A Canção do Sangue

A Canção do Sangue Anthony Ryan




Resenhas - A Canção do Sangue


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Heliton 17/11/2020

A fé te consome e te liberta, te molda nesta vida e no além.
O mundo criado e os desenvolvimentos apresentados ao longo da trilogia "A Sombra do Corvo", as muitas guerras, sejam físicas e ideológicas, conflitos políticos e religiosos, o põe na minha lista principal de livros do gênero de fantasia épica.

A Saga é muito boa, e isso muito se deve ao protagonista Vaelin Al Sorna. O personagem foi muito bem trabalhado e desenvolvido pelo autor neste primeiro livro da trilogia, "A Canção do Sangue". Anthony Ryan o criou transmitindo todas aquelas caracteristicas boas, importantes e necessárias para se criar uma grande simpatia por ele. Vaelin é apresentado com seis anos de idade inicialmente, e a partir daí a história nos guia para presenciar a sua formação como um guerreiro e irmão da Sexta Ordem, ano após ano, idade por idade, até chegar em sua fase adulta.

O ponta pé inicial é dado quando o protagonista é levado pelo seu pai e deixado nos portões da Sexta Ordem, e para alguém que entra nesta Ordem é uma obrigação cortar todos os seus laços familiares anteriores e direcionar o seu coração e alma apenas para a sua nova família e crença, a Sexta Ordem e a Fé. E é durante os anos neste local que ele criará laços muito fortes com os seus irmão da ordem, de vida e de batalhas. Durante o seu treinamento, Vaelin passará por provas de variados tipos, testes que todo irmão formado pela Ordem teve que realizar, passará por desafios que o farão se tornar um guerreiro temido e respeitado futuramente entre muitos povos. Os únicos objetivos de Vaelin Al Sorna serão o de descobrir sobre o seu passado, sobre si mesmo, proteger o reino e o lugar onde vivem aqueles que ele ama contra inimigos que não conhecem outra coisa senão a guerra e o derramamento de sangue. O sangue que corre nas veias de Vaelin será o mesmo que manchará a sua espada, e será o mesmo que o guiará para um caminho de conquistas, dor e redenção.

Em "A Canção do Sangue", a boa construção e o ótimo desenvolvimento do protagonista, que ocorre do início ao fim da narrativa, é o motivo pela qual se cria essa grande simpatia por ele. É também a amostra de como o mundo do personagem é moldado. A crença, quer seja em um ser divino ou algo de adoração e respeito, guia o caminho de diversos personagens e povos durante a trilogia, é um dos precursores das disputas e conflitos existentes; os confrontos religiosos fictícios presentes aqui se assemelham com os da nossa realidade, no mundo de Vaelin crenças diferentes geram conflitos, que geram autoritarismo de uns sobre outros, que geram guerras, mortes e perdas que abalam uma nação/povo a curto e longo prazo ou até de formas irreversíveis.

Sobre a característica da narrativa adotada pelo autor, há diferença nos dois livros seguintes em relação a este primeiro. Enquanto que em "A Canção do Sangue" é focado apenas em um personagem, o Vaelin, nos próximos dois livros, "O Senhor da Torre" e "A Rainha do Fogo", esse protagonismo é dividido entre outros três personagens, dando novas perspectivas/POV's para a história.

Como nada é perfeito, a mudança feita pelo autor tem os seus prós e contras, mas no geral, o agrado disso é uma questão pessoal de quem ler ou leu. Eu gostei bastante do segundo por alguns motivos óbvios em relação à essas novas perspectivas, sendo elas: a possibilidade de entender melhor a mente e personalidades desses personagens; a ascensão impressionante de um deles, que evoluiu de forma incrível, se tornando uma personagem favoritada por mim além do prota; conter uma das melhores cenas de guerra dentre os três livros. Em contra, destaco a perca do foco em Vaelin, que como consequência ficou um pouco menos participativo, mas não tanto como o que ocorreu no terceiro e ultimo livro, "A Rainha do Fogo".

Na conclusão desta saga, um dos pontos negativos, e que foi visível durante toda a narrativa, foi a pouca participação do prota na parte mais "tensa" da história, mas o ponto de maior crítica pra mim, e que me frustou ainda mais, foi a forma que o autor finalizou ela. O grande momento que foi criado desde o primeiro livro, que foi alimentado durante o segundo livro até o terceiro, já imaginando algo marcante, algo que deixaria a cena de guerra do segundo livro para trás, não aconteceu e quebrou toda aquela expectativa que eu criei para o fim dela.

