Dublinenses

Dublinenses James Joyce




Resenhas - Dublinenses


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Dose Literária 25/09/2013

Dublinenses - Os retratos irlandeses de James Joyce
Quando ouço ou vejo o nome James Joyce já me vem à cabeça aquele livro gigante de sua autoria, considerado o melhor romance em língua inglesa do século XX - “Ulisses”. De tanto ouvir que Ulisses é um livro difícil de ler ou “digerir”, não quis conhecer Joyce através dele porque confesso que esse tipo de leitura me assusta um pouco.

Aproveitando a indicação de uma professora, conheci o conto “Arábia” que faz parte da compilação de contos onde James Joyce retrata o cotidiano do povo irlandês – Dublinenses (no original Dubliners).
Dublinenses é o olhar de Joyce sobre seu próprio povo e suas origens. Em quinze contos retrata o sentimento irlandês, costumes e lugares de suas lembranças da infância pobre em Dublin.

Particularmente, eu gostei de somente quatro dos quinze contos: Eveline, Dois Galanteadores, A Casa de Pensão e Arábia, título que aguçou minha curiosidade de conhecer o livro.

Continue lendo em http://www.doseliteraria.com.br/2013/09/dublinenses-os-retratos-irlandeses-de.html
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Caroline Z. 03/08/2013

Dublinenses

James Joyce é encantador, há pequenas nuances no seu estilo de escrita; Dublinenses é um livro de contos e a mais acessível dentre as suas obras. Nele ele disseca a sociedade irlandesa do início do século XX, em que é notável o patriotismo (e aversão a cultura inglesa); o alcoolismo, a religião, a moral e a cultura imersas na sociedade de Dublin.
O livro inclui o famoso conto "Os mortos", em que o autor faz um reflexão sobre a morte e a brevidade da vida, este é o último conto e o mais longo deles; no entanto há outros tanto quanto ou mais notáveis, como "Um encontro" e "Arábia". A sutileza na escrita de James Joyce traz riqueza a obra e vale a leitura.

"Julgava-se elevar-se a uma estatura angelical aos olhos dela e à medida que se acercava, mais e mais, da natureza ardente de sua companheira, ouvia uma estranha voz impessoal (que reconhecia como dele mesmo) insistir na irremediável solidão da alma. Não podemos nos dar - dizia a voz - somos de nós mesmos." Dublinenses - James Joyce
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Arsenio Meira 06/07/2013

Que Deus Salve a Irlanda ou Um James Joyce mais acessível


O livro de contos "Dublinenses", o segundo publicado por Joyce, em 1914, soa como a mais acessível de suas obras (pois "Ulisses" e "Finnegans Wake" assustam milhares de leitores, ainda que inúmeros não reconheçam.)

Por sinal, essa parece ser a melhor opção para quem tem interesse ou curiosidade de conhecer um pouco da obra desse escritor que nasceu na periferia de Dublin e, hoje, é muito cultuado em todos os cantos da galáxia.

Os contos de "Dublinenses" são curtos, mas possuem uma qualidade evidente, que salta aos olhos. Todas as histórias são sobre pessoas comuns vivendo situações comuns em Dublin. Durante a leitura, pensava eu, ou melhor, aguardava uma guinada sensacional em alguns deles, mas a ausência desse traço ou drible é justamente o que há de mais interessante.

A beleza do cotidiano, de situações e personagens parecidos com muitos que conhecemos, por exemplo, numa capital brasileira do século XXI, é celebrada por Joyce num estilo seco, sem floreios, mais do que realista.

Contos como Uma pequena nuvem, Contrapartida, Um Caso doloroso ou Dia de hera na lapela são atemporais, de uma universalidade tão cristalina que é quase impossível não reconhecer vidas próximas às nossas em seus parágrafos.

Eu, por exemplo, me identifiquei a ponto de doer com Little Chandler, o sujeito que tenta ler um poema enquanto o filho chora em seus braços sem que ele saiba o que fazer para que o pequeno pare de berrar. Estou passando um pouco por isso e, admito, a semelhança à aflição do personagem me tocou especificamente.

Em Dia de hera na lapela, o pragmatismo dos cabos-eleitorais, militantes nacionalistas a serviço de um candidato ao parlamento por um movimento libertário, também poderia ter sido retratado em português.

