Mademoiselle Zaira

Mademoiselle Zaira Mario Vicente




Resenhas - Mademoiselle Zaira


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Leticia 06/11/2015

É preciso força e coragem para enfrentar os dramas...
Geralmente são as sinopses que me motivam a iniciar uma leitura, isso ocorreu quando li a do livro “Mademoiselle Zaira”, pois apresentava a história de Zaira, uma adolescente que aos 15 anos sofreu violência sexual cometida por um sujeito misterioso, ao ser dopada numa festa de carnaval. Como consequência desse ato a jovem engravida. Por abordar a violência contra a mulher fiquei superinteressada, então coloquei como um dos livros "desejados” e sem esperar ganhei-o com surpresa e alegria.
O desenvolvimento da história ocorre tendo como foco a violência sexual. O abuso traz consequências para a vida dessa jovem que em plena década de 1950 tem que se submeter ao autoritarismo do pai e aos preconceitos oriundos de uma sociedade patriarcal.
O livro é dividido em duas partes e cada uma é contada por um narrador específico: a primeira é um narrador feto e a segunda um narrador observador. Não estranhe! É isso mesmo, um feto relata uma parte da história de Zaíra. De forma criativa o autor justifica a formação dos vínculos maternos desde o ambiente intrauterino, no qual o nascituro (fruto do estupro), tendo como base as vivências e pensamentos da mãe, no período gestacional, visualiza as sensações e fatos da vida. Em virtude dessa relação entre mãe e filho busca-se explicar os problemas relacionais que uma pessoa pode ter durante a vida.
A segunda parte dá-se após o parto e a busca de Zaira por seu filho que depois do nascimento foi entregue pelo avô materno a um orfanato. Só que Zaíra nessa procura nunca esteve só, pois há um jovem chamado Marlon que possui um laço de amizade e de amor com ela e após alguns anos separados, de forma arbitrária, reencontra-a. Ainda, durante esse período a jovem passa a receber cartas "misteriosas" sobre sua vida e de sua família. No decurso da narrativa histórias de pessoas próximas a mademoiselle são contadas de forma breve e muitas vezes sem relação com a da jovem, por causa dessa questão acredita-se que o segundo narrador se perde em alguns momentos e não aprofunda as relações afetivas dos protagonistas.
Após a leitura do livro imaginou-se a mesma história contada no contexto atual, conclui-se que poderia ser aprofundada a questão referente ao aborto, atualmente em discussão nos diferentes círculos sociais. No mais, não é uma leitura cansativa, mas de fácil compreensão que aborda um pouco a história da mulher brasileira nos anos dourados, mas que em pleno século XXI ainda vive em uma sociedade machista e preconceituosa.
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Najara 18/11/2015

