Stephany 29/07/2022
Foi uma prazer conhecer a matriarca da família Walsh
Mamãe Walsh, foi uma leitura desprentenciosa que eu fiz e me surpreendeu pela leveza, as gracinhas da autora na personagem da mamãe da família e enfim, os risos que tirou de mim no ônibus.
Foi uma leitura que me encontrou e me abraçou no momento certo, me fazendo ter vontade de continuar lendo pra saber mais dessa família irlandesa rsrs Já li Férias! e Casório?! da autora e olha, até agora só posso dizer coisas boas de Marian Keyes.
Como psicóloga, eu fiquei brava e ao mesmo tempo ri depois ao ler as coisas que a personagem falava sobre os psicoterapeutas e a psicologia em si. Não vou mentir, algumas falas são meio revoltantes; alguns exemplos:
"Essa história de psicoterapia é papo furado. Não existe nada nesse mundão de Deus que me faça confiar no sigilo e na suposta matraca fechada que os psicólogos devem manter. Algumas taças de vinho num jantar ou numa festa, e logo eles estão divertindo todo mundo à volta com histórias secretas de seus clientes - casos extraconjugais, abortos, travestismo, incesto... [...]". p 127
Em minha defesa e em defesa da minha profissão, queria dizer que seguimos um Código de Ética estabelecido para o psicólogo desde a nossa formação na graduação, então não podemos mesmo sair contando as coisas das pessoas por aí, aliás, não devemos. E há punição para os psi' s que fazem isso. Por isso, confiem.
Apesar disso, sei que muitas pessoas fantasiam demais sobre o trabalho do psicólogo, e cabe a mim achar graça de tudo, afinal, é só ignorância da pessoas e preconceito. E se uma autora me faz refletir sobre isso e outros assuntos em tão poucas páginas, já acho válido.
Porque ela fala também sobre seu preconceito com a comunidade LGBTQIAPN+, a respeito de mulheres que se casavam não poderem mais trabalhar, na sua época... muita coisa!
Recomendo, para rir e questionar a sociedade.