Na minha leiga opinião, bastava esse conto para atestar o erro ou a má-fé de alguns estudiosos, que situam Joyce como um ferrenho alienado ou apolítico. Só alguém que entende e se interessa pelo assunto consegue descrever tão bem como políticos supostamente integrantes de projetos coletivos constroem suas carreiras e tocam candidaturas como assuntos pessoais ou projetos privados. Em 1914, Joyce já mandava o seu recado.

Além da prosa clara, seca, e de situar e centralizar toda a narrativa em Dublin, há outro elemento presente em praticamente todos os contos: hectolitros de uísque e cerveja.

Pelo que li, não existe sequer um personagem capaz de enxugar garrafas sem piscar. Até os amigos que conspiram para que o colega largue o vício, tocam a conspiração entre goles de um uisquinho especial.

Finalizando: o que seria a Literatura Universal dos séculos XX e XXI e dos vindouros sem Oscar Wilde, Yeats, Bernard Shaw, Joyce, Beckett e Sean O'Casey ?

Nada... Sem eles, apenas um Saara, com direito a paisagens datadas e aborrecidas.

Portanto, é justo que Deus salve a Rainha, mas opa, é justíssimo que Deus também salve a Irlanda, um país pobre, berço de gente teimosa, cabeçuda mesmo, mas a terra mãe de todos esses gênios literários.
Daniel 06/07/2013minha estante
O conto que mais me marcou é talvez o mais famoso, "Os Mortos", uma comovente reflexão sobre o Tempo e a fugacidade da vida.


Arsenio Meira 06/07/2013minha estante
Esse, sem dúvida, é uma pancada. Eu já o tinha lido, numa outra oportunidade (uma espécie de antologia dos melhores contos, não lembro bem.)

Na empolgação, terminei por comentar aqueles contos que ainda não conhecia. Mas bastante pertinente sua alusão ao conto, Daniel.




Carlos Patricio 15/07/2013minha estante
"Durante a leitura, pensava eu, ou melhor, aguardava uma guinada sensacional em alguns deles, mas a ausência desse traço ou drible é justamente o que há de mais interessante.

A beleza do cotidiano, de situações e personagens parecidos com muitos que conhecemos, por exemplo, numa capital brasileira do século XXI, é celebrada por Joyce num estilo seco, sem floreios, mais do que realista"
Muito bom! Alías, ótima resenha, Arsênio! Meus parabéns! Seguindo-te...


Codinome 22/04/2020minha estante
Parece que o conto do Little Chandler foi escrito quando Joyce tinha se tornado pai. Talvez essa experiência tenha o feito ser escrito tão bem.


Mara Marques 20/04/2024minha estante
Excelente resenha! Despertou-me o desejo por conhecer a literatura de Joyce! Obrigada, peço licença para segui-lo.




Tainá 03/02/2013

A impressão que tive ao ler Dublinenses foi de estar olhando para um livro de recortes. Os contos pareciam pedaços tirados de uma revista qualquer que foram colocados aleatoriamente, sem precisar de um sentido.
E o livro é exatamente isso, é um recorte do dia a dia dos dublinenses, como uma fotografia. Joyce retrata seus compatriotas em cenas cotidianas, que no fundo acabam por mostrar o caráter moral dos Irlandeses. Temas como o nacionalismo, religião e relações familiares são abordados.

Obs: o conto que mais gostei foi o último, Os Mortos. Neste conto, a linguagem (principalmente no final) tem um tom melancólico, mas sem excesso, e transmite de forma refinada as sensações da personagem.
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Tizo 03/01/2013

Retrato social dos tipos de Dublin
Obra que reúne os contos feitos por James Joyce, baseados nos tipos que povoam uma Dublin repleta de ressentimentos políticos, letargia econômica, fatores religiosos associados a distúrbios psíquicos. Temos personagens cercados por demandas cotidianas, letárgicos movidos muitas vezes apenas pelo instinto de sobrevivência e freqüentemente usando como muleta para sua desesperança o álcool, tema esse muito presente na maioria dos contos. Particularmente chamo atenção para o conto Os mortos muito bem escrito e que traz um final cheio de significados. Com certeza mesmo não sendo uma obra uniforme, já temos aqui os sinais da genialidade de Joyce que mais tarde seria imortalizado por Ulisses.
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Silvana (@delivroemlivro) 25/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/09/dublinenses-james-joyce_13.html

Gostou? Então também siga e curta:
*Twitter: @4blogsdelivros
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Tks!
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Homero 15/11/2012

