Fora de Mim

Fora de Mim Sharon M. Draper




Resenhas - Fora de Mim


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aThati 10/02/2022

Um dos livros mais sensíveis que já li.
Foi como dar uma volta na montanha russa. Que livro! Impossível não se emocionar e se envolver. Esse tem lugar especial na minha estante.
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collour 16/12/2021

Melody é uma garota de onze anos que tem paralisia cerebral, não pode andar e nem falar mas que sempre arranja meios de se comunicar.
Ela é muito inteligente e sua mente não para por um segundo e ela tem interesses como todas as garotas da sua idade, mas poucas pessoas estão dispostas a tentar entender ela.

Tem uma amiga da mãe da Melody que faz esse trabalho perfeitamente, ela ensina a garota, instiga a ser curiosa e aprender mais e a sobreviver num mundo que não está preparado pra ela.

A história consegue ser leve, é muito bom ver que a deficiência não define a Melody. Mostra tanto as vitórias do seu dia a dia quanto as dificuldades dela.

Melody não é perfeita, ela é uma criança que faz birra, fica com raiva e tem inveja como qualquer criança da sua idade e muitas vezes eu ficava nervosa mas mesmo assim me apeguei tanto nela e fico feliz de saber que esse livro tem uma continuação.

Eu creio que foi intencional da autora mostrar esse lado chato além do lado gênio e adorável da Melody. Mostrar que ela é uma pessoa de verdade e tirar essa mentalidade de que são "tadinho"
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Fernanda1702 18/10/2021

Nunca devemos subestimar o outro.
Muito bom. Esse livro me fez olhar com outros olhos como as pessoas tratam pessoas com algum tipo deficiência e como elas se sentem.
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mnk0 05/10/2021

FEDA-SE CLAIRE, MOLLY,ROSE,WALLACE,CONNOR E TODO O RESTO
enfim,POR MIM CLAIRE,SR DIMMING (WALLACE)ROSE, CONNOR,MOLLY,RODNEY E O RESTO TERIAM MORRIDO NO AVIÃO,UM MORTE DOLOROSA E LONGA.

alguém põe a melly-melly num potinho por favor?

gente esse livro é bom juro, eu sei q a capa é HORROROSA,mas como diz o ditado, não julgue o livro pela a capa né, enfim esse livro se vc se sente como se vc fosse a mello-yelloh além de ele ser em primeira pessoa,ela narra como se fosse um diário,a história é bem construída amei.

pesosas q gostaram de extraordinário leiam esse livro.

obs:o q o jão verde faz da vida tadinho,tem tempo até pra ler ler esse livro.
rayumix 06/10/2021minha estante
????????


Sunshine cat 13/06/2024minha estante
Poderiam sim ter morrido, não quero saber se são crianças, elas são uns capetinhas, pior que isso uns desgraçados. Odeio todos principalmente o Sr. Dimming porque ele que estava como responsável de todas as crianças e da situação, ele sabia que a Melody era a única que garantia a equipe e mesmo assim não deu bola e deixou ela para trás. História linda e emocionante.




Fernanda Szabo 30/05/2021

Leia você tbm vale muito a pena
Esse e o tipo de livro que todo mundo deveria ser ler, nele vamos acompanhar a garra de determinação de uma garotinha para ser aceita no mundo onde apenas as pessoas perfeitas são aceitas, Melody nos mostra que não importa a forma como você veio a mundo, se e perfeita ou não que isso não diminui nossa capacidade de ser tão boa ou melhor que aquele que se acha superior . Melody no faz rir , chorar, morrer de raiva e morre de amor em vários momentos dessa história, vale a pena acompanhar cada passo que essa pequena notável garota vive para ser apenas aceita e reconhecida pela sua capacidade
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Brenda 17/11/2020

Aqui é possível enxergar as dificuldades tantos dos pais que criam filhos com alguma doença quanto da própria criança atingida.
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Caverna 20/02/2019

Melody é uma garota alegre que tem muito a dizer, mas não pode por conta de sua paralisia cerebral. Ela nascera assim, portanto nunca tivera como se comunicar e mostrar como era inteligente para as demais pessoas. Seus pais sempre souberam, pelo seu olhar e seus gestos limitados, o quanto ela era mentalmente capacitada, mas os médicos os contradiziam: Melody sofria de um profundo retardo. Ela não tinha controle sobre seus movimentos, precisando ficar sempre presa à cadeira de rodas, e necessitando de cuidados especiais. Seus pais se desdobravam entre o trabalho e tomar conta de Melody, evitando que ela caísse, se engasgasse, babasse, a levando ao banheiro, tomar banho, e a carregando para todos os cantos.

