A Nova Era e a Revolução Cultural

A Nova Era e a Revolução Cultural Olavo de Carvalho




Resenhas - A Nova Era e a Revolução Cultural


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Cristiano.Santos 31/12/2017

O medo do médico
Numa ocasião, no ponto de ônibus, ouvi uma senhora falar com sua amiga: "eu não vou fazer o exame que o médico me pediu! Tá louca! Vai que descobre alguma coisa e depois fala que eu não vou poder isso ou aquilo... Nada disso! Eu não abro mão da minha cervejinha!"
OK. O que isso tem a ver com o livro?
Bem, o que o livro relata faz lembrar justamente esta situação da senhora no ponto de ônibus: não querer saber da situação de sua saúde, pois o mais importante é curtir a "cervejinha".
É um pequeno exemplo do que ocorre conosco, com cada um de nós, no Brasil.
Na obra A Nova Era e a Revolução Cultural Olavo de Carvalho faz um diagnóstico do país, como um estudioso profundo, analista estratégico profissional. Semelhante ao médico que examina seu paciente, descobrindo o que há de errado para fazer o prognóstico.
O problema porém é que não há um prognóstico animador para o Brasil, como Olavo responde no Posfácio:
(...)Então chegamos a este ponto. Temos um governo fraco, que não vai conseguir fazer grandes mudanças estruturais na economia nem na sociedade brasileira, e que por essa razão insiste apenas na revolução sexual, e que aos poucos vai tentar construir uma força policial para implantar uma ditadura. Mas isso vai levar muito tempo. (...) Enquanto isso, o que a esquerda vai fazer é aprofundar a revolução sexual. E nada mais. A perspectiva do Brasil é a total desmoralização. (...) Dificilmente vamos ver uma situação de decadência social tão óbvia e tão clara. (...) Culturalmente ele já está dissolvido. Vemos essa dissolução até na língua nacional. Hoje as pessoas são incapazes de dominar o próprio idioma, e não estou falando da incapacidade do povão, mas dos escritores, jornalistas e intelectuais em geral. Quando se acaba o idioma, acabou a identidade nacional. (...)
Concluindo, o que eu vejo, então , no Brasil, é um moribundo se agitando contra um fantasma. O moribundo é a esquerda, e o fantasma, que só existe na cabeça do moribundo, é a direita. O Brasil está se decompondo e a única coisa que a esquerda pode fazer é aprofundar essa decomposição.
"Ain! Você é muito radical!" - é o que muitos pensam ao ler um diagnóstico tão aterrador, franzindo a testa numa careta de reprovação. Afinal, gozamos de boa dose de liberdade, podendo viajar livremente, debater sobre os mais diversos assuntos, reunir a "galera" para um churrasco ao som de axé-pagode-sertanejo-sofrência-funk... Apesar do desemprego, corrupção e de vermos os preços aumentarem, o dinheiro para a "cervejinha" não falta, mais gente tem carro, faz viajem de avião...
É a dona no ponto de ônibus que não queria saber se tinha alguma doença que, possivelmente, a forçaria a mudar hábitos muito agradáveis aos quais ela já a muito se apegou e não se dispunha a largar. Em suma, em nome de um prazer passageiro, abre mão de boa saúde duradoura. É mais divertido cantar com Elza Soares - "Eu bebo sim, e estou vivendo..." (e enquanto isso a cultura do país está morrendo).
Sem entrar nos detalhes da revolução, o que estenderia muito, o que ressalto é a necessidade de perder o medo do médico. Afinal, é responsabilidade individual cuidar da saúde, não só para preservar-se como também pelos outros que precisam de ajuda. Pensar também na saúde do país deveria ser natural, consequência. Porém o efeito da revolução, entre outros, é o de priorizar o prazer físico imediato. Nossa geração canta com Cláudia Leite, "Extravasa! Libera e joga tudo pro ar! Eu quero ser feliz antes de mais nada!". É a minha felicidade em primeiro lugar. Não importa se para eu ser feliz, pereça toda uma cultura, pereça toda uma nação; não importa se as gerações vindouras sofrerão uma ressaca de duração indeterminada, decorrente dos meus excessos.
Como o próprio autor colocou neste livro, seu objetivo mostrar o problema, numa tentativa de remover o véu da ignorância do brasileiro e, assim, poder buscar um prognóstico. A esperança é perder o medo do médico, enfrentar a situação e correr atrás da cura, por mais custosa que seja e o quanto antes.

site: http://www.olavodecarvalho.org/
Joao.Bosco 01/10/2019minha estante
Parabéns Sr Cristiano Santos pela excelente análise! Vc foi pontual, objetivo e claríssimo! Como se costuma dizer: foi direto no assunto! Pessoas esclarecidas assim nos anima a prosseguir orientando mais pessoas! O Brasil tem jeito. Forte abraço.


Cristiano.Santos 06/02/2020minha estante
Muito obrigado, João Bosco! Demorei para ver seu comentário, mas é uma alegria ver um feedback sincero. Forte abraço!




Guilherme.Augusto 02/02/2021

Atemporal
Primeiro de tudo, o quão é inteligente o sr. Olavo de Carvalho. Tamanha é sua capacidade investigativa, sua destreza em mostrar os fatos e expor a verdadeira faceta da nossa elite (políticos, intelectuais, artistas, etc.).

