O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação

O incolor Tsukuru Tazaki e seus anos de peregrinação Haruki Murakami




Resenhas - O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação


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Helena.Jablonski 20/09/2020

A escrita de Murakami oferece um passe livre de imersão na história.
Confesso que minhas altas expectativas depois de ler Kafka à Beira Mar não foram superadas. No entanto, gostei muito da leitura e das abordagens acerca do subconsciente, do mundo dos sonhos e da transformação do que é mundano em possibilidade de metáfora.
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Cris.Vidal 25/06/2023

Lê mal du pays
É bem interessante a proposta abordando sobre a depressão e angústia no início do livro. O que me decepcionou foi já descrever o protagonista como mediano/mediocre.
"Mas Tsukuru em si não era dotado de nenhuma característica que pudesse se orgulhar ou que pudesse exibir. Pelo menos era assim que ele próprio se via. Era mediano em tudo. Ou sua cor era tênue."
Mas lendo mais a fundo percebo que é mais a percepção do protagonista do que a realidade.
Ele tinha um grupo de amigos na adolescência, e sempre se sentiu um forasteiro, porque os quatro tinham no sobrenome uma cor, Vermelho, Azul, Branca e Preta e ele foi sempre o Incolor. Até que um dia os amigos dele simplesmente cortaram contato com ele, de forma súbita e sem explicações. E que foi o motivo de sua depressão no início do livro.

De cara gostei muita da amizade que se desenvolveu de Tsukuru com o Haida, principalmente pela forma de Haida ver a vida, pena que algumas coisas não se explicam e ele some logo depois, todos personagens que eu gosto somem.
Uma coisa que realmente me prende nessa leitura é a forma fluida que é contada, coisas simples se tornam interessantes. O dia a dia, a forma de ver a rotina. Apesar da depressão, é como se ele tentasse enxergar esperança.
A Sara surge como interesse amoroso de Tsukuru, e ela percebe que falta algo nele, e que só se relacionaria com ele se ele resolvesse os problemas que deixou no passado, e aí começa a peregrinação de Tsukuru, pra reencontrar os seus amigos e entender o que aconteceu pra cortarem ele do grupo.

Sinceramente amei a leitura, no início eu não gostei pela perspectiva do protagonista, mas com o desenrolar você entende o personagem, o encontro dele com a Eri (Preta) pra mim foi a melhor parte, porque foi a aceitação e compreensão de tudo que aconteceu a todos do grupo, e como cada um lidou com isso, apesar que quem mais sofreu foi Eri, Yuzu e Tsukuru.
"Foi então que ele finalmente conseguiu aceitar tudo. Na camada mais profunda da alma, Tsukuru Tazaki compreendeu. O coração das pessoas não está unido apenas pela harmonia. Pelo contrário, ele está unido profundamente pelas feridas. Está ligado pela dor e pela fragilidade. Não há silêncio sem grito desesperado, não há perdão sem derramamento de sangue, não há aceitação sem travessia por uma perda dolorosa. É isso o que há no fundo da harmonia verdadeira."
O livro diz muito sobre amizade, relacionamento, mágoas, depressão e no final eu amei como termina com um tom de esperança, deixando em aberto, porque costuma ser assim na vida, não sabemos do amanhã e o que há por vir, mas temos esperança de ser algo melhor.
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ElisaCazorla 12/01/2016

Decepcionante
O livro começou muito bem e me deixou completamente interessada até um pouco mais de 3 quartos do livro. A partir de então, comecei a ter a sensação que teria o pior final possível. Foi exatamente o que aconteceu.
Quando uma obra apresenta um grande problema desde o seu início, muitas vezes o mais importante para o autor é resolver o mistério. O leitor também fica na expectativa de que o mistério vá ser resolvido até o final. Eu sou uma leitora de Saramago, por isso, não importa para mim se os problemas serão ou não resolvidos até o final ou se o livro terá um final, no entanto, isso só não importa quando o autor é alguém como José Saramago, o que não é o caso aqui.
Toda a narrativa gira em torno de um grande mistério. O estilo do autor é simplório, cheio de máximas, clichês, repetições enfadonhas, metáforas muito mal construídas, enfim, nada importa nesse livro exceto a solução do mistério.
O autor apresentou vários pontos que poderiam ser interessantes se ele fosse um escritor mais habilidoso e organizado. Ele também não amarrou muito bem a história e deixou vários pontos soltos e mal acabados.
Os personagens são, até certo ponto, interessantes, depois eles simplesmente desbotam e desaparecem.
O final é o mais decepcionante possível e o estilo do autor não faz a obra valer a pena. Poderia ter sido bom, mas é realmente bastante frustrante. Não posso deixar de dizer que em alguns momentos tinha a sensação de estar assistindo a uma novelinha adolescente da globo. Uma pena.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk 01/12/2016minha estante
Olha, tive a mesma sensação. Não dá nem vontade de ler outro livro do autor. Nem sei o porquê não abandonei...