E o que Melody mais odiava era sua incapacidade de reproduzir tudo o que estava passando pela sua cabeça. Sua falta de movimento físico e da fala produziam a impressão de que ela não compreendia nada do que estivesse acontecendo ao seu redor, mas a verdade era outra. Melody era dotada de uma inteligência extraordinária. Ela conseguia lembrar de absolutamente tudo o que vira na televisão, todos os mínimos detalhes e até mesmo desnecessários, e não poder expressar suas opiniões ou apenas conversar era o que mais a frustrava.

Junto de sua cadeira de rodas, havia um painel com algumas palavras, as mais comumente usadas por ela, e Melody apontava para essas palavras estratégicas quando lhe faziam alguma pergunta ou quando quisesse pedir algo aos pais. Ainda assim, nem sempre era uma tarefa fácil. A dimensão de seus pensamentos não se comparava à pouca quantidade de opções que haviam no painel, e muitas vezes Melody se estressava, esperneando e gritando.

Nos primeiros anos de escola, Melody fez parte do grupo de alunos especiais. Nenhum deles possuía a mesma deficiência que a sua, mas todos de alguma forma mereciam o tratamento diferencial. Melody não reclamava, mas também não aprendia nem 1% do que aprendia em casa mesmo, assistindo documentários na televisão. Custou para um professor compreender o que mais agradava a cada aluno, quais suas restrições e seus níveis intelectuais, e quando isso acontece, eles passam a ter algumas aulas em conjunto com os demais alunos, considerados “normais”.

Um dia, uma garota aparece com um notebook, e Melody tem uma ideia genial, lembrando de Stephen Hawking. Ela precisa de um computador onde ela possa digitar e o som das palavras sair através dele. Seus pais logo aprovam a ideia e providenciam o aparelho que muda a vida de Melody por completo.

É durante as aulas em grupo que Melody participa de um teste de conhecimentos gerais e é escolhida para fazer parte da equipe do colégio, e assim junto de mais quatro alunos irá representar a escola numa olimpíada. O orgulho dos pais e de sua cuidadora, Catherine, é imenso, e Melody une forças para enfrentar a platéia, os julgamentos e o próprio nervosismo, e mostrar do que é capaz.

Encontrei esse livro no estande da V&R editora durante a Bienal por um preço maravilhoso e a sinopse me atraiu logo de cara. Sabia que seria necessário o momento propício pra leitura, pra poder absorver tudo o que ela tinha a transmitir, e o timing foi perfeito, porque não só me envolvi profundamente com a história de Melody, como devorei o livro num dia só.

Como podemos perceber, a vida de Melody não é fácil. Seus pais são grandes heróis por todo o esforço e dedicação contínua. Melody retrata em primeira pessoa o quanto gostaria de se comunicar e realizar tarefas triviais, e isso toca muito o leitor. Nos faz lembrar de que devemos agradecer diariamente por termos saúde, família e um lar.

E apesar de todas as suas dificuldades, enxergamos claramente que o maior problema, no fim, não é a paralisia cerebral em si, e sim o pré-conceito das pessoas, o famoso julgar sem antes tentar conhecer e se aproximar. A autora traz uma narrativa leve e até mesmo animada, mas é muito triste ver o quanto as pessoas se afastam de Melody somente por ela ser diferente. E mais: Não acreditam em seu potencial, muito menos na sua inteligência.

Melody e as outras crianças tem apenas onze anos, portanto é natural haver dúvidas e inclusive curiosidade a respeito de sua condição, mas os adultos agirem feito babacas é a pior parte e a que definitivamente não há justificativas. E o mais triste ainda é pensar que muitos deficientes sofrem esse tipo de julgamento com frequência.

Na escola onde estudei eu tinha um amigo cadeirante que também tinha dificuldades com a fala e em se locomover. Até hoje não sei exatamente o que ele tem, mas felizmente todos do colégio eram muito bons com ele e o tratavam como igual. Sempre o convidávamos pra sair, o acompanhávamos nos corredores e dávamos risada junto dele. O sofrimento de Melody por não ter amigos e ser sempre excluída é grande e nos sentimos no seu lugar.

