Encontros no parque

Encontros no parque Hilary Boyd




Resenhas - Encontros no Parque


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Aione 14/10/2022

Encontros no Parque é o romance de estreia de Hilary Boyd, publicado originalmente em 2011. No Brasil, saiu pela editora Record em 2014, com tradução de Eliane Fraga. Através de uma escrita leve e fluida, o romance contemporâneo se destaca por trazer uma protagonista de 60 anos se apaixonando enquanto enfrenta problemas no casamento.

Jeanie sempre foi mãe e esposa amorosa e dedicada. Apesar de seu marido ter deixado de dormir no mesmo quarto que ela há dez anos, sem maiores explicações, ela se considera feliz. Então, quando conhece Ray e seu neto, que brinca no mesmo parque em que ela leva a neta, Jeanie se apaixona e se permite questionar aspectos da vida que, até então, deixava de lado.



Hilary Boyd tem uma escrita ágil, direta e objetiva. Dessa maneira, a leitura de Encontros no Parque é bastante fluida, daquelas que viramos inúmeras páginas quase sem dar conta. Aliado a isso, a autora constrói bem as personagens e os dilemas enfrentados sem perder o ritmo. Ainda que não traga uma história com extrema profundidade, as questões abordadas, bem como as dicotomias de seus protagonistas, pairam sobre a obra e ficam com o leitor, convertidas em interessantes reflexões.

O livro explora questões como identidade, etarismo e a cobrança de papéis sociais sobre as mulheres. Não é uma história cheia de reviravoltas externas, mas me deixou angustiada em diversos momentos pela luta de Jeanie em ser ouvida. O que principalmente observamos é como a protagonista é, a todo momento, diminuída ante os interesses alheios, de forma que seus próprios desejos e capacidades não são respeitados. Ela é vista pelos papéis que exerce, não pelo ser completo que é, e a nova paixão é uma maneira de não só romper com essas imposições, mas de Jeanie encontrar em si algo que é ela, que é dela.



A partir disso, Encontros no Parque traz as dificuldades das personagens secundárias que, com suas qualidades e defeitos, apresentam bagagens próprias, tornando toda a situação mais complexa. Definitivamente, esse não é um livro sobre certo ou errado, mas sobre como há nuances entre cada espectro. E, embora seja uma leitura que permita reflexões sobre diversas questões morais, é, também, um romance delicado e sensual, como as melhores histórias de amor devem ser.

No geral, me encantei com Encontros no Parque, sobretudo como a autora humanizou as personagens e trouxe reflexões importantes com leveza, sem deixar de entregar uma bonita história de amor — e que ganha mais força por demonstrar que não há idade para acontecer. Vale dizer que o eBook está disponível no Kindle Unlimited, e fica o aviso de possível gatilho para relato não gráfico de abuso infantil.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2022/10/06/resenha-encontros-no-parque-hilary-boyd/
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cris.leal 26/03/2020

"Sessenta anos é o paraíso"
“Encontros no Parque” retrata a solidão de uma esposa em um casamento longo e monótono, feliz apenas na aparência. Prestes a completar 60 anos, Jeanie começa a questionar sua vida. Ela é uma pessoa ativa, proprietária de uma loja de produtos naturais, em Londres, e não aceita a forma como o marido George vive. Recém aposentado, ele é incapaz de entender que a aposentadoria significa liberdade, e não o fim da linha.

George é um marido controlador e distante. Há dez anos não dorme com Jeanie, mas acha que tem um casamento perfeito. A reação dela àquele relacionamento sem brilho, começou quando conheceu Ray, em um parque. A conexão foi imediata e novos encontros transformaram-se em momentos preciosos para eles, porque conversavam, riam, dividiam sonhos e segredos, e, acima de tudo, ofereciam um ao outro uma segunda chance para o amor.

Devido ao tema, não sei se “Encontros no Parque” agradará a todos, mas eu, do alto dos meus muitos anos, agradeço à Hilary Boyd por abordar um assunto tão raro: o amor na Terceira Idade ou no outono da vida, como sugere a capa. Gostei bastante e concordo que não existe idade certa para amar, o amor é um sentimento forte e surge quando encontramos aquela pessoa única, que nos compreende, respeita e valoriza.


site: https://www.newsdacris.com.br/2020/03/resenha-encontros-no-parque-de-hilary.html
Drica 27/04/2020minha estante
Amei esse livro...


cris.leal 16/05/2020minha estante
Eu também! ?


