A árvore das estrelas vermelhas

A árvore das estrelas vermelhas Tessa Bridal




Resenhas - A Árvore das estrelas vermelhas


5 encontrados | exibindo 1 a 5


Dedé ! 30/01/2023

Sabor de identidade latina
Que livro maravilhoso para quem sente falta de personagens latinos cultural e politicamente imersos. É um abraço apertado que chega a doer, porque a história de Magdalena é tão triste quanto a história da América Latina na vida real. É encantador, é romântico, é triste e desgostoso, é de cortar o coração, é tão agridoce. O amor de Magda e Marco é o pequeno pedaço de Céu no que parece ter sido o Inferno na Terra.

Escrito por uma uruguaia, o livro pode ser uma boa fonte paradidática de introdução ao que acontece por esse país e continente no século XX. O cenário é fiel e realista, boa parte dos dados históricos são verdadeiros, inclusive o nome do revolucionário Che Guevara, o torturador Dan Mitrione e os Tupamaros, grupo de rebeldes guerrilheiros que se opuseram à implantação da ditadura no Uruguai e fizeram trabalhos investigativos.

O estilo de escrita da autora é muito agradável, fluído, compacto e de fácil entendimento. Consegue fazer abordagens de pautas sérias ? como desigualdade social, resistência judaica pós Segunda Guerra Mundial, criminalização da pobreza, feminismo, violência policial e assédio sexual ? em meio aos personagens que são crianças na maior parte do tempo, que não deixam de aproveitar a infância. O desenrolar da ambição dos protagonistas (e secundários) nessa época de represália, protestos, torturas, tudo é uma pincelada trágica e muito dolorosa, um aperto no peito diante da ciência que uma ficção está tão próxima do que foi a realidade de um país vizinho.

É recheado de cenas pesadas (embora não muito dissecadas, em nome dos leitores sem estômago forte), especialmente as cenas de tortura. Ainda assim, é uma ótima aposta para quem é jovem iniciante e está atrás de aprender algo sobre história e política, recomendável para adolescentes devido à clareza, dinamismo, objetividade e simplicidade com que os temas sociopolíticos são colocados. Este pode ser um primeiro contato, bem agradável, do estudante com algumas palavras e nomes importantes. E não deixa de ser igualmente triste, emocionante, adorável, talvez um pouco nostálgico e até educativo para quem leia mesmo depois dessa fase.
wtflaurete_ 30/01/2023minha estante
ótima resenha, amei! :)




Carol 23/01/2021

"Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça"
Enquanto estava lendo, achei que o envolvimento de Magdalena com os Tupamaros (de acordo com a sinopse) estava demorando muito para acontecer, pensei que a história acabaria ficando muito corrida... mas quando aconteceu, entendi o motivo: porque poucas páginas já seriam pesadas e suficientes o bastante para descrever os horrores cometidos pela ditadura militar contra aqueles que ousaram lutar contra ela. As passagens sobre cativeiro e tortura lembram muito os relatos que conhecemos sobre a ditadura no Brasil; inclusive, esse foi um ponto que gostei muito: Tessa Bridal também faz alusões aos regimes militares que ocorreram em outras partes da América Latina, como o Brasil e o Chile.

Gostaria de ter visto mais de Cora, uma das personagens que mais me cativou, e do intercâmbio de Magda nos Estados Unidos, mas no geral é um ótimo livro. Salvei várias citações, a escrita de Tessa Bridal é belíssima, a narrativa da infância e adolescência de Magda, apesar de longa, é deliciosa de se ler. E, claro, é sempre importante relembrar das atrocidades que são intrínsecas de uma ditadura militar, e que vemos acontecendo cada vez mais, disfarçadas de moral e bons costumes atacando as jovens e frágeis democracias que passo a passo vão assumindo ares fascistas.
Para que não se esqueça.
Para que nunca mais aconteça.
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Amanda Salomone 01/12/2020

O amor e a amizade em meio à ditadura uruguaia. Interessante retrato da ação dos tupamaros, grupo de guerrilha urbana socialista no Uruguai dos anos 60/70.
Recomendo o livro.
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Jéssica (@simboraler) 17/04/2020

Bom em alguns momentos
Quando li a sinopse, fiquei muito animada, porém ao começar a leitura me senti um pouco chateada enquanto avançada. A verdade é que o livro não entrega 100% o que é dito na orelha e na sinopse. Tem muito capítulo de poderia ter sido retirado e que não faria diferença para a história. A amizade entre Maga e Emília, no início tão forte, foi caindo no esquecimento com o decorrer do livro. A parte dos Tupamaros começa a aparecer realmente no lá 5 últimos capítulos. O final real do livro é no final do epílogo, quando paramos de ler o último capítulo ele termina totalmente sem sentido. Me decepcionei não pela história em si, mas com a expectativa que criei baseada no que é dito da contra-capa. O livro é legal, mas não surpreendeu.
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Sinésio 15/01/2010

Acompanhar a história de Magdalena e Marco Aurelio, dois revolucionários uruguaios, durante as décadas de 60 e 70, foi apaixonante.
O Uruguai também viveu os horrores da perseguição política, na época em que a ditadura militar vigorou no Brasil.
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