Fora de mim é um livro que promove muita reflexão e lições. Um livro para aprendermos a amar o próximo e a respeitá-lo. Melody é uma protagonista extremamente forte e admirável que me deixou com vontade de saber tudo o que ela ainda conseguiria conquistar. Um livro que comove e que eu indico para todos!


site: https://caverna-literaria.blogspot.com/2019/02/fora-de-mim.html
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Nathalia 20/08/2018

Encantador!!
É um livro que todos deveriam ler. Nos mostra como nossos problemas são pequenos e o quanto podemos ser ingratos muitas vezes. A Melody nos faz refletir sobre nossas vidas, sobre empatia e sobre como as pessoas podem ser ruins com as outras. Terminei o livro com o coração bem apertadinho e com muita gratidão pela minha vida. Recomendo muito!!
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lominha_machado 23/03/2018

"Pensamentos precisam de palavras. Palavras precisam de uma voz.
Adoro o cheiro do cabelo da minha mãe logo que é lavado.
Adoro a sensação do rosto do meu pai antes de ele se barbear: pinica tipo feno.
Mas nunca pude dizer isso pra eles."


Antes de ler o livro eu já sabia um pouco história, e já sabia que iria achar maravilhoso, pois a Lorrane já havia falado maravilhas dele e já havia feito um post maravilhoso aqui no D&B sobre "Coisas que aprendi com - Fora De Mim" que fez colocar esse livro em minha listinha. Se você não viu o post indico ver ele também, basta clicar aqui. Após ler esse livro por mais que já tenha um post dele, precisei fazer uma resenha, pois esse é um livro que precisamos falar dele ele não pode ser esquecido!


"Com certeza a vida deles seria mais fácil se só tivessem uma filha. Que funcionasse direito."

Em Fora de Mim conhecemos a pequena Melody, uma garota que tem o que os médicos chamam de Paralisia Cerebral: não pode falar, andar, não pode ir ao banheiro ou se alimentar sozinha, nunca disse uma palavra. Os médicos sempre falavam para seus pais que ela seria um fardo, mas os pais da Melody não poderiam a amar menos simplesmente por suas limitações. Ela é uma menina maravilhosa, e mesmo que não possa falar na sua cabeça existiam milhares de palavras e ela nos prova que tem muito a dizer, mas devido a sua Paralisia as pessoas não costumam prestar atenção e enxergar além, ver o que existia dentro dela. A não ser seus pais, sua mãe sempre a achou super inteligente, o que de fato ela é, Melody decora todas as palavras que vê ou ouve, ela sabe ler, consegue ver cores em músicas e tem memória fotográfica, e sempre é muito esforçada e dedicada. E tem também a Sra. V que era sua vizinha e amiga da família que sempre soube de tudo que Melody era capaz. Melody é uma menina tão cheia de vida, inteligente, engraçada, amorosa e suas limitações só a torna mais incrível do que ela é. Esse com certeza é um livro para se emocionar e chorar de felicidade, a história tem uma leveza que eu não esperava para uma história assim.


"Me dá vontade de chorar. Queria poder dar um abraço na minha irmã, só uma vezinha, ou dizer que também amo o papai. Com a minha própria voz, não através de uma máquina."



A História do livro acontece em torno das coisas que a Melody enfrenta na escola, e sua busca para ser tratada o mais normal possível e vencer os desafios que sua paralisia lhe impôs, e ai está um grande apelo emocional do livro, nós nos colocamos no lugar dela e temos uma visão de como você é tratado quando se tem uma deficiência, como as pessoas enxergam apenas uma garotinha em uma cadeira de rodas, e não uma menina incrível. Tinha partes que eu ficava com raiva de alguns personagens que apareciam pois eles não conseguiam enxergar Melody e me senti muito mal pensando em como isso acontece na vida real, como as pessoas se sentem e aí temos uma realidade que dá um tapa em nossa cara e uma lição de vida, eu particularmente aprendi muito com esse livro sobre inclusão.


"Quanto eu tinha dois anos, todas as minhas memórias já tinham palavras, e todas as minhas palavras tinham significado.
Mas só dentro da minha cabeça.
Eu nunca disse uma palavra sequer. E tenho quase onze anos."