AdriFlores 05/11/2020minha estante
Adorei esse livro. Totalmente diferente e fiquei louca pra ler outros livros com essa temática. Se tu souber, peço a gentileza de indicar ??


cris.leal 06/11/2020minha estante
Oi, AdriFlores! O livro "Nossas Noites" aborda tbm o amor na terceira idade. E tem "Um Homem Chamado Ove", q aborda a solidão nesta fase da vida. Gosto dos dois! Espero ter ajudado.?


Drica 11/11/2020minha estante
AdriFlores, esse livro tem uma continuação, vou dar uma olhada e te falo o nome do livro.


Drica 11/11/2020minha estante
O nome do livro é Quando você voltou pra minha vida. Deve ser legal também!


AdriFlores 16/11/2020minha estante
Muito obrigada. Indicações anotadas ????


Drica 16/11/2020minha estante
Por nada, linda! Boas leituras!




Mari.Vasconcelos 18/04/2023

O amor tem prazo de validade?
Acho que o livro traz essa pauta...
É preciso se atentar aos sinais de quando essa "mercadoria" fica muito tempo na prateleira e dar sinais de que vai se tornar perecível, assim como vinho, amadurecido o amor pode adquirir melhorias no paladar, mas é preciso que seja bem guardado, o ambiente deve ser propício, o manejo, a poeira acumulada com certeza não favorece; mas sobretudo, ele precisa ser degustado, pq afinal de contas, ambos foram feitos à esse propósito, do contrário, além de vinagrar, será apenas uma ostentação aos olhos dos outros.
E que desperdício jogar fora uma garrafa de uma boa safra maturada há anos em tonéis de carvalho!

Amor, beba sem moderação!
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Ana Claudia 26/06/2021

Encontros no Parque conta a história de Jeanie, uma senhora que, aos 60 anos, descobre um novo amor fora do casamento. Isso porque seu casamento de 35 anos não tem mais sexo e seu marido, George, é controlador tomando decisões em nome Jeanie. Ela passou a vida em prol da família, do marido e agora da neta, Ellie.

Uma história que nos mostra que não há idade para se apaixonar nem para o amor aparecer. E que o mais importante é estar feliz com suas escolhas e seguir sempre seu coração

Gostei muito da escrita da autora e da forma como ela soube conduzir a trama.
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Fabi | @ps.leitura 29/01/2021

{resenha feita no blog PS Amo Leitura}
O amor tem prazo de validade? Encontros no Parque, publicado pela Editora Record e escrito por Hilary Boyd, vai contar a história de Jeanie, uma mulher de 60 anos e que está redescobrindo muitas coisas em sua vida, principalmente o amor.

Casada há mais de trinta anos, Jeanie sempre foi uma esposa amorosa e uma mãe delicada, e agora, uma avó incrível. Ela e George, seu marido, possuem um casamento que ela o considera feliz, até o momento que ele decide dormir em outro quarto por vários anos, sem nenhuma explicação.

Angustiada por não saber o que está acontecendo com George e em seu casamento, Jeanie acaba conhecendo Ray em um passeio no parque com a sua neta. Ele é o oposto de seu marido: compreensivo, bom ouvinte, alguém que ela conseguiu abrir seu coração sem nem conhecê-lo direito e ainda o considera sexy.

Essa nova paixão pode ameaçar tudo o que ela construiu ao longo dos anos, mas, ao mesmo tempo, percebe que talvez seja o momento de abrir mão dessa vida e começar uma nova. Será que Jeanie é capaz de mergulhar nessa paixão nessa altura da vida?

Encontros no Parque foi uma grata surpresa. Desde quando li o livro A Troca, onde apresenta uma personagem da terceira idade, fiquei instigada em ler mais livros com essa temática. Foi assim que me deparei com essa obra e me surpreendeu em diversos aspectos.

Eu tive muitas emoções ao longo da leitura, pois acabei me envolvendo muito com a trama e o que a personagem estava enfrentando. O relacionamento de Jeanie estava fragilizado, até mesmo desgastado, e quando isso acontece, tende a afetar várias pessoas e deixa-las fragilizadas, até mesmo com a possibilidade de encontrar um novo amor.

Mas não é só isso. Esse livro também soube como abordar uma temática mais profunda. Temos personagens, até mesmo os secundários, que são bem estereotipados, sabe? George é aquele cara que Jeanie amou por muitos anos, mas que não via o quanto o relacionamento deles poderia ser considerado abusivo. Ele sempre buscava uma forma de controla-la e dizer o que ela queria, sem deixá-la dar sua verdadeira opinião.