Rafael 26/12/2020

Um aglomerado de manuais de sobrevivência
Certamente este é o livro mais profundo que li de Murakami até aqui. Diferente de várias obras, essa não tem nada de essencialmente fantástico. Murakami dita em metáforas as realidades humanas (sim, mais de uma). É um livro sobre a poética e amarga perda. Sobre como necessitamos das pessoas e como elas são motivo de morte também. O constante paradoxo.

Tsukuru Tazaki é muito diferente do que pensa ser: incolor e vazio. Durante toda sua peregrinação, o personagem deixa à mostra seus diferentes tons vívidos (até na hora em que encara o abismo) e toda sua complexidade. E, além disso, encara a maior realidade de todos nós: sermos jogados para "nadar sozinho no mar gelado à noite", sempre buscando o final do percurso e sofrendo com toda a jornada. E as perdas de Tsukuru escancaram esse fato todo o tempo. Seus amigos o abandonaram, e esse é o motivo de toda sua peregrinação, sozinho. Até sua relação com a mulher que descobre amar depende disso. É tudo sobre "não ser apanhados por duendes maus" e desviar o caminho ou sumir de si mesmo.

Por fim, esse é um livro sobre enfrentamento e coragem, mas também sobre solidão. Mais especificamente, sobre o medo dela. E a única coisa clara que se pode tirar ao final é que você vai ter que lidar com a solidão, seja com a dor gélida no peito, seja sabendo apreciá-la devidamente. E isso não impede que caminhemos contrário a isso. Isso não torna impossível apreciar a companhia das pessoas que nos rodeiam. Mas a solidão é certa. Afinal, "o coração das pessoas é um pássaro noturno; permanece esperando algo silenciosamente e, quando chega a hora, alça voo seguindo na sua direção". Qualquer caminho é válido. Tsukuru Tazaki pode ser colorido como um arco-íris ou cinza - assim como todos nós -, mas nunca incolor.
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Faoli 03/08/2022

Um dos favoritos da vida.
Meu primeiro contato com o autor veio logo com esse livro que com certeza vou carregar na mente até o último dia da minha vida.
Tsukuru Tazaki parece tão real que chega a assustar. Que obra!
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jefranx 07/01/2023

primeiro do ano!!
resolvi começar o ano por esse livro pelo fato de a escrita do murakami ser muito boa, então vamos lá:

eu gostei bastante desse livro, principalmente a forma como é abordada a angústia do tsukuru e como a vida adulta chegou para ele e todos os seus amigos.

o murakami consegue expressar muito bem o sentimento dos personagens durante a história e trás momentos que nos faz parar a leitura para absorver o que foi escrito.

infelizmente não posso deixar de citar um ponto que me incomoda MUITO nas obras desse autor, que é a forma como as personagens femininas são vistas pelos protagonistas e a sexualização delas. é muito incômodo e totalmente desconfortável, principalmente porque não tem nenhuma necessidade e não agrega em nada na história. já percebi que isso é meio que um "padrão" nos livros do murakami e é uma pena personagens femininas com tanto potencial serem resumidas a apenas isso.

por conta desse fator (que também é presente em outros livros do autor que eu li) não tem como dar 5 estrelas, mas é o meu segundo preferido do murakami dentre os que eu já li.
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Caroline 17/08/2020

É o segundo livro que leio do murakami (o outro foi "minha querida Sputnik") e sigo encantada com a maneira que ele escreve. O livro possui reflexões profundas e momentos nos quais eu me senti assistindo uma conversa entre amigos. Essa história particularmente me encantou e não consegui abandonar a leitura até saber o desfecho da história de tsukuru, o único dos amigos que não possuía uma cor no nome. O final é aberto, assim como no outro livro que li do autor, o que, para mim, tornou tudo ainda mais fascinante.
Débora 18/08/2020minha estante
Depois dessa resenha, Carol, eu preciso conhecer Murakami!!!?