Apesar do que parece não é uma história triste, o livro é animado e emocionante, tem uns toques de drama sim, mas não é nada drástico. Ele é escrito em primeira pessoa pelo ponto de vista de Melody, e isso ajuda na questão emocional pois a autora consegue com perfeição nos fazer sentir o que exatamente Melody sente. A Leitura é bem fluida e rápida, não é um livro grande, acabei devorando ele em 2 dias. Os diálogos são bem formulados, e não há coisas em aberto, Sharon M. Draper sabe sobre o que escreveu e fez isso muito bem. A Capa está MARAVILHOSA, acho que foi uma das coisas que mais me chamou atenção quando recebi o livro, a capa é linda de mais, as cores são perfeitas e todas as imagens dela encaixam perfeitamente com a história. A Diagramação também é um ponto positivo, com certeza a V&R acertou muito com esse livro.


"Não tinha como explicar que sentia cheiro de limão recém-cortado e via notas musicais de tons cítricos na minha cabeça quando ela tocava. [...] Mas minha mãe só sacudiu a cabeça e continuou colocando papinha de maçã na minha boca. Tem tanta coisa que ela não sabe."
Esse livro é um livro cheio de ensinamentos, com uma sensibilidade tremenda, toca seu coração e sua alma. A autora conseguiu criar algo único, quantas pessoas será que realmente já pararam para pensar como são os pensamentos de uma pessoa com Paralisia Cerebral? Preciso muito agradecer a autora Sharon M. Draper por ter feito esse livro, por ter nos presenteado com a história de Melody, e também a V&R por ter trazido esse presente para o Brasil. Essa é uma história que TODOS deveriam ler, não importa sua idade, esse livro vai com certeza te trazer lágrimas de felicidades, muitas lições, um orgulho de Melody que quase não cabe no peito, e com certeza muita vontade de viver e de agradecer.


“A gente riu tanto que a professora teve que pôr o dedo nos lábios, fazendo sinal para gente ficar quieta.
Nunca na minha vida um professor me mandou ficar quieta porque eu tava conversando com alguém durante a aula!
Foi a melhor sensação do mundo!
Fiquei me sentindo igual ás outras crianças.”

site: http://www.dreamsandbooks.com/2017/02/resenha-fora-de-mim.html
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Aline Marques 24/09/2017

A luta não é para se adequar. É contra o preconceito. [IG @ousejalivros]
Até onde você enxerga o outro, a si mesmo e o mundo?

Quem são as vítimas dos seus olhares julgadores e primeiras impressões errôneas?
Você acredita ser apenas mais um, tendo o mínimo impacto possível no resultado final ou você é a diferença?

Melody tem onze anos, ama sua família, música country, junk food e livros. Ela também tem paralisia cerebral, o diagnóstico responsável por aprisionar todas as suas palavras e a possibilidade de ser vista como "normal". Não que sua definição de normalidade seja a mesma que a dela, já que você (possivelmente) preza pelos padrões, enquanto ela anseia pela liberdade.

Narrado em primeira pessoa, o livro retrata desde as primeiras memórias da protagonista, sua rotina atual, seus sonhos e desejos, e a dor de compreender que numa sociedade obcecada pela perfeição e popularidade, ninguém nunca será o bastante. Ainda mais quando as imperfeições estão expostas.

A escrita de Draper é atrativa e reflexiva, ideal para jovens leitores e para ser debatida no ambiente escolar e em família. Seus personagens motivam os sentimentos mais sinceros (e intensos), com diálogos sagazes divertidos e realísticos.

O tipo de livro que o leitor carrega no coração e se torna a base para a mudança de atitudes e perspectiva. Ao menos deveria.
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Roseli 26/04/2017