Mademoiselle Zaira de Mario Vicente
Bem eu nunca escrevi uma resenha essa é a minha primeira, talvez por isso que ela demorou um pouco para sair, então eu espero que fique boa. Quando o autor me enviou um recado no Skoob perguntando se gostaria de ganhar o livro autografado e totalmente grátis, no primeiro momento não acreditei muito, pensei que fosse brincadeira na verdade só acreditei mesmo quando o carteiro me entregou o livro (sim, não sou uma pessoa muito otimista). Na mesma semana que o livro chegou eu teria uma reunião do Clube do Livro da minha cidade, decidi colocar o livro para o sorteio, ganhei e comecei a ler na mesma noite, não me arrependi.
O livro conta a história de Zaira uma menina de 15 anos, que é obrigada a morar em um convento na capital depois de ser violentada e engravidar no carnaval de 1957 em sua cidade natal Sollares. Seu pai que é um homem machista e muito preocupado com as aparências, tranca a filha no convento para não manchar o nome e a reputação da família. A primeira parte é contada através do feto, que conta seus dias no convento e os desesperos da jovem mãe, que se vê sozinha e sem a família, amigos e sem esperanças.
No convento Zaira começa a receber cartas anônimas, que conta alguns segredos de sua família e conhecidos, principalmente sobre o seu pai, mas não é só ela que recebe essas cartas, amigos, conhecidos e familiares também recebem.
Depois de a criança nascer o Sr. Haroldo pai de Zaira o coloca para a adoção e disse para a filha e família que o bebê morreu no parto. A partir dai começamos acompanhar a historia de Zaira, Marlon seu amor de infância e Pierre seu filho.
A historia tem muitas reviravoltas, violência sexual, abandono, segredos, desencontros, perdas, traições, mentiras, ameaças, mortes e amor, todos ligados a Zaira e a pessoas ligadas diretamente ou indiretamente a ela.
A história retrata 18 anos da vida dos personagens, tinha partes que fiquei um pouco confusa, principalmente com as datas dos eventos narrados e as ordens dos eventos, mas isso é comigo sempre fico perdida com isso. O inicio é um pouco cansativo, mas gostei do feto narrando a historia foi diferente. Achei que também algumas partes o livro ia muito rápido, sem muitos diálogos.
Gostei da leitura, apesar dos temas pesados como machismo, preconceito e o lugar da mulher na sociedade na época, a história foi apresentada de uma maneira fácil e leve. A leitura faz você pensar sobre as mudanças da sociedade no decorrer dos anos e muitas coisas que ainda deveriam ser mudadas e um retrato claro dos erros cometidos através do tempo, que servem para expor e debatermos sobre o assunto em vez de varrer para baixo do tapete e assim fazermos uma sociedade melhor.
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mario 30/09/2015minha estante
Olá Vanessa, que rápido sua leitura, bom sinal.
Você está certa em seu comentário quanto aos diálogos. Isso é um estilo predominante no autor, que acredito no próximo romance deva ser mais equilibrado. Não é uma justificativa, mas era uma forma e também, pela história se passar durante 18 anos, a narrativa focou mais na história linear. Também ficou bem dramática, concordo plenamente com você, isso foi um pouco proposital para chamar a atenção, justamente sobre a situação da mulher.
Agradeço seu comentário, muito pertinente, pois é de quem realmente está sempre atento à leitura e vou considerar suas dicas como um incentivo para a próxima obra, ter mais equilíbrio entre a narrativa e diálogo, como também pouco mais de doses de humor. De coração, valeu e é esse feedback que preciso pra continuar minha evolução na literatura.
Abraço




Thais Mayra 19/10/2015

Romance com pitada de mistério
O livro gira em torno de todo o machismo e preconceito, que as mulheres eram submetidas até o final do século passado.
A personagem principal, sofre nas mãos do pai e depois nas do marido, até conseguir se libertar, numa busca pelo filho que lhe foi tirado, por ser fruto de uma violência.
Nesse interim, outros personagens ligados aparecem e recebem cartas anonimas, revelando segredos obscuros, que deixa todos abalados.
Ao mesmo tempo em que o autor nos delicia com um romance, vivenciado pela protagonista, que luta para ser feliz, também existe todo um mistério, para que possamos descobrir quem é que está mandando tais cartas e prejudicando todos os personagens.
Achei que faltou apenas um pouco de instigação no quesito mistério, porque embora eu estivesse curiosa para saber quem era o "bandido" do livro, foi uma curiosidade bem branda.
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Vera 27/10/2015minha estante
Que legal, amei sua resenha.




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@feesuasresenhas 22/02/2021

Mademoiselle Zaira
Como diz o ditado não julgue jamais um livro pela capa!!
Mademoiselle Zaira é esplêndido!!!
Um livro instigante, cheio de suspense, drama ,amor e muito mais não vou dar spoiler !!
Se gosta de ler este é o livro que te prende e ao mesmo tempo você não quer terminar de ler !!
Super indico !!
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Thaissa 24/08/2020

A obra se chamava Mademoiselle Zaira
Em 2015 recebi uma proposta que tomei como desafio, resenhar sobre um livro a pedido do autor. O livro chegou e de imediato dei início a minha leitura, no entanto me deparei com uma visão totalmente diferente da que estamos acostumados, a verdade é que eu não havia lido a sinopse do livro por inteiro (nunca o faço, gosto de ser surpreendida e sinopses já são por si muito reveladoras)...

