Sandman: Vidas Breves

Sandman: Vidas Breves Neil Gaiman
Neil Gaiman




Resenhas - Sandman: Vidas Breves


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Beatriz 21/09/2021

Delírio é a melhor personagem ??
Esse volume me surpreendeu e virou meu favorito até agora. Os perpétuos estão muito legais e finalmente conhecemos Destruição, ele e Delírio definitivamente ficarão guardados comigo por muito tempo. Esse é o volume com mais emoção e sentimentalismo até aqui, finalmente estou apaixonada por Sandman.
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Manezera 05/09/2021

E ele viveu uma vida inteira. Nem mais, nem menos
Delírio que antes era Deleite, sente saudades de seu irmão.
Destruição deixou a família há 300 anos.

Com a ajuda de Morpheus, Delírio segue numa viagem pelo mundo desperto em busca de pessoas que saibam o paradeiro de seu querido irmão.

Uma Road trip nada convencional.
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Douglas 04/07/2021

Esse foi, sem dúvida, o melhor arco de Sandman até aqui. Essas histórias apresentam muitas perguntas e poucas respostas. Mas, mesmo assim, nos apresentam Morpheus como nunca antes. É impressionante como Gaiman consegue criar um personagem que é tão frágil sendo, aí mesmo tempo, tão sábio e onipotente. E quando digo sábio é mais no sentido da soma de experiências; e quando digo onipotente é pesa sua capacidade de criar o sonhar e de sua própria existência, que precede tudo o que conhecemos.

Neil Gaiman consegue humanizar um personagem que, em sua essência que nós dois apresentada até aqui, não tinha nada de humano. E isso vem exatamente do amor e da dúvida.

Mais uma vez, boas histórias!
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Carol 23/01/2010

Vidas Breves
Vidas Breves talvez seja um dos livros do Sandman cujas histórias mais se encaixam e se explicam entre si. Porém, um milhão de dúvidas, o que faz com que eu ainda queira ler mais e mais:

1. Por que Lady J. Constantine está enterrada na ilha de Orpheus? Será que ela voltou lá, apaixonada por ele, mesmo depois de ele dizer que vê-lo novamente não seria uma boa idéia?
2. Quem era a ex do Morpheus, que teve coragem de não amá-lo mais? Pra quem o Sonhar não era mais suficiente?
3. Morpheus sabe cantar: remember how it used to be/ when the stars would fill the sky/ remember how we used to dream/ those nights would never end?
4. O que aconteceu com Deleite para que ela se tornasse Delírio?

O livro conta a história da busca de Delírio por Destruição – com ajuda de Morpheus. Eu gosto de como Delírio é caracterizada (geralmente quem é companheira do Sonho é a Morte), de como ela mistura coisas que só fazem sentido pra ela, de como os sentimentos dela são primários – no sentido de que não sofrem muita afetação moral – e do seu reino anos 60, LucyInTheSky. Se Lucy começasse com D, Delírio se chamaria Lucy.
Apenas Delírio e Desespero assumem sentir falta de Destruição.
Desespero não quer irritar sua irmã gêmea, Desejo.
A deusa do Amor se apaixonou por Destrução.
Não sabia que Sonho poderia matar alguém.
Delírio sente medo dos olhos de Sonho.
Destruição parece o gato de botas.
Destruição abandonou seu reino.
Até os perpétuos mudam.
Hélio Rosa 28/01/2010minha estante
Li há muito tempo a série, confesso que sua leitura alargou os horizontes da minha. E, a propósito, gostei muito de tudo o que li no teu blog, principalmente a história/estória da chave.


Panino Manino 21/09/2010minha estante
"Destruição parece o gato de botas."

Comentário genial! XD




Doc Brown 05/02/2011

Só posso bater palmas pra esta edição.
Já é um dos melhores arcos de Sandman pra mim.

Parte 1 - Além de mostrar o destino da cabeça de Orpheus, ainda descobrimos finalmente o papel dos Perpétuos efetivamente na vida dos humanos (fora Sonho e Morte, nenhum deles havia sido mostrado "trabalhando").

Parte 2 - Quem será a mulher misteriosa que deixou Sonho tão abalado? Gaiman deixa essa pergunta no ar, ao mesmo tempo em que amarra diversas pontas soltas dos arcos anteriores e ainda apresenta um alivio cômico na forma de Mervyn...Mais um pouco das relações inter-perpétuos...Muito bom.

Parte3 e 4 - Nestas duas partes a busca por Destruição se intensifica e mais pontas soltas são amarrada. Delirantemente sonhadora...

Parte 5 e 6 - Cada vez mais Delírio me impressiona e nestas partes ela definitivamente deixa sua marca na série.

