Resenhas - O Ódio à Democracia

Mattson 07/05/2020

Uma leitura rápida e profunda
O ódio à democracia de Jacques Ranciere usa um embasamento bem pontual para cada tópico, vi que seria necessário um pouco de conhecimento prévio, por este motivo vou reler após outras leituras que envolvem temas internos que são panos de fundo para a discussão.

Rancière é uma referência francesa para temas sociais e eu gostei da visão dele de democracia atrelada ao ódio.

Dante 30/12/2020

A igualdade tem de ser ponto de partida
Este pequeno ensaio do ilustre autor Jacques Rancière, um dos mais importantes filósofos da atualidade, conduz o leitor por um passeio pela história da crítica à democracia para situá-la no cerne político do momento atual, procurando esclarecer o que há de novo e revelador no sentimento antidemocrático, uma manifestação tão antiga quanto a própria noção de democracia.

Uma leitura densa que me proporcionou um aprendizado grandioso. Recomendo para aqueles que buscam aprender mais sobre os primórdios da democracia. Muito se fala de democracia, Mas já se perguntou o que é democracia?

A democracia está nua em sua relação com o poder da riqueza, assim como com o poder da filiação que hoje vem auxiliá-lo ou desafiá-lo. Ela não se fundamenta em nenhuma natureza das coisas e não é garantida por nenhuma forma institucional. Para Rancière é, justamente, a de que uma política democrática surge da pressuposição da igualdade. Para ele, a igualdade tem de ser ponto de partida, não ponto de chegada ou objetivo da política. O equívoco original, de acordo com o autor, ocorre quando ouvimos o brado das massas em vez de pessoas falando.

SasaWene 10/11/2023

Livro de difícil compreensão, demorei mil anos para entender mds, mas no geral quando se o compreende o livro se torna mt incrível, concerteza um dos melhores que li relacionado a política

Lara 03/07/2015

Amor à democracia
Livro fantástico, que nos faz construir e reconstruir a ideia que fazemos de democracia, esse significante que acaba sendo alocado e realocado com significados tão distintos e contraditórios entre si. Pode um Estado ser democrático? Ou seriam os Estados intrinsecamente oligarquias? Onde se situaria a democracia então? Na ação, na realidade fática? Muito bom, vale ser lido, relido e repensado.

Rafaela Moura 11/04/2020

Tapa na cara
Uma leitura muito interessante, mesmo
não conhecendo todos os assuntos citados, o que as vezes torna a leitura difícil.
Um tapa na cara também. O autor explica, constrói e desconstrói as definições de democracia. Pode realmente existir um Estado democrático ou todo Estado é na verdade uma oligarquia?
Instigante.

Adriana Scarpin 22/03/2016

A primeira parte dá uma explanação geral sobre o indiviadualismo democrático, aquele que deixa de permitir que o outro tenha os mesmos privilégios que você.
Na segunda parte Ranciére quebra tudo que estou vendo com Reich, demonstrando que a democracia é pautada pela ausência de sentido, o tal pastor perdido é o governante que fora eleito pelo povo sem motivo.
Na terceira parte há o questionamento de que a democracia só existe para estruturar os interesses da oligarquia que nos subjuga desde cedo através do sistema educacional.
Mas o tapa na cara mesmo, Ranciére guarda para a quarta e última parte onde discorre sobre o liberalismo entranhado na democracia que proporciona uma falsa sensação de liberdade como operador ideológico.

Gabi Voss 28/02/2020

Interessante.

Suzanie 22/06/2020

Não curti muito
Não foi um livro que me pegou. Tive a impressão de que o autor faz muito rodeios com ideias e palavras, tornando-se um pouco cansativo e por vezes bem intrincado. Não percebi que estava aprendendo algo bacana.

No ultimo capitulo, pareceu revisitar a tese inicial, mas ainda assim, a meu ver, sem levantar um argumento mais original ou instigante.

Maristela 29/06/2020

O ódio a democracia.
Um livro instigante, que nos faz refletir sobre igualdade, privilégio, e principalmente o que é a democracia e como a exercemos, e porque alguns a odeiam tanto.

Giovani.Pagliusi 04/02/2018

Sobre Ranciére - Ódio à Democracia: Democracia = instrumento da burguesia Jogo de palavras idas e vindas sobre Estado, excesso, individualidade e coletividade - homem democrático é o novo apelido da Burguesia e até a pag 36 a democracia é uma manifestação reducionista de um estado de sociedade..........até o primeiro cap é Marxismo sem miséria ...veremos os próximos..

Roberta 30/03/2020

Confuso
Minha avaliação deve-se muito mais à minha falta de contexto e familiaridade com a narrativa do que com o conteúdo em si. O autor passa pela história do "ódio à democracia", apresentando os mais variados discursos que "justificam" por que a democracia não seria algo bom.
Entretanto, a escrita quase sem parágrafos e num fluxo constante e quase sem pausas, além da minha falta de referência para vários assuntos abordados tornou muito difícil a compreensão da totalidade da obra.

Matheus Oliveira 06/09/2019

Ranciére me surpreendeu. Confesso que não concordo com muito do que o autor francês defendeu na sua obra: não sei se por comodidade ou por não ter tido tempo, ainda, para deglutir tamanha oposição aos valores que nos são bombardeados todos os dias. Porém, creio que vale a leitura.

Nazrat 02/11/2020

Importante
Reflexões importantes sobre o que seria democracia de fato e como surgem conceitos e equiparações que pouco ou nada tem a ver com seu objetivo original. Para posterior releitura.

Gabs 07/01/2021

Um bom livro, ainda que um pouco acadêmico demais
Os temas tratados são centrais para entender o momento histórico que vivemos e como as "democracias ocidentais" estão se desgastando cada vez mais internamente. Os conceitos são tratados de forma brilhantemente contextualizada e é perceptível, desde o início, o domínio do autor sobre o tema.
No entanto, em muitos momentos fica evidente também a dificuldade em transmitir esses conhecimentos de forma mais acessível (um problema comum na academia, mas que acaba por afastar a discussão de um público mais diverso que o universitário pu especializado). Uma pena, já que esse é um tema tão imprescindível.
Da mesma forma, alguns trechos mereciam uma análise ou exemplos mais contemporâneos. Seria interessante ver como o autor destrincharia os absurdos dos últimos anos. Mas nada que o próprio leitor não possa fazer e se perder por alguns momentos nessa reflexão.