Caroline 18/08/2020minha estante
Acho q esse eh um bom livro para começar. Eh curto e fácil de ler


Débora 18/08/2020minha estante
Ótimo, Carol!!!




anaartnic 23/01/2023

Uma história sobre amizade e indivíduo
Esse livro do Murakami foi bem diferente dos outros que eu li, acho que acabei começando seus livros pelos mais malucos, esse não é uma daquelas história que possui grandes marcas de um realismo fantástico, apesar de ter alguns mistérios.

Tsukuru Tazaki fazia parte de um grupo de amigos, todos eles (com exceção de Tsukuru) possuem uma cor em seu nome. Eles são uma harmonia perfeita, mas de um dia para o outro, Tsukuru é expulso do grupo sem saber a razão.

Após anos, que envolvem também a sua recuperação do trauma da rejeição, Tsukuru vai atrás dos amigos para entender o que aconteceu. Na busca, o protagonista soluciona os mistérios que permeiam a separação do grupo, assim como, compreende o papel que tinha enquanto o incolor em meio as cores.

Eu gostei bastante do livro, acho que esse tema de autodescoberta e a relação individual x coletivo em grupos de amigos é algo que me toca um pouco. Apesar disso, já está ficando chata essa fixação que Murakami possui com seios grr.

Ao final, acredito que é praxe do autor, algumas pontas ficaram meio soltas, umas dez páginas a mais ou um telefonema poderiam resolver, mas é o Murakami sendo Murakami.

No mais, acredito que esse é um livro leve e, talvez, bom para começar a entrar no Universo do Murakami.
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Clara 25/02/2023

As cores que habitam em nós
Eu tinha altas expectativas para esse livro devido aos comentários das pessoas que me indicaram e ele realmente é tudo isso que me falaram.
Um livro extremamente poético e melancólico (como muitos dizem). O Tsukuro é uma pessoa assolada pela depressão e por um vazio inigualável após ter sido expulso de seu grupo de amigos, leva uma vida tão monótona que em alguns momentos chegava a ser agoniante.
O final em algumas partes pode ser considerado aberto e me deu aquela sede de mais e mais.
Resumidamente foi uma leitura incrível que eu recomendo muito!!
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mononoke 23/05/2022

Como todo livro escrito na língua japonesa as palavras tem um significado maior do que imaginamos a primeira vista. Os ideogramas usados sempre trazem consigo um peso que não há como ser traduzido.
Percebi bastante isso na leitura desse livro em que cada frase exigia uma releitura cuidadosa. O engraçado que ao mesmo tempo que eu parava constantemente para refletir o livro corria rápido me deixando um pouco nauseada.
É o tipo de livro que com certeza eu leria novamente, e tiraria um significado novo a cada releitura.
O tema não é simples, falar sobre o tempo, passado, presente, futuro, o que somos e o que deixamos de ser, nunca será simples. Mas na medida do possível ele conseguiu.
Renata1004 26/05/2022minha estante
To lendo um sobre a cultura japonesa
Chama ikigai tem no Skeelo


