Patricia 09/04/2016
Quando a nossa parceira Arqueiro disponibilizou esse livro para a resenha, a primeira coisa que me chamou atenção foi o nome e é claro a capa linda de morrer. Então fui ler a sinopse e depois que acabei pensei: wow, Náufrago com um quê de Apollo 13, eu preciso desse livro! Após começar a ler o livro eu troquei os meus parâmetros de comparação para Náufrago com MacGyver!
Em Perdido em Marte o astronauta Mark Watney, um botânico e engenheiro, fica preso em Marte após um acidente bizarro durante uma tempestade de areia. Todo o restante da tripulação de sua missão consegue sair do planeta em segurança e seguir em direção à Terra. Para a infelicidade de Mark, todo mundo, literalmente o planeta Terra inteiro, pensa que ele morreu após esse acidente.
A situação de Mark é realmente desesperadora, a próxima missão tripulada à Marte demorará anos, ele não tem como se comunicar com a Terra para avisar que está vivo, não tem uma oficina disponível com peças sobressalentes em caso de defeito da aparelhagem que o mantém vivo, e o mais importante, a comida dele não irá durar tanto tempo. Ele precisa pensar em uma forma de sobreviver anos em Marte, e é aí que entrar a parte McGyver da estória! O cara é o mestre do improviso, acho inclusive que ele poderia ensinar um truque ou dois ao McGyver! Tudo que ele tem são opções limitadas de recursos e de entretenimento.
É realmente impressionante a quantidade de gabiarras que ele vai fazendo ao longo do livro. A cada vez que Marte tenta matá-lo (planetinho desagradável), ele vai e dá um jeito de sobreviver (chupa essa Marte!). E a melhor parte é o humor dele até nos momentos mais críticos, ele perde a vida mas não perde a piada. Mark percebe rapidamente que duas coisas são vitais para sua sobrevivência: conseguir aumentar a quantidade de alimento e conseguir se comunicar com a Terra. Para sua sorte, ele é um botânico e engenheiro, então ele precisa colocar todos os seus conhecimentos aplicáveis na Terra em prática em Marte, com algumas adaptações é claro, em uma verdadeira corrida contra o tempo.
Quando comecei a ler o livro eu pensei que ele seria um 4 estrelas, mas ele foi crescendo a cada página e depois de pouco tempo se transformou em um 5 estrelas e acabou na minha lista de favoritos. O livro é recheado de dados científicos e por isso no início pode parecer que ele será cansativo. Mas acaba que depois de um tempo você já foi absorvido pela siglas e linguagens e a leitura flui cada vez melhor. A narração do Mark é baseada no diário de bordo dele e nesses momentos a narração do livro é em primeira pessoa. Como já disse, o Mark adora fazer piadas, então a narrativa tem muito humor. A coisa boa sobre a parte científica do livro é que ela é real, não é invenção do livro, ao menos é o que dizem os especialistas
Depois de poucas páginas a estória do livro te prende e você começa a querer a lê-lo sem parar (ou como a Dani disse, se perder em Marte), conforme você vai se aproximando do fim, você basicamente vira um anti-social que ameaça qualquer um que te atrapalhe a ler.
A cada página virada eu conseguia visualizar um filme, tamanha precisão da narrativa.Agora vamos falar um pouco da capa desse livro, porque é inevitável. A capa é maravilhosa!!! Para quem ainda não viu e tocou, a capa feita daquele material que parece meio aveludado, linda de morrer (agora estou sendo repetitiva, mas não consigo evitar!). Acho que nem preciso dizer que recomendo o livro, não é mesmo?
site: http://www.ciadoleitor.com/2014/11/resenha-perdido-em-marte-de-andy-weir.html