No mais, para mim foi um saga muito boa pelo que me fez sentir nos dois primeiros livros, o último poderia ter fechado a história de tal forma que deveria ter se tornado a minha saga favorita, porém decepcionou, não totalmente, mas em parte. Apesar disso, digo que valeu muito a pena ter lido essa trilogia.
Matildes 17/11/2020minha estante
Adorei o teu comentário. Me deixou super a fim de ler a saga. Valeu pela dica ????


th4i.collins 17/11/2020minha estante
Uma das minhas fantasias preferidas, tem uma frase que um Aspecto disse que eu não esqueço nunca "Aqueles que não viveram não podem meditar acerca dos mistérios da vida.."


Heliton 18/11/2020minha estante
Obg? Leia, porque vale muito a pena, e boa leitura! :)


Heliton 18/11/2020minha estante
O peso que trás essa frase ?, lembro de cara da primeira que li e é a que mostra a essência do Vaelin logo no primeiro capítulo: "A lealdade é nossa força", quando você termina de ler e olha pra trás com essa frase em mente, percebe que ele nunca abandonou isso, é o que o fez ser um personagem muito amado pelas pessoas do livro e ao mesmo tempo causou sofrimento a ele. :/


Matildes 18/11/2020minha estante
Esse é o primeiro livro?


Heliton 18/11/2020minha estante
Sim, "A Canção do Sangue" é o primeiro, depois segue o segundo "O Senhor da Torre" e o terceiro e ultimo "A Rainha do Fogo".


Matildes 18/11/2020minha estante
Obrigada. Vou procura-los ?


Heliton 18/11/2020minha estante
Por nd ;)


th4i.collins 18/11/2020minha estante
Verdade, por ele ser leal demais acabou sofrendo mais que todos .. excelente livro


Heliton 18/11/2020minha estante
Muito!


Matildes 19/11/2020minha estante
Consegui o livro na biblioteca pública e hoje mesmo vou iniciar a leitura :)


Heliton 19/11/2020minha estante
Uquecomassim?! kkkkk eu tô é muito surpreso :0 esse livro é muito difícil de se achar e vc conseguiu em pouco tempo. Queria uma biblioteca assim perto de ksa :/


Heliton 19/11/2020minha estante
Aliás, boa leitura! :)


Matildes 19/11/2020minha estante
Gracias ?




neo 29/11/2014

Faz uns bons 20 minutos que estou encarando a página de A Canção do Sangue no Goodreads, indecisa entre dar cinco ou quatro estrelas para esse livro. Já li outras resenhas, pensei sobre a história, a escrita e os personagens, encarei a página mais um pouquinho e refleti sobre os outros livros que já receberam essas notas altas de mim. Veja bem, esse ano só dei cinco estrelas para dois livros. Seria, então, A Canção do Sangue o há muito esperado terceiro?

Depois de pensar muito, decidi que não. Mas admito que ele chegou muito, muito perto.

Antes de mostrar os motivos que me levaram a não dar a nota máxima para esse livro, vou falar dos que quase me fizeram fazer isso. Em primeiro lugar, A Canção do Sangue faz parte do tipo de livro que eu mais gosto; sólido, bem escrito e envolvente. Histórias assim parecem te sugar para dentro das páginas com tanta força que quando algo te interrompe você tem que piscar algumas vezes para se desvencilhar do que está acontecendo com os personagens antes de se virar para o mundo real. Infelizmente, não costumo achar muitos livros assim, mas alguns exemplos são O Nome do Vento, As Crônicas de Gelo e Fogo, Aprendiz de Assassino, Captive Prince e A Passagem. Por mais que alguns defeitos irritantes estejam sim presentes em algumas dessas obras (cof As Crônicas de Gelo e Fogo cof), elas estão, na minha opinião, em um nível completamente diferente das demais.

Segundo, A Canção do Sangue tinha absolutamente tudo para dar errado. Ela é sim uma daquelas histórias de "coming of age", com o protagonista, Vaelin, tendo que passar por anos e anos de treinamento durante boa parte do livro. Eu estava esperando, com toda sinceridade, ficar muito entediada ao ler sobre esse treino todo, mas nope, eu não fiquei entediada em momento algum de A Canção do Sangue. O treinamento de Vaelin não foi enfadonho; muito pelo contrário, é durante essa parte do livro que vemos o desenvolvimento da amizade entre Vaelin e seus irmãos da Sexta Ordem, Barkus, Dentos, Nortah, Caenis e depois Frentis, e somos apresentados aos primeiros mistérios que envolvem tanto Vaelin quanto as Ordens da Fé. Não preciso nem dizer que a coisa toda é sim pra lá de interessante.

Terceiro, os personagens. A maior parte é muito bem desenvolvida (destaque para os já citados irmãos da Sexta Ordem; cada um tem personalidade e voz própria, e não estão na história apenas para ocupar espaço como sidekicks do protagonista) (sim, essa é uma indireta para você, Prince of Thorns) e é muito fácil simpatizar a maioria deles, até mesmo com os antagonistas.

