De Profundis

De Profundis Oscar Wilde




Resenhas - De profundis


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Thais.Barbosa 20/01/2024

Muito bom! vou deixar aqui duas musicas que o oscar wilde ia ter adorado ouvir enquanto escrevia a carta:

dancing with our hands tied - taylor swift
favorite crime - olivia rodrigo

escrita sensacional, o nível certo de esporro, classe e intelectualidade que apenas um poeta poderia nos proporcionar
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Leila 13/01/2024

De Profundis, obra póstuma do célebre autor Oscar Wilde, oferece uma visão profundamente introspectiva e angustiante sobre sua própria vida. Wilde, conhecido por sua sagacidade e perspicácia, mergulha em um relato extenso e revelador que expõe não apenas os eventos que levaram à sua prisão, mas também suas reflexões sobre amor, arte e sofrimento.

O autor, ao longo de sua carta para Lord Alfred Douglas (o moçoilo com quem teve um caso), expressa um misto de arrependimento, melancolia e autorreflexão. Ele aborda seu envolvimento com o tal jovem Alfred, explorando as complexidades de um relacionamento que eventualmente o conduz à ruína pessoal e à perda de tudo o que acumulara.

Eu confesso que achei o livro todo uma "papagaiada extensa" de um homem derrotado e desesperado. No entanto, também podemos considerar que De Profundis oferece uma janela única para a mente complexa de Wilde, revelando suas dores, arrependimentos e busca por redenção.

É possível argumentar que a carta não é apenas um relato de amores perdidos, mas uma reflexão profunda sobre a natureza humana e as consequências inevitáveis das escolhas. Wilde explora a interseção entre a vida pessoal e a arte, questionando a relação entre a verdadeira essência do ser e a criação artística.

Enfim, De Profundis pode nos convidar a a observar as camadas de sofrimento, auto ilusão e autenticidade presentes na narrativa de Wilde. Nota 3/5 e simbora pro próximo.
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Celia.Celinha 04/01/2024

Li com lágrimas nos olhos
Já li vários livros que me tocaram, me emocionaram...mas De profundis me fez, em alguns momentos, chorar. Tocante e, (como falamos de Oscar Wilde), com uma escrita que emociona e surpreende, o livro retrata, em uma carta produzida por Wilde na prisão, uma profunda amargura, arrependimento, culpa, humilhação e reconhecimento da própria fraqueza, não pelo que o fez ser acusado e preso (o relacionamento homossexual), mas, por ter se deixado envolver e arruinar por uma pessoa "pequena" , que não chegava aos pés da sua inteligência e da sua arte. Com profundo pesar mas com maravilhoso discernimento, consegue extrair desse enorme sofrimento a beleza da dor, da tristeza e da fé. Mostra também um lindo encontro aos ensinamentos e à vida de Jesus Cristo, citando-o praticamente como "perfeito" em tudo que fez e em seu legado. E, o momento em que não aguentei e chorei foi quando lindamente ele narra o quanto a alegria pode ser superficial e falsa, o quanto somos feitos de "outros" e não de nós mesmos e o quanto aquele momento de profunda dor estava sendo sendo especial no seu encontro consigo mesmo, com a verdade e com a humildade....isso são só meras palavras de uma grande admiradora desse escritor e artista que sou...só a leitura fará com que se encontre a profundidade desta obra.
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victoryx 14/12/2023

A mais dramática, intensa e cega história de amor.
"Disseram que eu tinha grande influência sobre você. O que havia, a propósito, que eu pudesse influenciar? Sua inteligência? Estava subdesenvolvida. Sua imaginação? Estava morta. Seu coração? Ainda não nascera. De todas as pessoas que já cruzaram minha vida, você foi o único, você e mais ninguém, que fui incapaz de influenciar de algum modo em qualquer sentido."

"Após minha terrível sentença, já vestido no uniforme da prisão, e encerrado no prédio da prisão, fiquei ali em meio às ruínas de minha vida maravilhosa, esmagado pela angústia, desnorteado de terror, confuso em minha dor. Mas não queria odiá-lo. Todos os dias dizia a mim mesmo: ?Devo manter o Amor em meu coração hoje, caso contrário como poderei enfrentar o dia?"