Iniciarei a resenha pela forma física do livro... A leitura é confortável com as páginas amarelas, além das folhas possuíram uma gramatura mais grossa do que de costume. Quanto a arte da capa achei um tanto "feia", definitivamente não compraria o livro pela capa, mesmo com um título que cativa qualquer um que goste do idioma Francês. Ao longo da leitura percebi erros de digitação além de erros de formatação como o estilo itálico em parágrafos que não pertencem a diálogos, e separação de capítulos, tentei achar um padrão para justificar, mas foi uma ação sem êxito.

É verdade quando dizem que um livro pode ser lido mais de uma vez e ser compreendido de formas diferentes, tudo depende do leitor. O pedido foi feito em 2015 e o início da leitura ocorreu no mesmo ano, porém não vingou. A leitura não é fácil ou simples, a história não é boba muito menos fútil, trata de uma realidade melancólica, contada por um narrador inusitado, quero dizer, quem imaginaria uma história contada por um feto? A tentativa foi frustrante seguida de muitas outras, cheguei tentar me desfazer do livro, pois não era uma leitura para mim, até semana passada...

Não podemos dizer que colocar um feto como narrador não seja uma característica inovadora, se existe outro livro assim eu desconheço e parabenizo o autor por tamanha criatividade... contudo por não estar acostumada com essa visão me senti perdida em alguns momentos do livro, e precisava relembrar que se tratava de um feto a contar sua versão.
O livro é dividido em 2 partes durante a gestação e após a gestação, na primeira a narração é intercalada entre narrador-personagem e narrador-onisciente, o feto conta a história da mãe a partir das conversas que tivera com ela previamente e a percepção de suas emoções, já a segunda parte é contada por um narrador-observador.
A segunda parte sem dúvida é mais aconchegante para o leitor pois é mais comum. Porém percebi uma escrita repetitiva, em diversos momentos o autor escrevia um parágrafo com informações já descritas há 20 linhas atrás, tornando a leitura um pouco cansativa, mas nada que um avanço de linhas rápidas não resolva. A sequência cronológica também é um pouco confusa, bem como a separação de capítulos que majoritariamente é feita por anos.

Sobre a história... Mademoiselle Zaira trata de uma história que ocorre entre os anos 50 e 70 no Brasil, mais precisamente Paraná, com famílias e culturas tradicionais, envolvendo violência sexual, preconceito, vingança, abandono... e por isso apresenta uma história extremamente triste, tanto que quando aparece um momento de felicidade no livro ela não consegue ser superior ao sofrimento que os personagens passam ao longo da trama... afinal a vida não é um conto de fadas, pelo menos não para todo mundo. Acho um livro rico em que cada um pode extrair o melhor que achar e para mim, mesmo que talvez não tenha sido o intuito do autor foi a forma como ele tratou o relacionamento entre gestante e feto, envolvendo tentativas de aborto. Quero dizer, um assunto tão polêmico simplificado em poucos capítulos de um livro...

Finalizo minha resenha pedindo desculpas se soei rígida, e despretensiosa. Não é uma leitura que me agrade 100%, todavia o livro é no mínimo interessante e intrigante.
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ritita 07/09/2017

Ótimo enredo, péssima escrita.
Numpodeser! Como o autor, com um enredo maravilhoso na cabeça e uma escrita ruim nas mãos, consegue maltratar um livro, livro que teria tudo para merecer 5*, mas a história é repetitiva; me encheu o saco o fato de ter que contar os mesmos motivos de acontecimentos várias vezes. Desconfio que não houve nenhuma revisão, pois os erros gramaticais são crassos, primários. Desconsiderando-se isto, o que a mim incomoda muito, dá para ler. Espero que em futuras edições, se houver, isto seja corrigido, em favor dos leitores.
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Jacke Blue Rose 14/12/2015

Uma obra primorosa
Esta obra foi um presente do próprio autor, que viu na minha lista de desejados o seu livro...
Terminei o livro há poucas horas, e estou encantada com tanta sutileza, verdade, cuidado e também realidade, pois é escrito tão detalhadamente que podemos imaginar cada cena, cada personagem, cada cenário...
Este é aquele livro que penso que deveria virar filme, ou melhor série - para que nada fique sem ser contado, em nenhum momento a obra deixa a desejar, tudo é esclarecido no decorrer da leitura, e não tem coisa que mais aprecio do que um autor que não engana o seu leitor!
Indico indico indico , para aqueles amantes de uma verdadeira obra literária, para aqueles que se deixar levar e viajar sem sair do lugar!
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Mari 30/12/2015

Temas fortes que instigam a reflexão
Inicialmente a história é contada no ano de 1957, na cidade de Sollares. Zaira é uma moça de classe média, cujo pai autoritário, egoísta e machista fez da sua vida um "inferno".