Não vou negar que isso mexeu profundamente comigo. Ver algumas atitudes ali narradas, me fez pensar em na sociedade em que vivemos. Quantas vezes podemos viver um relacionamento assim e não perceber? Por quantos anos vivemos sem nos libertar desse sentimento? Por isso que quando Ray, o cara do parque aparece, Jeanie começa a enxergar um mundo diferente e merecedor de todas as suas batalhas.

Além disso, Encontros no Parque me mostrou que não há idade para se apaixonar. O importante é estar feliz com as suas escolhas e seguir sempre seu coração. Não importa quantos anos você esteve em um relacionamento, se você não é mais feliz, mesmo que ainda sinta alguma coisa, é necessário expandir a mente e se abrir para novas possibilidades. É importante se sentir bem consigo mesma e ser feliz.

Esse foi meu primeiro contato com a autora e eu adorei a forma como ela conduziu os capítulos, proporcionando muita reflexão. Apesar de ter sentindo falta de alguns pontos que não foram bem esclarecidos, principalmente nas questões de George, a leitura flui perfeitamente bem e envolve do começo ao fim. É uma leitura que recomendo.

Um romance que vai proporcionar muitas emoções, desde a indignação com algumas atitudes até o coração quentinho, assim como uma segunda chance de viver e amar.

site: https://www.psamoleitura.com/2021/01/resenha-encontros-no-parque-hilary-boyd.html
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Joyce 06/12/2020

Livro fofo e emocionante!
Essa é uma linda história sobre a vida de Jeanie, uma mulher prestes a completar 60 anos mas que possui um espírito jovem e um coração enorme ?
Jeanie é casada há anos com George e tem uma filha e uma netinha, a Ellie (ela é uma fofura), elas passeiam pelo parque toda semana.
Mas a vida de Jeanie não é um mar de rosas...ela é dona de uma loja de produtos naturais e seu marido já é aposentado, e os dois não vivem em um casamento feliz, como todos acham. George é um homem meio rude e bastante controlador.
Então quando Jeanie conhece Ray no parque, ela vê sua vida virar de cabeça para baixo... Ela vive momentos nunca vividos e emoções e sentimentos que havia muito tempo não experimentava.
Agora Jeanie vive uma aflição, precisa tomar uma das decisões mais importantes de sua vida, que vai transformar a vida de todos.
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Um livro fofo, emocionante, apaixonante, com uma mulher forte e que nos mostra que não existe idade para recomeçar.
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Gostei bastante da escrita da autora e da construção dos personagens. Super indico essa leitura???
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Lud 20/11/2021

Muito legal acompanhar um romance na terceira idade, algo que não vemos muito em séries, filmes e livros. Passei bastante raiva com a grande maioria dos personagens, principalmente porque os outros parecem sempre saber o que é melhor pra protagonista, e não escutam o que ela efetivamente diz querer. Tem um momento que fica um pouco repetitivo, um pouco mais do mesmo. Mas, no geral, gostei bastante.
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Mariana 11/11/2020

Amor não tem idade
Gostei muito da escrita da autora.
Jeanie me conquistou do início ao fim. Na maior parte do tempo fiquei com raiva de alguns personagens, mas terminei o livro com o coração leve.
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Simone de Cássia 26/06/2017

Lindo! Em tudo e por tudo, lindo!... uma capa linda, uma sinopse bem construída, personagens bem caracterizados e uma história fantástica! Se por "fantástica" a gente esperar algo mirabolante e cheio de excentricidades , vai se decepcionar, com certeza!! É fantástico porque foge do lugar comum em que romances são representados apenas por corpos sarados e peles tão lisas quanto o histórico de vida de cada um, é fantástico porque mostra a esperança se recusando a morrer mesmo tendo que lutar contra tudo e contra todos, é fantástico porque dá à terceira idade o direito de viver como e onde quiser, sem ter que aceitar delegar sua vontade ao domínio dos mais jovens... Nesse livro, os protagonistas já trazem um certo amargor da vida vivida, mas cada um reage à seu modo à descida da montanha cronológica. Uma gracinha de livro! Amei!
Nana 27/06/2017minha estante
Concordo com tudo! Também adorei este livro.


