Rose 29/12/2014Vocês devem estar se perguntando como uma pessoa se perde em Marte. Pois é, Mark Watney conseguiu. Este astronauta botânico que fazia parte da missão Ares 3, estava em Marte junto com outros tripulantes, Alex Vogel, Chris Beck, Lewis, Rich Martinez e Johanssen quando todos foram surpreendidos por uma forte tempestade de areia, tão comum na região.
Indo em direção à VAM (Veículo de Ascensão de Marte), Mark é atingido e desaparece no meio da tempestade. Antes de ser encontrado pelos seus companheiros ele é dado como morto e a tripulação que está em perigo, é obrigada a sair rápido de Marte.
Acontece que Mark não morreu, apenas ficou desmaiado e com seu traje rasgado, motivo pelo qual toda a tripulação não encontrava os sinais de vida dele e o considerou morto.`
Agora sozinho e sabendo que um futuro resgate só seria possível dali há uns 4 anos, Mark teria uma difícil missão pela frente, além de se manter vivo todo este tempo em um planeta totalmente desabitado e deserto, ainda teria que dar um jeito de se comunicar com a Terra e avisar que estava vivo.´
Situação complicada esta do nosso amigo! Mas ao contrário do que muitos fariam, ele não entregou os pontos, e colocou seu cérebro para funcionar. Tomando providências básicas para sua sobrevivência, Mark começa a elaborar um plano que o mantenha vivo até que alguma missão volte para o planeta vermelho.
Detalhe da planta de Marte
É assim que vamos acompanhando as aventuras e desventuras deste astronauta. Através de um diário de bordo, Mark vai anotando e contando tudo o que está fazendo ou planeja fazer para manter-se vivo. Da ideia de como aumentar sua produção de água, até a inusitada plantação de batatas que ele quer fazer para ter mais alimento, tudo é religiosamente registrado. Assim, caso ele morra, todos saberão o que de fato aconteceu.
Enquanto isso, seus antigos companheiros de missão estão viajando de volta para Terra, sem saber que ele está vivo. Na Terra todos pensam que Mark morreu. Funerário, enterro e homenagens, tudo é providenciado. Mas, alguns meses depois, em um trabalho de rotina, eis que os olhos atentos de uma pesquisadora constatam que Mark não morreu!
É dada então a largada para uma corrida contra o tempo para salvar este astronauta. Toda a Nasa se mobiliza para criar um jeito que viabilize o resgate. Depois que Mark consegue resgatar um antigo aparelho abandonado em Marte na década de 70, ele consegue uma comunicação com a Terra, e descobre que todos estão trabalhando pelo seu resgate. Um planeta inteiro passa acompanhar boletins diários da situação vivida por Mark.
Quando tudo parece ficar mais tranquilo, eis que Marte tenta mais uma vez matar nosso herói, e a Nasa tem que lançar às pressas uma missão de entrega de suprimentos para que Mark possa sobreviver até que uma nave tripulada consiga chegar à Marte.
Tudo começa a dar errado, e a vida de Mark fica por um fio, ou melhor, por alguns sóis. É assim que ele conta seus dias no planeta. Ele tem suprimentos limitados que não durarão até que alguma nave possa salvá-lo. Sem contar que ele teria que fazer uma longa e difícil viagem por Marte para chegar até o futuro ponto de encontro. Sem equipamentos especiais e adaptados para tal fato.
Mas vocês acham que ele desiste? Tirando alguns pitis que ele dá, em geral ele consegue manter o bom humor e o otimismo. Aliás, são exatamente estas características que o mantem vivo, sem contar óbvio sua inteligência para resolver os diversos problemas que vão surgindo ao longo de sua permanência.
Contra todas as possibilidades da missão de suprimentos dar certo, a Nasa toma uma decisão polêmica, que acaba causando uma imensa insubordinação e revolta. Mas é justamente esta revolta, a única chance real de Mark voltar para casa.
Para quem gosta de ficção científica é uma leitura e tanto. Achei a leitura em alguns momentos cansativa, mas entendo serem necessárias, pois a narração é feita pelo Mark, e ele vai contando, ou melhor, escrevendo em seu diário, tudo o que está fazendo, como a descrição da fórmula da água e como conseguir obtê-la. Sem esta explicação (apesar de meio chata), devo admitir que ficaria boiando com o resultado final. Isso acontece em outros fatos, que achei necessários, como disse, para dar veracidade e não deixar o leitor "boiando".
Gostei muito de Mark, e fica difícil não torcer para que ele consiga voltar para casa, mesmo não acreditando que metade do que se conta no livro seja possível...
A Olívia já disse, mas não custa avisar mais uma vez que um filme baseado no livro será lançado em 2015. Agora é esperar para conferir o trabalho nas telonas.
Então, o que acharam do livro? Alguém já leu ou pretende ler?
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