novo fica sob o julgo do pai que lhe arranja um casamento com um malfadado fanfarrão de pretensa “boa família” buscando assim, dirimir o ocorrido. A trama vai se expandindo e mostrando todo o cenário tortuoso que a mulher daquela época tinha pra si. Todo o julgo, sofrimento, traições e preconceitos vividos.
Zaira se mostra uma grande mulher, que vai amadurecendo e buscando seu eu, sua personalidade no decorrer do livro. Ela passa por muitas situações e indecisões, desilusões, tristezas, perdas, encontros e desencontros. Um outro personagem da trama tem um papel preponderante na estruturação da personalidade de Zaíra, seu nome é Marlon, seu amor desde a juventude, aquele que sempre foi importante na vida dela, quem sempre que colocou cima e deu o apoio nos piores momentos de forma que ela pudesse seguir adiante, pra mim, ele simboliza a força motriz que ajudou Zaíra a se libertar dos grilhões e buscar sua felicidade acima das convenções sociais. Foi ele quem a acompanhou na busca pelo filho e a apoiou quando lhe faltavam forças, ele sempre estava lá disposto a não deixa-la desistir, e com isso ela conseguiu reencontrar o filho. Marlon e a personificação do amor desprendido de interesses, do amar por simbiose, do companheiro perfeito em sua imperfeição.
O livro é um retrato primoroso de uma sociedade decadente e preconceituosa, que vive de aparências e sem competências de fugir do estereótipo que lhe é auto imposto. Zaíra, Marlon e Pierre são os contrapontos, os desmistificadores, que vem pra romper esse paradigma. Não é uma tarefa fácil, mas o autor constrói essa ruptura de forma magistral e verdadeira.
Super indico o livro pra aqueles que pretendem ver além dos panótipos, além da realidade impositiva, que conseguem enxergar que mesmo com toda a dificuldade existente o bem prevalece ao final, de uma forma ou outra. Que acredita em sentimentos verdadeiros e que perduram ao longo de toda uma vida, mesmo que tudo trabalhe ao contrário.
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Rayana 14/01/2016

Mademoiselle Zaira - Breve crítica
Aceitei o convite do autor do livro para que, se assim quisesse, escrever ou gravar um vídeo sobre o livro. Pois bem, prefiro escrever.
Devo começar salientando que é uma boa história, se passando em um período muito conservador da sociedade brasileira, com o ditames patriarcais e comodismos dos entes familiares.
O autor apresenta características da velha literatura nacional, seja no emprego de palavras ou na construção das interações entre os personagens, o qual, diga-se, é retratado em muitos momentos em terceira pessoa, deixando sempre o espaço para que outro personagem ainda "não envolvido" na narrativa conte a história. Existindo também, e sempre explorado, o suspense, o qual é o mais instigante nas ficções.
É uma boa história para futuras adaptações em telenovelas, ou minisséries.
As "peças" que são necessárias para o entendimento do leitor é entregue em momento propício, e os segredos que envolvem o enredo são bem explorados, deixando até mesmo emergir aquela dúvida sobre a quem pertencerá "a culpa". Mesmo assim, talvez por minha prelação por outros tipos de histórias, não consegui me envolver propriamente com a vivência dos personagens, mesmo o tendo apreciado em dados momentos e, tendo tenra alegria por observar talentos nacionais ainda não conhecidos, ou seja, a literatura do Brasil não morreu, mesmo tendo entrado em declínio há muitos anos e ter se enveredado por biografias, sensacionalismo, e ficções pouco trabalhadas. De forma geral, o aconselho a quem deseja enveredar na literatura nacional e que busca novos nomes (autores).
Ao autor, desejo boa jornada, e que venha a surpreender a arte da escrita com novas narrativas e sempre as aperfeiçoando.
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Rejiane 07/01/2016