Quarto, boa representatividade. Sim, isso é possível em livros de fantasia (amém!). E sim, as mulheres continuam em menor número (deve ter uma mulher para cada 50 homens nesse livro, sério), mas as que aparecem são muito bem construídas. Elera, uma Aspecto e portanto uma das pessoas mais importantes das Ordens, Lyrna, a princesa, bonita e muito inteligente (e manipuladora), Sella, uma Negadora poderosa (e muda, o que é uma novidade com toda certeza), Sherin, o par romântico do protagonista, que faz muito mais do que só se apaixonar por ele e tem sua própria história, e também a mãe de Vaelin, que sequer aparece de verdade na história, mas foi uma mulher incrível ao seu próprio modo. Tem até mesmo uma menção a uma mulher simplesmente maléfica e poderosa (porque mulheres podem ser vilãs e, acreditem, podem fazer isso sem serem sexualizadas apenas para indicar que o poder da mulher pode ser expresso apenas pela sedução) (outra indireta para você, Prince of Thorns), e a outra, mestre em uma arte que Vaelin sequer sabe como dominar.

Enfim, não são muitas, mas as mulheres de A Canção do Sangue têm poder, mesmo vivendo em uma sociedade tipicamente medieval que em alguns aspectos considera sim a mulher como um ser inferior ao homem. Então, como eu já disse várias e várias vezes em várias resenhas e posts, um mundo sexista não te impede de criar personagens femininas boas. A preguiça e a comodidade é que faz.

E, antes que eu me esqueça, há não-brancos e eles não são só para enfeitar. Há negros, morenos/mulatos e até mesmo asiáticos (não tem Ásia no mundo, mas) que vivem em uma parte distante do mundo. Um personagem importante (embora não principal) é "asiático" e ele tem sua própria história e suas próprias motivações. Ou seja, ele é um personagem de verdade e não apenas uma trope, como muitos não-brancos geralmente são em histórias de fantasia (olá pela terceira vez, Prince of Thorns).

Há até mesmo um indício de personagens não-heterossexuais (pasmem). É um indício bem fraco, mas né, pelo menos o livro admite que essas pessoas existem, ao contrário de tantos outros.

O próprio plot de A Canção do Sangue é também muito interessante. Desde o início nos são apresentadas perguntas que vão, pouco a pouco, sendo respondidas, mas que ainda assim só causam mais perguntas e mais mistério. Eu teria terminado esse livro bem mais rápido se a faculdade não estivesse sugando minha vida, porque é simplesmente difícil largar a história antes de terminá-la. E mesmo ao terminá-la você ainda é deixado com várias perguntas que provavelmente só podem ser respondidas ao ler o volume dois, que, infelizmente, você ainda não tem (=[). Além disso, gostei muito do fato de que foi o reino de Vaelin que causou a guerra principal do livro por interesses que podem ser considerados egoístas. Gostei de que foi o protagonista quem invadiu uma nação vizinha e matou o herói dela, tornando-se assim o vilão para seu povo. Uma mudança muito bem vinda do velho reino do protagonista como do bem x reino invasor do mal.

E, por último, eu gostei muito do worldbuilding. Não tem nada de inovador (na verdade, o mundo chega a ser bem genérico em vários aspectos), mas o modo como o autor apresentou e construiu tudo me agradou bastante. Gostei da Fé e das outras religiões, e de como a intolerância religiosa foi mostrada (e condenada). Gostei de como o autor apresentou personagens que acreditavam completamente estarem fazendo algo de bom para o mundo ao cometer atos horríveis em nome de sua crença ou de seu rei e de como alguns desses personagens acabaram percebendo o que tinham feito ou finalmente notando que rei algum é perfeito ou mesmo bom. Enfim, acho que o autor foi muito feliz ao mostrar tantos temas que são importantes (e polêmicos) no mundo real de uma forma clara e sem precisar ofender nenhuma religião (já que nenhuma de A Canção do Sangue pode ser considerada como inspirada em alguma real). É bem raro fantasias mostrarem tais coisas com habilidade ou até mesmo chegarem a tratar delas (e olha que a maioria é inspirada no nosso período medieval, bem conhecido por sua total intolerância religiosa), então esse é um diferencial da obra de Ryan.

Concluindo: A Canção do Sangue é um livro excelente que merece (e merece muito) a fama que tem. É até difícil de acreditar que esse foi o livro de debut do autor, mas ao lê-lo entendi perfeitamente porque, mesmo tendo sido lançado de modo independente apenas como ebook, ele conquistou o sucesso que tem hoje.

Por que, então, não o dei cinco estrelas?

