Perdido em Marte

Perdido em Marte Andy Weir




Resenhas - Perdido em Marte


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Leo M 20/11/2017

Um conto aleijado...
O livro tem muitas virtudes, mas desagrada na sua visão limitada sobre o aspecto psicológico de um desafio dessa magnitude...

Tenho extrema admiração pela matemática, pela ciência, e pela capacidade do homem em superar obstáculos, entretanto ao ignorar o componente emocional de forma tão sistemática o autor demonstra que desconhece o ser humano na sua característica mais instintiva e emocional..

Ainda assim, apesar de aleijado, é um bom livro infanto-juvenil.
Gleison Marques 09/12/2017minha estante
Só não podemos pensar que, nossa condição psíquica seja igual a do personagem ou de qualquer outra pessoa. Ela pode ter se saído bem, havia muita coisa a se fazer e com a mente ocupada como estava foi suprimindo alguns problemas. Não podemos comparar nossa subjetividade a dele, porque casa um tem a sua. Eu nesse caso com certeza não me sairia bem, mas outras pesssoas se saem. E cada um reage diferente. É um livro no mínimo angustiante e bem elaborado.




spoiler visualizar
Vitor 19/07/2016minha estante
Do que adianta colocar um blog como resenha?




Alessandro 23/02/2015

Uma interessante novidade no mundo da Ficção Científica.
Perdido em Marte (The Martian) é um romance de ficção científica do subgênero Hard, que é um estilo de ficção focada na precisão científica. Foi originalmente publicado pelo próprio autor em 2011, sendo que em 2014 os direitos foram adquiridos por uma grande editora (Crown Publishing) que republicou o livro com grande sucesso. O livro ganhou projeção após ser divulgado que Ridley Scott irá filmar a estória, com Matt Damon no papel principal, e o lançamento será ainda neste ano! Para mais informações confira este link para o IMDB.

O livro conta a estória do astronauta Mark Watney, um botanista e engenheiro mecânico que é deixado para trás logo no início da terceira missão tripulada à Marte, a Ares 3, que foi forçada a evacuar devido a uma forte tempestade. Seus companheiros o julgaram morto devido a uma antena ter perfurado seu traje EVA, o que foi confirmado pelos monitores de dados vitais de seu traje. Na verdade seu ferimento não foi muito grave, e o traje foi capaz de vedar o vazamento antes de perder muita pressão. Watney acaba ficando para trás, sem comunicação com o resto da equipe ou com a NASA, precisando contar apenas com suas habilidades técnicas e científicas para sobreviver com os recursos limitados que dispõe até a próxima missão Ares, e assim ter alguma chance de resgate.

Mark Watney revela-se uma pessoa cheia de recursos, com uma criatividade e capacidade de lidar com adversidades totalmente fora dos padrões. Ele é uma espécie de MacGyver que é capaz de consertar qualquer coisa com um pouco de fita adesiva, pedaços de lixo e o que mais conseguir obter.

O autor pretendeu mostrar um personagem que nunca se deixa abater, com um bom humor tão fora do padrão quanto suas habilidades para sobreviver. Mas, na minha opinião, aqui o autor exagera um pouco, e mostra o diário de Watney mais como um blog nerd do que um drama de sobrevivência. Praticamente não existe nenhum momento traumático, e o tempo todo o astronauta faz trocadilhos e piadinhas infantis, como substituir uma unidade de medida de energia que considera sem graça por “pirata-ninja”, faz piadinhas com emoticons ao fazer contato com a NASA (veja só, um par de peitos! (.Y.)). Sinceramente, as piadas são mais embaraçosas do que engraçadas. Não importa o tamanho da desgraça, ou quanto a situação seja desesperadora, Watney insiste em fazer piadas e comentários ridículos, minimizando o tempo todo a tensão que seria característica em um livro de sobrevivência. Watney é um personagem unidimensional, sem nenhuma profundidade psicológica, mesmo passando por situações traumáticas como quase morrer várias vezes e ter sido abandonado em outro planeta.

Apesar disso, Andy Weir é um excelente escritor técnico, bastante detalhista ao descrever as ações de Watney para criar e reciclar água e ar, para criar solo para cultivar batatas, e adaptar o veículo espacial e o habitat para os mais diversos fins. No subgênero Ficção Científica Hard essa familiaridade com a ciência é muito importante, e sem dúvida é o ponto forte do livro.