Dialogando com os vivos...
Dublin do final do século XX serve para que James Joyce penetre na universalidade dos sentimentos humanos. Esse é um livro para o qual devemos reservar um dia para a leitura de cada conto. A razão é simples: a intensidade faz com que necessitemos palpitar com cada um deles. Não há como não ser tocado quando Eveline sente um sino dobrar em seu peito, ou quando em "Os Mortos", nos é relembrado que é "Melhor passar com bravura ao outro mundo, em meio à glória de uma paixão, do que esmaecer e murchar com as agruras da idade". A epifania é uma constante na obra, revelações após revelações surgem no coração do leitor. Há momentos de tamanha beleza que o fechar do livro faz parte também da leitura, pois abre um espaço para que as emoções e sentimentos experienciados possam ser transportados para nosso dia a dia. Escolha de que forma iniciar a obra, não siga ordens, mas reserve para o final "Os Mortos" e, ao término de sua leitura, perceba o quanto dialogamos diariamente com eles e até que ponto estamos realmente vivos.
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Aion 25/06/2012

Se não fosse a sua irregularidade, seria uma obra-prima. Um Caso Doloroso e, em especial, aquela virada final em Os Mortos é pra se ler com lágrimas nos olhos e o coração pesado. Belíssimo. Genial.

"Seria melhor precipitar-se na morte no apogeu de uma paixão, do que extinguir-se e murchar lentamente com a velhice."
Rafael 07/09/2012minha estante
Curiosidade sobre o autor:
http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/6-escritores-consagrados-que-nao-enxergavam-direito/?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_super




Aline T.K.M. | @aline_tkm 13/08/2011

Para começar a se aventurar na obra de Joyce
Há forte presença de características morais e comportamentais da Irlanda de então, sendo elas o alcoolismo (isso eu pude ver com meus próprios olhos, é fato: o irlandês gosta de encher a caneca, sim! =P ), o aspecto violento na vida familiar e a rigidez no catolicismo. O nacionalismo é notadamente presente, assim como o ressentimento em relação à Inglaterra. É interessante pontuar que os contos são narrados de maneira a permitir que observemos o que se passa, mas sem “pensar” ou “sentir” por nós, há certa neutralidade.

A leitura é bastante agradável e flui com facilidade. Os personagens são muito humanos, e a narrativa nos leva a embarcar no interior mais íntimo de cada um deles, aspecto que muito me agradou. Situações conflituosas mostram-se presentes em quase todos os contos e é interessante ver como os personagens lutam – ou não – para mudar determinada condição.

A leitura nos faz sentir como se observássemos a vida dos personagens durante certo período de tempo. E assim como começam, eles terminam, muitas vezes sem um “desfecho” propriamente dito. Um espelho da própria vida, que continua seguindo seu curso mesmo que nossa observação tenha sido interrompida.

LEIA O REVIEW COMPLETO EM:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com/2011/07/dublinenses-james-joyce.html
Shadai.Vieira 04/02/2024minha estante
Amiga, li esse 14 anos depois de vc, e gostei muito também.




cid 30/03/2011

A neve cobre a Irlanda
Foi a primeira vez que li James Joyce e fiquei com um gostinho de Dublin na memória.O conto "Os mortos", que fecha o livro é muito belo e li duas vezes.A paisagem descrita cai como luva para finalizar o conto.A neve cobre a Irlanda , caindo sobre os vivos e os mortos.
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Rosa Santana 14/12/2009

Gostaria de iniciar falando que nunca lera James Joyce e que tive uma certa, como dizer, surpresa, sentindo-me meio que lograda... Confesso que esperava mais dele.

Daí veio a segunda fase: sobre o que esse cara escreve nesse conto? Por que acho que é importante eu ter claro isso: de que fala tal texto? É a partir daí que eu começo a analisar. Expus minhas dúvidas, como vocês viram, em uma comunidade do orkut, onde discutimos contos e, o conto da vez era esse: "As Irmãs". Fiz isso até para que eu pensasse mais sobre elas (as dúvidas)...

Então: sobre o que ele escreve, já que há a possibilidade de estar falando de três coisas, e de nos deixar meio que "cabaleando" entre elas... Porque ora ele nos apresenta uma possibilidade, mas logo dispõe outra e, depois, mais outra, como se colocasse diante de nós um espelho disfocado. E é isso que me desconcertou, lendo-o. Mas, pensando melhor: qual é o papel da literatura senão esse? Não é assim a vida?! Então, comecei a colocar (a minha) coerência no conto. Porque, nos tempos modernos, é o leitor quem preenche os vazios* propositais de uma obra de arte.