Aos interessados em saber o que realmente acontece, e o que motivou para o Brasil estar na situação que se encontra hoje, esta obra é essencial.
Aryana 03/02/2021minha estante
Lerei.


Guilherme.Augusto 03/02/2021minha estante
?




Abimael 25/01/2018

Indispensável
Eu não acredito que demorei tanto tempo para ler um livro do Profº Olavo de Carvalho. Este livro foi escrito há mais de duas décadas como uma espécie de antecipação a eventos vindouros e retrata muito bem o Brasil atual! Isto só me faz acreditar que PRECISO LER a sequência deste livro que forma uma trilogia:

Livro 1 - A Nova Era e a Revolução Cultural (1994)

Livro 2 - O Jardim das Aflições (1995)

Livro 3 - O Imbecil Coletivo (1996)

Este primeiro livro explica como funciona a política brasileira, como a ideologia dominante trabalha e domina toda a política nacional.
Cassio.Santos 22/12/2020minha estante
Livro Indispensável para quem quer entender um pouco das razões e origens das revoluções culturais. Nesse ensaio, o professor Olavo de Carvalho trás as figuras de Fritjot Capra e Antonio Gramsci pontuando qual é o discurso de ambos e trazendo-os para a realidade, saindo de qualquer subterfúgio alegórico das quais seus escritos e falas subverteram outras pessoas




Adriano 27/06/2017

Essencial
Esse é um livro essencial para entendermos como a cultura e a política brasileira vêm sendo devastadas há pelo menos cinquenta anos graças à revolução cultural de Sto. Antônio Gramsci.
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Ana Wilder 27/02/2020

Leiam e escutem
Há quem diga que ex esquerdista tem uma leve queda pelo marxismo em si. O prof Olavo nos esclarece de modo direto e simples, a engrenagem aprimorada de Gramsci, que nos prendeu em uma armadilha chamada Revolução Cultural.
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giu 28/03/2020

Indispensável
Obra indispensável para se introduzir na linha de raciocínio do autor e principalmente para começar a entender o que acontece no cenário socio-político-cultural brasileiro.
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Ezequiel.Soares 24/04/2020

Guiado pelo Daymon
Parece que esse Véio era guiado pelo Daymon ( deus, anjo, inspiração), que nas palavras de Sócrates , o guiava no seu discurso, revelando a ele verdades ocultas.
Digo isso porque esse livro é fato consumado, em que quase tudo ( há alguns exageros, claro), que o filósofo Olavo descreve nesse livro, aconteceu historicamente na história política brasileira, e ainda está acontecendo.
Tomara que suas previsões para o futuro ( caso os rumos das coisas não mudem) não venham acontecer.
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Marion 09/05/2020

A Pior Era
O dinheiro perdido pode-se ganhar novamente; o espírito, quando se vai, não volta mais.
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Matheus 21/09/2020

Diagnóstico e/ou profecia.
Escrito em 1994, mas ecoando o Brasil do século XXI até aqui. É impressionante a envergadura do prof. Olavo. A entrevista ao final é uma aula sobre tudo que falta à (ainda inexistente) direita brasileira.
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Anderson Theodoro 13/10/2020

Bela interpretação de fatos
Com um faro aguçado Olavo de Carvalho esmiuça e revela dados de sua interpretação que, lidos de maneira tardia, comprovam sua assertividade e visão política-social relevante aos nossos dias.
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Leonardo.Freitas 26/01/2021

Nunca é tarde para ler O. de Carvalho
Confesso que demorei bastante tempo para ler alguma obra de Olavo de Carvalho, e esse tempo me castigou muito por não saber me situar à sociedade que me encontro inserido.

Ao falar sobre a "Nova Era", do ideólogo Fritjof Capra e a "Revolução Cultural" de Antonio Gramsci, Olavo persiste na luta por uma sociedade que entenda o seu valor e não se deixe possuir por ideologias falsárias que apenas buscam o poder unânime e controle social. Os dois textos iniciais são de profunda análise sobre as correntes ideológicas, porém não deixam de ter em si a simplicidade dos textos olavistas, os quais tem uma dialógica estupenda.

Os adendos, complementos da obra aqui resenhada, referencia artigos de Olavo em diversos meios de comunicação brasileiros, como o Jornal da Tarde, revista Época e O Globo.
Nestes, abrimos ainda mais o leque das análises olavistas sobre o meio social brasileiro e o domínio cultural esquerdista qual o país se vitimizou (e ainda é vítima). Passando também brevemente sobre a construção do crime organizado brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro, qual denota responsabilidade à força das esquerdas brasileiras em desenvolver esses aparatos de "luta de classes" dentro das organizações criminosas, e esse seria seu início.

Por fim, uma entrevista cedida ao jornalista Silvio Grimaldo encerra esta obra com chave de ouro. Vemos aqui um Olavo bastante acessível e acomodado, mas sempre contundente e explicativo.

Leitura obrigatória!
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Vies Cristao 26/01/2021

Abrindo os olhos para realidade cultural moderna
Que livro esclarecedor meus amigos.
Incrível como nossas consciênciss foram tomadas sorrateiramente por essa revolução cultural.

Ao lermos essa obra do Olavo fica impossível não detectar o mal causado pelo gramscimo.
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