10 dias que abalaram o mundo

10 dias que abalaram o mundo John Reed




Resenhas - Dez Dias que Abalaram o Mundo


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Lista de Livros 19/06/2014

Lista de Livros: 10 dias que abalaram o mundo, de John Reed
“Não há nada de comum entre a classe trabalhadora e a classe exploradora.”
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“– A insurreição é um direito de todos os revolucionários! Quando as massas oprimidas se rebelam, elas estão fazendo uso de um direito seu.” (Trótsky)
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“Quando se faz uma revolução, é necessário não contemporizar.” (Lênin)
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Mais em:

site: https://www.listadelivros-doney.blogspot.com.br/2014/06/10-dias-que-abalaram-o-mundo-john-reed.html
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Luiz Fabricio 05/02/2012

Relato revolucionário
Nesta obra-prima, John Reed apresenta a tomada do poder dos trabalhadores na Rússia por uma ótica jornalística. Como todo jornalista, ele não se exime de apresentar uma visão de mundo, uma Ideologia. Com Reed no entanto, essa Ideologia está conectada com os interesses dos trabalhadores russos.

A Narrativa é bastante emocionante: mostra que em raros momentos da história, os interesses imediatos dos trabalhadores se tornam os mesmos dos socialistas. Nestes momentos mágicos, todos discutem política, todos participam ativamente dos rumos da Sociedade.

Ler esse livro significa quase que uma viagem até a Rússia em Novembro de 1917. A Narrativa da Revolução é tão realista, que o livro prende totalmente a atenção do leitor, levando-o a sensação de estar vivendo a tomada do poder.

Leitura obrigatória pra quem acredita na força da transformação histórica, pra quem acredita que unidos, podemos construir uma sociedade igualitária, fraterna e SOCIALISTA!
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Luis 19/06/2014

Caos e criação na nova/velha Rússia.
Não é fácil descrever eventos que retratam como poucos a alma humana. Ainda mais difícil é descortinar a célebre Revolução de 1917, palco histórico maior da intensa complexidade da alma russa, já demonstrada de sobra em obras de Tólstoi, Dostoivéski (anteriores ao conflito) e de Pasternark, autor do clássico Dr. Jivago que tem como pano de fundo justamente aqueles tumultuados dias.
Embora sem fazer uso (oficialmente) da ficção e não sendo russo, antes um autêntico americano da gema, empolgado com o triunfo bolchevique, John Reed, ao escrever e publicar Dez dias que abalaram o mundo (Companhia das letras-Penguin, 2010), deu contribuição decisiva à bibliografia do período e, por conseguinte, plantou um dos marcos fundadores do que se convencionou chamar de jornalismo literário.
Originalmente lançado em 1919, portanto, apenas dois anos depois dos episódios que relatava, a obra, embora seja de significativa relevância, não exatamente explica a complicada sucessão de acontecimentos que resultaram na vitória de Lenin e Cia. Trata-se muito mais de um depoimento de quem esteve no olho do furacão, e com acesso privilegiado aos protagonistas, do que uma análise fria, objetiva e contextual dos fatos.
Antes de qualquer coisa, é preciso que o leitor tenha consciência de que se aventurar pela intensa narrativa de Dez dias além de fôlego, exige uma certa dose de conhecimento básico da história russa, centrada nos 20 anos anteriores à revolução. O próprio Reed, ao enxertar no volume um extenso texto introdutório sob a rubrica de notas e esclarecimentos do autor, admite que a complexidade do cenário e a multiplicidade de atores políticos internos e externos, tornam a tarefa extremamente difícil para o leitor médio, entre os quais me incluo. Não por acaso, tanto a mais recente edição da Companhia das Letras, quanto o próprio site da editora, dispõem de guias de leitura que servem como bússola na intricada selva historiográfica exposta pelo autor. Convêm não menosprezar essa ajuda.
Outra questão que têm que estar clara é o aspecto militante da empreitada encadeada pelo jornalista. Reed é bem franco ao demonstrar explicitamente a que lado esteve alinhado no conflito. Inclusive, o próprio Lenin assina o prefácio da edição americana de 1920, parte do esforço de divulgação das ideias bolcheviques em terras americanas. Importante notar que John Reed esteve ainda entre os fundadores do Partido Comunista Americano.
Ainda que seja prato de lenta e complexa digestão, Dez dias que abalaram o mundo, por seu aspecto de ser quase um diário de uma realidade histórica, vivenciada por pouquíssimos não russos, justifica plenamente o status de clássico, embora, sob um ponto de vista extremamente pessoal, guarde poucas semelhanças com o trabalho jornalístico celebrizado mais tarde por ícones como Gay Talese, Truman Capote e Tom Wolfe, frequentemente apontados como herdeiros diretos do estilo inaugurado por Reed. Também há de se notar que o frescor que caracterizou sua escrita, se por um lado transborda vivacidade e emoção, por outro, carece de uma reflexão mais profunda da importância e do significado daqueles acontecimentos. Mas essa também pode ser vista como uma crítica injusta, já que essa responsabilidade seria muito mais de historiadores do que de jornalistas, estes últimos, como se sabe, escrevem pressionados pelo tempo.
Á revolução propriamente dita (na verdade, ocorrida em dois momentos distintos de 1917, antecipados pela pré-revolução de 1905) se seguiria uma sangrenta guerra civil que coexistiria com a primeira guerra mundial. Bolcheviques lutavam contra reacionários czaristas, ex-companheiros Mencheviques e vários outras facções menores. Das cinzas desses conflitos nasceria a poderosa e multiétnica União Soviética.
Não me surpreende a complexidade da alma russa.
Bruno 28/10/2014minha estante
Parabéns pela resenha!
Gostei dos comentários imparciais e o cuidado ao não denegrir o conteúdo da obra devido à sua complexidade e profundidade.


