Henri B. Neto 10/02/2015Resenha: Kiro's EmilyE como última leitura de Janeiro (literalmente, no último dia), não poderia ter escolhido outra coisa além de - é claro - algo da Abbi Glines. O que significa que este comentário vai ser completamente fanboy, pois já estabelecemos aqui a minha relação de amor (e algumas vezes ódio, por que não) com esta mulher. A situação está tão crítica, que estou até pensando seriamente em entrar em Rehab com os livros da autora, pois esta foi a minha quarta leitura dela, e acabamos de sair do primeiro mês de 2015. Então, sim, já podemos considerar que estou ficando viciado nas histórias dela. Mas, sério... Me julguem muito, eu só não consigo ficar muito tempo longe demais das coisas que ela escreve! O que tem de mal nisto?!
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Levando em conta que, recentemente, eu terminei uma série e não queria sofrer mais uma vez (e em sequência) com a mesma sensação de solidão e abandono, acabei deixando a saga dos moradores de "Sea Breeze" de lado e peguei as minhas malas e segui em direção à ensolarada Rosemary Beach, California. Mas não foi uma viagem comum, já que "Kiro's Emily" - o grande escolhido para finalizar o meu ciclo de Janeiro - é uma breve novela que se passa no início dos anos 1990, e protagonizado pelos pais dos protagonistas da linha narrativa principal.
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Por ser uma história mais curta, e fora da ordem cronológica atual, eu não estava esperando grandes coisas de Kiro's Emily... Quero dizer, eu estava esperando por algo breve, divertido e sem muito aprofundamento, como um conto. Mas isto foi um erro bem idiota da minha parte, pois é lógico que a Abbi Glines iria vir com tudo - me acertando em cheio como um trem de carga. Pois a história de Kiro e de Emily (pais da protagonista da duologia Chance), apesar de simples, foi cheia de momentos de tensão (romântica e erótica), e descobertas, e promessas e... Bem, nós sabemos mais ou menos aonde ela vai parar. E isto é horrível! Pois foi mais ou menos o que aconteceu com "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner", da Stephenie Meyer: Eu tinha plena consciência do "desfecho" das coisas. Mas eu lutava comigo mesmo, não querendo aceitar com aquele destino - já previamente revelado nos livros de Rosemary Beach.
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O que significa, é claro, que eu chorei no final. Como um bebezinho. No meio da noite, embalado pelo meu cd do My Chemical Romance - enquanto um temporal caia do lado de fora do meu quarto. Pois o casal passou por tanta coisa, entre eles mesmos e com relação a vida, que simplesmente parecia injusto os dois terem o destino que eles possuem. Mas eu não podia mudar o final... O que me restava apenas abraçar o que tinha acontecido, e me entregar ao verdadeiro oceano de Feelings no qual eu estava mergulhado. Quer era meio que do tamanho do Pacífico. E do Atlântico. Combinados em um só.
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Enfim... Apesar do livro ter me feito suspirar com um casal (que não é perfeito, muito pelo contrário... O Kiro é um cara que precisava de um psicólogo!), e de quase ficar desidratado, eu percebi uns errinhos de ambientação que meio que me fizeram falar "P*rra, Abbi". Como eu disse lá em cima, a história se passo entre 1992 e 1994. Naquela década, a tecnologia estava começando a evoluir... Mas não era do nível que temos hoje em dia. E a autora meio que se esqueceu disto. Então, ela coloca os seus personagens fazendo referência a sites de fofoca na internet (quando, até nos EUA, a grande rede mundial só começou a ganhar larga escala em 1996), e tendo celulares com funções mais modernas. E foi um erro bobo, que um simples revisor poderia ter dado um toque (e não acredito que pessoas mais velhas do que eu tenham deixado coisas tão sem noção assim passar).
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Mas, mesmo tendo esta falha de ambientação ridícula - e mesmo sendo uma novela, Kiro's Emily pode ser considerada uma das melhores histórias não só de Rosemary Beach, mas dos já escritos pela autora. Ele te prende do início ao fim, tem personagens cativantes (apesar do Kyro ser a p*rra de um louco, me desculpem pelo palavrão)e você termina simplesmente às lágrimas (e eu realmente não esperava por isto). E, como ainda estou tomado por feelings, tudo o que posso dizer no momento é: Se souber ler em inglês, corra para a Amazon e baixe o livro. Ele é de graça, tem menos de 110 páginas... Mas conta uma grande história!
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Henri B. Neto
''Na Minha Estante''
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