Fora de mim: a saga interna de uma menina muito especial
A leitura de um bom livro nos transforma, nos faz refletir, remodelar conceitos até então pré-estabelecidos. Trabalhando em biblioteca escolar, convivendo diariamente com crianças e pré-adolescentes, tem me renovado muitos desses tais conceitos que assimilamos através de terceiros.
Sempre que posso, leio livros de literatura juvenil que chegam aqui no nosso acervo. Uma forma de se inteirar sobre o que anda rolando na literatura juvenil atual e também, me atualizar para poder indicar leituras para os jovens do colégio. Livros que abordam questões de inclusão, são sempre bem vindos afinal, todas as escolas devem estar de acordo com a lei da Inclusão. Não serei hipócrita em dizer que todas aplicam essa lei ao pé da letra porque estaria mentindo e feio.
A lei até pode existir mas, muito mais difícil do que implantá-la, é trabalhar tais conceitos de inclusão entre alunos e principalmente, professores que já se encontram "engessados" por teorias antigas e muitas delas bem ultrapassadas e que já se encontram tão enraizadas, que dificultam um novo moldar em suas formas de trabalhar. Não estou aqui traçando uma crítica muito menos julgando o papel dos professores. Muito pelo contrário, sou solidária nessa luta insana que dia após dia, todos que trabalham com educação, travamos para dar nosso melhor na formação das crianças. Só que nem sempre se consegue...
Retornando às leituras, hoje vou falar um pouco sobre um livro que acabei de ler e que muito, mas muito mesmo me emocionou. Uma história que, para quem como eu, trabalha no universo escolar, com certeza já viu situações semelhantes. A identificação será imediata! Ler na integra no link abaixo

site: http://bibliotequiceseafins.blogspot.com.br/2017/03/fora-de-mim-saga-interna-de-uma-menina.html
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Cristiane 06/03/2017

Comprei esse livro na Bienal do Livro de 2016. Achei a capa muito bonita, até ler a sinopse e ver que esse livro era incrível. Criei expectativas, claro, e confesso que minhas expectativas foram superadas, e nunca imaginei uma história tão profunda, cheia de realidade e que me fez ficar arrasada em vários momentos.

Vamos conhecer a Melody, ela tem paralisia cerebral, tem dificuldades para se alimentar sozinha, precisa de ajuda para se locomover e infelizmente não consegue se comunicar. Apesar disso, ela é uma garota extremamente inteligente.

“Já fui a dúzias de médicos na minha vida, e todos tentam me analisar e me entender. Nenhum pode me consertar. Então, normalmente eu os ignoro e ajo como se fosse retardada.”

Subestimada por todos os médicos que visitou, o que mais a deixava chateada era que, mesmo ela estando presente nos lugares, ninguém falava diretamente com ela. Melody sentia como se não existisse. Tinha tantas coisas que ela gostaria de falar para seus pais, mas ela nunca conseguiria, para ela isso era o mais frustrante.

Depois de ir a uma consulta com sua mãe, e o doutor simplesmente sugerir para a mãe dela que existiam clínicas para cuidar “desse tipo de criança”, Diane, mãe de Melody decide que não vai dar ouvidos ao que aquele médico tinha dito. Ela então matricula Melody em uma escola, porque ela sabe que sua filha é inteligente demais para não ter suas habilidades desenvolvidas.

Infelizmente o tempo de Melody na escola não é tão bem aproveitado como ela gostaria. Ela estuda na sala H5, onde outras crianças que possuem “deficiências” estudam junto com ela. Melody se sente na maior parte do tempo entediada pelos professores acharem que todos na sala não compreendem o que eles falam. A Melody entende, muito bem por sinal, a única coisa que ela não consegue é falar e expressar o que pensa.

“Como é que o silêncio pode fazer tanto barulho?”

Além disso, as crianças da sala H5 eram excluídas pelas outras crianças, por serem diferentes. Foi então que surgiu a ideia de inclusão dos alunos da sala H5 com as outras crianças, para que todos fossem amigos.

“Alguém devia ter filmado a cena para provar que, sim, uma classe do quinto ano pode fazer o mais absoluto silêncio.”

Crianças tendem a serem cruéis quando querem, e foi isso que vi na maior parte da história quando começou essa ideia de integração. Eu achei excelente, mas senti que muitos professores não interviam quando algumas crianças começavam a ofender as outras, só por elas serem diferente. Como a própria Melody fala (pensa), algumas crianças falam coisas não por serem sinceras, mas sim por pura maldade.