Exemplo de resistência
Um livro que mostra força, coragem e persistência de uma mulher. Nos dias de hoje nem dá pra acreditar que os fatos narrados aconteciam (e acontecem) de verdade. Uma violência sofrida, uma gravidez indesejada, a prisão em um convento, a angustia da dúvida e o reencontro. Em situações que muitas pessoas desistem de viver, Zaira se mostra um exemplo de resistência. Recomendo a leitura!!!
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Vanessa Meiser 03/01/2016

Quando vi esta capa pela blogosfera simplesmente não consegui resistir a ela, é perfeita e transmite a impressão de uma grande obra baseada num belo e sensível romance, e adivinhem só o que encontrei nas páginas de Mademoiselle Zaira? Exatamente o que eu esperava encontrar, uma linda história de amor de uma jovem mãe por seu filho não desejado, mas ainda assim muito amado, além do amor de um casal que se conhece ainda jovem e que mesmo com os obstáculos impostos pela vida, conseguem apesar de tudo manter este sentimento sempre vivo.

Zaira é ainda uma criança de 15 anos quando vai a um baile de carnaval e acaba sendo violentada, tempos depois se descobre grávida e sendo enclausurada pelo próprio pai num convento para esconder sua vergonhosa situação e não arruinar a honra da conceituada família. Zaira num primeiro momento e sob forte emoção, antes de aceitar o fato de que terá um bebê, tenta terminar com a própria vida e com a do filho que está esperando, graças a Deus nada acontece e a gravidez tem continuidade.

A primeira parte da trama é contada pelo filho que Zaira está esperando, sim, o feto nos contando como é o dia a dia de mãe e filho e como ele e Zaira aos poucos vão tornando-se um só, tão ligados pelo amor e cumplicidade que já sentem um pelo outro. É ele que nos conta sobre a primeira carta anônima da trama, uma carta que Zaira recebe no convento e que a deixa muito abalada, esta carta revela que Zaira tem uma irmã, uma filha que seu pai teve fora do casamento e que escondeu de todos. Este é o 'ponta pé' inicial para uma série de revelações de segredos guardados a sete chaves e que aos poucos vão se apresentando ao leitor, muitos deles através de cartas anônimas iguais a que Zaira recebeu no convento.

O parto de Zaira é prematuro e seu filho é imediatamente levado para longe da mãe que pensa que o menino não nasceu com vida. Zaira fica arrasada, mas não tem muita chance de avaliar os fatos, simplesmente dizem a ela que o menino não sobreviveu e pronto. Zaira volta a morar com a família e seu pai já a espera com um casamento arranjado, o noivo é um filhinho de papai com um caráter duvidoso, mas com a mancha na reputação de filha, foi o melhor que seu pai pode arranjar sem arriscar que a garota ficasse solteirona e continuasse a causar problemas com sua personalidade rebelde e inconformada.

Não posso deixar de mencionar Marlon, o melhor amigo de Zaira, aquele que cresceu com ela e que viu nascer um sentimento maior que a amizade e que foi separado da então namorada quando esta ficou no convento e depois quando casou e foi morar com o marido. Muitas coisas acontecem antes, durante e depois dos fatos aqui mencionados, mas não vamos estragar a surpresa contando tudo não é mesmo?!

Em suma, sou só elogios à Mademoiselle Zaira, o livro é extremamente sensível e emocionante, claro que aborda temas bem fortes e impactantes, como por exemplo gravidez na adolescência, machismo, injustiça, dependência da mulher, egoísmo, vaidade, mas todos eles tratados de maneira suave sem tirar sua parcela de importância e sempre como um alerta de como as coisas eram naquela época e do quanto mudaram ou não nos dias de hoje. Enfim, o autor foi muito habilidoso em amarrar esta trama com tantos fatos, tantas características e não deixar nenhuma ponta solta, nenhuma linha fora de lugar. Zaira luta pela sua felicidade completa e para que isto finalmente ocorra ela precisa estar com as pessoas que ama, principalmente seu filho que ela admite não acreditar que tenha morrido no parto e não descansará até encontrá-lo.

site: http://balaiodelivros.blogspot.com.br/
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