Talvez o autor tenha tentado aproximar o livro da linguagem dos jovens, ou facilitar a leitura, mas considero muito desagradável um personagem fazer algum comentário sarcástico e logo depois explicar: sim, isso é sarcasmo. Uma piada que precisa de legenda ou trata-se uma piada ruim ou o autor considera que o leitor não possui inteligência suficiente para entende-la. É lamentável.

Mesmo assim ainda assim considero esse livro uma gratificante novidade na ficção científica, e recomendo sua leitura. Apenas considero que teria sido um livro bem melhor se fosse um pouco menos nerd e um pouquinho mais dramático.

site: https://leiturasparalelas.wordpress.com/2015/02/23/perdido-em-marte-the-martian-andy-weir/
Matheus 04/04/2015minha estante
Resenha brilhante. Parabéns!




Ricardo Brandes 16/12/2014

Perdido em marte
Para os amantes da ficção científica, a Editora Arqueiro apresenta uma aventura cheia de perigos e desafios de um astronauta Perdido em Marte!

A proposta da obra chama a atenção, pela inovação e criatividade do tema: Após um acidente, astronauta tenta sobreviver no planeta vermelho plantando... Batatas! Sim, o personagem se vira nos 30 para permanecer vivo, e respirando em solo marciano...
Mas... Antes de mais nada, caros leitores, é importante lembrar que há um choque de realidades entre a literatura e realidade na obra em questão. Abalada por fracassos e acidentes nas últimas missões espaciais, a NASA (agência tida como modelo de eficiência e futuro científico) enfrenta agora a pior crise de sua história, com suspensão de seus principais programas e uma grave crise de confiança.
E para tentar amenizar seus problemas, justamente neste cenário de dúvidas e incertezas foi lançado o livro Perdido em Marte, do escritor Norte Americano Andy Weir. Este é seu primeiro livro, que será adaptado para o cinema em uma super produção estrelada por Matt Damon e direção de Ridley Scott. Uma grande história de ficção científica, criada para dar confiança e crédito ao trabalho de quem já não os tem, justificando os milhões de dólares que são mandados para o espaço todos os anos...
Sim, o livro é bem escrito e tem ótimo embasamento científico, graças à experiência e profissionalismo do autor. Algumas boas dicas de cultura, dadas pelo personagem perdido em marte em seus devaneios. E o ponto positivo da obra são as peripécias que o astronauta Mark Watney tem que fazer para sobreviver sem sua equipe. Um verdadeiro MacGyver do espaço, fazendo tudo para se virar em um planeta estranho e inóspito.
Durante a leitura, o leitor acaba percebendo que muitas coisas impossíveis acabam acontecendo, beirando o absurdo na maioria das situações. Toda a agência espacial norte americana (e mundial) é posta à prova, todos os astronautas e equipe são desafiados ao máximo pelo perigoso e tempestivo ambiente marciano.
Mas, o que poderia ser algo positivo, se fosse abordado de forma mais realista, torna-se o principal defeito na obra: o autor toma uma postura chapa branca, justificando a competência e profissionalismo brilhante da equipe da agência espacial norte americana, sempre acaba se ajustando ao tão sonhado modelo de perfeição e inteligência da NASA.
Uma história que poderia surpreender, caso fosse menos direcionada como propaganda ao trabalho da NASA e seus milionários programas espaciais.
PERDIDO EM MARTE torna-se assim um bom passatempo para quem quiser embarcar na história fazendo uma leitura livre e despretensiosa, assim como para quem quiser fazer uma análise leitura mais crítica sobre a eficácia dos programas espaciais de hoje em dia.

Por Ricardo Brandes / Escritor


site: http://www.amoreselivros.com.br/2014/12/perdido-em-marte-andy-weir.html
Márcio Lima 20/01/2015minha estante
Propaganda da NASA? Modelo de perfeição? Você não está exagerando um pouco não? O autor nos apresenta, por exemplo, Annie Montrose, figurinha nada simpática (e ironicamente é a "relações públicas" da NASA). Não me pareceu que ele retocou com maquiagem a NASA e os profissionais que estão por trás dela...




