Queria Estar Lendo 28/10/2014
Resenha: Um Amor de Cinema
Sabe aquele tipo de livro fofo, que você quer ler só pra surtar e sofrer pela perfeição? Com aquele tipo de história que conquista logo de cara, que te faz rir e chorar em quase todas as cenas? Com personagens marcantes, absolutamente bem trabalhados? Aquele tipo de livro que tem tudo para virar um filme de comédia romântica maravilhoso? Com o tipo de história que você gostaria de viver? Esse é Um Amor de Cinema.
Kenzi Shaw é uma designer relativamente bem sucedida que acaba de ficar noiva do partido perfeito. Bradley trabalha na mesma empresa que ela, tem a cabeça no lugar, e juntos eles formam o casal aprovadíssimo pela família da garota. Acontece que a vida, toda trabalhada na ironia, resolve jogar Kenzi num turbilhão de emoções quando seu ex-namorado maravilhoso aparece na sua vida. Shane, com seu sotaque britânico e sua presença marcante, propõe à Kenzi uma lista de desafios relacionados as comédias românticas favoritas dela (porque Kenzi é fanática por esse tipo de filme); ela quer a vida real ou um amor de cinema? É isso que Kenzi precisa decidir.
"É um dos meus filmes favoritos. Tudo bem, todos são meus favoritos. Tem alguma coisa tão inocente e doce em filmes românticos. O mundo nem sempre faz sentido, mas, em uma boa comédia romântica, tenho a garantia de um final feliz. A garota sempre encontra o cara certo, aquele que realmente a entende"
Gente, o que falar desse livro que eu mal li e já considero pacas?
Kenzi é uma das melhores protagonistas que eu já conheci. Ela tem toda aquela aura e personalidade de protagonista de boas comédias românticas, o tipo de mocinha com quem a gente se identifica, puxa os cabelos e torce desesperadamente pelo final feliz. A autora trabalhou muito bem o humor e as tiradas de Kenzi, visto que o livro é em primeira pessoa, e logo no primeiro capítulo eu já me vi gargalhando e me apaixonando pelo jeito irreverente, centrado e querido da personagem principal.
Uma figura que definitivamente não me conquistou desde o princípio foi Bradley, o seu noivo. Ah, não, ele não tinha a aura romântica, não dividia faíscas de amor com a Kenzi, ele definitivamente não era o mocinho do filme por quem a gente cai de amores logo no primeiro instante. Não tinha química, só tinha o conformismo porque ei, eles estão noivos, ok então.
E ai o Shane...
Ah, o Shane. Com seu sotaque britânico maravilhoso (eu, como boa adoradora de sotaque britânico, consegui ler as falas dele com a característica marcante e HOLY SWEET MOTHER OF JESUS, MAN), seu bom humor e sua incrível habilidade de saber exatamente como fazer Kenzi se sentir querida e, ao mesmo tempo, extremamente embaraçada. Porque eles já namoraram. Eles já se amaram. E ele partiu o coração dela, mas não significa que o amor deixou de existir. Porque olha, pode ser um livro, mas é impossível não ler o encontro deles sem sentir aquelas centelhas de paixão no ar. EU QUERO UM FILME DESSA JOÇA, PRA ONTEM, DESGRAÇADOS! FAÇAM ISSO ACONTECER!
"- Oi, Kensington. - O "ens" se arrasta um pouco, e o resto pipoca como uma batatinha crocante em seu sotaque meio britânico, meio americano."
Apesar de ser cast da minha próxima comédia romântica a ser escrita, eu não consegui não imaginar o Hugh como o Shane. ELE É COMPLETAMENTE O SHANE QUE CRIEI NA MENTE E AGORA EU TÔ OLHANDO PRA CARINHA DELE E SÓ QUERO CHORAR.
