Marc 26/10/2014
Finalmente pude ler essa história. Como minha relação com os quadrinhos sempre foi repleta de longos desprezos, várias boas histórias são lidas muito tempo depois que saíram. E, nesse caso, sou obrigado a dizer que perdi muito em não ter lido antes.
Em primeiro lugar essa edição é realmente bonita. Acho que uma das capas mais bonitas e equilibradas que já vi da panini. A escolha de cores da capa foi perfeita. A edição ficou muito bonita e qualquer colecionador vai adorar deixar esse encadernado bem visível para poder sempre admirar um pouco. Como é uma história em duas partes apenas, a editora optou pela inclusão de histórias anteriores, que ajudam o leitor a conhecer o momento que o grupo vivia. E a história final, uma iniciação de Kitty Pryde, mesmo sendo curta é muito boa. Uma prova que os quadrinhos mainstream já foram muito mais interessantes que hoje, apelando para mega-sagas com ramificações em todos os títulos das editoras e, assim que terminam, logo são anunciados reboots que apagam tudo que o sofrido fã acabou de ler.
Em segundo lugar, achei a história do título realmente muito boa. Não era totalmente inédita, afinal assisti ao filme lançado ainda em 2014 e também a adaptação no desenho dos anos 90. Mas o quadrinho é melhor que os dois. E mesmo sob o impacto da leitura recente, arriscaria dizer que é uma das melhores histórias de todos os tempos dos X-men. E não era fácil porque não podemos esquecer que foi escrita pouco depois da saga da Fênix, que é considerada por muitos como o ponto alto do grupo até hoje. Mas o tom de desespero, um futuro distópico, imaginado a partir de um acontecimento que gera uma série de eventos conectados foi uma grande novidade na época. Gosto dessas histórias em que não há saída, nem esperança. Isso sem contar a grande sacada do final, que não vou comentar para não estragar para quem ainda não leu, mas deixa a história mais interessante ainda. Ótima história e edição primorosa, para mim o melhor lançamento do ano.