mononoke 26/05/2022minha estante
vou já atrás




Lisa 15/01/2023

Nos enxergamos do modo que somos de fato?
O Murakami é sem dúvida o meu autor favorito (junto com Tolstói), suas narrativas sempre me conquistam, na maioria das vezes de cara, mas principalmente no meio delas, sempre crescem e cativam. Contudo, é também um autor de uma história só.
  Em plots que sempre envolvem o onírico e extraordinário de modo que soem ordinários, os seus personagens compartilham as mesmas características, gostos e perfis. Sempre adultos solitários, introspectivos e perdidos, confusos sobre qual lugar habitam no mundo, desligados, deprimidos e deprimindo. Tsuruku poderia ser o Toru que poderia ser o Hajime, a Branca e Preta poderiam ser a Naoko e Sumire em muitos aspectos. Figurinhas repetidas tendem a ser notadas, certo? Murakami ja foi questionado sobre e sua resposta resume sua prosa, a faixa dos 30 anos é jovem, mas não tão jovem, é um ambiente perigoso e sensível e o interessa entender e escrever sobre os dilemas desse eixo com sua calma característica.
  Somente uma carta, sim, mas a única que se precisa. Uma mesma jogada mas se ela nunca falha, é preciso outra? Parece que não, principalmente porque embora parecidos, cada personagem é revestido com camadas particulares de profundidade, com sofrimentos que são reais e falam diretamente com quem os lê.
"O incolor Tsuruku Tazaki e seus anos de peregrinação"  é sobre uma jornada de autoconhecimento. Com traumas e demandas que são anteriores ao abandono misterioso dos amigos, se trata do medo de se conhecer, de descobrir quem é e das imagens distorcidas que criamos de nós, muitas vezes tão longe da realidade, mas que não conseguimos ver e sofremos com isso. Tsuruku assume que não tem cor, que é um recipiente vazio, não agrada, não comporta, não faz diferença e por isso é abandonado, que não acrescenta nada a vida dos outros. E essa visão de si o aprisiona.
Como sempre, é um prazer ler esse autor, é um desconforto confortável. Mas preciso, confessar, esse foi um livro sem música, ou melhor, de uma música só e eu que sou acostumada a montar uma playlist de horas só com as indicações que o autor cita em suas histórias me senti um pouco traída e reclamando. Mas até isso, foi proposital, afinal, que música ouviria alguém que não tem cor? Que sente-se oco?
Maria 15/01/2023minha estante
Bela resenha. Excelente gosto para autores.


Lisa 18/01/2023minha estante
Obrigado ??




lara 17/05/2022

o que dizer sobre murakami
Mesmo com o reencontro e lembranças, não consegui ver o que tinha de tão especial na relação do Tsukuru com o grupo, e o impacto que a separação causou ser tão grande a ponto de afetar as relações sociais dele muitos anos depois? Acho que sim a perspectiva dele ir atrás dos amigos para descobrir o que realmente aconteceu legal, porque existe o mistério de saber o motivo, mas eu achei que foi um espaço de tempo MUITO grande? Não achei nada assim tão profundo quanto falam. É Melancólico? É. Mas do mesmo jeito acho que nem as citações boas deixam as partes do livros menos enroladas, as vezes fica lento, inventa coisa, fica parado? E ainda mais a forma que toda mulher que Murakami escreveu nesse livro ou só aparecia em cena de sexo (que por sinal ô homem esquisito esse Murakami viu) ou sendo problemática em qualquer sentido, além de super sexualizada.

Pode até ser aconchegante de ler em um tempo frio.
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Joao366 20/11/2022

Qual a cor da solidão?
Confesso que me emocionei e me vi mais em outras obras do Murakami. Achei o enredo uma tentativa de parecer O Conto do Pássaro de Corda, mas tudo bem - continua sendo um livro bom, mas não excelente.
De toda forma, vale a reflexão: o quanto as cores das pessoa são nossas? Que peso fica em nós quando alguém decide partir? Como perdurar os laços se as pessoas não se reconhecem uma nas outras?
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Mourão 05/04/2020

O vazio incolor
Tsukuru como o próprio nome diz, é um construtor, trabalha construindo estações de trem em Tokyo, ele vive de forma simples e solitária, ao iniciar um novo namoro, Tsukuru se sente a vontade de comentar sobre o passado e de como participou de um grupo de amigos na época de adolescente, em sua cidade natal de Nagoia, porém na época de faculdade os amigos resolveram excluir Tsukuru do grupo sem motivo algum, o medo da rejeição foi tao grande que Tsukuru nem ao menos questionou os amigos e 16 anos depois essa ferida ai da está aberta.
Agora motivado por Sara sua namorada, ele buscará o reencontro com os amigos e esclarecer o que houve.
Um livro muito bonito, que refletirá sobre passado, as decisões da vida, culpa e amizade.
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