"Tendo tomado para si a maior parte de meu gênio, minha força de vontade e minha fortuna, você exigia, na cegueira de uma ganância inexaurível, toda minha existência. E você a tomou."


A carta fala por si.
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barbw 06/12/2023

Quando deuses concederam a tragédia como gênio
Ler uma carta nos dias atuais é estar presente em uma conversa íntima em que não se foi convidado, ainda mais se tratando de uma carta escrita no cárcere, dedicada para um homem que era objeto de amor e ao msm tempo de desprezo, tanto para o seu autor como para nós, seus leitores.

E como Oscar Wilde amou, como viveu seus prazeres de corpo, alma e intelectualmente! Como sofreu, de forma igual!

Essa leitura doeu mais do que eu sabia que iria, além do relato que pouco conhecemos de fato sobre o julgamento injusto e hipócrita que Oscar Wilde passou, ler suas próprias palavras dentro de seu cárcere, momentos em que ele, como próprio artista que sabia que era, não conseguia expressar em suas tão adoradas palavras tamanha dor diante de tantas tragédias que lhe ocorreram, é no mínimo devastador.

E como Wilde sofreu, como seus últimos anos e últimos dias foram arrassados por uma época que não o compreendia e não queria compreender, que fez de tudo para o destruir de todas as formas possíveis, que o viu como alvo para tudo que odiavam em seus mundinhos recatados até a página dois.

Wilde sabia e suspeito que sempre soube que era o principal autor de todas as suas tragédias, e as tomou como suas assim como tomou seu sucesso e seu gênio. Mais do que da família de Bosie que lhe foi fatal mais do que o seu júri, que o condenou principalmente por não ter medo de ser quem era, que o condenou pela sua arte.

Creio que muitos acreditamos que ele seja o próprio Dorian Gray, e ele jamais o foi, talvez tenha tentado ser durante certo período, nesta carta mostra que não foi.

O tom de resignação e até msm esperança de Wilde na segunda parte, como uma vela incessante em meio ao seu absoluto sofrimento, é inspiradora, tão humana e de cortar o coração. Torço para que tenha encontrado essa paz, ao deixar esse mundo horroroso.

Procuro acreditar que não somos os mesmos como sociedade e como indivíduos, que hoje ele teria mais possibilidades, mas será?
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Wellington.Pimente 27/11/2023

Oscar Wilde, de dentro da prisão, escreve cartas direcionados ao seu antigo amante, o Bosie "Lord Alfred Douglas" aos cuidados de outro amigo e seu testamenteiro literário Robert Robbie Ross. Sendo essas cartas reunidas inicialmente com o título "Cartas: Na prisão e com grilhões (algemas e correntes de presos)" e na sua publicação em 1905 foi substituído por De profundis, em referência ao salmo 130, "Das profundezas clamo a ti, Senhor".

O autor vivia nessa sociedade vitoriana, onde havia um código de moral restrito, baseado em aparências, uma sociedade patriarcal, mas Oscar Wilde era um intelectual muito livre, uma pessoa pouco convencional e elegante. Ele viveu nessa sociedade, ganhou fama e teve muito sucesso, mas também criticava essa sociedade que referenciava seu talento. Assim, acontece um ponto de ruptura, quando uma tragédia o atinge e muda completamente sua vida.

Tudo começou quando começou amizade com Bosie e depois essa amizade vira um relacionamento romântico/sexual. O Bosie vivia em pé de guerra com seu pai, Marquês Queensberry, que começou a difamar a imagem do Oscar Wilde e assim ele processa o Marquês que vence o processo e acaba levando Oscar Wilde à prisão pelo crime de ofensas homossexuais, em que na carta, ele nunca defende sua conduta e simplesmente explica.