Porque sou chata. Sim, essa é a mais pura verdade. Só dou cinco estrelas para livros que me deixam completamente fascinada, para aqueles que se tornam meus favoritos para tipo, todo o sempre. A Canção do Sangue chegou muito perto de fazer isso, mas não rolou. Ao terminá-lo eu estava sim muito curiosa para saber o que acontece no próximo volume, mas não pude ignorar a sensação de que havia algo fora do lugar. Depois de pensar muito, descobri que a coisa fora do lugar era nada mais nada menos do que o próprio Vaelin e os mistérios que o cercam.

É meio difícil não comparar A Canção do Sangue à O Nome do Vento. Ambas as histórias são sobre garotos que se tornam lendas, e ambas são com o garoto em questão contando sua história para um escriba/cronista/historiador. O Nome do Vento tem as partes no presente em terceira pessoa e as do passado em primeira, A Canção do Sangue tem o relato do escrita em primeira e o passado em terceira, Kvothe é famoso por ser incrível em quase tudo que faz, Vaelin é igualmente famoso, mas só é incrível mesmo com a espada, e ambos estão fora de circulação por algum tempo no início da história, Kvothe por ter se tornado Kote e Vaelin por ter sido preso. Enfim, as semelhanças são muitas, mas as duas obras se diferenciam tanto que acabam tornando essas semelhanças bem superficiais. Cada série tem seu próprio tom e seu próprio estilo, apesar de parecerem tão iguais à primeira vista.

Por que comparo as duas então? Bem, porque eu acho que o que fez O Nome do Vento se tornar um dos meus livros favoritos é exatamente o que faltou em A Canção do Sangue para que ele também chegasse a ter esse status. Em ambas as histórias há o mundo normal, onde a magia é visto como algo diabólico/de contos de fada ou com uma magia bem científica no caso de O Nome do Vento, mas nas duas o leitor vai, pouco a pouco, descobrindo que existe sim uma magia além, algo maior e mais poderoso, de onde todos os mistérios do livro acabam surgindo. O que me encantou em o O Nome do Vento foi o mundo dos Fae, as lendas de Lanre e do Chandriano, e a ideia dos nomes verdadeiros das coisas, o mistério das Portas de Pedra e assim por diante. O que poderia ter me encantado e que chegou bem perto de fazê-lo em A Canção do Sangue foi os mistérios sobre a Sétima Ordem, os dons e a canção de sangue de Vaelin, os poderes de Sella e o lobo que está sempre por perto quando Vaelin precisa, e todo suspense envolvendo o Além e todas as religiões. Mas nada o fez, pelo simples fato de que não houve o suficiente disso tudo para que eu realmente ficasse interessada de verdade.

Se esses mistérios todos sobre Vaelin estivessem mais presentes na história, eu provavelmente teria gostado dela bem mais. O próprio Vaelin, apesar de ser um bom protagonista, não apresenta um desenvolvimento muito grande com o passar dos anos (Nortah e Frentis, por exemplo, o apresentam bem mais). Então sim, A Canção do Sangue é um livro incrível, mas faltou esse "algo mais" para que eu realmente chegasse a adorá-lo. Mesmo assim, ele é bom demais para apenas quatro estrelas. Entende meu dilema?

Enfim, sem mais delongas, 4.5 estrelas para A Canção do Sangue.

PS: Leya, qual foi a da revisão???? Vi interrogações em lugares errados, pensamentos juntos de fala, falas do mesmo personagem dispostas como se fossem de personagens diferentes, e até alguns erros de ortografia. ????

site: http://chimeriane.blogspot.com.br/
Rene 30/11/2014minha estante
Me deixou curioso para ler o livro. Obrigado pela resenha.

Sobre a revisão da Leya, bem, melhor nem comentar. affff


neo 07/12/2014minha estante
Fico feliz que tenha gostado!
Acho que sou uma das poucas pessoas que nunca reparou muito nos erros de revisão da Leya, mas nesse livro a coisa foi de outro mundo... Muito erro mesmo.


J. Pedro 14/12/2014minha estante
Ótima resenha! O mais legal é que estou lendo O Nome do Vento e A Canção do Sangue juntos, e realmente da para perceber uma certa semelhança entre os dois personagens.


Melão 14/03/2015minha estante
Fiquei com o mesmo sentimento, quando li a sinopse me lembrou dois livros "O nome do vento" e "As Cruzadas", porém acho que faltou explorar mais o lado dos dons dos personagens e acredito que faltou um pouco de emoção também. Por exemplo, no em nome do vento temos um momento mágico e íntimo do personagem tipo quando Kvothe vai tocar seu alaúde tocando uma das músicas mais complexas que existem e sua corda arrebenta. Nas cruzadas, quando Arn descreve seu amor proibido e tudo que deixou para trás.

