Bru | @umoceanodehistorias 21/02/2017Concluí a leitura desse livro há alguns dias e ainda não encontro palavras para me referir a ele. O livro conta a história de Clarice, a própria autora, que, aos seus 18 anos de idade, viu sua vida mudar completamente. Ela foi vítima de um acidente automobilístico e acabou ficando tetraplégica.
“Mas somente quando o que eu contava se desfez foi que meus olhos foram abertos para que eu pudesse ver o que é eterno.”
A autora nos conta como foi descobrir-se dessa forma, todas as cirurgias pela qual passou, como sua família reagiu a isso, sua luta para voltar a se movimentar, até a descoberta de um Deus justo que faz o melhor para que as pessoas aprendam e superem todos os momentos de sua vida. Em O penúltimo capítulo, vamos descobrindo, junto da Clarice, como se aproximar de Deus e nos aceitarmos como somos pode tornar nossa vida menos penosa e mais proveitosa.
“(...) o maior milagre acontece não quando os obstáculos são removidos, mas quando recebemos a capacidade de superá-los.”
Como disse antes, não tenho palavras – e acho que nunca terei – para falar sobre essa obra. A primeira coisa que consigo pensar sobre essa obra, e sobre a autora é que ela é o exemplo de superação.
“A vitória não é dos que largam na frente, mas dos que perseveram até o fim!”
Clarice era uma menina muito ativa, tinha muitos sonhos e muita vontade e determinação para realizar todos. Sua busca pela cura é incansável, mas ela começa a ver, que, ficar mais próximo de Deus, não significa que, milagrosamente, ela se levantaria e sairia andando por aí, como se nada tivesse acontecido e esse é o ponto alto do livro. A autora expõe muito bem a questão da cura com o que nós imaginamos ser e o que ela é para Deus.
“Em nossa rotina, poucos param para olhar ao redor e avaliar com atenção os próprios passos. Não temos tempo para apreciar as pequenas coisas e sentir para com as pessoas que estão bem perto de nós. Mas, ao sermos sacudidos pelas perdas e frustrações, somos obrigados a parar. Então, olhamos ao redor em busca de conforto, de forças que nos deem esperança para continuar. Só encontramos alívio em Deus, mas somos despertados para ver nosso próximo.”
Foi muito gratificante ter lido esse livro, mas não acho que todo leitor irá gostar, pois o teor religioso é alto e muitos podem desgostar dessa questão. No mais, O penúltimo capítulo é uma leitura inspiradora, que nos faz ver que nossos problemas não são nada perto do que podemos conseguir superar tudo se agirmos da forma correta.
“Eu queria um final feliz. Mas qual seria o final feliz? A nossa história não acaba no ponto final de um livro. O final feliz é muito mais profundo e vai muito mais além do: ‘... e viveram felizes para sempre’.”
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