Dublinenses

Dublinenses James Joyce




Resenhas - Dublinenses


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Vitu 15/04/2024

As vezes calha que a gente se fecha num sentimento inventado de que tá tudo bem, passa o dia feliz e bobo, sorri aos quatro ventos... e então vem um sopro externo, um vento impiedoso, que balança toda nossa convicção de que em algum momento as coisas estiveram no lugar e nós mostra que tudo, TUDO está por um fio. Esse meu vento impiedoso foi "Os Mortos", de James Joyce.
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Levi_Motta 31/03/2024

Dublinenses
Minha primeira leitura do James Joyce. Acredito que este livro seja uma boa introdução para as obras dele, já que se trata de vários contos. Achei bem interessante.
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alntbr 29/02/2024

Dublinense
Meu primeiro contato com o autor irlandês, James Joyce. Foi uma experiência maravilhosa e não poderia ter começado com um livro mais apropriado que a coletânea de contos : Dublinense ou Dubliners. O modo de escrita do autor me cativou logo de primeira, os finais em aberto, os personagens e etc. Realmente retrata o mundano e habitual com eficiência.
O único conto que eu achei ok foi Os Mortos, mas teve seu brilho na metade pro final.
A leitura também é essencial para quem pretende ler futuramente Ulisses pois vários personagens de Dublinense retornam na obra.
Recomendo para quem se interessa por literatura irlandesa ou só pelo Joyce mesmo.
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Biblioteca Álvaro Guerra 20/02/2024

Dublinenses é uma coletânea de 15 contos que retratam a vida cotidiana dos habitantes da capital irlandesa no início do século 20. Joyce, que era um dos maiores inovadores da literatura moderna, usa uma linguagem realista e precisa para captar os detalhes, as emoções e os conflitos dos seus personagens. Os contos são divididos em quatro grupos, de acordo com as fases da vida: infância, adolescência, maturidade e vida pública. Cada um deles revela aspectos da cultura, da política, da religião, da arte e da moral da Irlanda da época, que era dominada pelo império britânico e pela igreja católica

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8574025054
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Yuri.Nogueira 17/02/2024

Ruim com força
Seria muito confortável pra mim simplesmente falar bem dessa obra, pontuando a importância das obras clássicas e de como compreender e explorar situações comuns que beiram ao tédio é crucial na literatura.

No entanto, não farei isso, porque seria mentira. Esse livro só é CHATO mesmo. Uma coleção de 15 contos que não chegam a lugar algum.

Não menciono que tudo há de chegar a um específico destino, pois que a perambulação aleatória também nos traz aventuras: caminhante, não há caminho; o caminho se faz ao caminhar.

Porém, nesse livro encontramos um amontoado de 15 contos que, para além do tédio, possuem pouca conexão entre si, e a lugar algum te levam. Apenas histórias comuns, com diálogos comuns, e pouca ou quase nenhuma reflexão.

Pra quem já leu Retrato de um Artista Quando Jovem, esse livro aqui nem parece do mesmo autor. O conto "Os Mortos" (no qual depositei minhas últimas esperanças) apenas nos apresenta um desfecho digno do que foi, em minha experiência pessoal, a obra como um todo: um permanente tédio em estado de putrefação.
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Neylane Naually 30/01/2024

Uma grande surpresa literária já em janeiro: Dublinenses do James Joyce é um livro de contos tranquilo de ler, e a escrita em "Um caso doloroso" e "Os mortos" é especialmente maravilhosa. Esse último ganhou um filme que é muito elogiado e é visto como um exemplo de adaptação e foi o único conto que Nabokov deu nota máxima em suas aulas de análise literária.

"Um por um eles todos estavam virando sombras. Melhor seguir corajosamente para aquele outro mundo, no apogeu da glória de alguma paixão, que desbotar e murchar lugubremente com a idade." Os mortos

James Joyce nasceu em Dublin e é um dos grandes nomes da literatura europeia do século XX, Dublinenses sofreu pra ser publicado na época, mas hoje é considerado como "o livro mais perfeito de sua obra em prosa".

"O nome dela me vinha aos lábios vez por outra em estranhas orações e loas que nem eu mesmo compreendia. Meus olhos viviam cheios de lágrimas (eu não sabia dizer por quê) e de vez em quando uma inundação que me vinha do coração parecia se derra- mar no meu peito. Eu pensava pouco no futuro. Não sabia se um dia ia ou não falar com ela ou, se falasse, como ia poder lhe dizer da minha confusa adoração. Mas o meu corpo era como uma harpa e as palavras e os gestos dela eram como dedos que lhe percorriam as cordas." Arábias

No conto "A casa de pensão" o autor nos situa: "Dublin é uma cidade pequena: todo mundo sabe da vida de todo mundo." A maioria dos contos são curtinhos e a leitura é muito fluida. Vamos conhecendo a capital irlandesa através dos personagens peculiares de Joyce, as vezes nos aprofundando mais nos cenários e as vezes nas situações. Os contos trazem também certo elemento autobiografico, vários deles foram inspirados na vida do próprio autor.

