spoiler visualizarAnisans 11/11/2023
Em Estação das Brumas, mesmo que de relance, nós temos acesso a um olhar mais íntimo na família dos Perpétuos e o que eles representam, Vemos o quão comicamente identificável pode ser uma reunião familiar entre eles e acabamos conhecendo um pouquinho mais sobre suas faces e responsabilidades com o universo. Esta reunião familiar ocorre em primeiro lugar porque mais cedo no dia, fizeram uma visita á Destino e lhe passaram uma importante mensagem á respeito de um rei que logo renunciaria ao seu reino. Partindo disso, Destino acaba por convocar seus irmãos em seu Salão, afinal, ele já tinha ciência que aquele encontro entre os seis seria crucial para fazer a história já devidamente escrita seguir curso. Dessa forma, Morpheus acaba por retornar ao Inferno com a finalidade de libertar uma antiga amante de seu sofrimento, mas se dá conta que o Inferno está na verdade vazio e que seu rei, Lúcifer, está abdicando do cargo por estar cansado da vida que leva. Enfim, em relação a história, gostei muito de enxergar que em Morpheus não há somente bondade ou maldade, ele é na verdade misto e às vezes neutro, conforme o que lhe é exigido em cada situação e acontecimento. É o exato exemplo de moralidade cinza. E ainda está disposto a correr atrás vez ou outra, caso perceba ou eventualmente aprenda que está errado a respeito de algo ou alguém.
Bem, a escrita do autor é excepcional, isto aqui é tão extraordinário que chega a ser monumental. Pessoalmente falando, acredito ser o melhor volume até o momento, de modo que se eu pudesse dizer algo para as pessoas que desistiram da leitura lá em Prelúdios e Noturnos, eu diria que seguisse em frente pelo menos até a Estação das Brumas. Aqui presenciamos um evento na história do Rei dos Sonhos que eleva a narrativa contínua até agora, à um nível exponencial, e nos faz refletir onde mais podemos e iremos chegar com esse enredo rico e vastamente inimaginável.