Esse livro foi muito especial para mim. Me emocionei em vários momentos, não tem como não se emocionar. A narrativa faz com que você se sinta vivendo a vida da Melody. Coisas muito simples, mas que fazem toda a diferença, como por exemplo, um abraço, um oi, um sorriso, uma simples conversa, era disso que a garota sentia mais falta. Era frustrante para ela não ser como as outras crianças, ela queria ter amigas, queria ir em festas de aniversário, mas isso nunca tinha sido possível. Os alunos da sala H5 eram invisíveis, menos quando passavam alguma vergonha ou faziam algo que era considerado estranho.

“Alguém devia ter filmado a cena para provar que, sim, uma classe do quinto ano pode fazer o mais absoluto silêncio.”

Uma das pessoas que mais gostei na história foi a Srª V (Violeta). Ela cuidava da Melody quando seus pais não estavam em casa e não tinha nenhum pouco de dó pela garota, muito pelo contrário, ela fazia de tudo para que a Melody fosse independente, para que aprendesse as coisas, porque ela sabia, aquela garota era inteligente e muito especial, mesmo a maioria dos médicos dizendo o contrário.

Depois de finalizar a leitura, vi que tudo o que li, realmente acontece. Os pais devem ensinar aos seus filhos que não é certo descriminar outras crianças por qualquer que seja o motivo. Os professores devem ser orientados para saberem lidar e repreender sempre que necessário a atitude das crianças.

Imagine você ser insultado e não poder responder, ter que ficar quieta, simplesmente por não poder se movimentar e nem se comunicar, esses foram os momentos que mais me deixaram frustrada, mas o final do livro foi o que mais me deixou chateada e pensando em como o ser humano pode ser horrível. Eu recomendo muito a leitura, me fez abrir meus olhos para algo que nós não temos consciência de como é. Somos “perfeitos”, podemos andar, falar, comer sozinhos e mesmo assim, ainda reclamamos. Mas todos sabem que ninguém é perfeito, e assim como foi citado no livro, fica a pergunta: Todos têm algum tipo de deficiência, então, qual é a sua?


site: http://www.sugestoesdelivros.com/2017/02/resenha-fora-de-mim.html#.WL1f4m8rJdg
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Yasmym 22/10/2016

Esse livro. Confesso que o comprei tem um certo tempo em uma feira de livros que tem na minha cidade de vez em quando. Era um sábado e fui apenas dar um passeio pela feira porque não tinha o que fazer em casa e meu pai me deu um dinheiro, caso eu quisesse comprar algum livro. Andando pra lá e para cá, anotando nomes de livros que a sinopse me agradou, o vi perdido nas estantes e o nome me atraiu de uma maneira absurda. Olhei a sinopse e perguntei o preço por curiosidade, reparei que só tinha um exemplar e o preço estava super em conta e resolvi comprar.

Por que estou contando isso? Porque talvez tenha sido um dos livros mais lindos que já li, não me arrependo do dia que o adquiri e me surpreende muito o fato de muitas pessoas não o conhecerem. Todos deveriam ler. TODOS. Sem exagero.

A vida de Melody não é nada fácil. Me colocou pra pensar nas vezes que poderia ter ficado em silêncio ao invés de falar tanta bobagem e, as vezes, acabar magoando alguém. Quanto vale o silêncio? Quanto vale um simples "oi"? A história nos mostra uma realidade que nunca passou pela minha cabeça.. Quantas pessoas vivem na situação da Melody? Quantos gênios estão sendo deixados de lado porque tem alguma deficiência, seja física ou mental?

Melody nos mostra que não há barreiras que nos impeçam de fazer o que queremos, tudo está ao nosso alcance, basta o querer. A história é emocionante e se prepare para rir, chorar, ficar com raiva, chorar de novo e rir mais um pouco.

LEIAM, MAS LEIAM COM O CORAÇÃO.
Boa leitura!
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Lorrane Fortunato 28/08/2016

Coisas que Aprendi com Fora de Mim / Dreams & Books

"Como é que o silêncio pode fazer tanto barulho?"

Fora de Mim me fez me perguntar diversas vezes o que eu deveria escrever e como eu deveria escrever sobre esse livro. E também me fez repensar o que é escrever uma resenha.

Se o livro te faz chorar tanto que as páginas delem ficam manchadas de lágrimas, importa se a capa dele é bonita? Se o livro toca o seu coração e abre seus olhos para uma condição, importa se as páginas são amareladas ou brancas? Se o livro entra pra sua lista de favoritos da vida, importa mesmo se a letra tem um tamanho bom?