Luis 30/11/2014minha estante
Obrigado Bruno. Abs.




Jessyca 09/05/2023

Um bom livro, muito bem escrito e que ao longo das páginas vai se tornando cada vez mais interessante.
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Kevin 16/10/2023

Difícil terminar...
Comecei a ler DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO num hype muito grande, em parte pelas ótimas críticas que já havia visto sobre o livro. Mas pra mim não funcionou...

É óbvio que o trabalho do jornalista John Reed foi único, afinal de contas ele esteve presencialmente na Rússia durante o período da Revolução. O livro traz uma enxurrada de detalhes, nomes, episódios e apêndices que mostra o quão absorto naquele momento Reed se encontrava.

Ocorre que pra quem não é estudioso do tema o livro se torna um tanto quanto difícil de acompanhar. São inúmeros nomes em russo, tanto de personagens quanto de partidos e locais, e a esmagadora maioria sem a devida explicação através de uma nota sequer. Talvez aí fosse um trabalho da editora/tradutor, contudo fez muita falta para uma melhor experiência.

Demorei quase 01 ano pra terminar de ler um livro que nem é tão volumoso assim... Então realmente pra mim não funcionou.
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05/05/2021

Relato imperdível da insurreição bolchevique
Escrito por um jornalista norte-americano bolchevique, "dez dias que abalaram o mundo" narra de maneira fantástica a insurreição bolchevique.
John Reed foi para a Rússia e acompanhou de perto todo o processo, então tudo que ele fala no livro é de acordo com o que ele mesmo presenciou. O autor descreve o movimento nas ruas, a opinião das massas populares, transcreve manifestos que eram publicados e os jornais do dia, discursos políticos, sem contar com as conversas e entrevistas que líderes políticos como Trotsky concediam à ele.
Gostei muito, a leitura flui, é tudo tranquilo de entender. Também confesso que fico pessoalmente feliz ao ver as massas populares tendo consiência do sistema opressor e não se conformando com isso.
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Juliano 05/08/2020

Captura o espírito da Rússia revolucionária.
Livro muito bom e com o ritmo da revolução. Livro cheio de detalhes sobre a Rússia durante o período revolucionário e cheio de personagens históricos. Realmente um relato único de um acontecimento tão estudado e comentado. Vale muito a leitura, em especial dessa edição da ediouro. O auto captura muito bem o espírito da época e da cultura russa tanso dos bolcheviques quanto dos mencheviques e de outros tantos grupos partidários e sociais que compunham a Rússia no período.
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Heider 14/12/2022

Bom
Foi uma boa leitura, acredito que consegui captar o clima do que representaram esses dez dias, mas confesso que foi um pouco diferente do que imaginava, talvez pela pouca paciência em mergulhar nas referências para entender mais sobre as organizações políticas, partidos, espectros ideológicos, instituições, grupos sociais, relações históricas entre esses grupos... Acredito que em uma releitura mais detalhada eu consiga destrinchar as minúcias do relato de Jhon Reed sobre a revolução.

