Luciana Souto de Oliveira 25/11/2018
"Qualquer um de nós um dia pode ficar sem ter onde morar. Não vejo nada de errado em falar com um mendigo, do mesmo modo que você falaria com qualquer outra pessoa".
Chloe era uma menina muito tímida e solitária, que sofria pela falta de atenção de sua mãe e não gostava da escola, pelo fato dos colegas a perseguirem e viverem fazendo pouco dela.
No caminho da escola, Chloe sempre prestava atenção a um mendigo sentado em um banco da praça, de quem resolveu aproximar-se, o que resultou em uma linda amizade. O problema era que o mendigo exalava um terrível odor, motivo pelo qual era chamado de Senhor Fedor.
Ninguém aguentava o cheiro do Senhor Fedor. Por onde passava, todos se distanciavam, somente Chloe conseguia conviver com o mendigo, tendo, inclusive levado o mesmo, escondido dos pais, para morar nos fundos de sua casa.
A mãe de Chloe, uma mulher individualista e esnobe, jamais admitiria conviver com um mendigo em sua casa, a não ser que pudesse usar isso em seu favor, já que queria candidatar-se à Primeira Ministra.
Um segredo ronda a vida do Senhor Fedor, que, para Chloe, sempre parecera um homem de gostos muito refinados e a convivência dele com a família de sua amiguinha talvez tenha muito mais a ensinar e acrescer àquela desunida família do que ao mendigo, que enfrentou, em sua vida, uma triste perda para ter que viver nas ruas.
?Adorei essa história. Li em um dia. Decidi que lerei os livros escritos pelo autor, pois, além de gostar muito de histórias infanto-juvenis, ele nos apresenta uma narrativa engraçada e com lindos ensinamentos, que chegam a emocionar. No caso desse livro, uma linda história sobre amizade, respeito e família, nos passa a mensagem de que devemos sempre respeitar o próximo, pois, pela simples aparência de uma pessoa, somos incapazes de saber o que ela passou na vida para poder continuar a fazer parte deste mundo e que os anjos, em nossas vidas, podem estar vestidos com qualquer tipo de fantasia, inclusive com a de um mendigo.