Estuprada aos 15 anos durante o carnaval, é obrigada a ter o bebê em um convento para não manchar a honra da família. Assim que o bebê nasce, o pai de Zaira o entrega para a doação à força, e a obriga a casar-se com um rapaz de família rica por interesse.

Desde a época do convento ela passa a ser atormentada por cartas de um psicopata, que revela segredos e atormenta outros personagens da história, causando temores e dificultando a vida da moça.

O mais interessante no livro é que o seu início tem a história narrada pelo feto, onde é possível entender o sofrimento da mãe e do filho, inclusive nas tentativas de aborto.

Zaira é uma guerreira, porque passou por muitos encontros e desencontros e teve todos ou pelo menos a maioria dos seus problemas causados pelo orgulho do pai. Ajudada por Marlon, seu amor desde a juventude, que foi muito importante para a vida dela, pois quando lhe faltava forças ele não desistia, e com isso conseguiu reencontrar o filho de Zaira e ajudou-a a vencer o psicopata que perseguia todos.

É uma ótima leitura para quem gosta de temas fortes. Demonstra muito bem a dificuldade ainda existente na sociedade com relação a temas como machismo, estupro e gravidez indesejada, que apesar de estarem mais evoluídos atualmente, ainda enfrentamos muito preconceito que dificulta a convivência.

Como tenho preferência por histórias bem detalhadas, achei que algumas partes do livro poderiam ter mais detalhes, porém foi detalhada o suficiente para instigar e aguçar a curiosidade do leitor.

Parabéns ao autor pelo livro, sobretudo por ser Brasileiro e de um Estado vizinho ao meu.

Boa leitura a todos!!
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Rejiane 07/01/2016

Exemplo de resistência
Um livro que mostra força, coragem e persistência de uma mulher. Nos dias de hoje nem dá pra acreditar que os fatos narrados aconteciam (e acontecem) de verdade. Uma violência sofrida, uma gravidez indesejada, a prisão em um convento, a angustia da dúvida e o reencontro. Em situações que muitas pessoas desistem de viver, Zaira se mostra um exemplo de resistência. Recomendo a leitura!!!
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Rayana 14/01/2016

Mademoiselle Zaira - Breve crítica
Aceitei o convite do autor do livro para que, se assim quisesse, escrever ou gravar um vídeo sobre o livro. Pois bem, prefiro escrever.
Devo começar salientando que é uma boa história, se passando em um período muito conservador da sociedade brasileira, com o ditames patriarcais e comodismos dos entes familiares.
O autor apresenta características da velha literatura nacional, seja no emprego de palavras ou na construção das interações entre os personagens, o qual, diga-se, é retratado em muitos momentos em terceira pessoa, deixando sempre o espaço para que outro personagem ainda "não envolvido" na narrativa conte a história. Existindo também, e sempre explorado, o suspense, o qual é o mais instigante nas ficções.
É uma boa história para futuras adaptações em telenovelas, ou minisséries.
As "peças" que são necessárias para o entendimento do leitor é entregue em momento propício, e os segredos que envolvem o enredo são bem explorados, deixando até mesmo emergir aquela dúvida sobre a quem pertencerá "a culpa". Mesmo assim, talvez por minha prelação por outros tipos de histórias, não consegui me envolver propriamente com a vivência dos personagens, mesmo o tendo apreciado em dados momentos e, tendo tenra alegria por observar talentos nacionais ainda não conhecidos, ou seja, a literatura do Brasil não morreu, mesmo tendo entrado em declínio há muitos anos e ter se enveredado por biografias, sensacionalismo, e ficções pouco trabalhadas. De forma geral, o aconselho a quem deseja enveredar na literatura nacional e que busca novos nomes (autores).
Ao autor, desejo boa jornada, e que venha a surpreender a arte da escrita com novas narrativas e sempre as aperfeiçoando.
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