Fica visível ao leitor, conforme os apontamentos do autor, que Bosie era mimado, vaidoso, arrogante e fraco, um sujeito que amava o pedestal (fama, status, dinheiro) do Wilde, um sentimento irreal. O autor descreve nitidamente que aqueles que o aplaudiram, jogaram "pedras" ao vê-lo sendo preso com risos e deboche numa estação de trem. Porém, Oscar Wilde, mesmo casado e com dois filhos, nutriu um sentimento muito forte por Bosie, apesar de sua abordagem e a clara relação abusiva que viveram e com a imagem negativa do Bosie. Porém, na introdução, assim como o encerramento (uma das partes mais linda do livro), os sentimentos são afetuosos. Outra parte linda e profunda na obra, acontece quando ele assimila a história de Jesus e faz um paralelo com sua vida, numa forma de redenção, mas também com a visão de um artista, que me surpreendeu muito positivamente. Uma obra profunda, triste, bem escrita e que me fez admirar ainda o Oscar Wilde.
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Andre 03/10/2023

A coragem de se conhecer a si mesmo
Já começo a escrever que esta leitura com certeza estará entre as melhores que fiz em 2023. Criou em mim um sentimento que há um bom tempo não tinha: conversar com as pessoas sobre um livro que acabei de ler. Primeiramente porque é de Oscar Wilde, autor de O Retrato de Dorian Gray, livro que li na adolescência e causou-me bastante impacto junto de outros: O Processo, As Minas do Rei Salomão, A volta ao mundo em 80 dias etc. Alguns deles aliás os tenho relido e tem sido gratificante porque se observam coisas que na época da juventude não foi possível enxergar. De profundis é o que seu nome traduz: um livro profundo na alma; alguém que olhou para dentro de si, viu um abismo e conseguiu voltar para contar a história. Como auto confissão, é impressionante: nunca vi alguém colocar no papel todas as decepções, erros, defeitos, arrependimentos etc. de forma tão precisa quanto Wilde. Aliás, que coragem é enxergar-se a si mesmo e dizer: "errei", "deveria ter agido de tal modo", etc. Talvez por isso a confissão seja algo tão difícil; a confissão não é para o padre, tanto menos para Deus, pois Este já sabe de tudo; a confissão é para nós, para que nos expiemos, e isso é muito difícil, pois traz dor. Não é para menos que livros que relatam experiências de pessoas fabulosas ou de auto confissão, e aqui coloco como exemplos Confissões de Sto. Agostinho e Na pior em Paris e Londres do Orwell, são tão fascinantes. Minha pequena análise não intenta ter nada de moralismo; apenas procura demonstrar a genialidade de alguém que sabe colocar o coração no papel e que, pela minha leitura, encontrou a redenção.
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Valerya insta @leslivres_ 03/07/2023

Da profundeza da alma....
"Já afirmei que por trás do sofrimento há sempre uma alma. E zombar de uma alma que sofre é terrível. No sistema econômico estranhamento simples do mundo em que vivemos, as pessoas recebem aquilo que dão. Que compaixão poderão receber todos aqueles que não possuem imaginação suficiente para penetrar além da mera aparência das coisas, senão a compaixão do desdém?"
Esse parágrafo sintetiza perfeitamente a profundeza dessa obra de Oscar Wilde onde ele se desnuda completamente após ser condenado e disseca a alma humana como talvez já tenha visto em algum livro da literatura russa. Perfeito.
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Brito 24/06/2023

De Profundis- Oscar Wilde
Já andava há algum tempo para ler este livro, mas fui adiando. De qualquer modo, Oscar Wilde é demasiado grande para ficar esquecido muito tempo.
De Profundis é a grande carta repassada de sofrimento de Wilde. A única que poderia escrever alguém com o seu talento, a sua loucura e o seu sofrimento. O talento é visível na forma como nos dá, numa carta que poderia ser de queixume, uma obra magnífica em que se desnuda, se analisa, analisa a sociedade, o seu talento, a sua imprudência, a sua vaidade, num estilo primoroso, supremamente rico, com inúmeras alusões e pensamentos numa transbordante tapeçaria de cultura pessoal, Márcias, kropotkin, Shakespeare, Dante, os gregos.
Quanto à loucura ele faz questão de mostrar vezes sem conta a sua imprevidência, fraqueza e indigna frivolidade.
Quanto ao sofrimento é o chão sagrado onde escreve, é o que lhe dá força, é o que o faz repensar-se, é a alavanca para uma nova visão de si, onde busca as forças para ressurgir como um novo homem. É nesta ilha de sofrimento que Wilde se detém para construir uma visão sobre o valor transformador do pecado através da aceitação e do arrependimento. A sua visão de Cristo, o seu Cristo romântico é, na sua artificialidade, das mais belas e verdadeiras criações artísticas. Wilde cria um mundo, uma visão, uma ideologia à volta do pecado e do arrependimento com as suas personagens favoritas: Cristo, São Francisco de Assis, poesia, arte, flores.
É uma iluminação por dentro depois de cair tão baixo. Ele diz: estou preso, mas sinto e muitos filistinos livres continuam presos à secura da sua alma.
Wilde continua até ao fim iconoclasta, quase soberbamente iconoclasta dada a situação onde se encontra. Mas não, não é ali que ele se encontra, mas na carta onde se expõe e onde ele é verdadeiramente a sua arte.
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Carol 20/02/2023