Não sei dizer o quanto a obra serve como referência, como fonte confiável sobre a revolução russa. Espero em uma próxima leitura, com uma bagagem maior de conhecimento sobre história da Rússia, poder dialogar melhor com o que li.

Diferente do que imaginava, Jhon Reed mostra que nas reuniões onde diversas pautas eram discutidas pelos inúmeros partidos, havia uma pluralidade enorme de idéias (certamente maior do que temos hoje) apresentados por inúmeros grupos.

O livro apresenta um amplo panorama da situação na Rússia durante o período, dos soldados no front em dificuldades contra as nações estrangeiras, da crise econômica enfrentada no período, das demandas dos operários e camponeses, do conturbado momento de rápidas mudanças geradas pelos conflitos que derrubaram antigos governantes; tudo culminando no momento que o autor descreve.

Recomendo a leitura.
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Ingrid 03/07/2020

Pode-se dizer que nunca havia entendido realmente a revolução russa e ao ler esse livro eu entendi o porquê de nunca ter a conhecido de fato. É uma história densa, repleta de reviravoltas e que uma simples aula durante o ensino médio não é capaz de explicar ou nos fazer compreendê-la 100%. John Reed me ajudou com isso, ele conseguiu me levar até a Rússia de 1917 e eu pude viver cada detalhe e entender o que se passava entre os operários daquele grande Estado. É sim, um livro com o olhar do autor, com o seu alinhamento político, mas não deixa de ser maravilhoso. enfim, recomendo a todos que gostariam de aprender e entender melhor a revolução russa.
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Déh 17/07/2023

Muita informação
É uma ótima leitura para entender mais detalhes da Revolução Russa de 1917, entender o estado de espírito que reinava entre os revolucionários naquele momento, no entanto, é uma leitura muito densa, com muitas informações, datas, nomes. Acredito que valha a pena uma segunda leitura, feita com mais pausas e pesquisas.
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Ricardo Vinicius 28/01/2022

Todo poder aos sovietes! Pau no c da burguesia!
O melhor relato que eu ja vi sobre uma revolução, impressionante a precisão dos detalhes e informações que aparecem no decorrer do livro,tudo isso somado a descricao perfeita do ambiente revolucionário ,de toda a agitação ,inquietação, felicidade,desejo de mudança e esperança dos operarios,soldados e camponeses do período. Tendo foco em Petrogrado,a transcricao dos decretos,discursos,dialogos e cenas entre os revolucionários e contrarrevolucionários enriquecem a experiência. E o melhor de tudo,sem a propaganda burguesa e anticomunista ridícula.O ultimo capitulo foi o mais emocionante. Viva Lenin,viva o Marxismo Leninismo! Que a revolucao brasileira se inspire na revolucao russa,por mais Lenins em nosso Brasil. Vida longa ao socialismo.
Beatriz Candeira 29/01/2022minha estante
fiquei com vontade de ler ?


Beatriz Candeira 29/01/2022minha estante
viva a revolução ??


Ricardo Vinicius 29/01/2022minha estante
Leiaaa,não vai se arrepender,uma das melhores coisas do livro é o John Reed interagindo com os soldados dos dois lados


Ricardo Vinicius 29/01/2022minha estante
Tem umas partes ali que é impossível na se emocionar,tipo quando eles cantam a internacional chorando


Ricardo Vinicius 29/01/2022minha estante
Viva a revolução!!!


