JackRags 29/03/2022
COMEÇA BOM E MORNO, E TERMINA COMO COMEÇOU!
Ícones
Após a Terra ter sido invadida por seres alienígenas misteriosos, Dol, a única sobrevivente de sua família, passou a morar em uma pacata cidade camponesa junto de seu melhor amigo, Ro. Apesar da relativa segurança, os amigos sempre suspeitaram que possuíam algo de especial, até que, repentinamente, são capturados pela Embaixada. Agora, juntos de Tima, outra prisioneira, e Lucas, filho da poderosa embaixadora e garoto por qual Dol nutre uma perigosa atração, todos perceberão que o encontro dos quatro não é mera coincidência: é uma conspiração.
ANOTAÇÕES AO DECORRER DA LEITURA:
Depois de pagar apenas 10$ na Amazon e 5$ no segundo volume. Eu acho que deveria tentar. Amei Dezesseis Luas, eu li até duas vezes. Então, acho que irei gostar desse. (Bom, como se vê, essa resenha será baseada nas minhas opiniões ao decorrer da leitura, não irei fazer grandes corte).
A escrita é uma delícia. A história é contada em intervalos de descrição e diálogos.
É narrado por Dol, uma das sobreviventes do Dia. Seu melhor amigo é Ro, eles vivem como camponeses em um lugar chamado Missão.
Poucas cidades tem energia elétrica, e somente essas cidades também podem ter acesso a ela.
Os primeiros capítulos são uma introdução e a comemoração do aniversário de Dol, que no dia seguinte faria 17 anos.
É citado Grande e Maior um casal responsável pela alimentação, é citada uma porca com um nome que não me lembro mas é bem esquisito.
Dol tem algum sentimento maior do que amizade por Ro, e de certa forma, e pelas atitudes e presentes de Ro, entende-se que pode ser recíproco esse sentimento.
DOL é traumatizada ainda pela perda dos pais quando ela era um bebê ainda.
Amei essa abertura.
No final de cada capítulo um arquivo confidencial é liberado, explicando detalhes de alguém que morreu ou coisas do tipo, não entendi muito bem ainda, mas é muito intrigante.
Cada vez melhor. Que isso. Mas sinceramente, a autora da uns cortes abruptos na narrativa. Do nada o Padre morre, do nada a Dol está no trem, mas que trem? Que? Do nada Ro está tentando a salvar, mas do nada ele some. Eu fiquei, que?
ENTÃO A PARTIR DAÍ COMEÇA O QUESTIONAMENTO: EU REALMENTE ACHEI INTERESSANTE ESSE LIVRO?
Tipo, Rô é tudo para Dol. Ele sacrificou sua segurança para resgata-la da prisão no vagão.
Dol negociou um livro sobre os Ícones com um tipo de mercenário, isso com certeza não foi uma ideia tão inteligente, mas só assim ela conseguiria chegar até Rô, que por sua vez estava espancando um soldado exclusivo da Embaixadora.
Um adolescente também, que mais em frente se descobre ser um ícone também.
Mas essa história de ícone está me confundindo muito, o que entendi até agora é: após a invasão algumas crianças foram "poupadas" do massacre mundial, todavia, elas tinham em comum algumas marcas no pulso, que encaixam uma na outra.
Ro e Dol consegue se comunicar e se sentir telepaticamente, ao que entendi. O padre morreu após dar o livro a Dol. Agora também é notório que a tensão sexual dos protagonistas está sendo trabalhada.
A escrita é um pouco confusa, ela é narrada no presente, e isso deixa uns bugs. Mas okay. Estou gostando, mas precisa acontecer algo relevante, e a narrativa precisa ficar mais clara.
Eu odeio, e ao mesmo tempo gosto desse livro. Affs.
Depois de uma pausa de quase duas semanas. Voltei para esse livro. Penso que a pausa fez que eu tivesse um olhar mais amistoso e menos crítico com a narrativa. Parece que faz mais sentido, e que desce mais suave.
O veio morreu. Kkkkk Dol acorda fia.
Agora o livro toma um caminho de mais clareza. As coisas começam a ter mais sentido. E o leitor já consegue entrar em um ritmo mais fixo. Ainda há muitas coisas a serem discutidas sobre a maneira que a autora optou em contar essa história, e as técnicas. Mas, eu acho que estou me empolgando um pouco.
Ro com Dol, me lembrou imediatamente Jacob com Bella em Eclipse. Óbvio que fiz essa associação porque eu consigo ver que Rô é muito intenso, quase tóxico com seus impulsos e sentimentos por Dol. E ela acaba se vendo encurralada com seus sentimentos por ele. É claro que ela o ama, mas como irmão. E ele não entende e não aceita isso, o que acaba o fazendo ser tóxico.
Fortis mostra ser bem mais interessante do que já tinha sido apresentado.
Terminei. O final não é tão ruim. Mas sinceramente, depois de tanto tempo lendo, eu queria algo mais convincente. A autora usou muitas páginas para criar uma narrativa que poderia ser facilmente resumida. Mas enfim. Creio que ela irá melhorar muito suas escritas, já que esse é o primeiro romance sozinho que ela escreve.
Eu até queria me aprofundar mais nesse projeto para fazer uma boa resenha, mas, eu deixei essas anotações que deixam bem claro minha opinião, e como ela teve altos e baixos durante a leitura.
Em suma, é um livro que tinha um grande potencial, tinha uma narrativa que poderia ser abordada de várias maneiras diferentes para que fosse mais envolvente, todavia, a história apresenta muito e ao mesmo tempo não trás nada. A construção dos personagens é muito rala, a única que realmente chega perto de um arco narrativo é a protagonista Dol.
Os antagonistas são muito mal trabalhados, ao ponto de o leitor mal saber qual é o real problema da história, faltou muito, mas é difícil dizer o que, já que ficou só um sentimento de ausência.
Eu imagino que esse tenha sido apenas um livro introdutório, mas ele não funciona do jeito que foi elaborado. Quem sabe no volume seguinte: Ídolos, a narrativa ganhe firmeza, e autora tenha corrigido o tempo e a maneira que distribuiu a relevância dos temas.
Eu fecho o livro com um sentimento imenso de falta e de sede.
Por: Sally Rags
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