Porém apesar de tudo, é um ótimo livro o que me desanimou foram as críticas do segundo livro mas irei ler mesmo assim.


Camila Roque 13/11/2017minha estante
Adorei sua resenha, embora ainda não tenha lido o livro, essa parte sobre a representatividade me chamou muita a atenção.
Faço parte deste grupo que tem "O nome do vento" como livro favorito hahaha e sua comparação fez com que eu sentisse muita vontade de ler. Confesso que compartilho do sentimento de não conseguir encontrar nada que se compare ao Patrick, o que tem me gerado muitas decepções literárias, e algo que mereça simplesmente ser colocado próximo ao Nome do vento já me fascina! Lerei, próximo livro da lista




Milie0 17/05/2022

É preciso conhecer o homem para odiá-lo.
Começamos a história com Vaelin Al Sorna, o matador do Esperança sendo um prisioneiro do Imperador, indo para um desafio onde encontrará sua liberdade ou sua morte...

Então Vaelin nós conta como chegou até ali. Após a morte de sua mãe, seu pai o entrega a Sexta Ordem, onde lhes dizem que são sua família agora, Vaelin é treinado, alimentado e ensinado, regido pela fé da ordem em todos seus teste e sua missão.

Até que o rei entra em sua vida e o prende em suas tramóias e guerras sem fundamento.

Mas Vaelin é um dotado, a sua canção salva sua vida por diversas vezes mas ele ainda não sabe usá-la em sua totalidade e deve ser guiado, ele encontra um cantor que o ajuda quanto pode...

Vaelin está em muitas profecias e tem muitos nomes, o que nós dá um livro incrível e ansiedade para a sua sequência.
Pedro 17/05/2022minha estante
Um dos melhores livros que eu li na minha vida. E a sequência, O Senhor da Torre, é ainda melhor.
Beral Shak Ur é o cara!
"A lealdade é a nossa força."




Fabi Fernandes 10/04/2022

Não me fez encher os olhos
Estavam órfã de uma fantasia que me fizesse acolher o personagem como uma espécie de irmão. E não foi diferente lendo essa obra no início. É uma leitura diferente, anos passam a cada capítulo. E me apeguei ao personagem principal durante o treinamento da ordem, e me mantinha interessada com o seu futuro. Mas confesso que após isso, as aventuras do protagonista são corridas e o que mais gosto e senti falta foram das cenas de batalhas e suas descrições. Em um piscar de olhos uma guerra é resolvida. O livro se aprofunda mais nas religiões, que apesar de nos integrar nesse universo, eu não queria passar horas lendo sobre ao invés de ver uma ação. Além do protagonista - e as vezes nem isso, não dei muita importância para o bem estar dos outros personagens pois não me cativaram. E não, não é um livro ruim. Não estou dizendo isso. Pelo contrário, é um livro muito bem escrito e apesar dos capítulos longos as páginas passam quase sem perceber.

Mas apesar disso, talvez tenham sido as expectativas que não me fizeram encher os olhos com o final do livro. E apesar da curiosidade, não sei se isso é suficiente para que eu pegue o próximo volume e leia.
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Thânia Deak 25/04/2021

A canção do Sangue
Conta a história de Vaelin, que aos 10 anos foi deixado no portar da Sexta Ordem para se tornar um irmão, um guerreiro e que lutará e servirá pela Fé. Esse livro mostra o desenvolvimento e crescimento do Vaelin. De como ele é forte, inteligente e leal. E enfrentará várias guerras e intrigas no reino. Nossa estou sem palavras para esse livro, simplesmente amei.
Michelle.Bianca 25/04/2021minha estante
Esse livro está na minha lista pra esse ano!!!




Vick Jones 20/07/2021

Acabou mano...
Lembro que peguei este livro na primeira vez que fui em uma biblioteca de verdade, acabei me interessando pela capa e sinopse, mas até então ele permaneceu tímido na minha estante, só esperando a sua vez. O que finalmente me fez olhá-lo e colocá-lo nas minhas próximas leituras, foi o fato de eu estar atrasada pra devolvê-lo kkkk sim.

Nesse caso, iniciei o livro com poucas expectativas, e eu me pergunto o porquê, já que tudo indicava que se trataria de uma ótima leitura ? as notas, as recomendações, a premissa interessante. Com isso, fui arrebatada logo no início da leitura. A narrativa de Anthony Ryan é direta e eficaz. Se trata de uma escrita simples e o que me prendeu e me conquistou de verdade foi a história, (na qual não contarei, deixarei no ar para os interessados).

