Lina DC 20/09/2014A história é narrada em terceira pessoa e dividida em dois tempos: 2004 e 2014.
Sydney é uma jovem que está fazendo o seu caminho por conta própria. Seus pais são funcionários da família Beringer (pais de Travis) e Sydney e Travis são amigos de longa data. Mas a garota sabe que mesmo que a amizade seja genuína, existe um abismo social entre eles.
A protagonista é forte, teimosa e em alguns instantes cabeça dura, mas é compreensível. Travis é seu oposto: teve tudo de mão beijada e não entende a relutância e teimosia de Sidney. Pelo lado positivo, ele não é esnobe e é paciente, mas todos nós sabemos que paciência tem limite.
É em uma festa de natal da alta sociedade que o relacionamento dos dois tem uma grande guinada. Sarah é amiga de Sydney e ultimamente anda distante e evasiva. Acontece que Sarah "supostamente" se suicidou durante a festa, deixando uma Sydney traumatizada.
"Um borrão vermelho na calçada. O vermelho que não se limitava ao tecido do belo vestido, mas que se empoçava em tono dela, espalhando-se pela calçada da cidade de Nova York." (p. 09)
Tentando esquecer a noite traumática, Sydney recorre aos braços de seu amigo Travis. E uma luta de vontades se inicia.
A história é bem curtinha (tem pouco mais de 60 páginas), mas deixa claro que teremos algum mistério e muita sensualidade!
Um livro com momentos calientes, muito romance e com personagens carismáticos.
Tanto Travis quanto Sydney ganham a simpatia do leitor, pois é possível entender o lado dos dois na história: Sydney precisa se fazer pro conta própria, provar para si mesma que consegue, enquanto Travis é um romântico, mas que nunca teve que batalhar por algo.
"Ela o conhecia melhor do que a qualquer pessoa na face da terra, e estava prestes a conhecê-lo de uma maneira nova. E ainda mais íntima. E, além disso, não havia de fato ninguém que a conhecesse melhor. Travis sabia de sua história de vida, conhecia sua personalidade.... E, então, saberia como era possuí-la." (p. 26)