Rosangela 25/03/2017

Fácil demais, nada realístico
Perdido em marte é ridículo, o cara tem solução pra tudo que é coisa que acontece com ele, perdendo toda a relevância do livro, se o cara tivesse câncer no livro, duas páginas depois ele já havia se curado comendo arreia de marte, ridiculo pra carai

darei uma estrela em homenagem ao lixo chamado Matt damon
Taverna do Pergaminho 29/03/2017minha estante
Finalmente alguém que também achou isso kkk Não entendo ate hoje como que essa historia ganhou tanto marketing positivo. Depois se quiser e puder da uma lida no que eu escrevi sobre também rs..esta ai em cima da sua :)




Sheylla 19/02/2015

Eu nunca me diverti tanto lendo um livro antes. Mark Watney se tornou um dos personagens mais engraçados que existem. Ele é um botânico e engenheiro que faz parte da missão Ares 3 de Marte. Durante uma saída de rotina para manutenção em um dos aparelhos uma forte tempestade de areia atinge o acampamento e uma evacuação de emergência tem que ser realizada. Os ventos estão muito fortes e Mark é atingido por uma antena e perde a consciência. Seus companheiros de viagem e sua comandante acreditam que ele tenha morrido no acidente e entram no veículo espacial para sair da órbita de Marte o mais rápido possível.

Por mais incrível que possa parecer, Mark está vivo. E está sozinho em Marte, sem comunicação com Houston o plano agora é permanecer vivo até o pouso do Ares 4, daqui a quatro anos. Ele tem o Hab, que nada mais é que um balão inflável de 92m² que mantem o oxigênio e o suporte a vida, como se ele estivesse dentro de uma nave sem a necessidade de vestir o traje especial. Mark tem suprimentos e vitaminas para sobreviver seis meses, não é o suficiente. Então como bom botânico que é ele decide plantar batatas. Uma quantidade bem grande de batatas para suprir suas necessidades calóricas.

Mark é o rei dos "jeitinhos" e das "gambiarras" e isso faz com que a sua capacidade de sobrevivência aumente a cada nova invenção. E numa dessas ideias geniais ele descobre como tentar contato com a Nasa: reformando uma antiga sonda que esta a alguns quilômetros de distancia de onde o Hab está, é uma viagem longa, mas Mark não tem nada mais interessante pra fazer em Marte mesmo. Ele ainda não sabe mas a Nasa acabou descobrindo que ele está vivo via imagens de satélite que mostram a movimentação e bagunça que ele anda fazendo no solo marciano, montando uma força-tarefa com o propósito de trazer Mark de volta a Terra.

Um Sci-Fi moderno que poderia se passar num futuro muito próximo, já que estamos bem próximos de chegar em Marte para missões humanas. Divertidíssimo apesar de usar alguns termos técnicos, se você não for um químico ou botânico não se preocupe, Mark vai te explicar o que ele está fazendo. Em Novembro estreia o filme estrelado por Matt Damon no papel do nosso querido astronauta, nem preciso dizer o quanto já estou ansiosa, a direção fica por conta de Ridley Scott (Exodus, Gladiador, Prometheus).

site: http://www.loucura-literaria.com/2015/02/resenha-perdido-em-marte-andy-weir.html
Vicente Cândido 20/02/2015minha estante
Boa resenha, mas só uma correção, será o Matt Damon no papel de Mark Watney.




Marcondes 25/07/2021

Usando ciência até o talo pra fazer o impossível se tornar realidade.
Acho que uma das obras mais criativamente inteligentes que eu já tive o prazer de mergulhar na minha vida. Lembro-me que na época em que o filme foi lançado Interestelar estava muito hypado e quase que Perdido em Marte passa despercebido. Mas a inteligência criativa sem precedentes do Andy fez com que até o filme ficasse bom, claro que na medida do possível. Engraçado é que esse filme ele é um Sci-fy mais voltado pra realidade nua e crua e Interestelar é um Sci-fy mais mitológico e por conta desse filme respeitar a maior parte das leis da natureza e conseguir fluir de uma maneira fantasticamente bem humorada e inteligente eu prefiro muito mais Perdido em Marte do que Interestelar. Mas enfim, gosto é igual bunda, e essa é a minha.
Mark, se os professores de Botânica tivessem 1% da paixão e entusiasmo que você tem pra ensinar, eu, com a mais absoluta certeza, não teria quase reprovado por ficar dormindo na maioria das aulas.
Marcondes 25/07/2021minha estante
Porra escrevi q nem um bêbado...