Somos apresentados a muitos personagens interessantes, que farão com que você os ame ou os odeie, mas mesmo odiando, você consegue entender as suas motivações. As tramas políticas dão um nó na sua cabeça, mas por mais que você tente, você só consegue compreender algumas coisas avançando e concluindo a leitura. O livro é bem recheado e todas as suas 655 páginas são otimamente preenchidas. Com um universo bem estruturado, com culturas e religiões, nos vemos também diante de maquinações políticas e batalhas ? as cenas de guerra são de tirar o fôlego. E ainda sobra tempo para um sistema de magia simples, mas convincente e promissor.

Concluo essa leitura ainda sem compreender porque essa história não é muito estimada. Se você, assim como eu está indeciso, com ele na sua estante ou na lista de desejos, por favor, dê a importância que essa história merece (e não enrole dois anos para ler e devolver para a biblioteca ksksks acho que vou ficar afastada por um tempo). Gostaria de recomendar a todo leitor e fã de uma boa fantasia épica o livro a "Canção do sangue ".
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Rodrigo.Artioli 17/05/2020

O começo de uma grandiosa saga
Vaelin é cativante do início ao fim!
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Tamirez | @resenhandosonhos 07/08/2018

A Canção do Sangue
Quando comecei a leitura desse livro foi sem nenhuma pretensão. Eu não sabia nada sobre a história e nem esperava encontrar aqui algo grandioso, mas logo na primeira metade do livro descobri que seria surpreendida. A Canção do Sangue é o primeiro livro da trilogia A Sombra do Corvo de Anthony Ryan e eu nunca tinha visto ninguém falando sobre esses livros por aqui, além do pouco proveniente da editora.

Eis que encontrei uma história adulta, cheia de desdobramentos e com muito a ser explorado. A trama começa expondo o nosso “herói” já mais velho e nos mostrando como ele está no presente. Depois, voltamos ao passado para começar sua jornada e entender como aquela criança de 10 anos abandonada pelo pai vai chegar ao homem que conhecemos no capítulo inicial. Porém, esse trechos vão se intercalando e não temos uma revelação somente no final, mas em fragmentos ao longo de todo o livro.

Vários autores já usaram esse recurso, como Patrick Rotfuss e Ursula Le Guin, mas achei o formato de Ryan bem interessante e instigante, pois mescla a curiosidade de descobrir como chegar até aquele momento, com a de entender para onde o presente está indo. Outra referência que encontrei aqui foi com relação A Saga do Assassino da Robin Hobb e publicada pela mesma editora. A estrutura da história é muito parecida, mas aqui a obra é mais adulta e tem cenas bem mais fortes e violentas do que as encontradas na outra trilogia.

Eu já li uma quantidade significativa de livros onde um garoto ou garota vai parar em uma escola – seja ela mágica ou não – para treinar e se tornar o melhor que tem a oferecer. Então, toda vez que um livro começa dessa forma meu primeiro pensamento é de torcida para que o autor consiga apresentar esse cenário de forma menos clichê, inserindo algum diferencial na construção para que o leitor possa aproveitar a história sem tanta referência.

O diferencial aqui está na dureza e na crueldade dos ensinamentos. Cada etapa para se formar na Ordem é acompanhada de um desafio que normalmente envolve vida ou morte. E ninguém aqui facilita. Se você sair pro teste e não voltar mais, porque morreu, seu corpo é recuperado, e vida que segue. Só os fortes são mantidos e, por mais que haja uma certa relutância por parte dos garotos, também há um entendimento que para o que eles são treinados não há espaço para fraqueza.

Dentro de tal cenário temos boas cenas de coisas acontecendo e momentos de bastante tensão quando não sabemos ao certo o que está acontecendo com certos personagens. Nesse meio tempo várias coisas fora dessa linha começam a acontecer e não perdemos muito tempo no crescimento em si de Vaelin, é algo que acontece naturalmente e nas 600 páginas do livro, vários anos se passam até que ele seja um homem feito e responsável por suas decisões.

Há um enorme mistério em volta de Vaelin, pois ele tem muitas dúvidas sobre o porque de seu pai tê-lo entregue à ordem ou de coisas que vão acontecendo depois que ele já está em treinamento. Há bem mais nas sombras dessa situação, assim como há bem mais sobre as Ordens que compõe essa estrutura. Cada uma delas é responsável por um aspecto, sendo a sexta a dos guerreiros. Há muito tempo atrás existia também uma Sétima Ordem que acabou saindo do controle e sendo extinta, mas que pode não estar completamente morta quanto todos esperavam.

Isso, juntamente com o conflito político que o reino passa abre um leque enorme de possibilidades para serem trabalhadas aqui. E as questões que envolvem o rei, a relação dele com o pai de Vaelin e seus atuais aliados também é vasta. Além disso, algo muito interessante aqui, é que a fé, composta por todas essas Ordens, age de forma independente ao monarca, tendo autonomia para fazer suas próprias coisas e julgar seus crimes, não ficando veiculada aos desejos do Rei.