A lindeza da interação entre o Shane e a Kenzi é que, diferente das pessoas com quem ela convive, o Shane enxerga ela. Ele está ali por ela, pelo talento dela, pela presença dela, ele faz a lista não só para mostrar que a conhece e que a entende, mas para reconquistá-la da maneira que sabe que só os filmes que ela ama conseguiriam fazer. E gente, pelo amor da beleza do Richard Armitage, quem não gostaria de viver a cena do treino de dança em Dirty Dancing? Quem não quer ser a Julia Roberts por um dia e fazer compras com um novo Richard Gere, como em Uma Linda Mulher? Quem não ama O Casamento do meu Melhor Amigo e gostaria de estar presente numa das cenas mais marcantes daquele filme (sim, eu estou falando da cantoria no jantar, ESPERO QUE VOCÊ SE LEMBRE!). E outros sete filmes que com certeza fizeram gerações se encantar por seus personagens e seus romances tão apaixonantes.
E a Kenzi vive isso. Graças ao Shane, ela se encontra nas melhores cenas e nos melhores momentos das películas que a haviam conquistado, e isso levanta o questionamento sobre os seus sentimentos. Ela sente o que sente por Shane quando está com o Bradley? Ou ela só continua noiva dele porque o conformismo e a aprovação da família falam mais alto? Ela sempre quis impressionar a mãe, afinal (mãe essa que eu vou te contar, ô mulher chata!). Ela quer uma vida estável, uma família, filhos, mas será que é só isso mesmo...?
"E quem eu estou resgatando?Eu mesma.
A garota com tinta no cabelo que ainda acredita em contos de fadas, só que esta é a versão adulta. Porque talvez não exista um feliz para sempre com alguém; talvez tenha a ver com ser feliz consigo mesma."
A autora conseguiu conduzir a trama muito bem, naquele equilíbrio entre romance fofo, humor e um pouco de drama (porque drama sempre faz bem). Ela construiu uma relação tão perfeita e cheia de química entre Shane e Kenzi que é absolutamente impossível não querê-los juntos no final. Não só deles como de Kenzi e Ellie, sua melhor amiga e colega de trabalho. Ellie, que é uma gracinha de personagem, a típica melhor amiga da protagonista, cheia de bons conselhos e alma shipper, querendo ver sua amiga encontrar o final feliz. Tonya... Bem, não vou falar muito sobre Tonya, nem sobre outro personagem, porque eu não gostei deles. Nem um pouco. Desde o começo. O que não significa coisa boa numa comédia romântica, you know...
E preciso falar que descobri um segredo da trama logo no começo porque SOU GENIAL. Mentira, mas é porque eu adoro tramas com segredinhos que vão se revelar num drama mais pro fim da história, e Um Amor de Cinema teve isso exemplarmente bem trabalhado. VICTORIA, SUA LINDA, LET ME LOVE YOU!
Se está procurando por uma leitura leve, bastante divertida e cheia de reviravoltas agradáveis, VÁ CORRENDO COMPRAR ESSE LIVRO!
"- Feliz aniversário, Kensington. Faça um pedido.
Olho para o bolo e me lembro da fala. Da cena.
O beijo.Estou brilhando por dentro. Borboletas agitadas são atraídas por essa luz interior. Talvez estejam muito perto da luz. Elas podem se queimar. [...] Apoiando a mão à frente do corpo para se equilibrar, ele se inclina e fala:
- O meu já se realizou. - Sua voz soa baixa, arfante, os lábios bem perto dos meus."
Acho que desde Rainbow Rowell que eu não sentia essa sensação de ter lido um livro absolutamente fofo, que me conquistou desde o primeiro capítulo. Eu espero, sinceramente, que a Victoria já esteja roteirizando essa lindeza para ir ao cinema, PORQUE EU PRECISO DESESPERADAMENTE VER SHANE E KENZI INTERAGINDO NUMA TELA IMAX!
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Esta resenha foi feita por Denise Flaibam, membro do blog 'Só mais um', e a reprodução integral ou parcial da mesma é proibida. Plágio é crime.
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