Giancarlo 21/12/2014

Perdido em Marte – Andy Weir
Finalmente uma boa obra de clássica ficção científica. Não lembro a última vez que li algo tão empolgante em ficção científica.

O único dano foi (talvez o maior pecado do autor) tenha sido situar a história numa data muito futura se comparado aos aparelhos e os recursos tecnológicos que os personagens utilizam. Falar em celular, utilizar tablets e Palmtops, além da transmissão limitada entre a Terra e Marte nos situa no tempo presente ou, no máximo 10, talvez 20 anos no futuro. Não acredito que isso tudo existirá quando o homem puder realizar missões tripuladas ao planeta vermelho, principalmente quando se tratarem de viagens no estilo “ônibus espacial”.

Apesar disso, a obra é excelente. Ele pode parecer meio chato no início quando começa explicar como transformar CO2 em H2 e depois em O2 e coisas do tipo, mas o autor afirma que os modelos apresentados no enredo são cientificamente comprovados, possíveis. O que realmente nos prende, é o drama do astronauta dado como morto e sua impressionante capacidade de adaptação a um ambiente hostil, sem qualquer comunicação com a Terra. Cada dia acontece uma tragédia e seus cálculos para racionar comida e produzir comida são deprimentes, mas reais. Aprende-se bastante com o lado prático do livro, mas o astronauta Watney tem tudo para se transformar num personagem de Hollywood. Quem sabe algum dia alguém diga: “Finalmente um bom roteiro de ficção científica que dará um ótimo filme de ficção cientifica.”

Uma leitura empolgante para fãs desse gênero literário.
Amadeu.Paes 18/01/2015minha estante
Concordo foi muito empolgante esta aventura.

uma hard scifi com boas doses de humor.




25/09/2015

Não que isso pudesse acontecer, mas se eu estivesse perdida em Marte – abandonada, para ser mais precisa – eu desistiria de tudo na mesma hora. O pânico ia tomar conta de mim e preferiria morrer logo do que ficar nessa agonia de luta pela sobrevivência. Não tenho o sangue frio necessário para agir em uma situação dessas, então posso eliminar de cara ser astronauta como uma possível carreira.

Neste livro acompanhamos justamente o que seria essa luta. Um astronauta que devido a uma tempestade de areia acaba sendo levado para longe de seu grupo e é deixado para trás. A partir disso é uma corrida contra tudo o que você possa imaginar. Ele tem que pensar em como se alimentar por um longo período de tempo – Marte não esta aqui do lado, demora mais de um ano para chegar qualquer tipo de provisão – como reaproveitar a água; a questão do oxigênio e a falta de contato com a Terra. Se fosse “só” isso ainda vai, mas ele tem que lidar com azar atrás de azar. Dá a impressão que o autor pesquisou tudo de pior que poderia acontecer em Marte e inseriu no livro.

Para ser sincera, eu achei que ia ser uma coisa meio ao estilo do filme Planeta Vermelho, com umas bizarrices marcianas, mas fui surpreendida. A narração do Mark – o astronauta perdido – é cômica, aliviando a situação em que ele se encontra. Nem parece que ele está sozinho em Marte, parece que se perdeu no shopping ou algo assim. Lida com os problemas conforme eles vão aparecendo, na maior naturalidade.

É explicado detalhadamente cada uma das coisas que ele improvisa nesses momentos de perrengue – ou seja, o tempo todo - e nem vou fingir que entendi essas explicações. É interessante sim, mas tem uma hora que você cansa de se sentir burro - o que começou a me preocupar um pouco - mas aí a narrativa passa para a NASA e temos a visão da reação das pessoas aqui na Terra e tudo o que envolveria trazer uma pessoa de volta. Essa intercalação na narrativa achei fundamental e tornou o livro ainda mais agradável.