E nesse conto JJ deixou várias espécies deles: as falas entrecortadas, que não se concluem; as ações que não são apresentadas no seu todo, porque elas são cortadas, sem que sejam concluídas, inserindo-se outras... o que acaba interferindo na própria seqüência narrativa, interrompida...

Temos, também, que tudo o que o bom escritor faz, tem um sentido. Nada está de graça, em seu texto. Então, para que Joyce construiu, assim, o seu?

Parece-me que o autor faz uso do que se chama "mise-en-abism", como sendo o olhar do olhar: JJ faz nossos olhos correrem de um personagem a outro, para nos mostrar como cada um vê o outro... esse o disfocamento, a aparente "abundância de tema".


Confuso?


No meu ponto de vista, ele constrói sua narrativa como uma metáfora da vida. Essa coisa fugidia e escorregadiça, em que sonho e realidade, loucura e consciência se misturam na dialética que é a nossa formação, como pessoa (o menino-narrador). Assim, ele (narrador) rechaça espelhos (o velho Cotter, de quem ele gostara, mas a quem agora tem aversão... O próprio padre, pelo qual o garoto não demonstra o mínimo sentimento, embora reconheça a contribuição dele na sua formação; sua impossibilidade de reconstruir o final do sonho... porque ele se mistura com a vida)

Acho que é isso:

. Lacan diria que aquilo com que me identifico e diz muito de mim é o espelho que me reflete e contribui para a minha formação;
. Backhitin teorizaria que a linguagem de um sujeito se intercala e se mescla à do outro;
. E a filosofia diria que é a arte da dialética, em que a uma tese se contrapõe uma anti-tese, e dessa mistura forma-se a síntese. E a síntese é esse ser em formação: o narrador (como sua narrativa, como nós, seus leitores) que não tem uma forma acabada e está, sempre, a buscar novas sínteses, novos espelhos, novas linguagens.


* E aqui cito Jorge Luis Borges: “O sentido dos livros está na frente deles e não atrás, está em nós: um livro não é um sentido acabado, uma revelação que devemos receber, é uma reserva de formas que esperam seus sentidos... O livro é feito por todos, não por um.”

Retirado de "Sete Noites - Ensaios", pag. 46

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Danielle C. Gontijo 13/12/2009

Histórias cansativas.
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Andrea 03/12/2009

Espiando na Janela
Em 15 contos, o escritor James Joyce nos permite espiar um momento na vida cotidiana dos irlandeses.

Religião, sexo, inveja e nostalgia se misturam, assim como as idades diversas. O leitor não deve esperar por surpresas ou lições de moral, apenas circunstâncias normais, onde os valores e costumes da região irão encaminhar os personagens em histórias que não possuem realmente um final, já que fica claro que muita coisa ainda deve vir.

Mesmo sendo histórias comuns, a forma da narrativa envolve o leitor, podendo fazer com que este recorde de fatos lidos ou até vividos. Pois, independente da época ou lugar, todos vivem momentos em que precisam tomar uma decisão ou são simplesmente levados por aquilo que chamamos de destino.
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Sudan 29/05/2009

Dublinenses
Dublinenses, coletânea de contos em 1914, James Joyce se apresentava como inovador e oferecia claros indícios de que não escrevia por escrever, mas para trazer sua contribuição a um definitivo avanço da literatura de seu tempo. Em Dublinenses iremos encontrar, narradas em extraordinária eficácia de interpretação realista, cenas da vida quotidiana em Dublin, capital da Irlanda, através de personagens que irradiam essa autenticidade, essa maneira de ser e de existir que emana de figuras de carne e osso e que raramente as criações literárias conseguem captar. Os incidentes que a envolvem, irrelevantes na aparência, são pertinentes e até mesmo indispensáveis para a situação, no tempo, no espaço e no subconsciente dos seres humanos que nelas se agitam, dessa fatigante experiência que é viver em sociedade. Dublinenses microcosmo e painel, é a porta de acesso por que se penetrará no universo joyciano, universo de luz e sombra, de calor humano e de fria, de quase insuportável lucidez. ResenhasLeitoresEdições
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