Final - O ápice...tudo aqui funciona, mais pontas soltas são amarradas. Destruição dá uma aula de filosofia que só poderia sair da cabeça de Gaiman. Desejo cada vez com mais...desejo de vingança. A angustiante (e desejada) morte de Orpheus. A compreensão de Delírio (isso é possível?).
Jill Thompson em sua melhor forma (inclusive com uma linda homenagem ao "Pequeno Príncipe" nas páginas 204/205 da versão Conrad).
Finalmente Sonho retorna ao seu reino, com muito aprendizado para digerir e o destino dos coadjuvantes (será?) que passaram pelas histórias fecha tudo com chave de ouro.

Impressionante...é tudo que eu podia dizer quando terminei de ler. No fim, tem uma frase impactante em uma das páginas: "Se isto não é literatura. Nada mais é!"......
Um Gibi...eu considero que tenho uma boa coleção de gibis e já li muita coisa na minha vida (entre gibis e livros "convencionais"), mas acho que poucas vezes um "simples" gibi me disse tanto ou me fez sentir tantas coisas como esse. Já aconteceu, me lembro de livros e Hqs que me fizeram sentir assim, mas foram poucas vezes. Reintero: "Se isto não é literatura. Nada mais é!"
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Millão 10/12/2021

LEIAM
QUE HISTÓRIA BOA!! ok eu não li os anteriores então fiquei um pouco perdida, mas consegui aproveitar a história igualmente. Depois de ler esse quadrinhos entendi porque as edições são tão caras e raras kkkk. Se alguém souber onde ler o resto online, favor me dizer (eu preciso ler o resto..)
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Uni 04/02/2021

espero que destruição apareça em algum momento no futuro, ele traz uma leveza e profundidade ao mesmo tempo (?) e a relação dele com delírio é muito fofa
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Schimas 05/05/2023

Simplesmente um dos melhores volumes da coleção sandman
Estive muito ansiosa para ler vidas breves pq sabia do tamanho de sua perfeição, entregou tudo que prometia
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Rilley1 01/07/2022

Amei
Adorei, meu favorito até agora, Acho q a Lady delirium é minha perpétua favorita. foi mto bom ver essa parte mais famíliar dos perpétuos, achei q enriqueceu ainda mais a narrativa.
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Fimbrethil Call 28/10/2009

Muito bom!
eu adorei esse livro, onde nós vemos a interação dos perpétuos, quase sem interferência dos mortais...

A Delírio é ótima, adoro ela, acho que esse livro é onde ela aparece melhor e é mais bem descrita. Onde nós vemos todas as suas 'loucuras'.

Como é dito por Mervin cabeça de abóbora, morpheus (o Sonho) realmente é um cara que adora um drama, que se acha o centro do universo, um 'drama queen' hehehehehehehehehehe

não dá pra entender porque desejo é maldosa...

aparecem nesse livro todos os perpétuos, inclusive o 'pródigo'.

Recomendadíssimo.
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Camila 19/06/2012

Belo, Belíssimo!
Talvez o melhor arco de Sandman!
As delícias das dúvidas criadas anteriormente e respondidas nesse arco e as delícias ainda mais intensas das dúvidas que este arco deixa.
Vidas Breves é de uma sensibilidade intensa, e nos passa mensagens que talvez nossos olhos mortais não enxergariam sozinhos... Mostra mais a fundo a quem sabe "humanidade" dos Pérpetuos.
Arte LINDA de Jill Thompson, roteiro impecável.
Obra-prima!
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Gustavo Simas 15/09/2013

O melhor de Morpheus
"As pessoas amam e morrem, elas sonham, destroem, se desesperam e enlouquecem. Elas cumprem seus destinos e sobrevivem."
"Afinal, isto é completamente simples. O que pode dar errado?"
"Quando você sonha, às vezes, você se lembra. Quando acorda, sempre esquece."

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Coruja 04/07/2016

No oitavo arco de Sandman acompanhamos Delírio e Sonho numa jornada em busca do irmão pródigo - Destruição, o Perpétuo que abandonou sua função e desapareceu do mapa. Essa busca forçará Sonho a confrontar algumas verdades incômodas sobre si mesmo e terminará em despedidas e preparações, encaminhando a série para seu inevitável desfecho.

A história começa com Delírio meio que surtando e decidindo que tudo ficará bem de novo, contanto que ela possa encontrar Destruição. Desejo a encontra a e se nega a ajudar, obviamente; da mesma forma que sua gêmea, ainda que Desespero tivesse uma relação carinhosa com o irmão mais velho e sinta saudades dele. E aí ela decide pedir a ajuda a de Sonho.