"ouvia a estranha voz impessoal que reconhecia como sua, insistindo na incurável solidão de toda alma. Nós não temos como nos entregar, ela dizia: somos problema nosso." Um caso doloroso

A religião e o nacionalismo também são temas recorrentes nos contos, saber um pouco da história do país vai tornar a experiência ainda mais rica, a Irlanda foi uma das nações mais pobres na Europa enquanto esteve sob domínio do Reino Unido e durante décadas após a sua independência declarada em 1916 e reconhecida em 1922. Mas só na leitura já se percebe o grande embate entre o catolicismo e o protestantismo, tema explicitamente debatido no livro, no conto "Graça" onde um personagem fala "que a nossa religião é a religião, a fé antiga e original" se referindo ao catolicismo e no conto "Os mortos" o protagonista é acusado de ser anglófilo por não querer viajar pela Irlanda, o nacionalismo também é acentuado pelo uso de expressões em irlandês por alguns personagens.

Dublinenses foi uma leitura que eu adorei, li rápido e em alguns pontos não queria largar! Ulysses, o grande romance de James Joyce, entrou no meu radar, sinto que atravessei o rio e agora vou tentar atravessar o mar.

O livro foi um presente de uma amiga que sempre acerta muito! Obrigada mais uma vez ?

"Havia tantos estados de espírito e tantas impressões diferentes que ele gostaria de expressar em versos. Sentia isso tudo dentro de si. Tentou sopesar sua alma para ver se era uma alma de poeta. A melancolia era a nota dominante de seu temperamento, ele achava, mas era uma melancolia temperada por recorrências de fé e resignação e de simples prazeres. Se conseguisse expressar isso tudo num livro de poemas talvez os homens ouvissem." Uma pequena nuvem
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bardo 23/12/2023

Acredito que para quem nunca tenha lido nada do James Joyce, Dublinenses seja uma ótima porta de entrada para se conhecer o autor. Também recomendaria fortemente essa edição da Penguin, nota-se um cuidado imenso não só com a tradução, mas com as notas que não sendo excessivas, trazem contextualizações e esclarecimentos importantes.
A despeito de ser um “simples” livro de contos é nítido que de simples essa obra não tem nada, inclusive acredito que se beneficiaria de releitura após aquisição de maior contexto histórico e informações sobre o autor.
São quinze contos que podem ser interpretados como correspondendo as diversas fases da vida de uma homem, tendo por pano de fundo a Dublin do começo do século passado e suas complexidades. Por mais que os contos não sejam igualmente bons, não existe um conto ruim ou “qualquer coisa” aqui, a qualidade e precisão de todos surpreende.
A impressão que se tem é que o autor construiu milimetricamente o motivo, a ambientação e os personagens de cada conto. Temos entrelinhas que somente com a ajuda das notas ou um profundo conhecimento do contexto histórico são decodificáveis. Chama a atenção o fato do autor ter construído um “universo” ficcional, diversos personagens transitam entre contos e entre obras, inclusive com vários personagens reaparecendo na obra mais famosa do autor: Ulysses.
Certamente vale muito a pena ler Dublinenses nem que seja apenas para se ter uma ideia da escrita do autor. Destacam-se os contos: Um Encontro, Arábias, Eveline, A Casa de Pensão, Uma Mãe, mas sem dúvida o melhor conto do livro é Os Mortos, impressiona como o autor condensou tantos temas importantes ali.
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Daniel Andrade 11/12/2023

Ótima introdução ao autor.
Contos bem tranquilos de serem lidos. A escrita do James Joyce é muito boa, transforma coisas que não são interessantes em interessantes. 'Os Mortos' e 'A Pensão' são meus favoritos, mas não tem nenhum conto ruim no livro. Vamos ver se, em 2024, crio coragem e leio Ulysses.
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igsuehtam 26/11/2023

Começando pelos contos
Dublinenses é a obra mais acessível de James Joyce, escrito quando ele tinha por volta dos 25 anos. Aqui vamos conhecer diversos personagens, seus desejos e esperanças com uma escrita fácil e rápida. Duplicatas, Graça e Os Mortos são os contos que vou guardar pra reler em outro momento.

Sobre a edição, faltou pelo menos mais uma revisão. Há pequenos erros que não dá pra passar despercebido.
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Tahira-can 25/11/2023

Comecei a leitura interessada no estilo de escrita de James Joyce. Uma amiga sabia que eu gostava de escrever histórias curtas, do cotidiano, e me disse que Dublinenses ia me ajudar a me encontrar na escrita, já que era justamente uma coleção de contos. Gostei do jeito que ele escreve, dá a impressão de que está ali sentado diante da situação e vai narrando o que vê. É muito realista e tem um jeito único de escrever e, principalmente, de terminar os contos.
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Rachel Bgs 21/11/2023