Se eu for para Marte algum dia já sei qual livro levar.
appolination 28/09/2015minha estante
Excelente, Sô. Quero conferir!




Cleiton da Rosa 30/07/2020

Perdido em Marte
Me surpreendi com a qualidade desse livro, leigos podem achar a leitura arrastada,mas o livro tem um embassamento cientifico muito bom,que me fez pensar o tamanho da pesquisa que o autor teve que fazer pra escrever o livro.
Se você tem um conhecimento básico de fisica,quimica não terá problemas em entender o livro.Eu classificaria esse livro como um sci-fi ''pé no chão'', pois a ciência aplicada no livro é a que temos nos dias de hoje com todas as limitações que uma viajem a Marte tem hoje em dia.Concluindo não seria nada fácil resgatar alguém Perdido em Marte.
Rozangela 30/07/2020minha estante
Sou péssima em física e química, mas amei a leitura.




brol13 15/08/2021

Demorei um pouco para fazer essa resenha, pois quis rever o filme. Não é atoa que a Fox pegou o direito desse livro, é espetacular. Lendo o livro você entende melhor as informações e é bem bacana que um complementa o outro, no final do filme você vê o que acontece após o resgate, no livro termina com o resgate. Mas é perfeito, amei muito.
Lara.Furini 15/08/2021minha estante
Ótima resenha, só não se esqueça de avisar sobre spoiler nas próximas :)




Jessica Oliveira 27/01/2015

Resenha para o blog Books and Movies
Mark Watney é um dos seis astronautas que pousam em Marte, fazendo assim a terceira missão tripulada ao planeta vermelho, mas uma grave tempestade de areia obriga-os a deixar o planeta apenas alguns dias depois de terem chegada em vez de ficarem um mês. como era o planejado. Durante o processo Mark sofre um grave acidente e é considerado morto pelos outros astronautas. Esses, relutantemente iniciam sua volta à Terra, deixando "o corpo" de Mark para trás.

Agora preso em Marte sem comunicação com a Terra, Mark enfrenta uma dura realidade. Os sistemas de recuperação de oxigênio e de água podem fornecer o suficiente de ambas as substâncias para garantir a sua vida, desde que ele faça algumas "gambiarras", mas seus suprimentos foram mandados para durar somente trinta dias. Mesmo que ele racione a sua comida e consiga entrar em contato com a NASA, a física lhe diz que uma missão de resgate é incapaz de chegar antes que ele morra de fome.

Isso seria o suficiente para que a maioria das pessoas simplesmente desistisse e começasse a chorar. Mas Watney é um astronauta, praticamente um mutante, e não se deixa abalar pela situação. Então, depois de rapidamente adaptar-se à situação, Mark começa a trabalhar. Mas será que seus conhecimentos em botânica e engenharia, juntamente com um talento especial para improvisação com fitas adesivas serão suficientes para ajuda-lo a sobreviver tempo suficiente para chegar em casa?

Eu sou uma apaixonada pelo espaço, adoro tudo que tenha a ver com viagens espaciais, foguetes e afins. Acredito que já olhei todos os documentários existentes sobre esses assuntos, sendo assim não é nenhuma surpresa que fiquei presa do início ao fim dessa leitura.

Claro que não posso dizer que fiquei completamente apaixonada pelo livro somente porque este trata-se viagens espaciais, uma grande parte, senão a maioria, do meu encantamento tem a ver com o próprio Mark. Ele é um personagem que não se deixa levar pela autopiedade, uma boa parte do livro é feita com seus pensamentos e descrição do seu dia, algo como um diário feito para que se ele não se salvasse pelo menos deixaria suas memórias. Nesse seu diário Mark deixa-se levar pelo o bom humor e tiradas sarcásticas, não é difícil encontrar alguma passagem onde ele não tire uma onda de sua atual situação.

Logo que você se depara com um comentário espertinho sobre como ele vai ser um dos primeiros homens a morrer em Marte, você até pode pensar que de acordo com o autor os padrões da NASA devem ter diminuído muito. Mas se você ler nas entrelinhas perceberá que o que ele realmente está fazendo é resolver um problema praticamente insolúvel com seu intelecto e humor.