Agora, em Convergências, vários dos habitantes do Sonhar citam que o Príncipe das Histórias tem uma nova amada. Pois bem: ao encontrarmos Morpheus no início desse arco, descobrimos que ele foi abandonado e está agora chafurdando em sua miséria e autopiedade, como um herói byroniano. Seus sentimentos se refletem em seu reino, onde uma chuva sem fim paira, carregando tudo para debaixo d’água.

Lucien nos relembra que Sonho sempre reagiu dramaticamente em finais de relacionamentos: foi assim com Nada, com Calíope e com Eleanora (possivelmente uma corruptela do nome Alianora, que encontramos em Um Jogo de Você), e será assim também com esse novo coração partido.

Exceto que Delírio chega para convencer o irmão a ajudá-la e, num momento de inspiração, Sonho decide que, embora não tenha qualquer interesse em reencontrar Destruição, aquela jornada é o melhor remédio para se distrair de sua desilusão amorosa. E claro que não vai dar em nada, não se preocupe, Lucien, eu sei o que faço.

Famosas últimas palavras...

Então que Morpheus e Delírio se põem a caminho, seguindo uma lista de amigos com quem Destruição convivera, encontrando em vez disso um rastro de mortos e desaparecidos que culminam com o de sua motorista, Ruby - uma morte tão sem sentido que incomoda Sonho o suficiente para que ele decida chegar até o final da questão, custe o que custar.

O primeiro tema a se destacar nesse arco é, sem dúvida, a idéia de finais, algo intimamente ligado ao próprio título Vidas Breves. São muitos os desfechos que testemunhamos aqui: o de Bernie, relutante, mesmo após milênios de existência; Ruby, que mal começara a viver; Ishtar, que o abraça apoteoticamente; Orfeu, que por ele tanto ansiou.

Mesmo Desespero, um dos Perpétuos, nem sempre foi o aspecto que conhecemos. Houve outra antes dela, alguém que se foi e ela então teve de decidir, escolher ser a irmã gêmea de Desejo.

E, independente do tempo que tenham tido, todos eles viveram tanto quanto os outros: uma vida inteira. Nem mais, nem menos.

Claro que isso é relativo. Nunca estamos realmente conformados com o tempo que nos é dado - queremos ter mais tempo para experimentar as coisas, mais tempo para estar com as pessoas que amamos, simplesmente mais tempo. Pergunte a qualquer um - exceto, talvez, por Morte - e todos acharão que sua vida foi breve demais. A verdade é que, se a possibilidade nos estivesse aberta, faríamos como Orfeu e não nos resignaríamos ao luto.

Tempus Frangit, diz o relógio quebrado do reino de Delírio. “O Tempo Foge”. O tempo voa e mal nos damos conta de que ele está passando.

Há motivos familiares nessas linhas, em especial na história em torno de Ishtar, deusa babilônica do amor e da guerra, fertilidade e morte - não à toa, antiga amante de Destruição, considerando que ambos representam as duas faces da moeda. Ishtar, que retorna ao mundo do Sonhar após o clímax de sua performance e de sua existência - em contraste a Bast, que se apega às migalhas de seu poder.

O interessante é que esse arco também nos dá muita informação nova sobre os Perpétuos. Sonho e Delírio estão no centro, claro, e Morte aparece rapidamente apenas para puxar as orelhas de Sonho. Mas todos os outros também têm seu papel na história.

Descobrimos sobre o fato de que um Perpétuo já teve de ser substituído antes - Desespero - e que Desejo, agora que vê atendida sua vontade de fazer o irmão derramar sangue da família, não se sente tão à vontade com as consequências do que virá daí; chegando a tentar impedir que tudo aquilo acontecesse.

Destino, tão impassível e preso aos acontecimentos escritos em seu livro também tenta impedir Sonho, sabendo o caminho de dor que se abre para seu irmão - palavras que ecoam na voz do próprio Sonho quando ele se despede de Orfeu.

Entendemos os motivos de Destruição para ter abandonado sua função: ele não quer ser responsável, não quer ser o culpado por todas as formas abomináveis que os seres (humanos) usam para se destruir. Seu interesse pelas ciências, pela física e por Newton, sobre quem ele conversa com Sonho em seu último encontro antes de dizer adeus à família, prenuncia o advento das armas de destruição em massa (os questionamentos de Newton sobre matéria e luz se relacionariam com a equação de Einstein de conversão de matéria em energia que está na base das armas nucleares) - algo pelo que eu também não gostaria de ter responsabilidade.

