Clara T 19/05/2021O Tarot BousquetVoltando para a região de Occitane, Carcassonne e entornos, Kate Mosse novamente mistura uma história no presente (de 2007) com uma história do passado (1891) que precisam se encontrar.
Meredith sabe muito pouco de seu histórico familiar, foi criada com uma família adotiva; e pretende aproveitar a oportunidade de uma viagem de pesquisa sobre a biografia do compositor Debussy para visitar um local que, acredita, tenha sido o lar de seus antepassados.
E nesta viagem, o que a permite se conectar com seus possíveis antepassados Leónie e Anatole Vernier são cartas de Tarot.
Um dos motivos de ser difícil rastrear seus antepassados foi se tratarem de pessoas comuns e carregarem sobrenomes diferentes (é pelo lado materno). Mas também foram objeto de uma caçada, não por serem bruxas.
Como em Labirinto, outro livro da autora, o ocultismo está presente, assim como as cartas de tarot, as figuras (pintura e escultura) dos caracteres das cartas, e música.
Foi uma droga ter lido 10 anos depois de Labirinto apesar das histórias não terem conexão. E uma droga maior ainda a editora não ter publicado ainda no Brasil o terceiro livro desta série Languedoc. Quando estão na Herdade de Cade, a propriedade da família em Rennes-les-Bains, os funcionários usam comumente o dialeto da região, a língua de Occ, de Languedoc, por isso a conexão das histórias.
É uma leitura cansativa com suas 600 páginas, mas ambas são boas histórias, a do passado e a do presente, que se intercalam entre os capítulos.