Gabi 02/03/2020minha estante
Eu li mas foi bem diferente ela tinha 42 anos e ele 25 e acabou transando com ela e depois ela foi embora e aí acabou a história




AdriFlores 16/10/2020

Amor na melhor idade
Adorei esse romance! Totalmente diferente do que já havia lido. Trata de relacionamentos num casamento longevo, filhos, netos, submissão, conformismo, não conformismo, amizades, amor antigo, novo amor, recomeço ... adorei!
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@cheiade9h 25/10/2014

Resenha Premiada no Livroterapias
O que fazer quando você está casada a mais de 30 anos com o seu primeiro amor mas sua relação não é mais a mesma há uma década? Ora, tenta deixar pra lá e seguir a vida na comodidade. Mas o destino (ou seja lá o que for) te dá um toque, você conhece uma pessoa bem mais interessante. É essa a estória de Jeanie uma senhora de 60 anos que está numa crise de "não sou velha demais pra me apaixonar ou viver".

"Jeanie se deu conta de que Rita tinha razão. Ela era uma covarde por se prender apenas por segurança a um casamento praticamente acabado (...).


Encontros no Parque já me chamou atenção por ser um romance da terceira idade, aqui os personagens já tiveram uma LONGA jornada juntos, já construíram uma família tradicional e do ""nada"" a esposa se sente fora do lugar, cansada de ouvir "você já está muito velha pra 'tal coisa'", mas Jeanie só quer aproveitar a vida de forma saudável e feliz.

George (seu marido), há 10 anos não dorme na mesma cama que ela (e muito menos faz sexo), ela não sabe o motivo e o casal deixou pra lá. Mas além disso, ele parou de ser uma companhia agradável pra Jeanie.

E tudo muda quando ela conhece Ray, avô de Dylan, no Parque. Jeanie ia para o parque sempre que possível com a netinha de dois anos. Tudo começou de uma forma bem sem querer, Jeanie nem estava a procura de outra pessoa, até porque estava acomodada com o seu casamento... Mas Ray não perdeu a oportunidade de flertar e tentar conquistar o coração de Jeanie.

"- Política ou o clima não são meus assuntos prediletos atualmente. A única coisa que quero é beijar você."


Seu casamento está ruim, aparece uma nova pessoa na sua vida, o que fazer? Deixar o marido? Deixar a nova pessoa? É isso que Encontros no Parque trata, por mais que Jeanie seja uma adulta e que já viveu bastante, seu receio, seu medo, sua conformidade é questionada.

Eu realmente não sei se amo ou "detesto" Encontros no Parque... O 'detestar' seria pela demora da Jeanie saber o que ela finalmente queria e o 'amar' é por mostrar que não só os jovens estão propensos a dúvida no sentido amoroso da coisa. Além dos personagens do livro, que ódio que tive da Chanty, filha do casal, além de ter um marido insuportável, o Alex, ela é egoísta porque não quer que nenhum atrito apareça com seu papai e sua mamãe #bleh

Rita, a melhor amiga da Jeanie foi a personagem mais razoável, por ser um pouco mais mente/coração aberto, por sempre querer o melhor para amiga. E claro o Ray, por ser um senhor maravilhindo com a Jeanie durante toda a trama

site: http://www.livroterapias.com/2014/10/resenha-premiada-encontros-no-parque.html
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Jana 21/10/2020

60 anos, pode ser o momento de viver pra si!
Ganhei esse livro faz uns 4 anos e confesso que abandonei a leitura no começo várias vezes, mas agora que finalizei vi que a leitura foi excelente, leve, em alguns momentos me deu raiva dos personagens, me envolvi completamente com o livro.
No meu ponto de vista esse livro retrata como a mulher é vista na sociedade, a família de Jeanie (protagonista) a trata como se ela já estivesse no fim da vida só porque tem 60 anos. Por este fator da idade eles acreditam que ela não pode se apaixonar por outra pessoa pois é "ridículo na idade dela", ela precisa fingir que vive em um casamento perfeito, não pode beber pois fica muito alegre, não precisa ter um empreendimento próprio, enfim. Ela não está mais tão feliz com a vida conjugal, o marido não dorme com ela faz 10 anos e não escuta as opiniões da esposa ele decide e ponto, mas ela não consegue sair desta situação pois a família a culpa o tempo todo de todos os problemas, sempre a questionando mas nunca ouvindo o que ela tem a dizer. Jean fica nesse embate entre ficar com o marido e fingir que está feliz para agradar a família, ou jogar tudo para o alto e viver um novo amor com alguém que lhe faz sentir viva e livre para ser dona de si.
Obs: a resenha era bem maior, tive que tentar resumir!
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Carous 16/05/2019

Como foi angustiante acompanhar a indecisão de Jeanie quando as repostas para sua felicidade estavam bem diante dela. Mas, nas palavras de Emily Giffin, "sempre que houver uma escolha, haverá dúvida." Mesmo que a dúvida seja entre um idiota e ser feliz.