Finais precedem e são precedidos por mudanças e esse é outro tema central à história desse arco - e de toda a série Sandman. A busca por Destruição, que representa essas duas faces da mesma moeda, é sintomática disso. Assim como o fato de que a guia da jornada que empreendemos em Vidas Breves é Delírio.

Delírio se define por sua mudança: como personificação de um ideal de perfeita felicidade, ela foi Deleite; após um evento que mudou toda o funcionamento da consciência viva do Universo, tornou-se Delírio - afinal, ela é um padrão que precisa representar um estado de consciência.

Ela oscila entre dois estados de espírito como as duas personalidades que foi e é - algo que nos é mais de uma vez lembrado quando encaramos seus olhos, especialmente no momento em que Sonho se revela mais vulnerável, quando ela confronta Destino para protegê-lo.

Tenho uma teoria particular sobre o evento que teria forçado a transformação de Deleite/Delírio. Considerando o papel de Eva, Caim e Abel, Lúcifer e o Criador, especialmente como personagens do que eles chamam de ‘a primeira história’ - um padrão que teria se adequado à necessidade humana e que conhecemos como mitologia judaico-cristã, mas que dentro de Sandman faz parte de algo muito mais antigo e anterior aos seres humanos na Terra - creio que a transformação tenha começado com a Primeira Rebelião, comandada por Lúcifer, cristalizando-se após a expulsão de Adão e Eva do Paraíso.

Antes disso, não havia dissenso, não havia loucura ou mania - tudo era a imagem da perfeição. Com a Queda, essa aparência de felicidade revela sua fragilidade, e com a expulsão do Éden, surge a dor, as doenças, a velhice. Surge a necessidade de escapar da realidade, mesmo que seja para um lugar que exista apenas dentro de sua própria cabeça.

Seja como for, o fato é que Delírio, como guia de Sonho, serve de exemplo e alerta: não é possível escapar da mudança (amadurecimento), por mais dolorosa que ela possa ser, afinal, para que se construa algo novo é necessário primeiro destruir o velho.

Sei que estou parecendo um papagaio repetindo frases feitas, mas tudo isso é algo que precisamos ter em mente quando olhamos para Morpheus e avaliamos tudo o que aconteceu desde que ele escapou de seu cativeiro.

Em vários dos arcos anteriores, Morpheus é confrontado com a noção de que sua prisão o transformou. Sua resposta é sempre uma negação, por mais óbvia que seja a mudança que ocorreu em seu caráter.

O Sonho de antes não se importava com mortais como “algo além de coisas que sonham, criaturas de histórias”. Era egoísta, arrogante e autossuficiente. São características que fizeram Desejo querer sua ruína e Desespero culpá-lo pelo abandono do irmão mais velho - algo de que o próprio Sonho possivelmente se culpa, a julgar pelas palavras de Destruição sobre o assunto.

Foi o que o levou a condenar Nada a uma eternidade de suplício no Inferno e o que o impediu de demonstrar qualquer compaixão pelo filho.

Os anos de prisão lhe deram um pouco mais de humildade e empatia, bem como a chance de reconhecer e consertar seus erros: libertar Nada e Calíope, admitir para Rob que o considerava um amigo, e dar sentido à morte de Ruby - uma humana que nada fizera por ele além de lhe servir como motorista por um tempo muito breve -, o que o leva a Orfeu e mais uma ponte partida de seu passado.

A história da mudança de Sonho é também uma história de redenção. E a redenção de Morpheus tem uma conclusão implacável.

Destruição cita as palavras de Morte em um passado distante, quando os Perpétuos ainda estavam todos juntos e o próprio Universo estava apenas no começo: “Nós todos não apenas podemos saber tudo. Mas já sabemos. Só negamos isso a nós mesmos para tornar tudo suportável”.

Essa frase abre a dimensão trágica de toda a jornada de Sonho, porque Sonho sabe o que tem de acontecer. Ele está preparado para isso - desde que vestiu suas armas para invadir o Inferno numa missão suicida para libertar Nada em Estação das Brumas. Por isso é tão notável que na primeira invocação das Moiras, ele escolha chamá-las pelo título de Benevolentes. Por isso Daniel Hall é tão importante. Está escrito no próprio livro de Destino. E por isso Morpheus treme à ideia de reencontrar Orfeu. Ele sabe que não poderá dizer não.

Se tivesse acontecido antes, no Inferno, ao menos ele teria ido em meio à glória da batalha. Lutando por um amor perdido. Mas dessa forma, tendo de derramar o sangue do próprio filho, silêncio, remorso e vergonha?

É uma questão de tempo agora para que as Fúrias o encontrem. Ele sabe disso.

Sonho tem de morrer.

site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2016/07/lendosandman-vidas-breves.html
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