“Para outros ele era o Senhor da Batalha, Primeira Espada do Reino, o herói de Beltrian, salvador do Rei e pai de um filho famoso. Para Vaelin, seria sempre um homem receoso que abandonara o filho no portão da Casa da Sexta Ordem.”

Além de Al Sorna, que é muito determinado, apesar de remoer muito suas relações, temos uma penca de personagens, incluindo os colegas do garoto dentro da Ordem, como Dentos, Barkus, Nartah e Caenis. Uma personagem que achei interessante e que esperei que fosse relevante foi a Irmã Sherin, da Ordem das curandeiras. Algo que vale mencionar de positivo sobre o personagem é que ele não é bom em tudo, como costuma acontecer em casos assim. Ele tem suas peculiaridades, mas pode ser superado em vários aspectos. Com isso ele afia também sua inteligência, para ter vantagem sobre quem se fia apenas no dom.

Porém nem tudo são flores e ele toma algumas atitudes e decisões durante o livro que considerei bem questionáveis. Há um juramento específico que causa alguns problemas e que não necessariamente precisava ser cumprido, mas por ser uma questão de “palavra” é levado a diante. E esse juramento foi feito em uma situação bastante duvidosa que esperava provar algo sobre a personalidade do personagem, e não sei se acabou surtindo o efeito esperado, já que pra mim ao invés de ele provar honra, acabou soando como estupidez.

Há também um interessante debate sobre a fé e o peso que ela tem sobre as pessoas. Você consegue participar de algo em que não acredita fielmente? É possível se entregar de corpo e alma a uma fá sem Deus? Porque sim, aqui a fé não possui um Deus a ser adorado e também achei isso muito legal e diferente.

“Aqueles que não viveram não podem meditar acerca dos mistérios da vida.”

Outro ponto interessante é o nome do livro e o que significa a tal Canção do Sangue. Aqui, de uma forma diferente, mas em certo ponto também parecida, a história põe outro pé junto com a Saga do Assassino. E, por mais que isso pudesse me incomodar, não o fez. A diferença maior aqui está no peso das duas obras. Enquanto a de Hobb é mais juvenil por ter um personagem jovem em 98% de sua história, mesmo que passando por poucas e boas, a trama de Ryan começa com um personagem novo, mas logo já o põe em crescimento e, desde o começo, dá um tom mais adulto e violento à narrativa. Sendo assim, apesar das similaridades são obras que se distanciam bastante também.

Quando terminei esse livro e absorvi todos as revelações e todo o peso da obra, que é sim um pouco longa, mas que vale a quantidade de páginas, estava ansiosíssima pra saber onde isso tudo vai dar. E esse é o melhor tipo de livro né? Quando começamos sem expectativa e, sem esperar, estamos mergulhados e tão envoltos na história que é impossível largar. A leitura pode ser um pouco lenta no começo, como todo livro de fantasia nesse estilo, mas depois anda bem e o leitor se torna ávido por descobrir todos os mistérios.

Pra quem gosta de fantasia e quer uma obra mais adulta e bem construída, deixo aqui a recomendação. A trilogia já está toda publicada no Brasil e esse primeiro volume sofreu uma alteração de capa em 2016, o que favoreceu bastante, já que a antiga era muito genérica. Agora, quero por os outros dois livros na fila de leitura e descobrir o que acontece em O Senhor da Torre e A Rainha do Fogo.

site: http://resenhandosonhos.com/cancao-do-sangue-anthony-ryan/
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Murilo Lorençoni 21/03/2021

Uma boa história fantástica
Gostei bastante do livro mas nao me senti fisgado o suficiente pela trama para porder continuar a trilogia.
O personagem de Vaelin é bem construído e sua história é contada desde quando ele era muito jovem.
Talvez o fato do livro ser narrado totalmente na visão de Valein tenha deixado a narrativa um pouco maçante em alguns momentos.
No geral o enredo é bom, o mundo é bem construído e os personagens são satisfatórios
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Marcos.Leste 28/10/2022

Empolgante
O enredo é envolvente.

Mostra a construção dos personagens de um jeito formidável.

Este livro tornou um dos meus favoritos no qual irei ler novamente e novamente......e novamente.
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th4i.collins 28/05/2020

Impactante
Levei um mês para ler esse livro, mas poderia ter sido muito mais rápido se eu não estivesse com dó de terminá-lo.. me apeguei muito aos personagens e tenho um sério problema quando isso acontece pois não quero que a estória acabe, quero continuar com meus queridos Irmãos ..
Que livro incrível .. que descrições de guerras e batalhas mais fodas ..
Que reino/universo mais complexo e instigante ..
Quero mais ..
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Fabrício Araújo 04/04/2022

Perfeito
Comecei sem esperar muita coisa,massa CASSETE que livro, se tratando de um livro enorme, pode se esperar que em algum momento ele fique chato, mas não me vi c vontade de parar de ler em nenhum momento.