A bem da verdade é que para o leitor tudo estava claro como cristal e tive que controlar o ímpeto de sacolejar Jeanie por se deixar ser manipulada pela filha e pelo marido (homenzinho enjoado). Porque no fundo, eu compreendi a angústia que ela vivia: não é fácil jogar tudo pro alto e recomeçar.

No caso da filha nem tenho muito do que reclamar. Chanty realmente tinha boas intenções ao desencorajar a mãe a viver um caso (leia-se trair o amado pai) com um homem que a família mal conhecia. E não é de se estranhar que ela lute para que seus pais não se divorciem. Só que ela não sabe os pormenores do casamento deles, sequer imagina que a mãe é infeliz há algum tempo e que George pode ser um pai maravilhoso, mas deixa a desejar como marido.

Foi uma falha de Jeanie não desabafar com a filha a crise do casamento. Ela, também casada com um homem complicado que já aprontou poucas e boas com a esposa, mais do que ninguém entenderia a mãe.
Chanty é lúcida e num momento do livro diz algo precioso sobre ter ciência de que não se casou com um homem santo. Ela conhece os defeitos do marido e o ama mesmo assim. E essa é a diferença entre ela e a mãe: Jeanie já não suporta mais os defeitos de George.

Já o George não passa de uma pedra no sapato. Cara mala! Mas o retrato do homem de sua geração, não podemos esquecer disso ( e por isso não gosto dele).

Achei que Ray seria coprotagonista do livro, mas ele é mais "uma luz no fim do túnel" para Jeanie. Não é crítica, é constatação.

Talvez esse livro não seja indicado para aqueles que acreditam em almas gêmeas ou amor eterno. Ou talvez seja exatamente esse choque de realidade de que essas pessoas precisam. Houve um tempo em que Jeanie e George eram ideais um para o outro e construíram uma família juntos. Mas esse tempo passou e agora o divórcio é a solução.

Não foi um livro que me deixou vidrada na história, mas é um livro bem escrito - traduzido e revisado -. Além do mais, nos últimos tempos prefiro ler sobre personagens da meia idde e seus dilemas. Talvez porque esteja cada vez mais me afastando dos jovens e já quero me preparar pelo que vem pela frente.

Afora Jeanie, não me conectei muito com ninguém. E a razão de ter me identificado com Jeanie foi ser indecisa (risos).
Como escrevi antes, foi um livro que gostei e cumpriu seu papel, mas lamentavelmente eu não me apaixonei por ele e possivelmente por isso sinta essa frieza em relação aos personagens.

Mas são ótimos. Complexos, desenvolvidos. Com seus defeitos e qualidades, pareceram bem críveis.

Gostei como a escritora conseguiu inserir feminismo na história.

Entendi a relutância de Jeanie e sua necessidade de colocar a família acima de tudo. Ela veio de uma geração que isso era o mais importante e nenhum feminismo mais mudá-la da noite pro dia. Entendi e fiquei grata pela paciência do Ray. Bom, ele também tem 60 anos e compreende como a vida segue. Até o Alex eu consegui suportar conforme virava as páginas. Aliás, grata pela Hilary Boyd não ter sido tão preto no branco com ele.

A única coisa incompreensível é por que na capa do livro diz que trata-se de "50 tons de cinza" para a terceira idade. Não há BDSM, não há glamorização de abuso, George é sem dúvidas um escroto, mas sem passada de pano aqui. Mal há sexo!

Custo a crer que senhores se apaixonando seja considerado tão ousado assim.
@aleitoradelivros 05/11/2021minha estante
Amei sua resenha, concordo com tudo! Já estou te seguindo lá no Instagram (por minha conta em risco, rs)!




Ju 11/09/2020

Gostei muito dessa história. Passei a ter outro olhar sobre a vida aos 60 anos. A respeitar essa fase da vida como produtiva e viva para se apaixonar...viver
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bookslynne 23/07/2021

??
Amei a escrita da autora, super leve e fluída.

A história é muito boa, nos mostra que o amor pode acontecer independente da idade, e que o amor não se aposenta.
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