Beatriz Candeira 29/01/2022minha estante
AI MDS Q LINDO. me convenceu, vou comprar ele quando puder




Che 07/11/2017

DIVISOR DE ÁGUAS CENTENÁRIO
Neste dia 7 de novembro, a Revolução Russa completa um século de existência. Fiz questão de ler há poucos dias o relato jornalístico mais famoso sobre esse período, escrito (ironicamente) por um estadunidense do Partido Socialista dos EUA chamado John Reed​, na ocasião em que cobria os eventos da Primeira Guerra Mundial, juntamente com sua esposa, Louise Bryant. Fiquei sabendo da existência dessa obra há vários anos, quando tinha assistido o filme Reds (1981 movie)​, de Warren Beatty, que mesmo sendo um longa-metragem 'esquerdopata' conseguiu a proeza faturar alguns Oscars importantes depois de lançado, já na fase final da Guerra Fria. Por conta do filme e do centenário da revolução, lembrei do livro e achei que a ocasião para ler era perfeita.

O resultado foi uma leitura muito melhor do que eu esperava, mesmo já começando com uma expectativa alta. A obra de Reed supera com folga, mesmo no âmbito rigorosamente estético e narrativo (desconsiderando o informativo, porque aí é covardia) o filme de Beatty, já que este se foca demais em aspectos pessoais de Reed, de seu casamento e amizade com a anarquista Emma Goldman, embora também o filme seja bom e ainda hoje pertinente. Já o livro, apesar de ter uma proposta jornalística, é um espetáculo de tensão, pra acompanhar na ponta da cadeira sem saber exatamente o que vem nas páginas seguintes, mesmo pra quem já conhece os desdobramentos da revolução a priori, visto que o livro traz detalhes e experiências que normalmente uma obra de historiadores negligencia. Ou seja, pra além dos inegáveis méritos jornalísticos, "Dez Dias" é uma excelente peça de redação narrativa, com momentos de euforia, apreensão e outros simplesmente catárticos que tornam a leitura fluida e cativante.

Há um efeito de 'testemunha da História' que permeia o livro desde o começo, passando por um período de poucos dias (de meados de outubro no calendário juliano até o mês seguinte), mas nos quais o turbilhão de imprevisibilidade levava o povo russo a ir dormir com uma expectativa política hoje e já acordar com outra totalmente distinta amanhã. A Primeira Guerra Mundial levou a curiosidade de Reed a uma Petrogrado (futura Leningrado e ex-São Petersburgo) cinzenta, que alterna entre gigantescas movimentações humanas e outros instantes de silêncio de velório nas ruas, num início de inverno gélido no qual a neve passa a cair em escala progressiva ao transcorrer do livro - um cenário que parece evocar os escritos de Dostoievski sobre a mesma cidade.

Alguma coisa inusitada acontecia na então capital russa, o faro do jornalista ocidental o conduziu até lá e o que ele viu mudou profundamente - e concomitantemente - tanto a vida e carreira dele (embora já fosse um profissional consagrado por cobrir greves importantes e a revolução mexicana), quanto os alicerces que fundavam aquele país. Reed corre de um lado a outro, em questão de poucas horas de diferença entre várias reuniões partidárias decisivas, às vezes pegando o trem para ir a outras cidades, incluindo Moscou, sempre pormenorizando não só as descobertas, mas o 'clima político' geral desses ambientes. A sensação que temos, como leitores, é que um pouco de nós mesmos vai mudando junto com Reed e a Rússia, que nós partilhamos das tensões, dos medos e principalmente do enorme sentimento de mudança que permeava aqueles dias em particular, possivelmente os mais decisivos de toda a história do século XX.