Amei super e estou passado com o final e ansioso para o próximo
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Acervo do Leitor 02/02/2018

RESENHA – A Canção do Sangue – Anthony Ryan
Um dos grandes desafios de um autor é o ponto inicial de sua carreira, a vanguarda de sua vida literária. Dizem que a primeira impressão é a que fica, bem, se esta for uma afirmação verdadeira, Anthony Ryan definitivamente causou uma bela impressão!

A Canção do Sangue conta a história de Vaelin Al Sorna ainda garoto, órfão por parte de mãe e “lançado” pelo pai – um ex-membro de grande importância para a Coroa – a uma vida de duras disciplinas, ensinamentos e provas mortais na Sexta Ordem. Local este, onde os guerreiros, protetores da Fé e do Reino são forjados, um local onde crianças viram homens e o ponto inicial onde homens tornam-se armas à serviço de suas crenças. Vaelin é um líder nato, que logo fica transparente por meio de suas ações. Na Ordem, formam-se de tempos em tempos “turmas” de novos recrutas, que deverão trabalhar juntos para passar pelos desafios obrigatórios lançados por seus mestres. Um sentimento de irmandade é criado, laços são unidos e vínculos que vão além, são formados.

“Eles nos chamam, através do vazio odioso, o chamado lamentoso de uma alma à beira da morte, como um cordeiro perdido atraindo um lobo. Nem todos podem ser tomados, apenas aqueles com a semente da malicia e o dom do poder.”

Acompanharemos as batalhas, temores, paixões e sofrimentos de nosso protagonista ao longo de sua formação como Irmão da Sexta Ordem. O livro inicia com os relatos de Verniers, integrante do Império Alpirano que têm a missão de escoltar Vaelin – já adulto – a um confronto mortal. A partir daí, Verniers que é justamente um escriba, vai formando seu mosaico sobre a vida de Al Sorna o Matador do Esperança.

“Sabedoria e compaixão. Há tanta sabedoria e compaixão entre as almas no vazio quanto há em uma alcateia de chacais. Sentimos fome e nos alimentamos, e a morte é a nossa carne.”

Os personagens são marcantes, todos os irmãos de Vaelin possuem personalidade própria, e que fica evidente ao decorrer do livro, assim como os dos mestres e os demais. Tudo se encaixa de maneira reluzente. Você enxerga o mundo e seu desenvolvimento com os olhos de Al Sorna. Assim como ele, nos sentimos uma criança explorando um mundo desconhecido, um local onde os perigos podem estar muito mais perto do que você poderia imaginar. Intrigas, traições, suor, sangue e batalhas. Uma dose de magia, um grande punhado de honra e de lealdade. Uma mistura de esperança com desesperança, sentimentos de conquista e de perda. Estes são os ingredientes deste livro que ficará marcado para todos os seus leitores.

“A lealdade é a nossa força”

Uma única ressalva, é quanto as descrições de batalhas. Ryan se mostrou genial em todos os outros aspectos, mas, os embates, as descrições de lutas ficaram devendo um pouco. Mesmo que tenhamos ciência das habilidades de Vaelin, tudo acontece sempre muito rápido, de maneira estupidamente fácil. Um ponto a considerar para os próximos volumes.

SENTENÇA

A Canção do Sangue é sem dúvidas um livro que merece ser lido e reconhecido como uma das melhores obras de Fantasia já lançadas no Brasil. A escrita de Ryan é cativante, a maneira como ele constrói sua estrutura narrativa é de encher os olhos, você vai lendo e lendo, e simplesmente perdendo a noção do tempo. Mesmo sendo o primeiro livro da trilogia, A Canção do Sangue será difícil de ser superado.

site: http://acervodoleitor.com.br/resenha-a-cancao-do-sangue-anthony-ryan/
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Leonardo_css 08/07/2020

Bom, mas nem tanto
O início do livro é sensacional, você vai acompanhando o caminho que o personagem percorre da infância até um grande "lutador". Junto a isso, tem todas as provas, as amizades, as intrigas. (Bem geralzao para não dar spoiler)

Mas, quando ele atinge o primeiro objetivo, meio que o livro começa a perder o sentido, se alongar demais e virar algo cansativo. Honestamente, teve um ponto que eu estava mais motivado a terminar por terminar do que por vontade mesmo.

Então, eu recomendo a leitura para você que curte fantasia e etc...mas aprecie mais o início.
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