Só um artista genial seria capaz de descrever seus sofrimentos, arrependimentos e aprendizados de uma forma tão bonita. Oscar Wilde foi capaz de provocar a minha admiração tanto pela sua belíssima escrita quanto por tentar preservar o amor em seu coração em meio a tanto desgosto e tristeza.
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Gabi 27/01/2023

Ao se ver abandonado por seu melhor amigo após ter sido preso, Oscar Wilde desabafa em sua mais longa carta, De Profundis. A carta está repleta de tristeza, raiva, arrependimento e cada página está cheia de fortes emoções, mas a dor do abandono e a ingratidão de quem Wilde tanto ajudou é o que prevalece durante toda a narrativa. O livro pode parecer desafiador por não ser dividido em capítulos nem em partes, mas tem tanto sentimento nas palavras do Oscar Wilde que isso nem me incomodou.
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zuila 25/01/2023

?Talvez eu tenha sido escolhido para lhe ensinar algo muito mais maravilhoso -o significado da tristeza e sua beleza.?
De profundis é uma carta real do autor Oscar Wilde para seu amante, o mesmo que o colocou na prisão, que foi escrita enquanto ainda estava encarcerado. Nessa carta, o escritor desabafa em um tom melancólico e revive momentos com o Lord, e fala do seu processo de aceitação e melhora.
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Joice.Helena 22/01/2023

De Profundis - Oscar Wilde
A edição que li continha 3 cartas, a mais famosa, à Alfred, e duas outras que Wilde escreveu sobre a questão das prisões inglesas. É muito interessante ler algo tão pessoal escrito pelo autor do meu livro favorito, O Retrato de Dorian Gray, e da minha poesia favorita, Requiescat. Podemos ter um vislumbre de como ele se comunicava com as pessoas e ver seu lado mais ácido na carta à Douglas. O sofrimento é muito aparente, mas, mesmo assim, sua escrita continua genial. Suas críticas ao sistema penitenciário inglês da época são muito interessantes também, principalmente no que tange a saúde mental dos presos e a prisão de crianças, que acontecia naquele tempo. Leitura fascinante.
Obs: espero que nunca alguém escreva uma carta como essa para mim, Wilde massacrou Douglas com todas as forças, imagino a cara dele lendo isso...
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Ana Pereira 08/01/2023

O sofrimento é um longo momento...
Este livro conta, através de uma carta, um pouco sobre a vida do escritor Oscar Wilde, especificamente do período que ele passou na prisão, dois anos, de muito sofrimento, mas, também crescimento pessoal. Ele foi acusado de homossexualismo, foi processado pela família de lorde Alfred Douglas.

“O sofrimento é algo permanente, misterioso e sombrio e tem a natureza do infinito”.

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Fernando 03/01/2023

Visceral
Um texto direto e sem rodeios. Escrito em um momento de dificuldade na vida do autor e que fornece um bom material para quem quer conhecer um pouco mais da personalidade e da história de Oscar Wilde.

Com algumas imagens belíssimas e outras recheadas tristeza e amargor o autor narra parte da sua história.

Um livro visceral, duro, mas necessário. Recomendo a leitura.
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