O capítulo quatro ("A Queda do Governo Provisório"), pra mim o melhor e mais memorável dos doze, é o retrato perfeito do que é não só a narrativa geral do livro, mas a síntese política e, arrisco dizer, até psicológica e emocional do que foi o 7 de novembro de 1917 para as massas trabalhadoras de Petrogrado: começa de modo incerto, há uma série de falas e intervenções sobre dever ou não assumir o poder então ocupado por Kerensky - disputado ainda pelo oficial golpista Kornilov, socialistas de outros matizes, burgueses, alemães que guerreavam às potas da Mãe Rússia e até por monarquistas saudosistas do recém-deposto czarismo. Nesse turbilhão de indecisões, medos, receios, lutas, rompantes de coragem e muitas falas enérgicas, o capítulo encerra na noite daquele data, de foma catártica, de levar lágrimas aos olhos, com milhares de trabalhadores pobres colocando os pés no Palácio de Inverno, cercado de um luxo e sofisticação construídos sob a labuta deles, mas negado a eles desde sempre. Não por acaso boa parte dos revolucionários mencheviques era composta por acadêmicos de nariz empinado, que tratavam esses trabalhadores como 'ignorantes chucros', como várias passagens do livro deixam transparecer.

"Dez Dias" ainda conta com um trabalho jornalístico primoroso, feito por um profissional de energia incrível, contando então com apenas trinta ano de idade (exatamente como eu, no momento em que li o livro), que estava sempre nos lugares certos e nas horas certas. Há uma vasta descrição de diálogos de líderes bolcheviques, principalmente Lênin e Trotski, mas também de uma série de oposicionistas dentro do próprio âmbito revolucionário, sempre envolvendo a dúvida se deviam ou não avançar da república recém-conquistada no rumo da "ditadura do proletariado". Reed ouve todos os lados, não se omite em momento algum de transcrever discursos e cartazes da oposição a Lênin e demais bolcheviques. Mas como todo jornalista honesto, ele deixa claro que tem sim um lado - o dos revolucionários mais radicais - e não tenta posar de 'imparcial', muito embora seu livro seja um mosaico de vozes e várias vertentes políticas. É como se Reed cobrisse com certa isenção os acontecimentos, mas sem esconder que 'torce' pra um dos lados. A meu ver, é um fator positivo, já que neutralidade jornalística é um mito usado por espertalhões, geralmente da imprensa de direita.

Pena que Reed tenha falecido prematuramente de tifo em 1920 - sendo sepultado, com todo mérito, com honras de herói perto do Kremlin em Moscou, somente um ano depois da publicação deste livro, que chegou a ser prefaciado pelo próprio Lênin em algumas edições. A única tristeza que fica da experiencia não só informativa, como catártica e emocionante, que a leitura de "Dez Dias" nos traz, é notar que a União Soviética fruto daquela revolução não existe mais, que muitos dos problemas de camponeses e operários narrados no livro persistem até hoje e do quanto, mais do que nunca, o mundo carece de outros revolucionários como aqueles, um século depois da reviravolta que causaram no planeta. E a certeza de que, fora o poder, tudo é ilusão.
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Aline 05/07/2021

Não recomendado para leigos
Desde que li a Revolução dos Bichos (George Orwell) eu quiz muito entender um pouco mais sobre a Revolução Russa de 1917. Dez Dias Que Abalaram o Mundo parecia uma boa oportunidade. O livro foi escrito logo após a Revolução ocorrer, por um jornalista americano que vivenciou a tomada do poder pelos bolcheviques. Mas se engana quem acredita que por ser americano o autor procurou manter um relato imparcial. John Reed era um grande entusiasta do Socialismo!

Apesar de iniciar com um capítulo de "notas e esclarecimentos do autor" e mais dois capítulos apenas para explicar o contexto da "revolução dentro da revolução", esse é um livro complexo, de difícil compreensão. John Reed fez um relato bastante detalhado e cansativo. O livro tem ainda um apêndice de mais de 100 páginas onde o autor transcreve boa parte dos discursos que ouviu nos diversos congressos/assembléias/reuniões/encontros que presenciou.

Terminei Dez Dias que Abalaram o Mundo com a sensação de que havia lido um livro didático de uma disciplina da qual tinha perdido todas as aulas. Esse definitivamente não é um livro para leigos!
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Lucas.Gabriel 23/12/2020

Riqueza imensa de detalhes
A narrativa é maravilhosa e faz com que você seja transportado para a Rússia de 1917. De maneira gradual, conta todo o processo com que a população russa foi aderindo à Revolução Bolchevique. É simplesmente genial e o relato é cheio de detalhes, além de explicar perfeitamente todo a questão política russa e como funciona o seu sistema. É uma viagem no tempo!
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