Eu não sabia o que dizer sobre esse livro, e na verdade, ainda não sei. Só sei que preciso fazer com que entendam o quão incrível ele é. Eu não conseguia fazer uma resenha, por isso, criei a coluna Coisas Que Aprendi.

"Uma pessoa é muito mais que um diagnóstico escrito num prontuário."

Não dramatizar.
Apesar de o gênero ser drama, esse não é aquele livro dramático e cheio de cenas tristes que te faz ir pro hospital com desidratação, após lê-lo. Você vai chorar, muito ou pouco, talvez nem chore, não tenho certeza (eu chorei horrores, mas, não sirvo de comparação). O que eu sei, é que ele vai te tocar de uma forma incrível. Naquele pontinho mais insensível do seu coração, você vai se sentir mexido.

Melody me mostrou que não é preciso fazer drama por tudo. Ela me ensinou que preciso vê mais as coisas bonitas e simples da vida, que devo usar lentes que só foquem no bom.

Agradecer.
Você já agradeceu hoje? Mesmo que não tenha uma religião e mesmo que não acredite em Deus, você já se sentiu grato por tudo o que tem? Não, eu não estou falando de dinheiro, de bens. Eu estou falando de saúde. Já agradeceu por estar bem? Já agradeceu por ter saúde e poder fazer o que pode sem ajuda? Ou, se tem algum problema bem sério, já agradeceu pela vida? Parou pra pensar no quanto é privilegiado?

Foto por Dreams & Books.
Instagram @DreamseBooks

Fora de Mim me fez ver o quanto preciso ser grata.
Já pensou como seria sua vida se não pudesse enxergar, ouvir, falar ou se mexer? Já pensou como seria, se fosse você a Melody, uma menina gênio que não pode cantar, abraçar sua família, contar piadas, fazer cócegas em alguém ou dançar?

"Palavras.
Milhares de palavras me cercam. Talvez milhões. (...)

As palavras sempre rodopiam à minha volta como flocos de neve.
Cada palavra é delicada e diferente, e todas se derretem, uma por uma, intocadas, nas minhas mãos."

Valorizar.
Quanto valor estou dando ao que posso fazer?
Eu sempre penso mais no que não posso fazer em vez de valorizar o que posso?

Melody é uma menina que valoriza muito a vida e as pequenas coisas. Ela, mesmo cheia de limitações, valoriza cada coisinha, vê beleza em tudo e é feliz com o que tem. Por que eu não posso ser assim também?

Prezar.
O quanto você preza sua família, seus amigos, aquelas pessoas que sempre estão contigo? Já disse que as ama hoje? Já agradeceu? Se colocou a disposição? Já fez o bem pra alguém? Eu me fiz essas perguntas.

Melody ama e valoriza todos que a amam e se dão por ela. Ela é grata e, tenho certeza que, se pudesse, ela diria repetidamente (e mostraria em ações) o quanto os ama e faria de tudo por eles. Melody mostra que sempre devemos nos lembrar que essa parceria não é uma via de mão única. Como diz a sábia vovó: "uma mão lava a outra e as duas lavam os pés."

Superar.
Você tenta sempre superar?
Não digo superar os outros e ser sempre o melhor em tudo, pois, isso é esgotante e não traz tanto prazer quanto deveria. Estou dizendo superar a si mesmo. Quebrar seus limites, fazer coisas que os outros (e talvez você mesmo) desconfie que consiga. Você tenta?
A última lição que aprendi com Melody Brooks foi que devo me esforçar pra ser a melhor eu que puder.

"Todo mundo usa palavras para se expressar.
Menos eu.
E aposto que a maioria nem se dá conta do poder que as palavras tem."


Se você está em dúvida quanto a ler ou não esse livro, apenas leia. Tenho certeza que a Melody vai te ensinar muitas coisas. E que você vai curtir cada segundinho ao lado dela. Quando acabar, estou certa que sentirá a falta dela.

Jogue quaisquer razões ou desculpas para não ler esse livro fora. Siga meu conselho e leia Fora de Mim. E depois, se quiser, pode fazer sua própria lista de coisas que a protagonista te ensinou. Certamente, ela te ensinará algo.

"Parece que eu vivo numa jaula sem porta e nem chave.
E não tenho como explicar como se faz para e tirar dela."

site: www.dreamsandbooks.com
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