Para Dublin, sinceramente
O título da antologia faz-se jus, pois além seus contos todos se passarem em Dublin, eles são o retrato social mais fiel do povo de Dublin do início do século XX, depois do próprio Ulysses. Recomendo ler as análises deles para plena compreensão, dado que eles têm camadas literárias, geográficas, políticas e históricas. São uma delícia, um alimento para a mente, e o melhor para começar a ler Joyce e entender seus romances. Incrível. Leitura 5 estrelas.
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Isadora 24/10/2023

Contos sobre a sociedade de Dublin em uma época passada. Os que mais gostei foram "Eveline", "Argila" e "Um Caso Doloroso", mas os outros achei um pouco parados. Talvez não tenha lido no momento certo, ou talvez eu só não soube apreciar essa obra que vejo tantos tecendo elogios...
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Diego / @blogdiscolivro 17/10/2023

"Nosso caminho pela vida é coberto de lembranças tristes como essas: e se acaso vivêssemos a remoê-las não encontraríamos o ânimo para seguir bravamente na lida entre os vivos"
James Joyce é daqueles autores que dizem ser difícil de ler e isso pode acabar fazendo com que alguns leitores se afastem ou, no melhor dos casos, protele a leitura. Mas, até autores difíceis tem obras mais acessíveis. É o caso de "Dublinenses". Publicado originalmente em 1914, o volume reúne quinze narrativas curtas que evocam o espírito de uma Dublin estagnada e que, ao mesmo tempo, ansiava por dias melhores. Joyce concebeu a obra como uma espécie de convite para que o irlandês se olhasse no espelho. "Dublinenses" também é, de certa forma, um preâmbulo de "Ulisses", uma vez que muito dos personagens que figuram entre seus contos reapareceriam no romance, publicado anos mais tarde.

Tendo como protagonista a própria cidade de Dublin e explorando o cotidiano de seus habitantes, são histórias marcadas por realismo e regionalismo, muitas vezes usando de simbolismos. Algumas delas conversam mais a fundo com o contexto irlandês do início do século XX, evocando o seu anseio por liberdade (seja ela social, financeira ou sexual), a busca por uma identidade própria e a reconexão com suas origens gaélicas, bem como as questões políticas e religiosas que estavam por baixo da superfície social. Já outras, tocam em temas mais universais como a infância, o primeiro amor, o despertar sexual, a vida conjugal, a solidão, o envelhecimento e a morte. Destaque para as personagens femininas e as crianças que Joyce escreve. O tom melancólico misturado ao fraco pela bebida também ajuda a compor uma atmosfera muito imersiva.

Meus contos favoritos foram:

"Uma pequena nuvem", que narra o reencontro de dois amigos que não se veem há muito tempo, um deles viajou o mundo, é bem sucedido e leva uma vida hedonista, enquanto o outro, recluso, é de natureza tímida e leva uma vida pacata sem nunca ter deixado a pátria, sendo o encontro fatal para um deles.

"Um caso doloroso", que gira em torno de um romance proibido que acaba mal e cobra um alto preço de um homem que até então tinha a solidão como amiga e agora terá que lutar para não ser engolido pelo vazio.

"Os mortos", novela na qual iremos acompanhar uma reunião natalina onde a mesa farta divide espaço com nostalgia, tensão sexual e amores perdidos. Aqui veremos humanos como nós, compartilhando de suas imperfeições, complexidades e a efemeridade da nossa passagem pela terra.

Como adoro contos, a leitura de "Dublinenses" se mostrou um verdadeiro deleite. A escrita de Joyce é muito envolvente, dotando os personagens de inflexões próprias da classe média irlandesa, muitas vezes com imperfeições propositais, e isso, somado à impecável concepção dos cenários de Dublin, gera uma ambientação muito rica. Mas o que mais me tocou foi a delicadeza como que o escritor trata de temas como a passagem do tempo, o amor e a morte. Sem dúvida, uma ótima porta de entrada para o universo de James Joyce! Quem sabe agora eu tome coragem e desencalhe "Ulisses" da minha estante...

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Paulo 10/10/2023

Vidas Irlandesas
Relatos crus de uma sociedade que já não existe mais. E que mesmo assim, continua intricada com as atuais.
Esperava bem mais, mas gostei bastante. Principalmente os contos do menino que é apaixonado por sua vizinha, o do amigo que é famoso e o outro casado e da evocação do amor morto.
Estou preparado para Ulysses? Achei legal que alguns personagens já apareceram por aqui.
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Dida 06/09/2023

Esse foi meu primeiro contato com o autor. Alguns contos eu achei meio lentos demais, outros eu achei melhores. Mas uma coisa em comum entre eles é que ele deixa meio que algo pendente no final, como se a gente ficasse sem saber o fim de verdade. De início jsso me incomodou, fiquei sem saber se eu tinha deixado passar alguma informação, ou se eu não tinha entendido....mas depois percebi que era proposital, e uma ótima maneira de finalizar os contos, pq te dá a possibilidade de meio que criar/imaginar ali um fim que ficou implícito pelo autor. Os personagens são bem construídos, as histórias também, sempre com um quê de algo que nem sei explicar muito bem, me deixou muito intrigada e bastante curiosa sobre o que esperar do Ulysses.
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