Apesar de sua persona otimista, Weir faz um belo trabalho ao sutilmente mostrar que o tempo sozinho em Marte está cobrando um preço de Mark, deixando-o ocasionalmente angustiado e cansado. Isso é muito mais eficaz do que se ele criasse uma trama onde o personagem desde o primeiro instante se revoltasse com a situação de ser o único ser vivo em um planeta inteiro.

Outro recurso que o autor utiliza é a luta contra o calendário, não o relógio. Mark sabe que ele não vai morrer em uma hora, no dia seguinte ou até mesmo no próximo mês (caso nada dê errado!). Ele tem feito cálculos, e a matemática não mente. Se ele não mudar drasticamente a situação ele eventualmente irá morrer. Toda essa tensão e estimulação deliberada, faz com que o leitor pense e analise a situação que Mark se encontra.

O que me leva a outro ponto que amei. A falta de negação. Todas as ações feita por Mark são para evitar a sua morte, ele não entra em um estado de negação e deixa-se levar pela situação. Desde o primeiro instante ele percebe que precisa fazer algo e rápido, pois a morte está logo ali.

Enfim, acredito que não tenho mais o que dizer além do fato que "Perdido em Marte" estréia no cinema em 26 de novembro deste ano e que com certeza indico muuuuito a leitura.

site: www.booksandmovies.com.br/
Cris Paiva 27/01/2015minha estante
Praticamente um MacGiver do espaço!! Estou morrendo de curiosidade sobre esse livro, assim que conseguir achar uma promo bem camarada, vou pegar pra mim!




Danilo Silva 18/09/2016

Mark, o Marciano
A história é contada em duas frentes: temos Mark Watney em Marte, nos contando o que acontece em primeira pessoa, através de relatos gravados para as futuras gerações, caso morra e algum dia a NASA encontre seu corpo e seu diário de bordo; do outro lado da moeda, acompanhamos, em terceira pessoa, os esforços da equipe terrena para trazer Mark para casa, ainda que pareça impossível, e a comoção a nível mundial que surge a favor do astronauta deixado para trás.

Apesar de a sinopse da editora afirmar tratar-se de um suspense, não se deixe enganar: o livro é engraçadíssimo. Mark tem uma única ferramenta para não descer a espiral da loucura: seu humor. E ele o usa constantemente. Claro que os acontecimentos na Terra e, posteriormente, na nave Hermes, a tal espaçonave que sem querer abandonou Mark no Planeta Vermelho, são muito mais sérios – acho que podemos considerar estas partes mais puxadas para o suspense, mas não suspense em si –, porém é indiscutível que o livro, como num todo, bem como o filme que o adapta, são muito engraçados.

Mark Watney é um excelente protagonista. Você começa rindo com ele, mas é inegável que, com o passar do tempo, você começa a se afeiçoar pelo personagem, a torcer por ele, torcer para seu resgate e, em determinado ponto do livro, até se emocionar e se pegar temeroso pelo destino do protagonista. É uma das melhores personagens literárias que li nos últimos anos, e tenho orgulho de dizer que veio de um livro de ficção científica, meu gênero literário favorito. E ouso dizer que grande parte do mérito do livro repousa nos ombros de Mark.

Outra característica interessante da obra, e que lhe confere maior realismo, é ver como a situação se desenrola na Terra: temos a cobertura da mídia, que muitas vezes pressiona a NASA a agir; temos as pressões políticas: os E.U.A. não conseguem resolver o problema e sua única solução é pedir ajuda estrangeira (não direi qual país ou como foi essa ajuda, para não estragar as surpresas de uma grande parte da trama); além da tripulação da Hermes, tendo que lidar com suas decisões que acabaram por deixar Mark para trás. Se o livro não tivesse essa faceta mais séria, nos mostrando as consequências de uma situação tão perturbadora (e que poderia muito bem acontecer na vida real), certamente não teria o mesmo impacto.

Ainda me mantendo neste aspecto da obra, foi bom ver que o autor construiu a narrativa de uma forma que enfatiza como nada na vida é fácil, pois salvar um homem perdido em outro planeta certamente seria muito complicado para nossos padrões reais atuais. Então esqueça as conveniências de roteiro típicas, pois na obra de Weir as personagens precisam estudar, passar horas a fio acordadas, fazer muitos cálculos, errar e tentar de novo até acertar. E isso também se aplica a nosso intrépido herói.

Outra peculiaridade da obra são suas reviravoltas sempre curiosas e impactantes. Sem entrar em detalhes, basta dizer que o livro gera expectativas em cada situação, te deixando apreensivo e culminando em uma reviravolta. Mesmo quando Mark tem uma ideia e a executa à perfeição, aquela situação gerará outra, o próximo conflito que o marciano terá que resolver em algum momento de sua jornada – imediatamente depois ou no futuro em longo prazo. É um livro que parece dizer que gosta de surpreender seus leitores, e o faz de uma maneira bastante

A edição da Editora Arqueiro está impecável: possuo a segunda impressão, com capa do filme (admito que não gosto muito de capas assim) e praticamente não possui erros de tradução ou revisão; possui um papel de qualidade e a capa é feita de um material mais maleável o que a impediu de amassar ou deformar – a minha edição, pelo menos, continua perfeita. Mantém o excelente padrão da editora. É um tipo de livro que você não se arrependerá de comprar e ler, tornou-se um de meus favoritos, acredite.

site: http://literaturaestratosferica.blogspot.com.br/2016/09/perdido-em-marte.html
Glauci 18/10/2016minha estante
Você tem mais indicações de livros com essa temática? Agradeço.




Monica 26/06/2020

Original e engraçado
O livro narra os desafios que o austronauta Mark Watney precisa superar para sobreviver em Marte, após ser deixado para trás por uma tripulação que julgava que ele havia morrido.

Da perspectiva do protagonista (extremamente irônica), acompanhamos o raciocínio por trás das soluções de problemas,o que é feito da forma mais simples possível, sem perder a verossimilhança. Ao alterar a perspectiva para os demais personagens em Houston ou para a tripulação da Hermes o livro cai um pouco.

Ainda assim, um bom livro: original, bem humorado e interessante.
Leitura e . 26/06/2020minha estante
Oii... Bom diaa..Tudo bem?... Desculpa por interromper sua leitura, mas gostaria de te convidar a me seguir no Instagram para acompanhar minhas leituras... te espero lá...?
Obrigado.
@leituraeponto




Elisa.Lorena 18/11/2020

Parece um panfleto da NASA
Ponto positivo: dá para se divertir com esse livro. A leitura é fluida, mesmo com uma quantidade gigante de detalhes técnicos. Esse livro de algo de visual, de Hollywoodiando, parece de fato um pré-roteiro patrocinado pela NASA.

Ponto negativo: a construção psicológica do personagem é rasa. Ele não demonstra deterioração mental, emocional, nem estresse, tristeza. É como se ele fosse um adolescente jogando videogame no quarto, não um náufrago do espaço. Ok, são relatos por escrito, mas eles parecem propositalmente leves e cheios de piadas bobinhas, para tentar cativar o público jovem. Na realidade, todos os personagens são rasos, mas o único que a gente tinha expectativa que fosse profunda, era o protagonista. Nesse ponto, foi uma decepção.

Das questões contemporâneas: esse livro faz um progresso, dentro do gênero ficção científica escrita por homens, ao incluir mulheres em postos de comando, e mais personagens femininas (33%) do que a média. Todavia, ele objetifica 3 das 4 personagens femininas, com passagens misóginas e de assédio. O único personagem latino é o babaca que faz comentários hipersexualizados, isso é uma forma de racismo, do estereótipo de latinos serem menos respeitosos, menos civilizados. Se trata apenas de uma observação, não reduzi a nota do livro por isso. Somos frutos do nosso tempo, ainda que seja um livro escrito no séc XXI, o autor cresceu no séc XX, então, sem grandes expectativas nesses pontos.

Enfim, parece um panfleto de propaganda da NASA, e da "superioridade branca americana", mas dá para se divertir. "Vamos salvar porque a vida dele importa", não "vamos salvar porque a opinião pública influencia na continuidade de verba dos projetos".
Qnat 27/11/2020minha estante
Gostei do título. "panfleto da nasa". Isso!
O filme pelo menos tem o carisma do ator!




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